Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lis Paim Duarte
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20578
Resumo: Desde que foi erguida dentro dâÃgua, na ponta da orla marÃtima, a edificaÃÃo do ALAGOAS IATE CLUBE â o Alagoinha â referenciou de tal forma a junÃÃo das praias da Ponta Verde e da PajuÃara que a presenÃa da sua ruÃna passou a pairar sobre a paisagem urbana de Maceià como um Ãcone cultural e uma verruga indesejada. Unidos pelo tempo, nÃo se pode pensar sobre o antigo clube na cidade sem que os escombros do edifÃcio venham à tona como uma sombra, precisamente impressa sobre os arrecifes que lhe servem de terreno. Esta à sobretudo a viga mais resistente da sua arquitetura â a localizaÃÃo em que foi construÃda. à como se nesta exata coordenada (do mapa, das Ãguas, da cidade) pudesse estar concentrada, sempre atravÃs da degeneraÃÃo, uma narrativa que se apresenta ao pensamento como uma explosÃo de destroÃosâ De inÃcio acompanhada por uma equipe pequena, e, logo depois, sozinha, desde dezembro de 2012 passei a visitar semestralmente as ruÃnas do Alagoinha, a fim de capturar em filme e arquivar os fragmentos de tal explosÃo. Em paralelo, deparei-me com os registros do passado do prÃdio atravÃs do acervo de fotografias e de fitas em VHS e K7 cedido a mim pela FamÃlia Costa, fundadora do clube. A soma do meu arquivo abrange hoje cerca de 40 horas de gravaÃÃes em vÃdeos, 1800 fotografias e 20 horas de ambiÃncias sonoras e conversas gravadas na ruÃna com narradores que emprestaram seus diferentes pontos de vista à minha construÃÃo. MONTAR UMA RUÃNA: CLUBE ALAGOINHA propÃe, portanto, uma investigaÃÃo da poÃtica da montagem que se configura num duplo movimento: por um lado, hà uma exposiÃÃo do jogo de procedimentos na criaÃÃo e manipulaÃÃo desse arquivo na montagem dentro e fora da cÃmera, entre o espaÃo da ruÃna, da mente e da ilha de ediÃÃo; por outro, a operaÃÃo de montagem que aqui se realiza à tambÃm a do despedaÃar da possibilidade de uma narrativa linear do declÃnio do Alagoinha, alvo de ocupaÃÃes transitÃrias e de ameaÃas constantes de desaparecimento, principalmente apÃs o anÃncio da obra do âMarco Referencial do Turismoâ em MaceiÃ. Ao desdobrar a matÃria fragmentada e heterogÃnea desse arquivo precÃrio (e ainda em aberto) numa primeira trama possÃvel, experimento o exercÃcio de montagem de uma dissertaÃÃo-filme (ou seria um filme-dissertaÃÃo?), por meio de imagens fotogrÃficas ou descritas, palavras sonoras, relatos de processo e interlocuÃÃes de diversas naturezas.
