Sociologia do BabaÃu: condiÃÃes econÃmicas e sociais de reproduÃÃo camponesa no estado do MaranhÃo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1985 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=19751 |
Resumo: | O coco babaÃu, primeiro produto na pauta de exportaÃÃo do MaranhÃo, atualmente desperta grande interesse tÃcnico e politico. Tanto de ÃrgÃos nacionais quanto internacionais. AlÃm da amÃndoa, parte do coco procurada na exploraÃÃo tradicional, o carvÃo, obtido da parte lenhosa, Ã, atualmente, muito cobiÃado pelas siderÃrgicas. Isto, graÃas a sua potencialidade calÃrica e a ausÃncia de enxofre na sua composiÃÃo. Na regiÃo de babaÃuais, que ocupa cerca de 100.000 km2 neste Estado, toda uma populaÃÃo de pequenos produtores tem grande parte de sua renda familiar advinda da exploraÃÃo do coco babaÃu. Seja na extraÃÃo da amÃndoa, seja na fabricaÃÃo do carvÃo. A pesquisa de campo foi concentrada nos municÃpios de Chapadinha e Vargem Grande. Onde foram ouvidos; produtores rurais, comerciantes, usineiros e proprietÃrios rurais. A quebra do coco à uma atividade sob o controle da mulher, que se estende à crianÃa. Existe um certo preconceito que inibe o trabalho do homem adulto nesta atividade. Sua safra, no perÃodo de entressafra agrÃcola, ocupa a mÃo-de-obra sazonalmente disponÃvel, garante uma renda adicional e custeia a produÃÃo de subsistÃncia. A estrutura de comercializaÃÃo, de forma suficientemente pulverizada, aglutina a produÃÃo agrÃcola e extrativa e as transfere para a esfera da circulaÃÃo. A substituiÃÃo da quebra manual pela quebra mecÃnica, iniciada na segunda metade da dÃcada 1970/80, ainda nÃo alterou o quadro geral da tecnologia rudimentar. Consideram-se essenciais e sugerem-se mudanÃas de ordem estrutural, institucional e polÃtica para que os produtores possam se beneficiar dos efeitos do processo de modernizaÃÃo e industrializaÃÃo e para garantir a preservaÃÃo dos babaÃuais, ameaÃados de extinÃÃo. A crise energÃtica mundial desencadeada pelo petrÃleo nos meados de 70 gerou preocupaÃÃes politicas e econÃmicas, provocando a busca de novas alternativas. Projetos de aproveitamento integral do coco babaÃu, anteriormente postos de lado, foram viabilizados politica e economicamente. O surgimento de unidades de aproveitamento integral deste coco iria, pois, provocar profundas alteraÃÃes econÃmicas e sociais nas suas unidades produtoras e na estrutura de comercializaÃÃo. Enquanto a indÃstria tradicional compra a amÃndoa, a indÃstria moderna tem como matÃria-prima principal o coco inteiro, simplificando, portanto, o processo de trabalho. Enquanto substitui a quebra e extraÃÃo da amÃndoa pela simples coleta do coco. Embora este processo tenha sido introduzido na Ãrea do estudo, por volta de 1979, atualmente à quase inexistente. Sà alguns proprietÃrios, interferindo no processo produtivo, vendem a sua produÃÃo de coco para a indÃstria de aproveitamento integral. (A Ãnica unidade em funcionamento està sediada em bacabal, Companhia Industrial TÃcnica â CIT). Os proprietÃrios nÃo foram suficientemente motivados para substituir o processo tradicional pelo processo de venda do coco inteiro. O preÃo do coco inteiro oferecido pelas indÃstrias nÃo foram suficientes para substituir as perdas resultantes do arrendamento dos babaÃuais para a quebra e extraÃÃo da amÃndoa e pelos ganhos auferidos na cobranÃa da renda da terra e na comercializaÃÃo dos outros produtos efetuadas pelo quitandeiro. AlÃm do mais, a ausÃncia da amÃndoa na circulaÃÃo de mercadorias, inviabiliza a presenÃa de muitas unidades comerciais e aumenta os custos do preposto do proprietÃrio para a cobranÃa e recebimento da renda fundiÃria. Apesar da importÃncia das decisÃes a nÃvel das unidades