Estudo da atividade antinoceptiva de β-amirina, um triterpeno pentaciclÃco isolado de Protium heptaphyllum March. em modelos experimentais de dor.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cinthya Iamille Frithz BrandÃo de Oliveira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5158
Resumo: Os efeitos dos triterpenos pentaciclicos -amirina e -amirina, isolados a partir da resina de Protium heptaphyllum March. (Burseraceae), foram testados preliminarmente em modelos de nocicepÃÃo oral, sendo que -amirina apresentou significantes efeitos antinociceptivos, norteando a pesquisa com este isolado na investigaÃÃo de seus efeitos em modelos de dor orofacial induzida por capsaicina ou formalina e na dor induzida por capsaicina na cÃrnea de camundongos; na dor tÃrmica (testes de imersÃo de cauda em Ãgua quente e placa quente); e na nocicepÃÃo visceral induzida por Ãcido acÃtico 0,6%. Camundongos Swiss machos (n = 8 / grupo) foram prÃ-tratados com β-amirina (10, 30 e 100 mg / kg, v.o.), morfina (5 mg / kg, s.c.) ou controle (Ãgua destilada + 0,05% de Tween 80, v.o.), uma hora antes de capsaicina (20 L, 1,5 g) ou formalina (20L/animal) serem administradas na vibrissa direita. β-amirina tambÃm foi avaliada em teste comportamental relacionado à dor, desta vez por aplicaÃÃo tÃpica de capsaicina na conjuntiva do camundongo (âeye wiping testâ). Neste teste foi medido o tempo, em segundos, que o animal passou âlimpandoâ o olho durante um perÃodo de 10 minutos. O triterpenÃide demonstrou principalmente um efeito antinociceptivo dose-independente em todos os modelos de nocicepÃÃo testados. Na dor orofacial induzida por capsaicina, -amirina (30 e 100 mg/kg) e morfina foram mais eficazes na reduÃÃo da resposta nociceptiva. Nestas doses, as reduÃÃes foram de 81 e 90% para -amirina e 97% para morfina, respectivamente. No modelo de dor orofacial, a nocicepÃÃo produzida pela capsaicina à acompanhada por um aumento na resposta tÃrmica localizada (que foi mensurada por termometria), e reduzida significantemente pelo prÃ-tratamento dos animais com -amirina ou L-NAME, um inibidor da NOS. Em animais diabÃticos, a capsaicina injetada na vibrissa promoveu um menor grau de nocicepÃÃo orofacial comparada com os nÃo-diabÃticos. No teste da formalina, morfina e β-amirina apresentaram antinocicepÃÃo significativa reversÃvel nas duas fases por naloxona. No entanto, β-amirina (30 mg/kg) inibiu a segunda fase com maior eficiÃncia. Os valores de DE50 para β-amirina e morfina foram 16,44 mg/kg (LC 10,0-38,41) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na primeira fase e 43,37 mg/kg (LC 30,52-39,30) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na segunda fase, respectivamente. A co-administraÃÃo de β-amirina e morfina, em seus respectivos nÃveis de dose de DE50, nÃo apresentou qualquer efeito aditivo ou potencializador antinociceptivo. No entanto, as combinaÃÃes das doses DE25 e DE12,5 apresentaram uma antinocicepÃÃo comparÃvel ao efeito combinado da DE50, sugerindo que atravÃs da utilizaÃÃo de β-amirina, a dose analgÃsica de morfina poderia ser minimizada para evitar a sua alta dose e os efeitos colaterais associados. β-amirina tambÃm foi eficaz em aumentar o limiar de dor tÃrmica no teste da imersÃo da cauda (mais nÃo no teste placa quente) e, na reduÃÃo das contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico. A antinocicepÃÃo produzida por β-amirina, foi significativamente bloqueada em animais prÃ-tratados com os respectivos antagonistas vermelho de rutÃnio (2 mg/kg, s.c.) e naloxona (1 mg/kg, i.p.), indicando o envolvimento de receptores da capsaicina (TRPV1) e opiÃides em seu mecanismo. No teste da formalina, de forma similar à morfina, β-amirina bloqueou significativamente a inibiÃÃo da ingestÃo alimentar associada a dor. Assim como morfina, β-amirina apresentou aÃÃo inibitÃria sobre o trÃnsito intestinal, efeito esse revertido pelo prÃ-tratamento com antagonista opiÃide nÃo seletivo, naloxona. Estes dados sugerem que β-amirina apresenta um potencial antinociceptivo comparÃvel à analgesia perifÃrica produzida pela morfina, evidencia a exploraÃÃo desta para o desenvolvimento de um analgÃsico nÃo-opiÃide Ãtil na farmacoterapia de patologias do trigÃmeo e visceral.
