A emergÃncia de metÃforas na fala sobre violÃncia urbana: uma anÃlise cognitivo-discursiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8360 |
Resumo: | O discurso pode ser compreendido como um sistema dinÃmico complexo, que se adapta de acordo com as necessidades contextuais. Desse modo, as metÃforas presentes nos discursos parecem emergir a partir de uma negociaÃÃo de conceitos durante a interaÃÃo conversacional. Cameron (2003, 2007, 2008) chama estes tipos de metÃforas de sistemÃticas, pois percorrem diversas falas, apontando para uma construÃÃo colaborativa. A emergÃncia destas metÃforas significa uma estabilidade temporÃria no discurso, resultante da interaÃÃo entre diversos agentes: pragmÃticos, sociais, culturais, histÃricos e cognitivos. Contudo, Cameron nÃo especifica que recursos cognitivos podem ter sido usados para fazer emergir estas estabilizaÃÃes. Esta pesquisa sugere que o sistema dinÃmico discursivo à tambÃm constituÃdo de estruturas conceituais esquemÃticas derivadas das experiÃncias bÃsicas corpÃreas comuns a todos (ou pelo menos a maioria) dos seres humanos: os esquemas imagÃtico-cinestÃsicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) e as metÃforas conceituais primÃrias (GRADY, 1997). Assim, entendemos que a metÃfora sistemÃtica nÃo emerge somente do discurso, mas tambÃm da cogniÃÃo, em uma dupla direcionalidade (discurso-cogniÃÃo e vice-versa). A fim de confirmar este pensamento, foi utilizada a tÃcnica de investigaÃÃo de grupo focal, formado por jovens adultos universitÃrios, que discorreram sobre violÃncia urbana. O discurso foi gravado em Ãudio e vÃdeo, depois transcrito segundo os procedimentos listados por Cameron et al. (2009). A pesquisa à de natureza qualitativa, portanto os dados sÃo interpretados utilizando os seguintes referenciais teÃricos: Teoria Integrada da MetÃfora PrimÃria (LAKOFF & JOHNSON, 1999), esquemas imagÃtico-cinestÃsicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Teoria dos Sistemas DinÃmicos Complexos Adaptativos e a anÃlise do discurso à luz da metÃfora (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). As metÃforas sistemÃticas foram identificadas e relacionadas aos esquemas e metÃforas primÃrias, sendo possÃvel inferir que a emergÃncia de linguagem figurada no discurso ocorre dinamicamente em duas vias. AlÃm disso, verificamos que esquemas e metÃforas primÃrias parecem ser alguns dos agentes cognitivos envolvidos nestas emergÃncias, e os tÃpicos discursivos sÃo os agentes que motivam o uso de certos esquemas e metÃforas primÃrias em detrimento de outros. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA emergÃncia de metÃforas na fala sobre violÃncia urbana: uma anÃlise cognitivo-discursivaThe metaphor emergence in the speech of urban violence: a discourse-cognitive analysis2012-08-07Ana Cristina Pelosi Silva de Macedo12814326104http://lattes.cnpq.br/7075430199627895 LÃvia MÃrcia Tiba RÃdis Baptista07025433810Marcos Antonio Costa21065853300 http://lattes.cnpq.br/206341729753495900412695359 http://lattes.cnpq.br/4515800168868222JoÃo Paulo Rodrigues de LimaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃsticaUFCBRmetÃforas sistemÃticas esquemas imagÃtico-cinestÃsicos metÃforas primÃriassystematic metaphors image and kinesthetic schemas primary metaphorsLINGUISTICAO discurso pode ser compreendido como um sistema dinÃmico complexo, que se adapta de acordo com as necessidades contextuais. Desse modo, as metÃforas presentes nos discursos parecem emergir a partir de uma negociaÃÃo de conceitos durante a interaÃÃo conversacional. Cameron (2003, 2007, 2008) chama estes tipos de metÃforas de sistemÃticas, pois percorrem diversas falas, apontando para uma construÃÃo colaborativa. A emergÃncia destas metÃforas significa uma estabilidade temporÃria no discurso, resultante da interaÃÃo entre diversos agentes: pragmÃticos, sociais, culturais, histÃricos e cognitivos. Contudo, Cameron nÃo especifica que recursos cognitivos podem ter sido usados para fazer emergir estas estabilizaÃÃes. Esta pesquisa sugere que o sistema dinÃmico discursivo à tambÃm constituÃdo de estruturas conceituais