Efeito gastroprotetor de uma fraÃÃo proteica isolada do lÃtex de Plumeria rubra L. (APOCYNACEAE) em lesÃo gÃstrica induzida por etanol: envolvimento de receptores TRPV1, da via NO/GMPc/KATP e da glutationa.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rachel Sindeaux Paiva Pinheiro
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8124
Resumo: A Plumeria rubra L. à uma planta laticÃfera pertencente à famÃlia Apocynaceae, popularmente conhecida como Jasmim. Esta amplamente distribuÃda em regiÃes tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil. Essa planta à utilizada popularmente para o tratamento de sÃfilis, febre e como purgativo. Alguns estudos mostram que o lÃtex de P. rubra possui atividade antioxidante e vasodilatadora. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito gastroprotetor das proteÃnas laticÃferas da Plumeria rubra (PrLP) em modelo de Ãlcera gÃstrica induzida por etanol, investigar o possÃvel envolvimento dos receptores TRPV1, da via NOGMPcKATP e da glutationa, e possÃveis efeitos tÃxicos. A manipulaÃÃo dos animais e os protocolos experimentais foram registrados no Comità de Ãtica Institucional sob o nÃmero 057/2010. Camundongos Swiss (n = 8), em jejum de 16h, foram tratados por via intravenosa com PrLP nas doses de 0,05; 0,5; 5 e 50 mg/kg. ApÃs 30 min da administraÃÃo de PrLP os animais receberam 0,2 ml de etanol absoluto v.o. Decorridos 60 min dessa administraÃÃo, os animais foram sacrificados, os estÃmagos removidos e analisados para determinaÃÃo do Ãndice de lesÃo. Para investigar o envolvimento de mediadores no efeito de PrLP, os animais receberam indometacina (10 mg/kg; v.o.), L-NAME (20 mg/kg; i.p.), ODQ (10 mg/kg; i.p.), glibenclamida (5 mg/kg; i.p.) e capsazepina (5 mg/kg; i.p) antes do tratamento com PrLP (0,5 mg/kg; i.v.). Misoprostol (50 Âg/kg v.o), L-arginina (600 mg/kg; i.p.), diazÃxido (3mg/kg; i.p.) e capsaicina (0,3 mg/kg; v.o.) foram utilizados como droga-padrÃo. Para avaliar o efeito de PrLP sobre os nÃveis de NO3-/NO2, foi realizada sua dosagem no homogenato do estÃmago, mas para investigar um possÃvel efeito antioxidante, foi realizada a dosagem dos nÃveis de GSH em estÃmagos normais e lesionados. Para a toxicidade sub-crÃnica os animais foram tratados por 7 dias com a dose de 50 mg/kg; i.v., seguido da avaliaÃÃo de vÃrios parÃmetros, tais como: peso corporal, hemograma completo, bioquÃmicos (urÃia, ALT e AST) e peso Ãmido de ÃrgÃos vitais (coraÃÃo, baÃo, fÃgado e rim). PrLP nas doses de 0,5; 5 e 50 mg/kg foi capaz de inibir lesÃo gÃstrica em 81,9; 72,8 e 68%, respectivamente, recuperou os nÃveis de GSH na mucosa em 105% quando comparados com o grupo etanol e nÃo alterou os nÃveis de GSH em animais que nÃo tiveram seus estÃmagos lesionados pelo etanol. Adicionalmente, PrLP tambÃm aumentou em 26% os nÃveis de NO3-/NO2- que foram reduzidos pela administraÃÃo de etanol. Indometacina, L-NAME, ODQ, Glibenclamida e capsazepina foram capazes de reverter o efeito de PrLP, demonstrando o envolvimento das Prostaglandinas, NO, GMPc, canais de KATP e dos receptores TRPV1 em seu mecanismo de aÃÃo. AlÃm disso, o tratamento por 7 dias com PrLP nÃo alterou nenhum parÃmetro avaliado, mostrando seguranÃa no seu uso. Estes resultados indicam que PrLP possui atividade farmacolÃgica gastroprotetora sobre a mucosa do estÃmago ao qual parece ser mediada em parte pela modulaÃÃo de prostaglandina, pela via NO/GMPc/KATP e pelos receptores TRPV1, ao qual possuem papel fundamental na manutenÃÃo do fluxo sanguÃneo e na defesa da mucosa gÃstrica. PrLP atua evitando a depleÃÃo dos nÃveis de GSH induzidas pelo etanol. Sendo isto importante para a manutenÃÃo das defesas antioxidantes da mucosa. AlÃm do mais, PrLP nÃo apresenta toxicidade aguda nos animais.
