A amizade nas cartas a LucÃlio de SÃneca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriel Eleres de Aquino
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17888
Resumo: Se o termo âfilosofiaâ, em seu sentido etimolÃgico significa amor à filosofia, tal amor se manifesta como amizade e este serà um dos temas mais caros aos antigos. Esta dissertaÃÃo,seguindo a metodologia de leitura e anÃlise de textos, convida inicialmente o leitor a refazer o percurso da noÃÃo de philia/amicitia no mundo greco-romano no qual seus fundamentos foram lanÃados e discutidos em pÃginas memorÃveis que vÃo desde os fragmentos de EmpÃdocles de Agrigento, passando pelos diÃlogos platÃnicos como o LÃside, o Banquete e o Fedro, pelos livros VIII e IX da Ãtica a NicÃmaco de AristÃteles, pelas Cartas de Epicuro e pelo diÃlogo Sobre a amizade de CÃcero, este Ãltimo na Roma republicana. Todavia, as pÃginas especialmente dedicadas deste trabalho monogrÃfico sÃo dirigidas à reflexÃo que SÃneca, na Roma imperial, confere à amizade em algumas das Cartas à LucÃlio, desfrutando do Ãcio filosÃfico que a situaÃÃo polÃtica adversa no principado neroniano lhe impÃs. AtravÃs de cartas,forma textual simples e direta de enviar ensinamentos ao jovem LucÃlio, e por que nÃo dizer tambÃm a nÃs, SÃneca repensa as relaÃÃes humanas alÃm das usuais formas de fisiologismo e clientelismo tÃo presentes na vida de patrÃcios e plebeus de seu tempo e propÃe um sentido mais elevado da amizade, no sentido de que esta seja recÃproca, solidÃria e desinteressada, componente fundamental da vida feliz e parte essencial de sua filosofia prÃtica. Foram obtidos os seguintes resultados: a constataÃÃo de que SÃneca nÃo entendeu Epicuro em relaÃÃo a amizade, que a sua forma de pensar o SÃbio à mais humana do que ocorria antes dele, pois apresenta um sÃbio que sente vontade de ter amigos e sente prazer em ter amigos e a sua escolha em tratar da amizade por meio de epÃstolas à feita por pensar que esse à o melhor modo de abordÃ-las.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA amizade nas cartas a LucÃlio de SÃnecaFriendship in the letters to Lucilius Seneca2016-07-12Josà Carlos Silva de Almeida97246557768http://lattes.cnpq.br/8665426562288118 Ãtila Amaral Brilhante30211336300http://lattes.cnpq.br/3964055069648793 Ursula Anne Matthias 62506021353http://lattes.cnpq.br/7683745044690539 89636732353 http://lattes.cnpq.br/9745757689286049Gabriel Eleres de AquinoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FilosofiaUFCBRSÃneca Amizade Cartas a LucÃlioSeneca Friendship Epistulae Morales ad LuciliumFILOSOFIASe o termo âfilosofiaâ, em seu sentido etimolÃgico significa amor à filosofia, tal amor se manifesta como amizade e este serà um dos temas mais caros aos antigos. Esta dissertaÃÃo,seguindo a metodologia de leitura e anÃlise de textos, convida inicialmente o leitor a refazer o percurso da noÃÃo de philia/amicitia no mundo greco-romano no qual seus fundamentos foram lanÃados e discutidos em pÃginas memorÃveis que vÃo desde os fragmentos de EmpÃdocles de Agrigento, passando pelos diÃlogos platÃnicos como o LÃside, o Banquete e o Fedro, pelos livros VIII e IX da Ãtica a NicÃmaco de AristÃteles, pelas Cartas de Epicuro e pelo diÃlogo Sobre a amizade de CÃcero, este Ãltimo na Roma republicana. Todavia, as pÃginas especialmente dedicadas deste trabalho monogrÃfico sÃo dirigidas à reflexÃo que SÃneca, na Roma imperial, confere à amizade em algumas das Cartas à LucÃlio, desfrutando do Ãcio filosÃfico que a situaÃÃo polÃtica adversa no principado neroniano lhe impÃs. AtravÃs de cartas,forma textual simples e direta de enviar ensinamentos ao jovem LucÃlio, e por que nÃo dizer tambÃm a nÃs, SÃneca repensa as relaÃÃes humanas alÃm das usuais formas de fisiologismo e clientelismo tÃo presentes na vida de patrÃcios e plebeus de seu tempo e propÃe um sentido mais elevado da amizade, no sentido de que esta seja recÃproca, solidÃria e desinteressada, componente fundamental da vida feliz e parte essencial de sua filosofia prÃtica. Foram obtidos os seguintes resultados: a constataÃÃo de que SÃneca nÃo entendeu Epicuro em relaÃÃo a amizade, que a sua forma de pensar o SÃbio à mais