Efeito protetor dos extratos de Ascaris suum e Coccidioides posadasii e da lectina da semente de Dioclea violacea na artrite por zymosan em ratos e camundongos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Karine Rocha de Melo Leite
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3570
Resumo: InteraÃÃes entre a resposta imune inata e adquirida participam na fisiopatologia de doenÃas auto-imunes. Embora infecÃÃes estejam associadas ao desenvolvimento de artrites crÃnicas, à possÃvel que exposiÃÃo a alguns germes, como helmintos e fungos, potencialmente influencie a prevalÃncia e/ou gravidade de doenÃas imunomediadas. Lectinas derivadas de plantas, por aÃÃo em receptores de resposta inata, podem modular inflamaÃÃo. NÃs investigamos o efeito dos extratos de Ascaris suum (AS) e de Coccidioides posadasii (CP) e de uma lectina isolada da Dioclea violacea (Dviol) na artrite induzida por zymosan (AZy). Ratos Wistar e camundongos Swiss receberam 1 mg ou 0,1 mg de zymosan intra-articular (i.art.), respectivamente. Grupos foram prÃ-tratados (30 min) com os extratos de AS (0,25 - 2,5 mg/animal; i.p ou p.o.), CP (1 - 100 Âg/animal; i.art., i.p. ou p.o.) ou Dviol (0,3 - 30 Âg i.art. ou 1 - 6 mg/Kg e.v.). Grupo nÃo-tratado (NT) recebeu Zy (i.art.) e veÃculo. Animais naive receberam apenas salina (i.art.) e veÃculo. A hipernocicepÃÃo foi avaliada atravÃs do teste de incapacitaÃÃo articular em s / 1min. O lavado articular foi usado para anÃlise do influxo celular (IC), nÃveis de nitrito e citocinas. A sinÃvia foi utilizada para histopatologia. O conteÃdo de glicosaminoglicanos (GAG) da cartilagem foi quantificado para medir dano estrutural. O extrato de AS, seja i.p. ou p.o., inibiu de forma dose-dependente a hipernocicepÃÃo e o IC na AZy em relaÃÃo ao grupo NT (P<0,01), bem como reverteu o dano articular avaliado pela quantificaÃÃo de GAG e a sinovite vista à histologia. A administraÃÃo do extrato de AS, reduziu significantemente os nÃveis de nitrito, inteleucina-1&#946; (IL-1&#946;) e IL-10, mas nÃo de fator de necrose tumoral alfa (TNF-&#945;), em relaÃÃo ao NT. Em camundongos, o extrato de AS reduziu os nÃveis de IL-10, mas nÃo de IL-1&#946; ou TNF-&#945;. O tratamento com o extrato de CP, seja i.p. ou p.o., inibiu significantemente a hipernocicepÃÃo e o IC na AZy, em relaÃÃo ao NT, no entanto, nÃo reverteu a lesÃo articular medida pela quantidade de GAG e histologia. A administraÃÃo da Dviol, em animais naive promoveu IC significante, embora apenas a maior dose (30Âg) promoveu hipernocicepÃÃo. Na AZy, a injeÃÃo i.art. da Dviol reduziu o IC e hipernocicepÃÃo de forma dose-dependente, em relaÃÃo ao NT (P<0,01). A administraÃÃo da Dviol (i.v.) reduziu ambos hipernocicepÃÃo e IC na AZy, em relaÃÃo ao NT (P<0,01). O efeito da Dviol foi revertido quando essa lectina foi prÃ-incubada com manose 1 M. Os dados mostram que um extrato de AS promove melhora funcional e protege do dano estrutural na AZy, que sÃo associados com reduÃÃo na liberaÃÃo de NO e citocinas i.art. Esse efeito independe da espÃcie e ocorre por via oral. Um extrato do fungo CP tem aÃÃo anti-inflamatÃria na AZy. Uma lectina isolada da Dviol reduz IC e hipernocicepÃÃo na AZy, provavelmente por acoplamento a um receptor de manose. Em conjunto, os resultados mostram que substÃncias que agem em receptores de resposta inata modulam a inflamaÃÃo articular imunomediada.