produtivas, dos grandes proprietÃrios, dos comerciantes e das industrias tradicionais à fundamental a determinaÃÃo do mercado internacional. Sendo regiÃo pobre, de estrutura fundiÃria estÃvel e de nÃvel tecnolÃgico rudimentar, a produÃÃo de alimentos acontece normalmente no sistema de consÃrcio. No sistema de produÃÃo de consÃrcio ou roÃa, os produtos (arroz, milho ou feijÃo e mandioca) sÃo plantados conjuntamente, numa Ãrea comum, na maioria das vezes por produtores sem terra, com tecnologia tradicional e sem qualquer mecanizaÃÃo. Isto tambÃm se liga à pecuÃria extensiva, porque a Ãrea explorada, assim que efetuada a colheita, transforma-se em capoeiras para a pastagem dos animais. Na policultura, o arroz constitui o produto mais voltado para o mercado e à utilizado pelo pequeno produtor para pagar o arrendamento da terra. Normalmente o arrendamento da terra à negociado em termos de certa quantidade de arroz por linha de roÃa. A mandioca, com a maturaÃÃo mais longa que o milho, o feijÃo e o arroz, tende a diminuir no consÃrcio, por exigÃncia dos proprietÃrios pecuaristas. O pecuarista exige, na negociaÃÃo do consorcio, que a mandioca nÃo seja plantada, para que assim a âsocaâ (resto da lavoura) sirva alimento ao gado ou para que seja plantado o capim. A palmeira do babaÃu assume grande importÃncia na regiÃo e permeia toda a produÃÃo agropecuÃria. A exploraÃÃo do seu coco contribui significativamente na geraÃÃo de renda e emprego, principalmente no perÃodo de entressafra. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSociologia do BabaÃu: condiÃÃes econÃmicas e sociais de reproduÃÃo camponesa no estado do MaranhÃoSociology of BabaÃu: economic and social conditions of peasant reproduction in the state of MaranhÃo1985-03-07Francisco Josà Rodrigues16867703387http://lattes.cnpq.br/5445864761474777Roberto ClÃudio de Almeida Carvalho 01794400397http://lattes.cnpq.br/0842202953248838Paulo de Melo Jorge Filho0139459235307489013372http://lattes.cnpq.br/1013987600705843Regina Stela de Melo VianaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRCoco babaÃu ProduÃÃo agropecuÃria MaranhÃoBabaÃu-nut Agricultural production MaranhÃoSOCIOLOGIAO coco babaÃu, primeiro produto na pauta de exportaÃÃo do MaranhÃo, atualmente desperta grande interesse tÃcnico e politico. Tanto de ÃrgÃos nacionais quanto internacionais. AlÃm da amÃndoa, parte do coco procurada na exploraÃÃo tradicional, o carvÃo, obtido da parte lenhosa, Ã, atualmente, muito cobiÃado pelas siderÃrgicas. Isto, graÃas a sua potencialidade calÃrica e a ausÃncia de enxofre na sua composiÃÃo. Na regiÃo de babaÃuais, que ocupa cerca de 100.000 km2 neste Estado, toda uma populaÃÃo de pequenos produtores tem grande parte de sua renda familiar advinda da exploraÃÃo do coco babaÃu. Seja na extraÃÃo da amÃndoa, seja na fabricaÃÃo do carvÃo. A pesquisa de campo foi concentrada nos municÃpios de Chapadinha e Vargem Grande. Onde foram ouvidos; produtores rurais, comerciantes, usineiros e proprietÃrios rurais. A quebra do coco à uma atividade sob o controle da mulher, que se estende à crianÃa. Existe um certo preconceito que inibe o trabalho do homem adulto nesta atividade. Sua safra, no perÃodo de entressafra agrÃcola, ocupa a mÃo-de-obra sazonalmente disponÃvel, garante uma renda adicional e custeia a produÃÃo de subsistÃncia. A estrutura de comercializaÃÃo, de forma suficientemente pulverizada, aglutina a produÃÃo agrÃcola e extrativa e as transfere para a esfera da circulaÃÃo. A substituiÃÃo da quebra manual pela quebra mecÃnica, iniciada na segunda metade da dÃcada 1970/80, ainda nÃo alterou o quadro geral da tecnologia rudimentar. Consideram-se essenciais e sugerem-se mudanÃas de ordem estrutural, institucional e polÃtica para que os