A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13347 |
Resumo: | Pretendemos, com esta dissertaÃÃo, enfatizar o problema da imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento na obra Ãtica de Benedictus de Spinoza (1632 â 1677). Na Parte II da Ãtica, o autor explicita os trÃs gÃneros de conhecimento: a imaginaÃÃo (o primeiro gÃnero), a razÃo (o segundo) e a ciÃncia intuitiva (o terceiro). Nossa hipÃtese à de que hà uma interaÃÃo entre o primeiro e terceiro gÃneros e que ocorre da seguinte forma: (1) pela preocupaÃÃo de Spinoza em usar a imaginaÃÃo para que a mente vincule as coisas exteriores ao contexto ontolÃgico da imanÃncia. E (2) pela inevitabilidade dos signos linguÃsticos (enquanto parte da imaginaÃÃo), sem os quais a potÃncia do intelecto (na ciÃncia intuitiva) nÃo seria capaz de comunicar o prÃprio sistema do autor. Faz-se necessÃrio, primeiramente, a explicaÃÃo do terceiro gÃnero de conhecimento e seu pressuposto ontolÃgico (substÃncia, atributos e modos). Essa exposiÃÃo somente à possÃvel pela mediaÃÃo das Partes I, II, III e V da obra aqui tratada. Posteriormente, analisa-se a imaginaÃÃo enquanto fonte de um conhecimento confuso especificamente na Parte II. No entanto, reconhecemos que ela prÃpria pode ser uma potÃncia, como Spinoza assinala na ProposiÃÃo XVII desta parte. Por fim, ao sobrepor imaginaÃÃo e ciÃncia intuitiva, depreendemos como hipÃtese que, em Ãltima instÃncia, a potÃncia da imaginaÃÃo està em seu vÃnculo direto com o terceiro gÃnero de conhecimento. Propomos, da mesma forma, que a ciÃncia intuitiva funda a ideia central da ontologia de Spinoza (ideia de Deus), da qual todas as outras sÃo deduzidas, conforme o mÃtodo geomÃtrico utilizado na Ãtica. Tal mÃtodo se funda na ciÃncia intuitiva e utiliza-se dos signos linguÃsticos, para comunicar sistematicamente a ontologia de Spinoza. |
id |
UFC_9119316327c337b348f68d4c9b306d44 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:7712 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em SpinozaImagination in the third kind of knowledge in Spinoza2014-02-03kleber Carneiro Amora19126891387Luiz Felipe Netto de Andrade e Silva Sahd54019303991http://lattes.cnpq.br/4699855762198405 Emanuel Angelo da Rocha Fragoso54368600797 http://lattes.cnpq.br/496201845402067202197844342http://lattes.cnpq.br/3597487399949035Jayme Mathias NettoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FilosofiaUFCBRImaginaÃÃo CiÃncia Intuitiva Ãtica MÃtodo GeomÃtricoImagination Intuitive Science Ethics Geometric MethodFILOSOFIAPretendemos, com esta dissertaÃÃo, enfatizar o problema da imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento na obra Ãtica de Benedictus de Spinoza (1632 â 1677). Na Parte II da Ãtica, o autor explicita os trÃs gÃneros de conhecimento: a imaginaÃÃo (o primeiro gÃnero), a razÃo (o segundo) e a ciÃncia intuitiva (o terceiro). Nossa hipÃtese à de que hà uma interaÃÃo entre o primeiro e terceiro gÃneros e que ocorre da seguinte forma: (1) pela preocupaÃÃo de Spinoza em usar a imaginaÃÃo para que a mente vincule as coisas exteriores ao contexto ontolÃgico da imanÃncia. E (2) pela inevitabilidade dos signos linguÃsticos (enquanto parte da imaginaÃÃo), sem os quais a potÃncia do intelecto (na ciÃncia intuitiva) nÃo seria capaz de comunicar o prÃprio sistema do autor. Faz-se necessÃrio, primeiramente, a explicaÃÃo do terceiro gÃnero de conhecimento e seu pressuposto ontolÃgico (substÃncia, atributos e modos). Essa exposiÃÃo somente à possÃvel pela mediaÃÃo das Partes I, II, III e V da obra aqui tratada. Posteriormente, analisa-se a imaginaÃÃo enquanto fonte de um conhecimento confuso especificamente na Parte II. No entanto, reconhecemos que ela prÃpria pode ser uma potÃncia, como Spinoza assinala na ProposiÃÃo XVII desta parte. Por fim, ao sobrepor imaginaÃÃo e ciÃncia intuitiva, depreendemos como hipÃtese que, em Ãltima instÃncia, a potÃncia da imaginaÃÃo està em seu vÃnculo direto com o terceiro gÃnero de conhecimento. Propomos, da mesma forma, que a ciÃncia intuitiva funda a ideia central da ontologia de Spinoza (ideia de Deus), da qual todas as outras sÃo deduzidas, conforme o mÃtodo geomÃtrico utilizado na Ãtica. Tal mÃtodo se funda na ciÃncia intuitiva e utiliza-se dos signos linguÃsticos, para comunicar sistematicamente a ontologia de Spinoza. Our aim, with this work, is emphasize the problem of imagination in the third kind of knowledge in the work Ethics by Benedictus de Spinoza (1632-1677). In part II of Ethics, the author explicits the three kinds of knowledge: the imagination (the first kind), the reason (the second kind) and the intuitive science (the third). Our conjecture is that there is an interaction between the first and the