IndÃstria cultural e a Sociedade do espetÃculo: esclarecimento reificado e subjetividade automÃtica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20787 |
Resumo: | O tema proposto nesta pesquisa procura esclarecer e estabelecer uma ligaÃÃo conceitual entre a teoria da cultura de massa, de Theodor Adorno e Max Horkheimer, presente em DialÃtica do Esclarecimento e a teoria crÃtica da Sociedade do EspetÃculo de Guy Debord. Estas reflexÃes teÃricas foram influenciadas pela crÃtica da economia polÃtica de Marx, a comeÃar pelo prÃprio conceito de âmodernidadeâ, que seria a civilizaÃÃo capitalista ocidental produtora de mercadorias, baseada na economia de mercado, no valor de troca, na propriedade privada, na reificaÃÃo da consciÃncia e da realidade, na racionalidade instrumental e na quantificaÃÃo da vida. Primeiramente, exporemos a teoria crÃtica da IndÃstria Cultural junto à sociabilidade espetacular do mundo contemporÃneo, que inclui as produÃÃes culturais, as relaÃÃes sociais dos indivÃduos entre si e com a natureza. Junto a essa reflexÃo analisaremos a abordagens benjaminianas sobre o capitalisno como religiÃo. Num segundo momento, desenvolveremos os conceitos da indÃstria cultural e do espetÃculo no sÃculo XXI, reinterpretando reflexivamente as ideias-chave desses autores dentro do novo cenÃrio global fundado na virtualizaÃÃo da vida atravÃs da internet, onde as pessoas constroem uma experiÃncia social na virtualidade. A virtualizaÃÃo da experiÃncia à um dispositivo social de controle e dominaÃÃo da existÃncia reificada dos indivÃduos, submetendo-os ao princÃpio identitÃrio das imagens espetaculares. Com isso, a vida aparece como uma real superficialidade e nulidade perante a indÃstria espetacular, desprovida de um sentido histÃrico autÃntico e prÃprio, em que a prÃpria linguagem à reificada. Trata-se, aqui, nÃo da tecnologia em si ou de sua efetiva potencialidade para uma nova forma de prÃxis emancipatÃria, mas do conteÃdo estruturalmente alienado e objetivamente autoritÃrio da cultura de massas capitalista e a forma como as novas tecnologias reproduzem essas relaÃÃes de controle, que embotam o pensamento crÃtico. à a forma e a estrutura da tecnologia que obedecem aos imperativos da relaÃÃo social capitalista de dominaÃÃo da natureza interna do indivÃduo e da natureza externa do mundo. |
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Estas reflexÃes teÃricas foram influenciadas pela crÃtica da economia polÃtica de Marx, a comeÃar pelo prÃprio conceito de âmodernidadeâ, que seria a civilizaÃÃo capitalista ocidental produtora de mercadorias, baseada na economia de mercado, no valor de troca, na propriedade privada, na reificaÃÃo da consciÃncia e da realidade, na racionalidade instrumental e na quantificaÃÃo da vida. Primeiramente, exporemos a teoria crÃtica da IndÃstria Cultural junto à sociabilidade espetacular do mundo contemporÃneo, que inclui as produÃÃes culturais, as relaÃÃes sociais dos indivÃduos entre si e com a natureza. Junto a essa reflexÃo analisaremos a abordagens benjaminianas sobre o capitalisno como religiÃo. Num segundo momento, desenvolveremos os conceitos da indÃstria cultural e do espetÃculo no sÃculo XXI, reinterpretando reflexivamente as ideias-chave desses autores dentro do novo cenÃrio global fundado na virtualizaÃÃo da vida atravÃs da internet, onde as pessoas constroem uma experiÃncia social na virtualidade. A virtualizaÃÃo da experiÃncia à um dispositivo social de controle e dominaÃÃo da existÃncia reificada dos indivÃduos, submetendo-os ao princÃpio identitÃrio das imagens espetaculares. Com isso, a vida aparece como uma real superficialidade e nulidade perante a indÃstria espetacular, desprovida de um sentido histÃrico autÃntico e prÃprio, em que a prÃpria linguagem à reificada. Trata-se, aqui, nÃo da tecnologia em si ou de sua efetiva potencialidade para uma nova forma de prÃxis emancipatÃria, mas do conteÃdo estruturalmente alienado e objetivamente autoritÃrio da cultura de massas capitalista e a forma como as novas tecnologias reproduzem essas relaÃÃes de controle, que embotam o pensamento crÃtico. à a forma e a estrutura da tecnologia que obedecem aos imperativos da relaÃÃo social capitalista de dominaÃÃo da natureza interna do indivÃduo e da natureza externa do mundo.The proposed theme in this research looks over to find out and to set up a conceptual connection among Theodor Adornoâs critical theory and Max Horkheimerâs, current in Enlightment Dialetic and Guy Debordâs critical theory from The Society of the Spectacle. These theoretical reflections were influenced by Marxâs work, A Contribution to the Critique of Political Economy, setted out by the very âModernityâ concept, which would be the commodity-based Western-capitalist civilization based on market economy, on exchange value, on private property, on awareness reification and on reality, in instrumental rationality and in life quantification. Firstly we will explain the Cultural Industry Critical theory joined by the contemporary world spectacular sociability, which includes the human being social relations between each other and nature itself. Entwined to this reflections we will analyse the benjaminianâs aproaches about capitalism as a religion. In another moment, we will expand the cultural industry and the