produtores possam se beneficiar dos efeitos do processo de modernizaÃÃo e industrializaÃÃo e para garantir a preservaÃÃo dos babaÃuais, ameaÃados de extinÃÃo. A crise energÃtica mundial desencadeada pelo petrÃleo nos meados de 70 gerou preocupaÃÃes politicas e econÃmicas, provocando a busca de novas alternativas. Projetos de aproveitamento integral do coco babaÃu, anteriormente postos de lado, foram viabilizados politica e economicamente. O surgimento de unidades de aproveitamento integral deste coco iria, pois, provocar profundas alteraÃÃes econÃmicas e sociais nas suas unidades produtoras e na estrutura de comercializaÃÃo. Enquanto a indÃstria tradicional compra a amÃndoa, a indÃstria moderna tem como matÃria-prima principal o coco inteiro, simplificando, portanto, o processo de trabalho. Enquanto substitui a quebra e extraÃÃo da amÃndoa pela simples coleta do coco. Embora este processo tenha sido introduzido na Ãrea do estudo, por volta de 1979, atualmente à quase inexistente. Sà alguns proprietÃrios, interferindo no processo produtivo, vendem a sua produÃÃo de coco para a indÃstria de aproveitamento integral. (A Ãnica unidade em funcionamento està sediada em bacabal, Companhia Industrial TÃcnica â CIT). Os proprietÃrios nÃo foram suficientemente motivados para substituir o processo tradicional pelo processo de venda do coco inteiro. O preÃo do coco inteiro oferecido pelas indÃstrias nÃo foram suficientes para substituir as perdas resultantes do arrendamento dos babaÃuais para a quebra e extraÃÃo da amÃndoa e pelos ganhos auferidos na cobranÃa da renda da terra e na comercializaÃÃo dos outros produtos efetuadas pelo quitandeiro. AlÃm do mais, a ausÃncia da amÃndoa na circulaÃÃo de mercadorias, inviabiliza a presenÃa de muitas unidades comerciais e aumenta os custos do preposto do proprietÃrio para a cobranÃa e recebimento da renda fundiÃria. Apesar da importÃncia das decisÃes a nÃvel das unidades produtivas, dos grandes proprietÃrios, dos comerciantes e das industrias tradicionais à fundamental a determinaÃÃo do mercado internacional. Sendo regiÃo pobre, de estrutura fundiÃria estÃvel e de nÃvel tecnolÃgico rudimentar, a produÃÃo de alimentos acontece normalmente no sistema de consÃrcio. No sistema de produÃÃo de consÃrcio ou roÃa, os produtos (arroz, milho ou feijÃo e mandioca) sÃo plantados conjuntamente, numa Ãrea comum, na maioria das vezes por produtores sem terra, com tecnologia tradicional e sem qualquer mecanizaÃÃo. Isto tambÃm se liga à pecuÃria extensiva, porque a Ãrea explorada, assim que efetuada a colheita, transforma-se em capoeiras para a pastagem dos animais. Na policultura, o arroz constitui o produto mais voltado para o mercado e à utilizado pelo pequeno produtor para pagar o arrendamento da terra. Normalmente o arrendamento da terra à negociado em termos de certa quantidade de arroz por linha de roÃa. A mandioca, com a maturaÃÃo mais longa que o milho, o feijÃo e o arroz, tende a diminuir no consÃrcio, por exigÃncia dos proprietÃrios pecuaristas. O pecuarista exige, na negociaÃÃo do consorcio, que a mandioca nÃo seja plantada, para que assim a âsocaâ (resto da lavoura) sirva alimento ao gado ou para que seja plantado o capim. A palmeira do babaÃu assume grande importÃncia na regiÃo e permeia toda a produÃÃo agropecuÃria. A exploraÃÃo do seu coco contribui significativamente na geraÃÃo de renda e emprego, principalmente no perÃodo de entressafra.The babaÃu-nut, which is the main exportation product of MaranhÃo, gibes rise today to a technical and political interest, from a national and international viewpoint. For as much its almond is traditionally a raw material for oil production, as, now, the coal obtained from its ligneous rod is wanted by siderurgical