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(APOCYNACEAE) latex in ethanol-induced gastric damage: involvement of TRPV1 receptor, NO/cGMP/KATP pathway and glutathione.2012-07-12Nylane Maria Nunes de Alencar32184573353http://lattes.cnpq.br/9219662256316695FlÃvia Almeida Santos48438421334http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4791154J9MÃrcio Viana Ramos30184134315http://lattes.cnpq.br/938011244944404102163972356http://lattes.cnpq.br/6739415401595524Rachel Sindeaux Paiva PinheiroUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRlaticifer proteins Plumeria rubra gastric ulcer ethanolFARMACOLOGIAA Plumeria rubra L. à uma planta laticÃfera pertencente à famÃlia Apocynaceae, popularmente conhecida como Jasmim. Esta amplamente distribuÃda em regiÃes tropicais e subtropicais, incluindo o Brasil. Essa planta à utilizada popularmente para o tratamento de sÃfilis, febre e como purgativo. Alguns estudos mostram que o lÃtex de P. rubra possui atividade antioxidante e vasodilatadora. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito gastroprotetor das proteÃnas laticÃferas da Plumeria rubra (PrLP) em modelo de Ãlcera gÃstrica induzida por etanol, investigar o possÃvel envolvimento dos receptores TRPV1, da via NOGMPcKATP e da glutationa, e possÃveis efeitos tÃxicos. A manipulaÃÃo dos animais e os protocolos experimentais foram registrados no Comità de Ãtica Institucional sob o nÃmero 057/2010. Camundongos Swiss (n = 8), em jejum de 16h, foram tratados por via intravenosa com PrLP nas doses de 0,05; 0,5; 5 e 50 mg/kg. ApÃs 30 min da administraÃÃo de PrLP os animais receberam 0,2 ml de etanol absoluto v.o. Decorridos 60 min dessa administraÃÃo, os animais foram sacrificados, os estÃmagos removidos e analisados para determinaÃÃo do Ãndice de lesÃo. Para investigar o envolvimento de mediadores no efeito de PrLP, os animais receberam indometacina (10 mg/kg; v.o.), L-NAME (20 mg/kg; i.p.), ODQ (10 mg/kg; i.p.), glibenclamida (5 mg/kg; i.p.) e capsazepina (5 mg/kg; i.p) antes do tratamento com PrLP (0,5 mg/kg; i.v.). Misoprostol (50 Âg/kg v.o), L-arginina (600 mg/kg; i.p.), diazÃxido (3mg/kg; i.p.) e capsaicina (0,3 mg/kg; v.o.) foram utilizados como droga-padrÃo. Para avaliar o efeito de PrLP sobre os nÃveis de NO3-/NO2, foi realizada sua dosagem no homogenato do estÃmago, mas para investigar um possÃvel efeito antioxidante, foi realizada a dosagem dos nÃveis de GSH em estÃmagos normais e lesionados. Para a toxicidade sub-crÃnica os animais foram tratados por 7 dias com a dose de 50 mg/kg; i.v., seguido da avaliaÃÃo de vÃrios parÃmetros, tais como: peso corporal, hemograma completo, bioquÃmicos (urÃia, ALT e AST) e peso Ãmido de ÃrgÃos vitais (coraÃÃo, baÃo, fÃgado e rim). PrLP nas doses de 0,5; 5 e 50 mg/kg foi capaz de inibir lesÃo gÃstrica em 81,9; 72,8 e 68%, respectivamente, recuperou os nÃveis de GSH na mucosa em 105% quando comparados com o grupo etanol e nÃo alterou os nÃveis de GSH em animais que nÃo tiveram seus estÃmagos lesionados pelo etanol. Adicionalmente, PrLP tambÃm aumentou em 26% os nÃveis de NO3-/NO2- que foram reduzidos pela administraÃÃo de etanol. Indometacina, L-NAME, ODQ, Glibenclamida e capsazepina foram capazes de reverter o efeito de PrLP, demonstrando o envolvimento das Prostaglandinas, NO, GMPc, canais de KATP e dos receptores TRPV1 em seu mecanismo de aÃÃo. AlÃm disso, o tratamento por 7 dias com PrLP nÃo alterou nenhum parÃmetro avaliado, mostrando seguranÃa no seu uso. Estes resultados indicam que PrLP possui atividade farmacolÃgica gastroprotetora sobre a mucosa do estÃmago ao qual parece ser mediada em parte pela modulaÃÃo de prostaglandina, pela via NO/GMPc/KATP e pelos receptores TRPV1, ao qual