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(Burceraceae) in experimental models of pain.2010-04-14Vietla Satyanarayana Rao21058550315http://lattes.cnpq.br/7046546191056187Mohammed Saad Lahlou00745857469http://lattes.cnpq.br/4846771847569945Luzia Kalyne Almeida Moreira Leal38259850320http://lattes.cnpq.br/3447728153225016Sergio AraÃjo Holanda Pinto13948857334http://lattes.cnpq.br/6480788118700145Mirlane GuimarÃes de Melo Cardoso20153830263http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4706289H440793010225http://lattes.cnpq.br/5480892738152284Cinthya Iamille Frithz BrandÃo de OliveiraUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBR&#946-amyrin pentacyclic triterpene orofacial pain corneal pain diabetic neuropathy antinociceptionFARMACOLOGIAOs efeitos dos triterpenos pentaciclicos -amirina e -amirina, isolados a partir da resina de Protium heptaphyllum March. (Burseraceae), foram testados preliminarmente em modelos de nocicepÃÃo oral, sendo que -amirina apresentou significantes efeitos antinociceptivos, norteando a pesquisa com este isolado na investigaÃÃo de seus efeitos em modelos de dor orofacial induzida por capsaicina ou formalina e na dor induzida por capsaicina na cÃrnea de camundongos; na dor tÃrmica (testes de imersÃo de cauda em Ãgua quente e placa quente); e na nocicepÃÃo visceral induzida por Ãcido acÃtico 0,6%. Camundongos Swiss machos (n = 8 / grupo) foram prÃ-tratados com β-amirina (10, 30 e 100 mg / kg, v.o.), morfina (5 mg / kg, s.c.) ou controle (Ãgua destilada + 0,05% de Tween 80, v.o.), uma hora antes de capsaicina (20 L, 1,5 g) ou formalina (20L/animal) serem administradas na vibrissa direita. β-amirina tambÃm foi avaliada em teste comportamental relacionado à dor, desta vez por aplicaÃÃo tÃpica de capsaicina na conjuntiva do camundongo (âeye wiping testâ). Neste teste foi medido o tempo, em segundos, que o animal passou âlimpandoâ o olho durante um perÃodo de 10 minutos. O triterpenÃide demonstrou principalmente um efeito antinociceptivo dose-independente em todos os modelos de nocicepÃÃo testados. Na dor orofacial induzida por capsaicina, -amirina (30 e 100 mg/kg) e morfina foram mais eficazes na reduÃÃo da resposta nociceptiva. Nestas doses, as reduÃÃes foram de 81 e 90% para -amirina e 97% para morfina, respectivamente. No modelo de dor orofacial, a nocicepÃÃo produzida pela capsaicina à acompanhada por um aumento na resposta tÃrmica localizada (que foi mensurada por termometria), e reduzida significantemente pelo prÃ-tratamento dos animais com -amirina ou L-NAME, um inibidor da NOS. Em animais diabÃticos, a capsaicina injetada na vibrissa promoveu um menor grau de nocicepÃÃo orofacial comparada com os nÃo-diabÃticos. No teste da formalina, morfina e β-amirina apresentaram antinocicepÃÃo significativa reversÃvel nas duas fases por naloxona. No entanto, β-amirina (30 mg/kg) inibiu a segunda fase com maior eficiÃncia. Os valores de DE50 para β-amirina e morfina foram 16,44 mg/kg (LC 10,0-38,41) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na primeira fase e 43,37 mg/kg (LC 30,52-39,30) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na segunda fase, respectivamente. A co-administraÃÃo de β-amirina e morfina, em seus respectivos nÃveis de dose de DE50, nÃo apresentou qualquer efeito aditivo ou potencializador antinociceptivo. No entanto, as combinaÃÃes das doses DE25 e DE12,5 apresentaram uma antinocicepÃÃo comparÃvel ao efeito combinado da DE50, sugerindo que atravÃs da utilizaÃÃo de β-amirina, a dose analgÃsica de morfina poderia ser minimizada para evitar a sua alta dose e os efeitos colaterais associados. β-amirina tambÃm foi eficaz em aumentar o limiar de dor tÃrmica no teste da imersÃo da cauda (mais nÃo no teste placa quente) e, na reduÃÃo das contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico. A antinocicepÃÃo produzida por β-amirina, foi significativamente bloqueada em