âWe are our own measuring tool, who feel and shoutâ: social-environmental conflict around a pesticide factory in CearÃ.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4648 |
Resumo: | Os mÃltiplos efeitos da produÃÃo e uso de agrotÃxicos para a saÃde humana e o meio ambiente à um grande desafio, com implicaÃÃes significativas para as PolÃticas de SaÃde, Meio Ambiente, EconÃmicas e Sociais. Seu campo empÃrico à a conformaÃÃo do conflito socioambiental instaurado no entorno da fÃbrica de agrotÃxicos Agripec, em Maracanaà - CearÃ, analisando as transformaÃÃes no territÃrio a partir da instalaÃÃo da fÃbrica de agrotÃxicos e a evoluÃÃo do conflito socioambiental, na perspectiva do Estado, da empresa e da populaÃÃo afetada. A idÃia principal desse estudo foi contribuir para dar visibilidade ao conflito socioambiental em territÃrio urbano industrial, desocultar os danos do desenvolvimento e colaborar na construÃÃo de instrumentos metodolÃgicos para uma abordagem de saÃde pÃblica com enfoque multidisciplinar. A escolha metodolÃgica foi o estudo de caso atravÃs de investigaÃÃo qualitativa, numa abordagem social e histÃrica ampliando a compreensÃo dos processos que geram saÃde e doenÃa dependendo dos valores e interesses existentes dentro do territÃrio. Buscou compreender o sentimento dos moradores em relaÃÃo a presenÃa da poluiÃÃo por agrotÃxicos no cotidiano da comunidade e na produÃÃo de sentidos. Os resultados evidenciaram: lacunas nas informaÃÃes dos ÃrgÃos pÃblicos; negaÃÃo do problema pela empresa; a luta da comunidade para o reconhecimento do problema e sua atuaÃÃo como sujeitos na nomeaÃÃo dos problemas ambientais a partir do corpo; a aÃÃo direta da comunidade na busca da informaÃÃo; a construÃÃo coletiva do problema apoiada na forÃa da mobilizaÃÃo. A anÃlise aponta para trÃs dimensÃes distintas do conflito socioambiental: - a disputa pelo espaÃo revela-se no uso e ocupaÃÃo do solo, na expansÃo das fronteiras da empresa para alÃm do muro, caracterizado pelo cheiro que invade o espaÃo da comunidade, conformando a dimensÃo espacial e coletiva do conflito; - a disputa simbÃlica pela apropriaÃÃo do territÃrio que encontra no discurso da empresa a negaÃÃo do problema em estratÃgia condicionada pelas estruturas de poder e de controle sobre os recursos. E na comunidade, a luta pela confirmaÃÃo do problema imprime à disputa sentidos que transcendem a lÃgica do mercado, pois envolvem recursos que nÃo tÃm preÃo por estarem no plano do interesse comum, nÃo sendo objeto de apropriaÃÃo privada. Nessa luta pelos recursos ambientais, a comunidade desmascara os discursos dos poderes estabelecidos e acionam categorias como justiÃa, democracia e escolhas; - e a disputa pelo poder, onde se observa a ausÃncia do estado na proteÃÃo da saÃde, a omissÃo da informaÃÃo pelo estado e pela empresa, a fragilidade das estruturas oficiais de controle do meio ambiente. E evidencia-se a forÃa e o protagonismo da comunidade no enfrentamento do problema, um exemplo de luta e resistÃncia. |
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Seu campo empÃrico à a conformaÃÃo do conflito socioambiental instaurado no entorno da fÃbrica de agrotÃxicos Agripec, em Maracanaà - CearÃ, analisando as transformaÃÃes no territÃrio a partir da instalaÃÃo da fÃbrica de agrotÃxicos e a evoluÃÃo do conflito socioambiental, na perspectiva do Estado, da empresa e da populaÃÃo afetada. A idÃia principal desse estudo foi contribuir para dar visibilidade ao conflito socioambiental em territÃrio urbano industrial, desocultar os danos do desenvolvimento e colaborar na construÃÃo de instrumentos metodolÃgicos para uma abordagem de saÃde pÃblica com enfoque multidisciplinar. A escolha metodolÃgica foi o estudo de caso atravÃs de investigaÃÃo qualitativa, numa abordagem social e histÃrica ampliando a compreensÃo dos processos que geram saÃde e doenÃa dependendo dos valores e interesses existentes dentro do territÃrio. 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A anÃlise aponta para trÃs dimensÃes distintas do conflito socioambiental: - a disputa pelo espaÃo revela-se no uso e ocupaÃÃo do solo, na expansÃo das fronteiras da empresa para alÃm do muro, caracterizado pelo cheiro que invade o espaÃo da comunidade, conformando a dimensÃo espacial e coletiva do conflito; - a disputa simbÃlica pela apropriaÃÃo do territÃrio que encontra no discurso da empresa a negaÃÃo do problema em estratÃgia condicionada pelas estruturas de poder e de controle sobre os recursos. E na comunidade, a luta pela confirmaÃÃo do problema imprime à disputa sentidos que transcendem a lÃgica do mercado, pois envolvem recursos que nÃo tÃm preÃo por estarem no plano do interesse comum, nÃo sendo objeto de apropriaÃÃo privada. Nessa luta pelos recursos ambientais, a comunidade desmascara os discursos dos poderes estabelecidos e acionam categorias como justiÃa, democracia e escolhas; - e a disputa pelo poder, onde se observa a ausÃncia