possuem papel fundamental na manutenÃÃo do fluxo sanguÃneo e na defesa da mucosa gÃstrica. PrLP atua evitando a depleÃÃo dos nÃveis de GSH induzidas pelo etanol. Sendo isto importante para a manutenÃÃo das defesas antioxidantes da mucosa. AlÃm do mais, PrLP nÃo apresenta toxicidade aguda nos animais.The Plumeria rubra is a laticifer plant of family Apocynaceae, popularly known as âJasmimâ. It is widely distributed in tropical and subtropical regions, including Brazil. This plant is commonly used for the treatment of syphilis, fever, and as a purgative. Some studies show that the latex of P. rubra has antioxidant and vasodilator activity. The aim of this study was to evaluate the gastroprotective effect of laticifers proteins of Plumeria rubra (PrLP) in ethanol-induced gastric damage, to investigate the possible involvement of TRPV1 receptors, NOcGMPKATP pathway and glutathione, and possible toxic effects. Animal handling and experimental protocols were registered on the Institutional Ethics Committee under number 057/2010. Swiss mice (n=8), fasting for 16 hours, were treated intravenously (i.v.) with PrLP doses of 0.05, 0.5, 5 and 50 mg/kg. After 30 min the animals received 0.2 ml of absolute ethanol per oral (p.o.). After 60 min of ethanol administration, the animals were sacrificed, their stomachs removed and analyzed to determine lesion index. To investigate the involvement of mediators in PrLP effect, animals received indomethacin (10 mg/kg, p.o.), L-NAME (20 mg/kg, i.p.), ODQ (10 mg/kg, i.p.), glibenclamide (5 mg/kg, i.p.) and capsazepine (5 mg/kg, i.p.) prior to treatment with PrLP (0.5 mg/kg i.v.). Misoprostol (50 Âg/kg; p.o.), L-arginine (600 mg/kg; i.p.), diazoxide (3 mg/kg; i.p.) and capsaicin (0.3 mg/kg; p.o.) were used as standard-drug. To evaluate the effect of PrLP on the levels of NO3-/NO2, the dosage was performed in the homogenate of the stomach, but to investigate a possible antioxidant effect, it was carried out the measurement of the GSH levels in normal and injured stomachs. For sub-chronic toxicity animals were treated for 7 days with 50 mg/kg i.v., followed by evaluation of various parameters, such as: body weight, complete blood count, biochemical (urea, ALT, AST) and wet weight of vital organs (heart, spleen, liver and kidney). PrLP at doses of 0.5, 5 and 50 mg/kg was able to inhibit the gastric lesions by 81.9, 72.8 and 68%, respectively, retrieving the GSH levels in the mucosa by 105% compared with the ethanol group and PrLP did not alter the GSH levels in animals that were not ethanol-lesioned stomachs. Additionally, PrLP also increased in 26% NO3-/NO2- levels that were reduced by ethanol administration. Indometacin, L-NAME, ODQ, glibenclamide and capsazepine were able to reverse the PrLP protective effect, demonstrating the involvement of prostaglandins, NO, GMPc, potassium channels ATP-dependent and TRPV1 receptors in its mechanism of action. Furthermore, the treatment for 7 days with PrLP did not change any parameter evaluated showing safety in their use. These results indicate that PrLP have gastroprotective pharmacology activity on the gastric mucosa which seems to be mediated in part by modulation of prostaglandin, NO/cGMP/KATP pathway and TRPV1 receptors, which play a fundamental role in maintaining blood flow and gastric mucosa defense. PrLP acts avoiding depletion of GSH levels ethanol-induced. Since this is important for the maintenance of mucosal antioxidant defenses. Moreover, PrLP did not shown acute toxicity in animals.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8124application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:10Zmail@mail.com -
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