animais prÃ-tratados com os respectivos antagonistas vermelho de rutÃnio (2 mg/kg, s.c.) e naloxona (1 mg/kg, i.p.), indicando o envolvimento de receptores da capsaicina (TRPV1) e opiÃides em seu mecanismo. No teste da formalina, de forma similar à morfina, β-amirina bloqueou significativamente a inibiÃÃo da ingestÃo alimentar associada a dor. Assim como morfina, β-amirina apresentou aÃÃo inibitÃria sobre o trÃnsito intestinal, efeito esse revertido pelo prÃ-tratamento com antagonista opiÃide nÃo seletivo, naloxona. Estes dados sugerem que β-amirina apresenta um potencial antinociceptivo comparÃvel à analgesia perifÃrica produzida pela morfina, evidencia a exploraÃÃo desta para o desenvolvimento de um analgÃsico nÃo-opiÃide Ãtil na farmacoterapia de patologias do trigÃmeo e visceral.The effects of pentacyclic triterpene β-amiryn and β-amyrin, isolated from resin of Protium heptaphyllum March. (Burseraceae), were preliminarily showed significant tested in models of nociception oral, and antinociceptives effects, guiding the search with this isolate in the investigation of their effects in models of orofacial pain induced by capsaicin or formalin and against capsaicin-induced corneal pain; thermal pain (tail immersion test in hot water and hot-plate) and in acetic acid 0,6%-induced visceral nociception in mice. Male Swiss mice (n = 8 per group) were pre-treated with β-Amyrin (10, 30, and 100 mg/kg, p.o.), morphine (5 mg/kg, s.c.) or vehicle (distlled water + 0,05% Tween 80), one hour before the capsaicin (20 μl, 1.5 μg) or formalin (20 μl, 1.5%) injection into the right vibrissa. β-Amyrin was also assessed on pain-related behavioral test (Eye-wiping) by topical application of capsaicin (20 μl, 1.5 μg) on to the mouse conjuctiva and the time (sec) that the animal spent in eye wiping was determined during a 10 min period. The triterpenoid demonstrated mostly a dose-unrelated antinociception in all the test models of nociception. Against the orofacial pain induced by capsaicin, β-Amyrin (30 e 100 mg/kg, p.o.) and morphine showed greater potency in reducing the nociceptive response. At the doses employed, the reductions were 81 and 90% to β-Amyrin and 97% for the morphine, respectively. Capsaicin nociception in orofacial test is accompanied by a localized thermal flare (measured by thermometry), which was significantly diminished by pretreatment of animals with β-Amyrin or L-NAME, an NOS inhibitor. In four weeks diabetic mice, capsaicin injected into vibrissa pad demonstrated a lesser degree of orofacial nociception compared to non-diabetics. In formalin test, both morphine and β-Amyrin showed significant naloxone reversible antinociception in both phases. However, β-Amyrin inhibited the second phase response, more prominently, at 30 mg/kg. The caliculated ED50 values for β-Amyrin and morphine were 16,44 mg/kg (CL 10,0 - 38,41) and 3 mg/kg (CL 2,5 - 5,0) in the first phase and 43,37 mg/kg (CL 30,52 - 39,30) and 3 mg/kg (CL 2,5 - 5,0) in the second phase, respectively. Co-administration of β-Amyrin and morphine at their respective ED50 dose levels failed to demonstrate any additive or potentiating effect on anti-nociception. However, at ED25 and ED12.5 dose-combinations exhibited an antinociception that equalled their ED50 combination effect, suggesting that by the use of β-Amyrin, the analgesic dose of morphine could be minimised to avoid its high-dose-associated side-effects. Similar to morphine, β-Amyrin significantly blocked the pain-related suppression of food intake in formalin test. β-Amyrin (30 and 100 mg/kg was also effective in increasing the thermal pain threshold in hot-water tail immersion test (but not in hot-plate test), and in reducing the acetic acid-induced writhes. The antinociception produced by 30 mg/kg β-Amyrin was significantly blocked in animals pre-treated with the respective antagonists capsazepine (5 mg/kg, s.c.), and naloxone (1 mg kg/kg, i.p.), indicating the involvement of capsaicin (TRPV1) and opioid receptors in its mechanism. Like morphine, β-Amyrin showed an inhibitory effect on