do estado na proteÃÃo da saÃde, a omissÃo da informaÃÃo pelo estado e pela empresa, a fragilidade das estruturas oficiais de controle do meio ambiente. E evidencia-se a forÃa e o protagonismo da comunidade no enfrentamento do problema, um exemplo de luta e resistÃncia. The multiple effects of production and use of pesticide on the human health and the environment are an immense challenge, with significant implication on Health, Environmental, Economic and Social Policies. This studyâs empirical field is the configuration of the social-environmental conflict established in the surroundings of the pesticide factory Agripec in Maracanaà â CearÃ. The analyzes took place in the territorial changes from the beginning of the plantâs operation and the evolution of the social-environmental conflict from the perspective of the State, pesticide business, and affected local population by the factory emissions. The main idea of this study has three fold: to contribute to the visibility of social-environmental conflicts in urban industrial territory; to bring awareness to the damaging effects of development on human and environment health; and to collaborate to the development of methodological instruments to approach public health issues in a multidisciplinary view. The research method chosen was case study (qualitative investigation) with social and historical approach, aiming to amplify the comprehension of the processes that generate health and disease, upon the values and interests existent in the territory. The study tried to comprehend the feelings of the community inhabitants in relation to their exposure to daily pesticide pollution. The results became evident the following aspects. Firstly, lack of information provided by the public authorities. Secondly, the pesticide companyâs denial of accountability. Lastly, communityâs struggle in raising awareness to the problem, and active verbalization of the environmental problems and the hazardous effects of pollution on their bodies; plus the community direct action in seeking information, the collective construction of the problem supported by the power of community mobilization. The analysis points out three different dimensions of the social-environmental conflict: - the territorial dispute is revealed by the land use and occupation, and expansion of the factory frontiers beyond its wall, characterized by the odor that invades the community space, shaping the spatial and collective dimension of the conflict; - the existence of a symbolic dispute for territorial appropriation which lays down the foundation for businessâs denial of corporate responsibility supported by power structure and control over the resources. In the community, the struggle for the recognition of the problem marks the core of the dispute. It also transcends the logic of the market value because it involves resources which have no monetary value because these resources are of public interest and are no object of private appropriation. In the dispute for environmental resources, the community unmasks the speech from established power, and active categories like, justice, democracy and choices; - and the power dispute, where it is observed the absence of the State in securing heath protection, lack of information and communication by the State and the company, and the fragility of the environmental public agencies. It was evident that the community plays as protagonist in confronting the problem, also an example of fight and resistance. http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4648application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:17:39Zmail@mail.com - |
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The multiple effects of production and use of pesticide on the human health and the environment are an immense challenge, with significant implication on Health, Environmental, Economic and Social Policies. This studyâs empirical field is the configuration of the social-environmental conflict established in the surroundings of the pesticide factory Agripec in Maracanaà â CearÃ. The analyzes took place in the territorial changes from the beginning of the plantâs operation and the evolution of the social-environmental conflict from the perspective of the State, pesticide business, and affected local population by the factory emissions. The main idea of this study has three fold: to contribute to the visibility of social-environmental conflicts in urban industrial territory; to bring awareness to the damaging effects of development on human and environment health; and to collaborate to the development of methodological instruments to approach public health issues in a multidisciplinary view. The research method chosen was case study (qualitative investigation) with social and historical approach, aiming to amplify the comprehension of the processes that generate health and disease, upon the values and interests