Mortalidade materna: realidade que se faz conhecer lentamente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dirlene Mafalda Idelfonso da Silveira
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7666
Resumo: O presente estudo teve como eixo condutor a temÃtica mortalidade materna, principalmente no que concerne à estruturaÃÃo da VigilÃncia EpidemiolÃgica como forma de analisar seu processo de implantaÃÃo no estado do Cearà com seus respectivos municÃpios. Foi baseado na anÃlise de 1072 Ãbitos maternos, ocorridos no perÃodo de 1991 a 2001. Os Ãbitos de 1991 a 1992 tiveram como fonte as declaraÃÃes de Ãbitos no Sistema de InformaÃÃo de Mortalidade com um reconhecido sub-registro. No perÃodo de 1993 a 1997, foram utilizadas as fichas confidenciais de Ãbito materno, complementando as informaÃÃes atravÃs dos prontuÃrios hospitalares, entrevistas domiciliares e com profissionais de saÃde contando-se com as anÃlises do Comità Estadual de PrevenÃÃo da Mortalidade Materna. De 1997 a 2001, tivemos oportunidade de aprofundar as anÃlises por se ter os dados informatizados atravÃs do programa EPI INFO e ser factÃvel a investigaÃÃo das seguintes variÃveis: razÃo de mortalidade materna, razÃo de mortalidade especÃfica por causas obstÃtricas diretas, fatores obstÃtricos que causaram a morte materna, fatores pessoais, sÃcio- econÃmicos, de assistÃncia à saÃde materna e do sistema de informaÃÃo. De 1991 a 1996, as razÃes de mortalidade materna apresentaram-se numa tendÃncia claramente crescente, variando de 22,8 por 100.000 nascidos vivos a 95,1 por 100.000 nascidos vivos, respectivamente. Essa tendÃncia ascendente ficou explicada pela significativa melhoria dos registros de Ãbitos. Nos dois Ãltimos anos, houve reduÃÃo da mortalidade materna para um patamar de 76,0 por 100.000 nascidos vivos. Ãndice esse considerado bastante elevado mas demonstrando acentuado declÃnio, principalmente em decorrÃncia da diminuiÃÃo de Ãbitos por causas obstÃtricas diretas, que tiveram diminuiÃÃo em 34,7% de 1998 a 2001. Dentre os fatores pessoais e sÃcio-econÃmicos das mulheres grÃvidas que resultaram em Ãbito, a pouca escolaridade, a baixa renda familiar, a idade entre 20 e 29, compreendida como ideal para reproduÃÃo, concentraram maior percentual destes. Os fatores da assistÃncia deficiente e inadequada junto com as condiÃÃes sÃcio-econÃmicas estiveram associados aos Ãbitos, quase como que os determinando.O estudo demonstrou, que o desenvolvimento de aÃÃes seletivas no nÃvel primÃrio e terciÃrio de atenÃÃo tem contribuÃdo de maneira inquestionÃvel para a reduÃÃo da mortalidade materna verificada. A despeito destes avanÃos tambÃm identificou-se um elenco variado de necessidades de intervenÃÃes que persistem e constam das recomendaÃÃes para a Secretaria Estadual de SaÃde seguir enfrentando a mortalidade materna, atravÃs de polÃticas pÃblicas estaduais adequadas e oportunas.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMortalidade materna: realidade que se faz conhecer lentamente Maternal mortality: reality makes itself known slowly2002-11-20Julia Sursis Nobre Ferro11687754187http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727633U3Raimunda MagalhÃes da Silva04693540382Raimunda MagalhÃes da SilvaRosemary Barber Maddenhttp://lattes.cnpq.br/6677558535801633 13536990304http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4131627Z6Dirlene Mafalda Idelfonso da SilveiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblicaUFCBRFatores pessoaismaternal mortality, personal factors, socio-economic conditionsSAUDE COLETIVAO presente estudo teve como eixo condutor a temÃtica mortalidade materna, principalmente no que concerne à estruturaÃÃo da VigilÃncia EpidemiolÃgica como forma de analisar seu processo de implantaÃÃo no estado do Cearà com seus respectivos municÃpios. Foi baseado na anÃlise de 1072 Ãbitos maternos, ocorridos no perÃodo de 1991 a 2001. Os Ãbitos de 1991 a 1992 tiveram como fonte as declaraÃÃes de Ãbitos no Sistema de InformaÃÃo de Mortalidade com um reconhecido sub-registro. No perÃodo de 1993 a 1997, foram utilizadas as fichas confidenciais de Ãbito materno, complementando as informaÃÃes atravÃs dos prontuÃrios hospitalares, entrevistas domiciliares e com profissionais de saÃde contando-se com as anÃlises do Comità Estadual de PrevenÃÃo da Mortalidade Materna. De 1997 a 2001, tivemos oportunidade de aprofundar as anÃlises por se ter os dados informatizados atravÃs do programa EPI INFO e ser factÃvel a investigaÃÃo das seguintes variÃveis: razÃo de mortalidade materna, razÃo de mortalidade especÃfica por causas obstÃtricas diretas, fatores obstÃtricos que causaram a morte materna, fatores pessoais, sÃcio- econÃmicos, de assistÃncia à saÃde materna e do sistema de informaÃÃo. 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Deaths from 1991 to 1992 were from the death certificates in the Mortality Information System with a recognized underreporting. In the period 1993 to 1997, we used the confidential records of maternal death, complementing the information from hospital archives, home interviews and health professionals was carried out using the analysis of the State Committee for the Prevention of Maternal Mortality. From 1997 to 2001, we had the opportunity to deepen the analysis because it has computerized data through the EPI INFO and be feasible to investigate the following variables: maternal mortality ratio, ratio of specific mortality from direct obstetric causes, obstetric factors that caused the maternal death, personal factors, socio-economic, maternal health care and information system. From 1991 to 1996, the maternal mortality ratios presented in a clear rising trend, ranging from 22.8 per 100,000 live births to 95.1 per 100,000 live births, respectively. This upward trend was explained by the significant improvement of the death records. In the last two years, a reduction in maternal mortality to a level of 76.0 per 100,000 live births. This index considered quite high but showing a sharp decline, mainly due to the reduction of deaths from direct obstetric causes, which had decreased 34.7% from 1998 to 2001. Among the personal factors and socio-economic impacts of pregnant women that resulted in death, poor education, low family income, age between 20 and 29, understood as ideal for reproduction, a higher percentage of these concentrated. The factors of poor care and inadequate along with the socioeconomic conditions were associated with deaths, almost like that determinando.O study demonstrated that the development of selective action in primary and tertiary care has unquestionably contributed to the reduction maternal mortality observed. Despite these advances also identified a motley cast of interventions needs to remain and set of recommendations for the state Department of Health after experiencing maternal mortality, through state policies appropriate and timely.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7666application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:20:44Zmail@mail.com -
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