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Embora infecÃÃes estejam associadas ao desenvolvimento de artrites crÃnicas, à possÃvel que exposiÃÃo a alguns germes, como helmintos e fungos, potencialmente influencie a prevalÃncia e/ou gravidade de doenÃas imunomediadas. Lectinas derivadas de plantas, por aÃÃo em receptores de resposta inata, podem modular inflamaÃÃo. NÃs investigamos o efeito dos extratos de Ascaris suum (AS) e de Coccidioides posadasii (CP) e de uma lectina isolada da Dioclea violacea (Dviol) na artrite induzida por zymosan (AZy). Ratos Wistar e camundongos Swiss receberam 1 mg ou 0,1 mg de zymosan intra-articular (i.art.), respectivamente. Grupos foram prÃ-tratados (30 min) com os extratos de AS (0,25 - 2,5 mg/animal; i.p ou p.o.), CP (1 - 100 Âg/animal; i.art., i.p. ou p.o.) ou Dviol (0,3 - 30 Âg i.art. ou 1 - 6 mg/Kg e.v.). Grupo nÃo-tratado (NT) recebeu Zy (i.art.) e veÃculo. Animais naive receberam apenas salina (i.art.) e veÃculo. A hipernocicepÃÃo foi avaliada atravÃs do teste de incapacitaÃÃo articular em s / 1min. O lavado articular foi usado para anÃlise do influxo celular (IC), nÃveis de nitrito e citocinas. A sinÃvia foi utilizada para histopatologia. O conteÃdo de glicosaminoglicanos (GAG) da cartilagem foi quantificado para medir dano estrutural. O extrato de AS, seja i.p. ou p.o., inibiu de forma dose-dependente a hipernocicepÃÃo e o IC na AZy em relaÃÃo ao grupo NT (P<0,01), bem como reverteu o dano articular avaliado pela quantificaÃÃo de GAG e a sinovite vista à histologia. A administraÃÃo do extrato de AS, reduziu significantemente os nÃveis de nitrito, inteleucina-1&#946; (IL-1&#946;) e IL-10, mas nÃo de fator de necrose tumoral alfa (TNF-&#945;), em relaÃÃo ao NT. Em camundongos, o extrato de AS reduziu os nÃveis de IL-10, mas nÃo de IL-1&#946; ou TNF-&#945;. O tratamento com o extrato de CP, seja i.p. ou p.o., inibiu significantemente a hipernocicepÃÃo e o IC na AZy, em relaÃÃo ao NT, no entanto, nÃo reverteu a lesÃo articular medida pela quantidade de GAG e histologia. A administraÃÃo da Dviol, em animais naive promoveu IC significante, embora apenas a maior dose (30Âg) promoveu hipernocicepÃÃo. Na AZy, a injeÃÃo i.art. da Dviol reduziu o IC e hipernocicepÃÃo de forma dose-dependente, em relaÃÃo ao NT (P<0,01). A administraÃÃo da Dviol (i.v.) reduziu ambos hipernocicepÃÃo e IC na AZy, em relaÃÃo ao NT (P<0,01). O efeito da Dviol foi revertido quando essa lectina foi prÃ-incubada com manose 1 M. Os dados mostram que um extrato de AS promove melhora funcional e protege do dano estrutural na AZy, que sÃo associados com reduÃÃo na liberaÃÃo de NO e citocinas i.art. Esse efeito independe da espÃcie e ocorre por via oral. Um extrato do fungo CP tem aÃÃo anti-inflamatÃria na AZy. Uma lectina isolada da Dviol reduz IC e hipernocicepÃÃo na AZy, provavelmente por acoplamento a um receptor de manose. Em conjunto, os resultados mostram que substÃncias que agem em receptores de resposta inata modulam a inflamaÃÃo articular imunomediada.The interactions between innate and acquired immune responses participate in the pathophysiology of the autoimmune diseases. Though infections are associate with the development of the chronic arthritis it is possible that exposure to some germs as helminthes and fungi influences potentially the prevalence and/or gravity of the immune diseases. Lectins derivate of the plants can modulate the inflammation by action in receptors of the innate response. We investigated the effect of extracts from Ascaris suum (AS), Coccidioides posadasii (CS) and a lectin isolated from Dioclea violacea (Dviol) in zymosan-induced arthritis (ZyA). Wistar rats and Swiss mice received 1 mg or 0.1 mg zymosan intra-articular (i.art.), respectively. Groups were pretreated (30 min) with AS (0.25 - 2.5 mg/animal; i.p. or p.o.) CP (1 - 100 Âg/animal; i.art. i.p. or p.o) or Dviol (0.3 - 30 Âg; i.art. or 1 - 6 mg/kg; i.v.). Non-treated group (NT) received Zy (i.art.) and the vehicle. Naive animals received just saline (i.art.) and the vehicle. The hypernociception was evaluated through articular incapacitation test in s/1min. The joint exudate was used for evaluation of cell influx (CI), nitrite and cytokine levels. The synovium was used for histopatology. The glycosaminoglycan (GAG) content of the cartilage was quantificated for the measured of the structural damage. The AS extract both i.p. and p.o. significantly and dose-dependently inhibited CI and hypernociception in ZyA as compared to NT (P<0.01) as well as reverted articular damage assessed by quantification of the GAG and by synovitis observed in the histology. The administration of the AS extract reduced significantly levels of nitrite, interleukin-1&#946; (IL-1&#946;) and IL-10, but not tumor necrosis factor alpha (TNF-&#945;) as compared to NT. In mice, it reduced IL-10 but not IL-1&#946; and TNF- &#945;. The treatment with CP extract both i.p. and p.o. inhibited hypernociception and CI in ZyA as compared to NT, but not reverted articular injury measured by GAG and histology. The administration of the Dviol in naÃve animals promoted CI significant, though just the highest dose (30 &#61549;g) promoted hypernociception. In ZyA, Dviol (i.art.) reduced the CI and hypernociception dose-dependently (P<0.01). The administration of Dviol (i.v.) significantly reduced both the hyperalgesia and CI in ZyA as compared to NT (P<0.01). The effect of the Dviol was reverted when it was pre-incubated with mannose (1M). The date show that AS extract promote functional improve and protect of the articular damage in ZyA that are associate with reduction of the NO and cytokine (i.art.) liberation. This effect is species independent and functions orally. An extract of the fungi CP has anti-inflammatory activity in ZyA. A lectin isolated of the Dviol reduces CI and hypernociception in ZyA probably by coupling the mannose receptor. Together the results show that substances that act in receptors of the innate response modulate the immunomediate articular inflammation.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3570application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:42Zmail@mail.com -
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