id UFC_a3f9285700c81b7da33338755df78d52
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:12302
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMontar uma ruÃna: Clube Alagoinha2017-04-25Antonio Wellington de Oliveira Junior12317691035http://lattes.cnpq.br/5419260227870704Pablo AssumpÃÃo Barros Costa73970549353http://lattes.cnpq.br/2352095912659853Marlyvan Moraes de Alencar23668369372http://lattes.cnpq.br/242695980451965301348581581http://lattes.cnpq.br/1052201614247526Lis Paim DuarteUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em ArtesUFCBRAlagoas Iate Clube montagem arquivo ruÃnas urbanas arte contemporÃnea Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem Cinema â montagem Cinema e historia Curta-metragem â montagem Filme â montagem Ãcones - Alagoas Iate Clube - filmeAlagoas Iate Clube montagem arquivo ruÃnas urbanas arte contemporÃnea Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem Cinema â montagem Cinema e historia Curta-metragem â montagem Filme â montagem Ãcones - Alagoas Iate Clube - filmeAlagoas Yacht Club Montage Archive Urban ruins Contemporary artAlagoas Yacht Club Montage Archive Urban ruins Contemporary artARTESARTESDesde que foi erguida dentro dâÃgua, na ponta da orla marÃtima, a edificaÃÃo do ALAGOAS IATE CLUBE â o Alagoinha â referenciou de tal forma a junÃÃo das praias da Ponta Verde e da PajuÃara que a presenÃa da sua ruÃna passou a pairar sobre a paisagem urbana de Maceià como um Ãcone cultural e uma verruga indesejada. Unidos pelo tempo, nÃo se pode pensar sobre o antigo clube na cidade sem que os escombros do edifÃcio venham à tona como uma sombra, precisamente impressa sobre os arrecifes que lhe servem de terreno. Esta à sobretudo a viga mais resistente da sua arquitetura â a localizaÃÃo em que foi construÃda. à como se nesta exata coordenada (do mapa, das Ãguas, da cidade) pudesse estar concentrada, sempre atravÃs da degeneraÃÃo, uma narrativa que se apresenta ao pensamento como uma explosÃo de destroÃosâ De inÃcio acompanhada por uma equipe pequena, e, logo depois, sozinha, desde dezembro de 2012 passei a visitar semestralmente as ruÃnas do Alagoinha, a fim de capturar em filme e arquivar os fragmentos de tal explosÃo. Em paralelo, deparei-me com os registros do passado do prÃdio atravÃs do acervo de fotografias e de fitas em VHS e K7 cedido a mim pela FamÃlia Costa, fundadora do clube. A soma do meu arquivo abrange hoje cerca de 40 horas de gravaÃÃes em vÃdeos, 1800 fotografias e 20 horas de ambiÃncias sonoras e conversas gravadas na ruÃna com narradores que emprestaram seus diferentes pontos de vista à minha construÃÃo. MONTAR UMA RUÃNA: CLUBE ALAGOINHA propÃe, portanto, uma investigaÃÃo da poÃtica da montagem que se configura num duplo movimento: por um lado, hà uma exposiÃÃo do jogo de procedimentos na criaÃÃo e manipulaÃÃo desse arquivo na montagem dentro e fora da cÃmera, entre o espaÃo da ruÃna, da mente e da ilha de ediÃÃo; por outro, a operaÃÃo de montagem que aqui se realiza à tambÃm a do despedaÃar da possibilidade de uma narrativa linear do declÃnio do Alagoinha, alvo de ocupaÃÃes transitÃrias e de ameaÃas constantes de desaparecimento, principalmente apÃs o anÃncio da obra do âMarco Referencial do Turismoâ em MaceiÃ. Ao desdobrar a matÃria fragmentada e heterogÃnea desse arquivo precÃrio (e ainda em aberto) numa primeira trama possÃvel, experimento o exercÃcio de montagem de uma dissertaÃÃo-filme (ou seria um filme-dissertaÃÃo?), por meio de imagens fotogrÃficas ou descritas, palavras sonoras, relatos de processo e interlocuÃÃes de diversas naturezas. From the moment its foundations were settle within the sea so that its facade could rest over the surface at a famous corner by the seafront, ALAGOAS YACHT CLUB (âAlagoinhaâ)âs presence stamped Ponta Verde and PajuÃaraâs beaches encounter in such a remarkable way that, nowadays, its remains still hang over MaceiÃâs urban landscape both as a cultural icon and an undesirable wart. Bound together by the force of time, one cannot think about the city unless the already diluted shape of the ruins rising from the reefs comes to mind. The ancient beach club location is in fact the strongest and toughest beam of this architecture. As if in that exact point of Ocean and geography, and always through a degeneration process, a bigger narrative could be surprisingly agglutinated, erupting as a precise explosion amongst the wreckageâ Formerly with a small team, later by myself, I kept visiting Alagoinhaâs ruins every six months, in order to capture in film the fragments of such eruption. In parallel, I came across the rare photograph and VHS/ K7 tape registers owned by clubâs founders, the Costa family, all of which were personally handed to me. My collection was then extended to more than 40 hours in video footages, 1800 photos, and about 20 hours in audio tapes fully recorded inside the ruins, including a number of ambient sounds plus testimonials by different narrators in a series of conversations with me. The (re)combination of all this material is what