factories, because it has strong energetic power, and, besides, has no sulphur in this composition. In the babassu grove region, which occupies ever 100.000 km2 in MaranhÃo, there is an important amount of human population withdrawing their earnings for survivial from the babassu nut‟s exploitation, either drawing out the almonds, or producing coal. The nut‟s breaking is typically made women, and children. There is even a prejudge about men‟s work in the babassu. Earnings obtained in this activity are, sufficient, which are face the costs with the activities for subsistence, which are exercised mainly by men. The substitution of a handly breaking by a mechanic one, started in the midst 1970‟s, has not yet modified the general aspect of a primitive technology. There is too a lacking in the structure of commercialization, giving easily way to the foreigner profiteer. This confirms the Oliveira‟s thesis according to which there is a âprimitive accumulationâ characterized by expropriation of the surplus in the rural economies. This results from a field survey undertaken in the big counties of Chapadinha and Varzea Grande with a representative sample. 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Sua safra, no perÃodo de entressafra agrÃcola, ocupa a mÃo-de-obra sazonalmente disponÃvel, garante uma renda adicional e custeia a produÃÃo de subsistÃncia. A estrutura de comercializaÃÃo, de forma suficientemente pulverizada, aglutina a produÃÃo agrÃcola e extrativa e as transfere para a esfera da circulaÃÃo. A substituiÃÃo da quebra manual pela quebra mecÃnica, iniciada na segunda metade da dÃcada 1970/80, ainda nÃo alterou o quadro geral da tecnologia rudimentar. Consideram-se essenciais e sugerem-se mudanÃas de ordem estrutural, institucional e polÃtica para que os produtores possam se beneficiar dos efeitos do processo de modernizaÃÃo e industrializaÃÃo e para garantir a preservaÃÃo dos babaÃuais, ameaÃados de extinÃÃo. A crise energÃtica mundial desencadeada pelo petrÃleo nos meados de 70 gerou preocupaÃÃes politicas e econÃmicas, provocando a busca de novas alternativas. Projetos de aproveitamento integral do coco babaÃu, anteriormente postos de lado, foram viabilizados politica e economicamente. O surgimento de unidades de aproveitamento integral deste coco iria, pois, provocar profundas alteraÃÃes econÃmicas e sociais nas suas unidades produtoras e na estrutura de comercializaÃÃo. Enquanto a indÃstria tradicional compra a amÃndoa, a indÃstria moderna tem como matÃria-prima principal o coco inteiro, simplificando, portanto, o processo de trabalho. Enquanto substitui a quebra e extraÃÃo da amÃndoa pela simples coleta do coco. Embora este processo tenha sido introduzido na Ãrea do estudo, por volta de 1979, atualmente à quase inexistente. Sà alguns proprietÃrios, interferindo no processo produtivo, vendem a sua produÃÃo de coco para a indÃstria de aproveitamento integral. (A Ãnica unidade em funcionamento està sediada em bacabal, Companhia Industrial TÃcnica â CIT). Os proprietÃrios nÃo foram suficientemente motivados para substituir o processo tradicional pelo processo de venda do coco inteiro. O preÃo do coco inteiro oferecido pelas indÃstrias nÃo foram suficientes para substituir as perdas resultantes do arrendamento dos babaÃuais para a quebra e extraÃÃo da amÃndoa e pelos ganhos auferidos na cobranÃa da renda da terra e na comercializaÃÃo dos outros produtos efetuadas pelo quitandeiro. AlÃm do mais, a ausÃncia da amÃndoa na circulaÃÃo de mercadorias, inviabiliza a presenÃa de muitas unidades comerciais e aumenta os custos do preposto do proprietÃrio para a cobranÃa e recebimento da renda fundiÃria. Apesar da importÃncia das decisÃes a nÃvel das unidades produtivas, dos