spectacle concepts in the twenty-first century, reflectively reinterprating the key ideas of these authors in the new global scenery, entrenched on life virtualization through internet, where people build up a social experience on virtuality. Empiricism virtualization is a social device of control and dominance upon personal reified existence, submitting them to characteristically origins of spectacular images. With that, life seems to a real feebleness and nothingness in the presence of spectacular industry, deprived of a authentical historical meaning, in which language itself is reified. We consider here, nor the technology itself or its real potentiality to a new way of redeemer praxis, but the structuraly alienated and authoritarism objectively content of capitalist mass culture and the way in which new technologies reiterates theses controlled relations, which block critical thinking. 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The proposed theme in this research looks over to find out and to set up a conceptual connection among Theodor Adornoâs critical theory and Max Horkheimerâs, current in Enlightment Dialetic and Guy Debordâs critical theory from The Society of the Spectacle. These theoretical reflections were influenced by Marxâs work, A Contribution to the Critique of Political Economy, setted out by the very âModernityâ concept, which would be the commodity-based Western-capitalist civilization based on market economy, on exchange value, on private property, on awareness reification and on reality, in instrumental rationality and in life quantification. Firstly we will explain the Cultural Industry Critical theory joined by the contemporary world spectacular sociability, which includes the human being social relations between each other and nature itself. Entwined to this reflections we will analyse the benjaminianâs aproaches about capitalism as a religion. In another moment, we will expand the cultural industry and the spectacle concepts in the twenty-first century, reflectively reinterprating the key ideas of these authors in the new global scenery, entrenched on life virtualization through internet, where people build up a social experience on virtuality. Empiricism virtualization is a social device of control and dominance upon personal reified existence, submitting them to characteristically origins of spectacular images. With that, life seems to a real feebleness and nothingness in the presence of spectacular industry, deprived of a authentical historical meaning, in which language itself is reified. We consider here, nor the technology itself or its real potentiality to a new way of redeemer praxis, but the structuraly alienated and authoritarism objectively content of capitalist mass culture and the way in which new technologies reiterates theses controlled relations, which block critical thinking. It is the method and its technology anatomy that concur to capitalist social relations adjuration of individual inner nature domination and outward worldâs nature. |
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O tema proposto nesta pesquisa procura esclarecer e estabelecer uma ligaÃÃo conceitual entre a teoria da cultura de massa, de Theodor Adorno e Max Horkheimer, presente em DialÃtica do Esclarecimento e a teoria crÃtica da Sociedade do EspetÃculo de Guy Debord. Estas reflexÃes teÃricas foram influenciadas pela crÃtica da economia polÃtica de Marx, a comeÃar pelo prÃprio conceito de âmodernidadeâ, que seria a civilizaÃÃo capitalista ocidental produtora de mercadorias, baseada na economia de mercado, no valor de troca, na propriedade privada, na reificaÃÃo da consciÃncia e da realidade, na racionalidade instrumental e na quantificaÃÃo da vida. Primeiramente, exporemos a teoria crÃtica da IndÃstria Cultural junto à sociabilidade espetacular do mundo contemporÃneo, que inclui as produÃÃes culturais, as relaÃÃes sociais dos indivÃduos entre si e com a natureza. Junto a essa reflexÃo analisaremos a abordagens benjaminianas sobre o capitalisno como religiÃo. Num segundo momento, desenvolveremos os conceitos da indÃstria cultural e do espetÃculo no sÃculo XXI, reinterpretando reflexivamente as ideias-chave desses autores dentro do novo cenÃrio global fundado na virtualizaÃÃo da vida atravÃs da internet, onde as pessoas constroem uma experiÃncia social na virtualidade. A virtualizaÃÃo da experiÃncia à um dispositivo social de controle e dominaÃÃo da existÃncia reificada dos indivÃduos, submetendo-os ao princÃpio identitÃrio das imagens espetaculares. Com isso, a vida aparece como uma real superficialidade e nulidade perante a indÃstria espetacular, desprovida de um sentido histÃrico autÃntico e prÃprio, em que a prÃpria linguagem à reificada. Trata-se, aqui, nÃo da tecnologia em si ou de sua efetiva potencialidade para uma nova forma de prÃxis emancipatÃria, mas do conteÃdo estruturalmente alienado e objetivamente autoritÃrio da cultura de massas capitalista e a forma como as novas tecnologias reproduzem essas relaÃÃes de controle, que embotam o pensamento crÃtico. à a forma e a estrutura da tecnologia que obedecem aos imperativos da relaÃÃo social capitalista de dominaÃÃo da natureza interna do indivÃduo e da natureza externa do mundo. |
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