gives my own construction its particular form. MOUNTING A RUIN: ALAGOINHA CLUB proposes, therefore, an investigation on the poetics of montage that is performed in a double movement: on the one hand, it is a disclosure of the game proceedings involved in the creation and treatment of that archive inside and outside the camera, through the spaces of the very ruins, the mind, and the editing room/island; on the other, the montage operation itself is also that of the disruption of the possibility to create a linear narrative on the ongoing decline of Alagoinha, while its ruins are being targeted by transitory occupations and, especially after the announcement of a plan to build there a âtouristic milestoneâ, by the imminent threat of disappearance as well. Unfolding the fragmented content of that precarious archive in a prime possible plot, and so connecting photographic, and descriptive, images, sonorous words, process reports, and distinct conversations, I get to experience the assembling of an authentic thesis-film (or would it be a film-thesis?). nÃo hÃhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20578application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:33:08Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
title Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
spellingShingle Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
Lis Paim Duarte
Alagoas Iate Clube
montagem
arquivo
ruÃnas urbanas
arte contemporÃnea
Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem
Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem
Cinema â montagem
Cinema e historia
Curta-metragem â montagem
Filme â montagem
Ãcones - Alagoas Iate Clube - filme
Alagoas Iate Clube
montagem
arquivo
ruÃnas urbanas
arte contemporÃnea
Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem
Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem
Cinema â montagem
Cinema e historia
Curta-metragem â montagem
Filme â montagem
Ãcones - Alagoas Iate Clube - filme
Alagoas Yacht Club
Montage
Archive
Urban ruins
Contemporary art
Alagoas Yacht Club
Montage
Archive
Urban ruins
Contemporary art
ARTES
ARTES
title_short Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
title_full Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
title_fullStr Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
title_full_unstemmed Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
title_sort Montar uma ruÃna: Clube Alagoinha
author Lis Paim Duarte
author_facet Lis Paim Duarte
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antonio Wellington de Oliveira Junior
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 12317691035
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5419260227870704
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Pablo AssumpÃÃo Barros Costa
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 73970549353
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2352095912659853
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marlyvan Moraes de Alencar
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 23668369372
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2426959804519653
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 01348581581
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1052201614247526
dc.contributor.author.fl_str_mv Lis Paim Duarte
contributor_str_mv Antonio Wellington de Oliveira Junior
Pablo AssumpÃÃo Barros Costa
Marlyvan Moraes de Alencar
dc.subject.por.fl_str_mv Alagoas Iate Clube
montagem
arquivo
ruÃnas urbanas
arte contemporÃnea
Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem
Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem
Cinema â montagem
Cinema e historia
Curta-metragem â montagem
Filme â montagem
Ãcones - Alagoas Iate Clube - filme
Alagoas Iate Clube
montagem
arquivo
ruÃnas urbanas
arte contemporÃnea
Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem
Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem
Cinema â montagem
Cinema e historia
Curta-metragem â montagem
Filme â montagem
Ãcones - Alagoas Iate Clube - filme
topic Alagoas Iate Clube
montagem
arquivo
ruÃnas urbanas
arte contemporÃnea
Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem
Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem
Cinema â montagem
Cinema e historia
Curta-metragem â montagem
Filme â montagem
Ãcones - Alagoas Iate Clube - filme
Alagoas Iate Clube
montagem
arquivo
ruÃnas urbanas
arte contemporÃnea
Alagoas Iate Clube â filme de curta metragem â montagem
Alagoas Iate Clube â HistÃria â filme de curta metragem
Cinema â montagem
Cinema e historia
Curta-metragem â montagem
Filme â montagem
Ãcones - Alagoas Iate Clube - filme
Alagoas Yacht Club
Montage
Archive
Urban ruins
Contemporary art
Alagoas Yacht Club
Montage
Archive
Urban ruins
Contemporary art
ARTES
ARTES
dc.subject.eng.fl_str_mv Alagoas Yacht Club
Montage
Archive
Urban ruins
Contemporary art
Alagoas Yacht Club
Montage
Archive
Urban ruins
Contemporary art
dc.subject.cnpq.fl_str_mv ARTES
ARTES
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv nÃo hÃ