esquemÃticas derivadas das experiÃncias bÃsicas corpÃreas comuns a todos (ou pelo menos a maioria) dos seres humanos: os esquemas imagÃtico-cinestÃsicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) e as metÃforas conceituais primÃrias (GRADY, 1997). Assim, entendemos que a metÃfora sistemÃtica nÃo emerge somente do discurso, mas tambÃm da cogniÃÃo, em uma dupla direcionalidade (discurso-cogniÃÃo e vice-versa). A fim de confirmar este pensamento, foi utilizada a tÃcnica de investigaÃÃo de grupo focal, formado por jovens adultos universitÃrios, que discorreram sobre violÃncia urbana. O discurso foi gravado em Ãudio e vÃdeo, depois transcrito segundo os procedimentos listados por Cameron et al. (2009). A pesquisa à de natureza qualitativa, portanto os dados sÃo interpretados utilizando os seguintes referenciais teÃricos: Teoria Integrada da MetÃfora PrimÃria (LAKOFF & JOHNSON, 1999), esquemas imagÃtico-cinestÃsicos (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Teoria dos Sistemas DinÃmicos Complexos Adaptativos e a anÃlise do discurso à luz da metÃfora (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). As metÃforas sistemÃticas foram identificadas e relacionadas aos esquemas e metÃforas primÃrias, sendo possÃvel inferir que a emergÃncia de linguagem figurada no discurso ocorre dinamicamente em duas vias. AlÃm disso, verificamos que esquemas e metÃforas primÃrias parecem ser alguns dos agentes cognitivos envolvidos nestas emergÃncias, e os tÃpicos discursivos sÃo os agentes que motivam o uso de certos esquemas e metÃforas primÃrias em detrimento de outros.The discourse can be seen as a complex dynamic system, which adapts itself according to contextual needs. Thus, the metaphors in the discourse seem to emerge out of a conceptual negotiation along the conversational interaction. Cameron (2003, 2007, 2008) calls these types of metaphors systematic, since they permeate different talks, signaling a collaborative construction. The emergence of these metaphors means a temporary stability, due to the interaction between different agents: pragmatic, social, cultural, historical and cognitive. However, Cameron does not specify which cognitive elements could have been used to emerge these stabilizations. This research suggests the dynamic discursive system is also made of conceptual schematic structures as a result of embodied basic experiences common to every person (or at least to the vast majority): the image and kinesthetic schemas (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987) and conceptual primary metaphors (GRADY, 1997). Thus, it is understood that systematic metaphors do not emerge only from discourse factors, but also from cognition, in double directionality (discourse-cognition and vice-versa). In order to confirm this thought, it was used the focal group investigation technique. The group was made of college students who talked about urban violence. The discourse was recorded in audio and video, then transcribed according to the procedures listed by Cameron et al. (2009). The research is qualitative, so the data analysis is guided by the following theoretical references: Primary Metaphor Integrated Theory (LAKOFF & JOHNSON, 1999), image and kinesthetic schemas (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987; LAKOFF & JOHNSON, 1999), Complex Adaptive Dynamic System Theory and the metaphor-led discourse analysis approach (CAMERON, 2003, 2007, 2008; CAMERON ET AL., 2009, CAMERON & MASLEN, 2010). The systematic metaphors identified in the data were matched to schemas and primary metaphors, inferring then the emergence of figurative language in the discourse occurs in two ways. Furthermore, schemas and primary metaphors seem to be some of the cognitive agents present in those emergences, and the discourse topics are at least one of the agents which motivate the use of certain schemas and primary metaphors instead of others.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8360application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:25Zmail@mail.com - |
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