third kinds and that this occurs as follows: (1) by the Spinozaâs preoccupation in use the imagination so that the mind links the external things to the ontological context of immanence. And (2) by the inevitability of linguistic signals (while part of imagination), without which the power of intellect (in intuitive science) would not be able to communicate the own authorâs system. It is necessary, first of all, the explanation of the third gender of knowledge and its ontological presupposition (substance, attributes and modes). This exposition is possible only by the mediation of Parts I, II, III and IV of the treated work. Posteriorly, is analyzed the imagination as source of a confused knowledge, specifically in Part II. However, we recognize that itself may be a power, as Spinoza notes in proposition XVII of this part. Finally, by superimposing imagination and intuitive science, we inferred as a hypothesis that, ultimately, the power of imagination is in direct bond with the third kind of knowledge. We propose, in the same way, that the intuitive science founds the central idea of ontology in Spinoza (idea of God), from which all the others are deduced, according to the geometric method utilized in Ethics. Such a method founds itself in the intuitive science and makes use of linguistic signals, to communicate systematically the Spinozaâs ontology. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13347application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:26:38Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Imagination in the third kind of knowledge in Spinoza |
title |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
spellingShingle |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza Jayme Mathias Netto ImaginaÃÃo CiÃncia Intuitiva Ãtica MÃtodo GeomÃtrico Imagination Intuitive Science Ethics Geometric Method FILOSOFIA |
title_short |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
title_full |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
title_fullStr |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
title_full_unstemmed |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
title_sort |
A imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento em Spinoza |
author |
Jayme Mathias Netto |
author_facet |
Jayme Mathias Netto |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
kleber Carneiro Amora |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
19126891387 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Luiz Felipe Netto de Andrade e Silva Sahd |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
54019303991 |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4699855762198405 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Emanuel Angelo da Rocha Fragoso |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
54368600797 |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4962018454020672 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
02197844342 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3597487399949035 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Jayme Mathias Netto |
contributor_str_mv |
kleber Carneiro Amora Luiz Felipe Netto de Andrade e Silva Sahd Emanuel Angelo da Rocha Fragoso |
dc.subject.por.fl_str_mv |
ImaginaÃÃo CiÃncia Intuitiva Ãtica MÃtodo GeomÃtrico |
topic |
ImaginaÃÃo CiÃncia Intuitiva Ãtica MÃtodo GeomÃtrico Imagination Intuitive Science Ethics Geometric Method FILOSOFIA |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Imagination Intuitive Science Ethics Geometric Method |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
FILOSOFIA |
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Pretendemos, com esta dissertaÃÃo, enfatizar o problema da imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento na obra Ãtica de Benedictus de Spinoza (1632 â 1677). Na Parte II da Ãtica, o autor explicita os trÃs gÃneros de conhecimento: a imaginaÃÃo (o primeiro gÃnero), a razÃo (o segundo) e a ciÃncia intuitiva (o terceiro). Nossa hipÃtese à de que hà uma interaÃÃo entre o primeiro e terceiro gÃneros e que ocorre da seguinte forma: (1) pela preocupaÃÃo de Spinoza em usar a imaginaÃÃo para que a mente vincule as coisas exteriores ao contexto ontolÃgico da imanÃncia. E (2) pela inevitabilidade dos signos linguÃsticos (enquanto parte da imaginaÃÃo), sem os quais a potÃncia do intelecto (na ciÃncia intuitiva) nÃo seria capaz de comunicar o prÃprio sistema do autor. Faz-se necessÃrio, primeiramente, a explicaÃÃo do terceiro gÃnero de conhecimento e seu pressuposto ontolÃgico (substÃncia, atributos e modos). Essa exposiÃÃo somente à possÃvel pela mediaÃÃo das Partes I, II, III e V da obra aqui tratada. Posteriormente, analisa-se