Quando os assentados chegaram: tempo e experiÃncia social no MST

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcos Paulo Campos Cavalcanti de Mello
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5625
Resumo: A questÃo central deste estudo à compreender como os trabalhadores rurais integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reconstroem a experiÃncia social de sua primeira ocupaÃÃo de terra no Cearà tendo como referÃncia fundamental a categoria tempo. Portanto, a interpretaÃÃo visa perceber as lÃgicas que organizam os sentidos atribuÃdos ao passado expressos nas falas dos seus protagonistas e na ritualizaÃÃo polÃtica do evento elaborada pelo MST. Nesse sentido, a memÃria em foco tem por referÃncia a ocupaÃÃo realizada pelo Movimento no Cearà em maio de 1989 nas terras de propriedade do general Wicar Parente de Paula Pessoa chamadas de Fazendas Reunidas SÃo Joaquim localizadas no municÃpio de Madalena na regiÃo do SertÃo Central cearense. Os relatos dos participantes da ocupaÃÃo reconstroem sua experiÃncia organizativa por meio de elaboraÃÃes discursivas que operam a constituiÃÃo de temporalidades vinculadas a processos sociais diversos, como: regimes de trabalho e produÃÃo, sociabilidade, estrutura de propriedade, religiÃo e participaÃÃo polÃtica. Nesse sentido, os relatos dos sujeitos pesquisados apontam duas temporalidades da ocupaÃÃo ocorrida em 1989, sÃo elas: O tempo do patrÃo e Quando os assentados chegaram. A primeira temporalidade circunscreve as relaÃÃes sociais anteriores à ocupaÃÃo e relaciona-se ao sistema de dominaÃÃo polÃtica tradicional, Ãs formas de sujeiÃÃo do trabalho nas grandes propriedades de terra e à pequena produÃÃo agrÃcola em minifÃndios prÃprios ao mundo rural do Cearà nos anos de 1980. Por sua vez, a segunda temporalidade agrega a aÃÃo pastoral do cristianismo de libertaÃÃo, os conflitos sociais existentes entre patrÃes e trabalhadores internos Ãs propriedades rurais, a aÃÃo sindical, a mobilizaÃÃo social para a realizaÃÃo da ocupaÃÃo, a chegada dos ocupantes à propriedade, o perÃodo do acampamento e o estabelecimento do assentamento 25 de Maio. Os trabalhadores rurais participantes do processo em foco elaboram simbolicamente sua experiÃncia social num ritual nomeado de mÃstica em que a memÃria sobre a primeira ocupaÃÃo de terra do MST no Cearà institui as exaltaÃÃes e ocultaÃÃes discursivas admitidas pelos integrantes do Movimento como forma legÃtima de enunciaÃÃo do vivido. Nesse sentido, o discurso de recordaÃÃo encarna um papel justificador das aÃÃes de contestaÃÃo no presente em referÃncia a um passado trabalhado numa construÃÃo social do tempo em referÃncia a um evento percebido como fundador: a ocupaÃÃo.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisQuando os assentados chegaram: tempo e experiÃncia social no MSTWhen the settlers arrived:time anda social experience by the MST2011-03-21Irlys Alencar Firmo Barreira12011240182Alba Maria Pinho de Carvalho04393422368http://lattes.cnpq.br/5941867047206757Geovani Jacà de Freitas20582129400http://lattes.cnpq.br/506070355926229101678692301http://lattes.cnpq.br/3353227704550666Marcos Paulo Campos Cavalcanti de MelloUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRTempo ExperiÃncia Social OcupaÃÃo MSTTime Social Experience Occupation MSTSOCIOLOGIAA questÃo central deste estudo à compreender como os trabalhadores rurais integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reconstroem a experiÃncia social de sua primeira ocupaÃÃo de terra no Cearà tendo como referÃncia fundamental a categoria tempo. Portanto, a interpretaÃÃo visa perceber as lÃgicas que organizam os sentidos atribuÃdos ao passado expressos nas falas dos seus protagonistas e na ritualizaÃÃo polÃtica do evento elaborada pelo MST. Nesse sentido, a memÃria em foco tem por referÃncia a ocupaÃÃo realizada pelo Movimento no Cearà em maio de 1989 nas terras de propriedade do general Wicar Parente de Paula Pessoa chamadas de Fazendas Reunidas SÃo Joaquim localizadas no municÃpio de Madalena na regiÃo do SertÃo Central cearense. Os relatos dos participantes da ocupaÃÃo reconstroem sua experiÃncia organizativa por meio de elaboraÃÃes discursivas que operam a constituiÃÃo de temporalidades