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Desde que foi erguida dentro dâÃgua, na ponta da orla marÃtima, a edificaÃÃo do ALAGOAS IATE CLUBE â o Alagoinha â referenciou de tal forma a junÃÃo das praias da Ponta Verde e da PajuÃara que a presenÃa da sua ruÃna passou a pairar sobre a paisagem urbana de Maceià como um Ãcone cultural e uma verruga indesejada. Unidos pelo tempo, nÃo se pode pensar sobre o antigo clube na cidade sem que os escombros do edifÃcio venham à tona como uma sombra, precisamente impressa sobre os arrecifes que lhe servem de terreno. Esta à sobretudo a viga mais resistente da sua arquitetura â a localizaÃÃo em que foi construÃda. à como se nesta exata coordenada (do mapa, das Ãguas, da cidade) pudesse estar concentrada, sempre atravÃs da degeneraÃÃo, uma narrativa que se apresenta ao pensamento como uma explosÃo de destroÃosâ De inÃcio acompanhada por uma equipe pequena, e, logo depois, sozinha, desde dezembro de 2012 passei a visitar semestralmente as ruÃnas do Alagoinha, a fim de capturar em filme e arquivar os fragmentos de tal explosÃo. Em paralelo, deparei-me com os registros do passado do prÃdio atravÃs do acervo de fotografias e de fitas em VHS e K7 cedido a mim pela FamÃlia Costa, fundadora do clube. A soma do meu arquivo abrange hoje cerca de 40 horas de gravaÃÃes em vÃdeos, 1800 fotografias e 20 horas de ambiÃncias sonoras e conversas gravadas na ruÃna com narradores que emprestaram seus diferentes pontos de vista à minha construÃÃo. MONTAR UMA RUÃNA: CLUBE ALAGOINHA propÃe, portanto, uma investigaÃÃo da poÃtica da montagem que se configura num duplo movimento: por um lado, hà uma exposiÃÃo do jogo de procedimentos na criaÃÃo e manipulaÃÃo desse arquivo na montagem dentro e fora da cÃmera, entre o espaÃo da ruÃna, da mente e da ilha de ediÃÃo; por outro, a operaÃÃo de montagem que aqui se realiza à tambÃm a do despedaÃar da possibilidade de uma narrativa linear do declÃnio do Alagoinha, alvo de ocupaÃÃes transitÃrias e de ameaÃas constantes de desaparecimento, principalmente apÃs o anÃncio da obra do âMarco Referencial do Turismoâ em MaceiÃ. Ao desdobrar a matÃria fragmentada e heterogÃnea desse arquivo precÃrio (e ainda em aberto) numa primeira trama possÃvel, experimento o exercÃcio de montagem de uma dissertaÃÃo-filme (ou seria um filme-dissertaÃÃo?), por meio de imagens fotogrÃficas ou descritas, palavras sonoras, relatos de processo e interlocuÃÃes de diversas naturezas.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv From the moment its foundations were settle within the sea so that its facade could rest over the surface at a famous corner by the seafront, ALAGOAS YACHT CLUB (âAlagoinhaâ)âs presence stamped Ponta Verde and PajuÃaraâs beaches encounter in such a remarkable way that, nowadays, its remains still hang over MaceiÃâs urban landscape both as a cultural icon and an undesirable wart. Bound together by the force of time, one cannot think about the city unless the already diluted shape of the ruins rising from the reefs comes to mind. The ancient beach club location is in fact the strongest and toughest beam of this architecture. As if in that exact point of Ocean and geography, and always through a degeneration process, a bigger narrative could be surprisingly agglutinated, erupting as a precise explosion amongst the wreckageâ Formerly with a small team, later by myself, I kept visiting Alagoinhaâs ruins every six months, in order to capture in film the fragments of such eruption. In parallel, I came across the rare photograph and VHS/ K7 tape registers owned by clubâs founders, the Costa family, all of which were personally handed to me. My collection was then extended to more than 40 hours in video footages, 1800 photos, and about 20 hours in audio tapes fully recorded inside the ruins, including a number of ambient sounds plus testimonials by different narrators in a series of conversations with me. The (re)combination of all this material is what gives my own construction its particular form. MOUNTING A RUIN: ALAGOINHA CLUB proposes, therefore, an investigation on the poetics of montage that is performed in a double movement: on the one hand, it is a disclosure of the game proceedings involved in the creation and treatment of that archive inside and outside the camera, through the spaces of the very ruins, the mind, and the editing room/island; on the other, the montage operation itself is also that of the disruption of the possibility to create a linear narrative on the ongoing decline of Alagoinha, while its ruins are being targeted by transitory occupations and, especially after the announcement of a plan to build there a âtouristic milestoneâ, by the imminent threat of disappearance as well. Unfolding the fragmented content of that precarious archive in a prime possible plot, and so connecting photographic, and descriptive, images, sonorous words, process reports, and distinct conversations, I get to experience the assembling of an authentic thesis-film (or would it be a film-thesis?).