grandes proprietÃrios, dos comerciantes e das industrias tradicionais à fundamental a determinaÃÃo do mercado internacional. Sendo regiÃo pobre, de estrutura fundiÃria estÃvel e de nÃvel tecnolÃgico rudimentar, a produÃÃo de alimentos acontece normalmente no sistema de consÃrcio. No sistema de produÃÃo de consÃrcio ou roÃa, os produtos (arroz, milho ou feijÃo e mandioca) sÃo plantados conjuntamente, numa Ãrea comum, na maioria das vezes por produtores sem terra, com tecnologia tradicional e sem qualquer mecanizaÃÃo. Isto tambÃm se liga à pecuÃria extensiva, porque a Ãrea explorada, assim que efetuada a colheita, transforma-se em capoeiras para a pastagem dos animais. Na policultura, o arroz constitui o produto mais voltado para o mercado e à utilizado pelo pequeno produtor para pagar o arrendamento da terra. Normalmente o arrendamento da terra à negociado em termos de certa quantidade de arroz por linha de roÃa. A mandioca, com a maturaÃÃo mais longa que o milho, o feijÃo e o arroz, tende a diminuir no consÃrcio, por exigÃncia dos proprietÃrios pecuaristas. O pecuarista exige, na negociaÃÃo do consorcio, que a mandioca nÃo seja plantada, para que assim a âsocaâ (resto da lavoura) sirva alimento ao gado ou para que seja plantado o capim. A palmeira do babaÃu assume grande importÃncia na regiÃo e permeia toda a produÃÃo agropecuÃria. A exploraÃÃo do seu coco contribui significativamente na geraÃÃo de renda e emprego, principalmente no perÃodo de entressafra. |
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The babaÃu-nut, which is the main exportation product of MaranhÃo, gibes rise today to a technical and political interest, from a national and international viewpoint. For as much its almond is traditionally a raw material for oil production, as, now, the coal obtained from its ligneous rod is wanted by siderurgical factories, because it has strong energetic power, and, besides, has no sulphur in this composition. In the babassu grove region, which occupies ever 100.000 km2 in MaranhÃo, there is an important amount of human population withdrawing their earnings for survivial from the babassu nut‟s exploitation, either drawing out the almonds, or producing coal. The nut‟s breaking is typically made women, and children. There is even a prejudge about men‟s work in the babassu. Earnings obtained in this activity are, sufficient, which are face the costs with the activities for subsistence, which are exercised mainly by men. The substitution of a handly breaking by a mechanic one, started in the midst 1970‟s, has not yet modified the general aspect of a primitive technology. There is too a lacking in the structure of commercialization, giving easily way to the foreigner profiteer. This confirms the Oliveira‟s thesis according to which there is a âprimitive accumulationâ characterized by expropriation of the surplus in the rural economies. This results from a field survey undertaken in the big counties of Chapadinha and Varzea Grande with a representative sample. We consider, in conclusion, some structural, institutional, and political aspects to be order to reach a stage of modernization and industrialization, and to preserve the babassu grove. |