intestinal transit, an effect reversed by pretreatment with nonseletive opiÃide antagonist, naloxona. These data indicate that β-Amyrin has the antinociceptive potential comparable to peripheral analgesia produced by morphine that could be explored further on its suitability in developing a non-opioid analgesic useful in pharmacotherapy of trigeminal and visceral pathologies.FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonashttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5158application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:18:19Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Os efeitos dos triterpenos pentaciclicos -amirina e -amirina, isolados a partir da resina de Protium heptaphyllum March. (Burseraceae), foram testados preliminarmente em modelos de nocicepÃÃo oral, sendo que -amirina apresentou significantes efeitos antinociceptivos, norteando a pesquisa com este isolado na investigaÃÃo de seus efeitos em modelos de dor orofacial induzida por capsaicina ou formalina e na dor induzida por capsaicina na cÃrnea de camundongos; na dor tÃrmica (testes de imersÃo de cauda em Ãgua quente e placa quente); e na nocicepÃÃo visceral induzida por Ãcido acÃtico 0,6%. Camundongos Swiss machos (n = 8 / grupo) foram prÃ-tratados com β-amirina (10, 30 e 100 mg / kg, v.o.), morfina (5 mg / kg, s.c.) ou controle (Ãgua destilada + 0,05% de Tween 80, v.o.), uma hora antes de capsaicina (20 L, 1,5 g) ou formalina (20L/animal) serem administradas na vibrissa direita. β-amirina tambÃm foi avaliada em teste comportamental relacionado à dor, desta vez por aplicaÃÃo tÃpica de capsaicina na conjuntiva do camundongo (âeye wiping testâ). Neste teste foi medido o tempo, em segundos, que o animal passou âlimpandoâ o olho durante um perÃodo de 10 minutos. O triterpenÃide demonstrou principalmente um efeito antinociceptivo dose-independente em todos os modelos de nocicepÃÃo testados. Na dor orofacial induzida por capsaicina, -amirina (30 e 100 mg/kg) e morfina foram mais eficazes na reduÃÃo da resposta nociceptiva. Nestas doses, as reduÃÃes foram de 81 e 90% para -amirina e 97% para morfina, respectivamente. No modelo de dor orofacial, a nocicepÃÃo produzida pela capsaicina à acompanhada por um aumento na resposta tÃrmica localizada (que foi mensurada por termometria), e reduzida significantemente pelo prÃ-tratamento dos animais com -amirina ou L-NAME, um inibidor da NOS. Em animais diabÃticos, a capsaicina injetada na vibrissa promoveu um menor grau de nocicepÃÃo orofacial comparada com os nÃo-diabÃticos. No teste da formalina, morfina e β-amirina apresentaram antinocicepÃÃo significativa reversÃvel nas duas fases por naloxona. No entanto, β-amirina (30 mg/kg) inibiu a segunda fase com maior eficiÃncia. Os valores de DE50 para β-amirina e morfina foram 16,44 mg/kg (LC 10,0-38,41) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na primeira fase e 43,37 mg/kg (LC 30,52-39,30) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na segunda fase, respectivamente. A co-administraÃÃo de β-amirina e morfina, em seus respectivos nÃveis de dose de DE50, nÃo apresentou qualquer efeito aditivo ou potencializador antinociceptivo. No entanto, as combinaÃÃes das doses DE25 e DE12,5 apresentaram uma antinocicepÃÃo comparÃvel ao efeito combinado da DE50, sugerindo que atravÃs da utilizaÃÃo de β-amirina, a dose analgÃsica de morfina poderia ser minimizada para evitar a sua alta dose e os efeitos colaterais associados. β-amirina tambÃm foi eficaz em aumentar o limiar de dor tÃrmica no teste da imersÃo da cauda (mais nÃo no teste placa quente) e, na reduÃÃo das contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico. A antinocicepÃÃo produzida por β-amirina, foi significativamente bloqueada em animais prÃ-tratados com os respectivos antagonistas vermelho de rutÃnio (2 mg/kg, s.c.) e naloxona (1 mg/kg, i.p.), indicando o envolvimento de receptores da capsaicina (TRPV1) e opiÃides em seu mecanismo. No teste da formalina, de forma similar à morfina, β-amirina bloqueou significativamente a inibiÃÃo da ingestÃo alimentar associada a dor. Assim como morfina, β-amirina apresentou aÃÃo inibitÃria sobre o trÃnsito intestinal, efeito esse revertido pelo prÃ-tratamento com antagonista opiÃide nÃo seletivo, naloxona. Estes dados sugerem que β-amirina apresenta um potencial antinociceptivo comparÃvel à analgesia perifÃrica produzida pela morfina, evidencia a exploraÃÃo desta para o desenvolvimento de um analgÃsico nÃo-opiÃide Ãtil na farmacoterapia de patologias do trigÃmeo e visceral.