a imaginaÃÃo enquanto fonte de um conhecimento confuso especificamente na Parte II. No entanto, reconhecemos que ela prÃpria pode ser uma potÃncia, como Spinoza assinala na ProposiÃÃo XVII desta parte. Por fim, ao sobrepor imaginaÃÃo e ciÃncia intuitiva, depreendemos como hipÃtese que, em Ãltima instÃncia, a potÃncia da imaginaÃÃo està em seu vÃnculo direto com o terceiro gÃnero de conhecimento. Propomos, da mesma forma, que a ciÃncia intuitiva funda a ideia central da ontologia de Spinoza (ideia de Deus), da qual todas as outras sÃo deduzidas, conforme o mÃtodo geomÃtrico utilizado na Ãtica. Tal mÃtodo se funda na ciÃncia intuitiva e utiliza-se dos signos linguÃsticos, para comunicar sistematicamente a ontologia de Spinoza. |
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv |
Our aim, with this work, is emphasize the problem of imagination in the third kind of knowledge in the work Ethics by Benedictus de Spinoza (1632-1677). In part II of Ethics, the author explicits the three kinds of knowledge: the imagination (the first kind), the reason (the second kind) and the intuitive science (the third). Our conjecture is that there is an interaction between the first and the third kinds and that this occurs as follows: (1) by the Spinozaâs preoccupation in use the imagination so that the mind links the external things to the ontological context of immanence. And (2) by the inevitability of linguistic signals (while part of imagination), without which the power of intellect (in intuitive science) would not be able to communicate the own authorâs system. It is necessary, first of all, the explanation of the third gender of knowledge and its ontological presupposition (substance, attributes and modes). This exposition is possible only by the mediation of Parts I, II, III and IV of the treated work. Posteriorly, is analyzed the imagination as source of a confused knowledge, specifically in Part II. However, we recognize that itself may be a power, as Spinoza notes in proposition XVII of this part. Finally, by superimposing imagination and intuitive science, we inferred as a hypothesis that, ultimately, the power of imagination is in direct bond with the third kind of knowledge. We propose, in the same way, that the intuitive science founds the central idea of ontology in Spinoza (idea of God), from which all the others are deduced, according to the geometric method utilized in Ethics. Such a method founds itself in the intuitive science and makes use of linguistic signals, to communicate systematically the Spinozaâs ontology. |
description |
Pretendemos, com esta dissertaÃÃo, enfatizar o problema da imaginaÃÃo no terceiro gÃnero de conhecimento na obra Ãtica de Benedictus de Spinoza (1632 â 1677). Na Parte II da Ãtica, o autor explicita os trÃs gÃneros de conhecimento: a imaginaÃÃo (o primeiro gÃnero), a razÃo (o segundo) e a ciÃncia intuitiva (o terceiro). Nossa hipÃtese à de que hà uma interaÃÃo entre o primeiro e terceiro gÃneros e que ocorre da seguinte forma: (1) pela preocupaÃÃo de Spinoza em usar a imaginaÃÃo para que a mente vincule as coisas exteriores ao contexto ontolÃgico da imanÃncia. E (2) pela inevitabilidade dos signos linguÃsticos (enquanto parte da imaginaÃÃo), sem os quais a potÃncia do intelecto (na ciÃncia intuitiva) nÃo seria capaz de comunicar o prÃprio sistema do autor. Faz-se necessÃrio, primeiramente, a explicaÃÃo do terceiro gÃnero de conhecimento e seu pressuposto ontolÃgico (substÃncia, atributos e modos). Essa exposiÃÃo somente à possÃvel pela mediaÃÃo das Partes I, II, III e V da obra aqui tratada. Posteriormente, analisa-se a imaginaÃÃo enquanto fonte de um conhecimento confuso especificamente na Parte II. No entanto, reconhecemos que ela prÃpria pode ser uma potÃncia, como Spinoza assinala na ProposiÃÃo XVII desta parte. Por fim, ao sobrepor imaginaÃÃo e ciÃncia intuitiva, depreendemos como hipÃtese que, em Ãltima instÃncia, a potÃncia da imaginaÃÃo està em seu vÃnculo direto com o terceiro gÃnero de conhecimento. Propomos, da mesma forma, que a ciÃncia intuitiva funda a ideia central da ontologia de Spinoza (ideia de Deus), da qual todas as outras sÃo deduzidas, conforme o mÃtodo geomÃtrico utilizado na Ãtica. Tal mÃtodo se funda na ciÃncia intuitiva e utiliza-se dos signos linguÃsticos, para comunicar sistematicamente a ontologia de Spinoza. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-02-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
masterThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13347 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13347 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Filosofia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295198972739584 |