existent in the territory. The study tried to comprehend the feelings of the community inhabitants in relation to their exposure to daily pesticide pollution. The results became evident the following aspects. Firstly, lack of information provided by the public authorities. Secondly, the pesticide companyâs denial of accountability. Lastly, communityâs struggle in raising awareness to the problem, and active verbalization of the environmental problems and the hazardous effects of pollution on their bodies; plus the community direct action in seeking information, the collective construction of the problem supported by the power of community mobilization. The analysis points out three different dimensions of the social-environmental conflict: - the territorial dispute is revealed by the land use and occupation, and expansion of the factory frontiers beyond its wall, characterized by the odor that invades the community space, shaping the spatial and collective dimension of the conflict; - the existence of a symbolic dispute for territorial appropriation which lays down the foundation for businessâs denial of corporate responsibility supported by power structure and control over the resources. In the community, the struggle for the recognition of the problem marks the core of the dispute. It also transcends the logic of the market value because it involves resources which have no monetary value because these resources are of public interest and are no object of private appropriation. In the dispute for environmental resources, the community unmasks the speech from established power, and active categories like, justice, democracy and choices; - and the power dispute, where it is observed the absence of the State in securing heath protection, lack of information and communication by the State and the company, and the fragility of the environmental public agencies. It was evident that the community plays as protagonist in confronting the problem, also an example of fight and resistance. |
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Os mÃltiplos efeitos da produÃÃo e uso de agrotÃxicos para a saÃde humana e o meio ambiente à um grande desafio, com implicaÃÃes significativas para as PolÃticas de SaÃde, Meio Ambiente, EconÃmicas e Sociais. Seu campo empÃrico à a conformaÃÃo do conflito socioambiental instaurado no entorno da fÃbrica de agrotÃxicos Agripec, em Maracanaà - CearÃ, analisando as transformaÃÃes no territÃrio a partir da instalaÃÃo da fÃbrica de agrotÃxicos e a evoluÃÃo do conflito socioambiental, na perspectiva do Estado, da empresa e da populaÃÃo afetada. A idÃia principal desse estudo foi contribuir para dar visibilidade ao conflito socioambiental em territÃrio urbano industrial, desocultar os danos do desenvolvimento e colaborar na construÃÃo de instrumentos metodolÃgicos para uma abordagem de saÃde pÃblica com enfoque multidisciplinar. A escolha metodolÃgica foi o estudo de caso atravÃs de investigaÃÃo qualitativa, numa abordagem social e histÃrica ampliando a compreensÃo dos processos que geram saÃde e doenÃa dependendo dos valores e interesses existentes dentro do territÃrio. Buscou compreender o sentimento dos moradores em relaÃÃo a presenÃa da poluiÃÃo por agrotÃxicos no cotidiano da comunidade e na produÃÃo de sentidos. Os resultados evidenciaram: lacunas nas informaÃÃes dos ÃrgÃos pÃblicos; negaÃÃo do problema pela empresa; a luta da comunidade para o reconhecimento do problema e sua atuaÃÃo como sujeitos na nomeaÃÃo dos problemas ambientais a partir do corpo; a aÃÃo direta da comunidade na busca da informaÃÃo; a construÃÃo coletiva do problema apoiada na forÃa da mobilizaÃÃo. A anÃlise aponta para trÃs dimensÃes distintas do conflito socioambiental: - a disputa pelo espaÃo revela-se no uso e ocupaÃÃo do solo, na expansÃo das fronteiras da empresa para alÃm do muro, caracterizado pelo cheiro que invade o espaÃo da comunidade, conformando a dimensÃo espacial e coletiva do conflito; - a disputa simbÃlica pela apropriaÃÃo do territÃrio que encontra no discurso da empresa a negaÃÃo do problema em estratÃgia condicionada pelas estruturas de poder e de controle sobre os recursos. E na comunidade, a luta pela confirmaÃÃo do problema imprime à disputa sentidos que transcendem a lÃgica do mercado, pois envolvem recursos que nÃo tÃm preÃo por estarem no plano do interesse comum, nÃo sendo objeto de apropriaÃÃo privada. Nessa luta pelos recursos ambientais, a comunidade desmascara os discursos dos poderes estabelecidos e acionam categorias como justiÃa, democracia e escolhas; - e a disputa pelo poder, onde se observa a ausÃncia do estado na proteÃÃo da saÃde, a omissÃo da informaÃÃo pelo estado e pela empresa, a fragilidade das estruturas oficiais de controle do meio ambiente. E evidencia-se a forÃa e o protagonismo da comunidade no enfrentamento do problema, um exemplo de luta e resistÃncia. |
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