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv The effects of pentacyclic triterpene β-amiryn and β-amyrin, isolated from resin of Protium heptaphyllum March. (Burseraceae), were preliminarily showed significant tested in models of nociception oral, and antinociceptives effects, guiding the search with this isolate in the investigation of their effects in models of orofacial pain induced by capsaicin or formalin and against capsaicin-induced corneal pain; thermal pain (tail immersion test in hot water and hot-plate) and in acetic acid 0,6%-induced visceral nociception in mice. Male Swiss mice (n = 8 per group) were pre-treated with β-Amyrin (10, 30, and 100 mg/kg, p.o.), morphine (5 mg/kg, s.c.) or vehicle (distlled water + 0,05% Tween 80), one hour before the capsaicin (20 μl, 1.5 μg) or formalin (20 μl, 1.5%) injection into the right vibrissa. β-Amyrin was also assessed on pain-related behavioral test (Eye-wiping) by topical application of capsaicin (20 μl, 1.5 μg) on to the mouse conjuctiva and the time (sec) that the animal spent in eye wiping was determined during a 10 min period. The triterpenoid demonstrated mostly a dose-unrelated antinociception in all the test models of nociception. Against the orofacial pain induced by capsaicin, β-Amyrin (30 e 100 mg/kg, p.o.) and morphine showed greater potency in reducing the nociceptive response. At the doses employed, the reductions were 81 and 90% to β-Amyrin and 97% for the morphine, respectively. Capsaicin nociception in orofacial test is accompanied by a localized thermal flare (measured by thermometry), which was significantly diminished by pretreatment of animals with β-Amyrin or L-NAME, an NOS inhibitor. In four weeks diabetic mice, capsaicin injected into vibrissa pad demonstrated a lesser degree of orofacial nociception compared to non-diabetics. In formalin test, both morphine and β-Amyrin showed significant naloxone reversible antinociception in both phases. However, β-Amyrin inhibited the second phase response, more prominently, at 30 mg/kg. The caliculated ED50 values for β-Amyrin and morphine were 16,44 mg/kg (CL 10,0 - 38,41) and 3 mg/kg (CL 2,5 - 5,0) in the first phase and 43,37 mg/kg (CL 30,52 - 39,30) and 3 mg/kg (CL 2,5 - 5,0) in the second phase, respectively. Co-administration of β-Amyrin and morphine at their respective ED50 dose levels failed to demonstrate any additive or potentiating effect on anti-nociception. However, at ED25 and ED12.5 dose-combinations exhibited an antinociception that equalled their ED50 combination effect, suggesting that by the use of β-Amyrin, the analgesic dose of morphine could be minimised to avoid its high-dose-associated side-effects. Similar to morphine, β-Amyrin significantly blocked the pain-related suppression of food intake in formalin test. β-Amyrin (30 and 100 mg/kg was also effective in increasing the thermal pain threshold in hot-water tail immersion test (but not in hot-plate test), and in reducing the acetic acid-induced writhes. The antinociception produced by 30 mg/kg β-Amyrin was significantly blocked in animals pre-treated with the respective antagonists capsazepine (5 mg/kg, s.c.), and naloxone (1 mg kg/kg, i.p.), indicating the involvement of capsaicin (TRPV1) and opioid receptors in its mechanism. Like morphine, β-Amyrin showed an inhibitory effect on intestinal transit, an effect reversed by pretreatment with nonseletive opiÃide antagonist, naloxona. These data indicate that β-Amyrin has the antinociceptive potential comparable to peripheral analgesia produced by morphine that could be explored further on its suitability in developing a non-opioid analgesic useful in pharmacotherapy of trigeminal and visceral pathologies.
