RepresentaÃÃes sociais dos profissionais sobre a prÃtica em saÃde mental: pressupostos, ressignificaÃÃo e satisfaÃÃo profissional.

• Autor(a) principal: Jaqueline Queiroz de Macedo
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7485
• topic: RepresentaÃÃes sociais; Mental health; Professional Practice; Community Mental Health Services; Health Promotion; Social representation.; ENFERMAGEM

Esta pesquisa teve como objetivo geral conhecer as representaÃÃes sociais do profissional de saÃde sobre a prÃtica nos novos serviÃos de saÃde mental de um municÃpio da ParaÃba. Buscou-se caracterizar o grupo pesquisado quanto aos aspectos pessoais, sociodemogrÃficos e profissionais; apreender as representaÃÃes sociais da equipe tÃcnica sobre a atuaÃÃo profissional no novo modelo de atenÃÃo em saÃde mental; interpretar as representaÃÃes sociais da equipe tÃcnica com base nos pressupostos da Reforma PsiquiÃtrica. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa e tipologia descritiva e exploratÃria, fundamentada no suporte teÃrico-metodolÃgico da Teoria das RepresentaÃÃes Sociais. O estudo foi realizado em trÃs Centros de AtenÃÃo Psicossocial, um infantil, um geral e um Ãlcool e outras drogas, da cidade de Campina Grande-PB. Integraram a pesquisa sujeitos que compunham a equipe tÃcnica de nÃvel superior. O material empÃrico foi obtido por meio roteiro de entrevista estruturada de dados sociodemogrÃficos, do Teste de AssociaÃÃo Livre de Palavras (TALP) e do grupo focal e analisado com base no processo de categorizaÃÃo temÃtica. O projeto foi aprovado pelo Comità de Ãtica em Pesquisa e seguiu os preceitos Ãticos e legais da ResoluÃÃo 196/96 do Conselho Nacional de SaÃde. Os resultados apontam similaridades quanto aos aspectos de formaÃÃo e estÃmulo à consecuÃÃo de conhecimentos relacionados Ãs transformaÃÃes na saÃde mental e discussÃo das prÃticas existentes; por outro lado, à notÃria a precariedade dos vÃnculos empregatÃcios, a falta de apoio dos gestores, inclusive quanto ao aspecto financeiro. Com relaÃÃo à dinÃmica de funcionamento, os resultados apontam que os serviÃos estÃo acolhendo as pessoas em sofrimento mental, a partir da especificidade de cada demanda. Mas, simultaneamente, pÃem em evidÃncia as implicaÃÃes relativas Ãs condiÃÃes de trabalho na Ãrea e ao frÃgil suporte social fornecido à demanda de saÃde mental. Com base nas representaÃÃes sociais sobre a prÃtica nos novos serviÃos de saÃde mental, percebe-se que alguns dos preceitos da Reforma PsiquiÃtrica estÃo sendo contemplados no cotidiano dos serviÃos, destacando-se: o trabalho em equipe interdisciplinar; o acolhimento à clientela, respeitando-se sua singularidade e individualidade; oferta de outras formas de abordagens, que nÃo a medicamentosa. ConcluÃmos que as representaÃÃes sociais dos profissionais aparentam ter incorporado termos que enfocam mudanÃas epistemolÃgicas na produÃÃo das prÃticas, alÃm de estarem pautadas em saberes que fomentam novas formas de abordagem, ampliando as intervenÃÃes, de modo que o indivÃduo possa se apropriar de mecanismos que permitam a conduÃÃo com mais autonomia de sua prÃpria vida no cotidiano. Este estudo nÃo esgota a possibilidade de futuras pesquisas sobre a temÃtica, e espera-se que possa auxiliar em estudos acerca da prÃtica profissional em saÃde mental dentro de novo paradigma definido nas polÃticas pÃblicas de saÃde e saÃde mental.