Carta-crÃnica: uma tradiÃÃo discursiva no jornalismo potiguar.

• Autor(a) principal: Lucimar Bezerra Dantas da Silva
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9272
• topic: Carta-crÃnica; GÃnero discursivo; TradiÃÃo discursiva; MemÃria; Chronicle letter; Discursive genre; Discursive tradition; Memory; LINGUISTICA

O objetivo geral desta pesquisa foi o de descrever e caracterizar a carta-crÃnica como um gÃnero discursivo, numa perspectiva sincrÃnica, e como uma tradiÃÃo discursiva (TD), numa perspectiva diacrÃnica. O referencial teÃrico no qual nos apoiamos para descrever esse gÃnero foi a teoria enunciativa de Bakhtin (2010, 2003, 1988, 1976), especialmente os conceitos de transmutaÃÃo e hibridismo; a teoria dos gÃneros com base em Bhatia (2009, 2004, 2001, 1990; Swales (2009, 2004, 1990); Bazerman (2005, 1994) e Maingueneau (2011, 2006). Para caracterizar a carta como uma TD tomamos como referÃncia Coseriu (1979, 1980, 2007); Schlieben-Lange(1983); Kabatek (2004a,b ) e Koch (2008). A metodologia utilizada baseou-se no modelo proposto por Zavam (2009) para a anÃlise diacrÃnica de gÃneros. A aplicaÃÃo dessa metodologia permitiu que constituÃssemos um corpus de 75 cartas-crÃnica, coletadas nos jornais do Rio Grande do Norte, A RepÃblica, Diario de Natal (Propriedade do âCentro da igreja Catholica) e Tribuna do Norte , no perÃodo de 1914 a 2010. Para conhecer a trajetÃria da carta-crÃnica e identificar as transformaÃÃes pelas quais elas foram afetadas ao longo do tempo, dividimos os corpus em trÃs fases, com uma amostra de 25 cartas em cada fase. A anÃlise dos dados nos autoriza a afirmar que a carta-crÃnica à uma tradiÃÃo discursiva no jornalismo potiguar. Os resultados mostram que a tradiÃÃo discursiva carta-crÃnica se caracteriza pela evocaÃÃo ao passado. Portanto, a narrativa de histÃrias passadas evocadas pela memÃria à o traÃo definidor dessa TD.