vinculadas a processos sociais diversos, como: regimes de trabalho e produÃÃo, sociabilidade, estrutura de propriedade, religiÃo e participaÃÃo polÃtica. Nesse sentido, os relatos dos sujeitos pesquisados apontam duas temporalidades da ocupaÃÃo ocorrida em 1989, sÃo elas: O tempo do patrÃo e Quando os assentados chegaram. A primeira temporalidade circunscreve as relaÃÃes sociais anteriores à ocupaÃÃo e relaciona-se ao sistema de dominaÃÃo polÃtica tradicional, Ãs formas de sujeiÃÃo do trabalho nas grandes propriedades de terra e à pequena produÃÃo agrÃcola em minifÃndios prÃprios ao mundo rural do Cearà nos anos de 1980. Por sua vez, a segunda temporalidade agrega a aÃÃo pastoral do cristianismo de libertaÃÃo, os conflitos sociais existentes entre patrÃes e trabalhadores internos Ãs propriedades rurais, a aÃÃo sindical, a mobilizaÃÃo social para a realizaÃÃo da ocupaÃÃo, a chegada dos ocupantes à propriedade, o perÃodo do acampamento e o estabelecimento do assentamento 25 de Maio. Os trabalhadores rurais participantes do processo em foco elaboram simbolicamente sua experiÃncia social num ritual nomeado de mÃstica em que a memÃria sobre a primeira ocupaÃÃo de terra do MST no Cearà institui as exaltaÃÃes e ocultaÃÃes discursivas admitidas pelos integrantes do Movimento como forma legÃtima de enunciaÃÃo do vivido. Nesse sentido, o discurso de recordaÃÃo encarna um papel justificador das aÃÃes de contestaÃÃo no presente em referÃncia a um passado trabalhado numa construÃÃo social do tempo em referÃncia a um evento percebido como fundador: a ocupaÃÃo. The central question of this study is understand how rural workers members of the Movement of Landless Workers (MST) reconstruct the social experience of their first land occupation in the Ceara with reference of time. Therefore, the interpretation aims to understand the logics that organize the meanings attributed to the past expressed in the statements of its protagonists and the political ritualization of the event prepared by the MST. Accordingly, the focus is on memory by reference to occupation realized by the Movement in Cearà in May 1989 on land owned by General Wicar Parente Paula Pessoa called Fazendas Reunidas SÃo Joaquim located in the municipality of Madalena in the region of Central Hinterland CearÃ. The speech of the occupationâs participants reconstruct its organizational experience through discursive elaborations operating the establishment of time frames that are linked to various social processes, such as schemes of work and production, sociability, ownership structure, religion and political participation. In this sense, the accounts of individuals surveyed indicate two different times of the occupation occurred in 1989, they are: The time of the farmer and When the settlers arrived. The first temporality limited social relationships before the occupation and relates to the traditional system of political domination, forms of subjection of labor in large land holdings and small-scale agricultural production in smallholdings inherent in rural areas of Ceara in 1980. By other hand, the second temporality adds a pastoral temporality of Christianity of liberation, social conflicts between employers and domestic workers to the farms, the union activity, social mobilization for the implementation of the occupation, the arrival of the occupants of the property, the moment of the camp and the establishment of the settlement on 25 de Maio. The rural workers participating in the process on focus symbolically elaborate their social experience in a ritual named mÃstica. On this ritual, the memory of the first occupation of land in Cearà realized by the MST is appropriated in a speech about exaltation and occultation allowed by members of the Movement as a legitimate form of enunciation of the event. The discourse of remembrance embodies a function justifying the actions of resistance in a reference to a past working in the social construction of time in reference to an event perceived as a founder: the occupation.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5625application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:34Zmail@mail.com -
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