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O coco babaÃu, primeiro produto na pauta de exportaÃÃo do MaranhÃo, atualmente desperta grande interesse tÃcnico e politico. Tanto de ÃrgÃos nacionais quanto internacionais. AlÃm da amÃndoa, parte do coco procurada na exploraÃÃo tradicional, o carvÃo, obtido da parte lenhosa, Ã, atualmente, muito cobiÃado pelas siderÃrgicas. Isto, graÃas a sua potencialidade calÃrica e a ausÃncia de enxofre na sua composiÃÃo. Na regiÃo de babaÃuais, que ocupa cerca de 100.000 km2 neste Estado, toda uma populaÃÃo de pequenos produtores tem grande parte de sua renda familiar advinda da exploraÃÃo do coco babaÃu. Seja na extraÃÃo da amÃndoa, seja na fabricaÃÃo do carvÃo. A pesquisa de campo foi concentrada nos municÃpios de Chapadinha e Vargem Grande. Onde foram ouvidos; produtores rurais, comerciantes, usineiros e proprietÃrios rurais. A quebra do coco à uma atividade sob o controle da mulher, que se estende à crianÃa. Existe um certo preconceito que inibe o trabalho do homem adulto nesta atividade. 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Projetos de aproveitamento integral do coco babaÃu, anteriormente postos de lado, foram viabilizados politica e economicamente. O surgimento de unidades de aproveitamento integral deste coco iria, pois, provocar profundas alteraÃÃes econÃmicas e sociais nas suas unidades produtoras e na estrutura de comercializaÃÃo. Enquanto a indÃstria tradicional compra a amÃndoa, a indÃstria moderna tem como matÃria-prima principal o coco inteiro, simplificando, portanto, o processo de trabalho. Enquanto substitui a quebra e extraÃÃo da amÃndoa pela simples coleta do coco. Embora este processo tenha sido introduzido na Ãrea do estudo, por volta de 1979, atualmente à quase inexistente. Sà alguns proprietÃrios, interferindo no processo produtivo, vendem a sua produÃÃo de coco para a indÃstria de aproveitamento integral. (A Ãnica unidade em funcionamento està sediada em bacabal, Companhia Industrial TÃcnica â CIT). Os proprietÃrios nÃo foram suficientemente motivados para substituir o processo tradicional pelo processo de venda do coco inteiro. O preÃo do coco inteiro oferecido pelas indÃstrias nÃo foram suficientes para substituir as perdas resultantes do arrendamento dos babaÃuais para a quebra e extraÃÃo da amÃndoa e pelos ganhos auferidos na cobranÃa da renda da terra e na comercializaÃÃo dos outros produtos efetuadas pelo quitandeiro. AlÃm do mais, a ausÃncia da amÃndoa na circulaÃÃo de mercadorias, inviabiliza a presenÃa de muitas unidades comerciais e aumenta os custos do preposto do proprietÃrio para a cobranÃa e recebimento da renda fundiÃria. Apesar da importÃncia das decisÃes a nÃvel das unidades produtivas, dos grandes proprietÃrios, dos comerciantes e das industrias tradicionais à fundamental a determinaÃÃo do mercado internacional. Sendo regiÃo pobre, de estrutura fundiÃria estÃvel e de nÃvel tecnolÃgico rudimentar, a produÃÃo de alimentos acontece normalmente no sistema de consÃrcio. No sistema de produÃÃo de consÃrcio ou roÃa, os produtos (arroz, milho ou feijÃo e mandioca) sÃo plantados conjuntamente, numa Ãrea comum, na maioria das vezes por produtores sem terra, com tecnologia tradicional e sem qualquer mecanizaÃÃo. Isto tambÃm se liga à pecuÃria extensiva, porque a Ãrea explorada, assim que efetuada a colheita, transforma-se em capoeiras para a pastagem dos animais. Na policultura, o arroz constitui o produto mais voltado para o mercado e à utilizado pelo pequeno produtor para pagar o arrendamento da terra. Normalmente o arrendamento da terra à negociado em termos de certa quantidade de arroz por linha de roÃa. A mandioca, com a maturaÃÃo mais longa que o milho, o feijÃo e o arroz, tende a diminuir no consÃrcio, por exigÃncia dos proprietÃrios pecuaristas. O pecuarista exige, na negociaÃÃo do consorcio, que a mandioca nÃo seja plantada, para que assim a âsocaâ (resto da lavoura) sirva alimento ao gado ou para que seja plantado o capim. A palmeira do babaÃu assume grande importÃncia na regiÃo e permeia toda a produÃÃo agropecuÃria. A exploraÃÃo do seu coco contribui significativamente na geraÃÃo de renda e emprego, principalmente no perÃodo de entressafra. |
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