description Os efeitos dos triterpenos pentaciclicos -amirina e -amirina, isolados a partir da resina de Protium heptaphyllum March. (Burseraceae), foram testados preliminarmente em modelos de nocicepÃÃo oral, sendo que -amirina apresentou significantes efeitos antinociceptivos, norteando a pesquisa com este isolado na investigaÃÃo de seus efeitos em modelos de dor orofacial induzida por capsaicina ou formalina e na dor induzida por capsaicina na cÃrnea de camundongos; na dor tÃrmica (testes de imersÃo de cauda em Ãgua quente e placa quente); e na nocicepÃÃo visceral induzida por Ãcido acÃtico 0,6%. Camundongos Swiss machos (n = 8 / grupo) foram prÃ-tratados com β-amirina (10, 30 e 100 mg / kg, v.o.), morfina (5 mg / kg, s.c.) ou controle (Ãgua destilada + 0,05% de Tween 80, v.o.), uma hora antes de capsaicina (20 L, 1,5 g) ou formalina (20L/animal) serem administradas na vibrissa direita. β-amirina tambÃm foi avaliada em teste comportamental relacionado à dor, desta vez por aplicaÃÃo tÃpica de capsaicina na conjuntiva do camundongo (âeye wiping testâ). Neste teste foi medido o tempo, em segundos, que o animal passou âlimpandoâ o olho durante um perÃodo de 10 minutos. O triterpenÃide demonstrou principalmente um efeito antinociceptivo dose-independente em todos os modelos de nocicepÃÃo testados. Na dor orofacial induzida por capsaicina, -amirina (30 e 100 mg/kg) e morfina foram mais eficazes na reduÃÃo da resposta nociceptiva. Nestas doses, as reduÃÃes foram de 81 e 90% para -amirina e 97% para morfina, respectivamente. No modelo de dor orofacial, a nocicepÃÃo produzida pela capsaicina à acompanhada por um aumento na resposta tÃrmica localizada (que foi mensurada por termometria), e reduzida significantemente pelo prÃ-tratamento dos animais com -amirina ou L-NAME, um inibidor da NOS. Em animais diabÃticos, a capsaicina injetada na vibrissa promoveu um menor grau de nocicepÃÃo orofacial comparada com os nÃo-diabÃticos. No teste da formalina, morfina e β-amirina apresentaram antinocicepÃÃo significativa reversÃvel nas duas fases por naloxona. No entanto, β-amirina (30 mg/kg) inibiu a segunda fase com maior eficiÃncia. Os valores de DE50 para β-amirina e morfina foram 16,44 mg/kg (LC 10,0-38,41) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na primeira fase e 43,37 mg/kg (LC 30,52-39,30) e 3 mg/kg (LC 2,5-5,0) na segunda fase, respectivamente. A co-administraÃÃo de β-amirina e morfina, em seus respectivos nÃveis de dose de DE50, nÃo apresentou qualquer efeito aditivo ou potencializador antinociceptivo. No entanto, as combinaÃÃes das doses DE25 e DE12,5 apresentaram uma antinocicepÃÃo comparÃvel ao efeito combinado da DE50, sugerindo que atravÃs da utilizaÃÃo de β-amirina, a dose analgÃsica de morfina poderia ser minimizada para evitar a sua alta dose e os efeitos colaterais associados. β-amirina tambÃm foi eficaz em aumentar o limiar de dor tÃrmica no teste da imersÃo da cauda (mais nÃo no teste placa quente) e, na reduÃÃo das contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico. A antinocicepÃÃo produzida por β-amirina, foi significativamente bloqueada em animais prÃ-tratados com os respectivos antagonistas vermelho de rutÃnio (2 mg/kg, s.c.) e naloxona (1 mg/kg, i.p.), indicando o envolvimento de receptores da capsaicina (TRPV1) e opiÃides em seu mecanismo. No teste da formalina, de forma similar à morfina, β-amirina bloqueou significativamente a inibiÃÃo da ingestÃo alimentar associada a dor. Assim como morfina, β-amirina apresentou aÃÃo inibitÃria sobre o trÃnsito intestinal, efeito esse revertido pelo prÃ-tratamento com antagonista opiÃide nÃo seletivo, naloxona. Estes dados sugerem que β-amirina apresenta um potencial antinociceptivo comparÃvel à analgesia perifÃrica produzida pela morfina, evidencia a exploraÃÃo desta para o desenvolvimento de um analgÃsico nÃo-opiÃide Ãtil na farmacoterapia de patologias do trigÃmeo e visceral.
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