description Desde que foi erguida dentro dâÃgua, na ponta da orla marÃtima, a edificaÃÃo do ALAGOAS IATE CLUBE â o Alagoinha â referenciou de tal forma a junÃÃo das praias da Ponta Verde e da PajuÃara que a presenÃa da sua ruÃna passou a pairar sobre a paisagem urbana de Maceià como um Ãcone cultural e uma verruga indesejada. Unidos pelo tempo, nÃo se pode pensar sobre o antigo clube na cidade sem que os escombros do edifÃcio venham à tona como uma sombra, precisamente impressa sobre os arrecifes que lhe servem de terreno. Esta à sobretudo a viga mais resistente da sua arquitetura â a localizaÃÃo em que foi construÃda. à como se nesta exata coordenada (do mapa, das Ãguas, da cidade) pudesse estar concentrada, sempre atravÃs da degeneraÃÃo, uma narrativa que se apresenta ao pensamento como uma explosÃo de destroÃosâ De inÃcio acompanhada por uma equipe pequena, e, logo depois, sozinha, desde dezembro de 2012 passei a visitar semestralmente as ruÃnas do Alagoinha, a fim de capturar em filme e arquivar os fragmentos de tal explosÃo. Em paralelo, deparei-me com os registros do passado do prÃdio atravÃs do acervo de fotografias e de fitas em VHS e K7 cedido a mim pela FamÃlia Costa, fundadora do clube. A soma do meu arquivo abrange hoje cerca de 40 horas de gravaÃÃes em vÃdeos, 1800 fotografias e 20 horas de ambiÃncias sonoras e conversas gravadas na ruÃna com narradores que emprestaram seus diferentes pontos de vista à minha construÃÃo. MONTAR UMA RUÃNA: CLUBE ALAGOINHA propÃe, portanto, uma investigaÃÃo da poÃtica da montagem que se configura num duplo movimento: por um lado, hà uma exposiÃÃo do jogo de procedimentos na criaÃÃo e manipulaÃÃo desse arquivo na montagem dentro e fora da cÃmera, entre o espaÃo da ruÃna, da mente e da ilha de ediÃÃo; por outro, a operaÃÃo de montagem que aqui se realiza à tambÃm a do despedaÃar da possibilidade de uma narrativa linear do declÃnio do Alagoinha, alvo de ocupaÃÃes transitÃrias e de ameaÃas constantes de desaparecimento, principalmente apÃs o anÃncio da obra do âMarco Referencial do Turismoâ em MaceiÃ. Ao desdobrar a matÃria fragmentada e heterogÃnea desse arquivo precÃrio (e ainda em aberto) numa primeira trama possÃvel, experimento o exercÃcio de montagem de uma dissertaÃÃo-filme (ou seria um filme-dissertaÃÃo?), por meio de imagens fotogrÃficas ou descritas, palavras sonoras, relatos de processo e interlocuÃÃes de diversas naturezas.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-04-25
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20578
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20578
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Artes
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295350408085504