humana do que ocorria antes dele, pois apresenta um sÃbio que sente vontade de ter amigos e sente prazer em ter amigos e a sua escolha em tratar da amizade por meio de epÃstolas à feita por pensar que esse à o melhor modo de abordÃ-las.If the term "philosophy" in its etymological sense means love for philosophy, that love manifests itself as friendship and this will be one of the most expensive to old themes. This dissertation, following the methodology of reading and analyzing texts, initially invites the reader to retrace the route of the notion of philia/amicitia in the Greco-Roman world in which its foundations were laid and discussed in memorable pages ranging from the fragments of Empedocles of Agrigentum, through the platonic dialogues as Lysis, the Symposium and Phaedrus, the books VIII and IX of the Nicomachean Ethics of Aristotle, Epicurus the letters and dialogue On friendship of Cicero, the last one latter in Republican Rome. However, the pages especially dedicated this monograph are directed to reflection that Seneca, in imperial Rome, gives the friendship in some of the Moral letters to Lucilius, enjoying the philosophical idleness that the adverse political situation in neroniano principality has imposed. Through letters, simple and straightforward textual form to send teaching the young Lucilio, and why not tell us, Seneca rethinks human relationships beyond the usual forms of patronage and clientelism so present in the life of patricians and plebeians of their time and proposes a higher sense of friendship, in the sense that this is reciprocal, caring and unselfish, fundamental component of the happy life and essential part of his practical philosophy. The following results were obtained: the realization that Seneca did not understand Epicurus in relation to friendship, that your way of thinking the Sage is more human than occurred before it, because it presents a sage who feel like having friends and takes pleasure in have friends and your choice in dealing with friendship through letters is made to think that this is the best way to address them.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17888application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:31:04Zmail@mail.com -
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description Se o termo âfilosofiaâ, em seu sentido etimolÃgico significa amor à filosofia, tal amor se manifesta como amizade e este serà um dos temas mais caros aos antigos. Esta dissertaÃÃo,seguindo a metodologia de leitura e anÃlise de textos, convida inicialmente o leitor a refazer o percurso da noÃÃo de philia/amicitia no mundo greco-romano no qual seus fundamentos foram lanÃados e discutidos em pÃginas memorÃveis que vÃo desde os fragmentos de EmpÃdocles de Agrigento, passando pelos diÃlogos platÃnicos como o LÃside, o Banquete e o Fedro, pelos livros VIII e IX da Ãtica a NicÃmaco de AristÃteles, pelas Cartas de Epicuro e pelo diÃlogo Sobre a amizade de CÃcero, este Ãltimo na Roma republicana. Todavia, as pÃginas especialmente dedicadas deste trabalho monogrÃfico sÃo dirigidas à reflexÃo que SÃneca, na Roma imperial, confere à amizade em algumas das Cartas à LucÃlio, desfrutando do Ãcio filosÃfico que a situaÃÃo polÃtica adversa no principado neroniano lhe impÃs. AtravÃs de cartas,forma textual simples e direta de enviar ensinamentos ao jovem LucÃlio, e por que nÃo dizer tambÃm a nÃs, SÃneca repensa as relaÃÃes humanas alÃm das usuais formas de fisiologismo e clientelismo tÃo presentes na vida de patrÃcios e plebeus de seu tempo e propÃe um sentido mais elevado da amizade, no sentido de que esta seja recÃproca, solidÃria e desinteressada, componente fundamental da vida feliz e parte essencial de sua filosofia prÃtica. Foram obtidos os seguintes resultados: a constataÃÃo de que SÃneca nÃo entendeu Epicuro em relaÃÃo a amizade, que a sua forma de pensar o SÃbio à mais humana do que ocorria antes dele, pois apresenta um sÃbio que sente vontade de ter amigos e sente prazer em ter amigos e a sua escolha em tratar da amizade por meio de epÃstolas à feita por pensar que esse à o melhor modo de abordÃ-las.
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