Contexto de vulnerabilidade de travestis e sua associaÃÃo com a nÃo realizaÃÃo do teste anti-Hiv
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11772 |
Resumo: | IntroduÃÃo: Travestis apresentam diversos fatores que as colocam em vulnerabilidade ao HIV. Contudo, grandes nÃmeros de travestis nÃo realizam comumente o teste anti-HIV. Muitos fatores que tornam travestis vulnerÃveis ao HIV tambÃm podem funcionar como barreiras à testagem anti-HIV. Objetivo: Caracterizar os contextos de vulnerabilidade ao HIV entre travestis da cidade de Fortaleza/CE e identificar, dentre os fatores de vulnerabilidade detectados, aqueles que determinam a nÃo realizaÃÃo da testagem sorolÃgica ao HIV. Metodologia: Pesquisa de cunho epidemiolÃgica do tipo transversal. A amostra do estudo foi composta por 304 travestis da cidade de Fortaleza/CE, com 14 anos de idade ou mais, que referiram ter praticado sexo anal ou oral com homens nos Ãltimos 12 meses e que se definiram como travestis. O mÃtodo de coleta de dados utilizado foi o Respondent Driving Sampling. Os dados foram analisados atravÃs dos softwares estatÃsticos Respondent Driven Sampling Analysis Tool versÃo 5.6 (RDSAT) e Statistical Package for the Social Sciences versÃo 13.0 (SPSS). As analises constaram de estatÃstica descritiva e analÃtica (regressÃo bivariada e multivariada). Resultados: O contexto de vulnerabilidade individual de travestis foi caracterizado por comportamentos e prÃticas sexuais de risco, como Ãltima relaÃÃo sexual desprotegida (29,9%) e prostituiÃÃo (83,5%), baixo conhecimento sobre DST (21,7%) e HIV (29,5%) e uso abusivo Ãlcool (49,0%). O contexto de vulnerabilidade social incluiu baixa renda (34,3%), grande nÃmero de travestis nas classes D/E (39,0%) e histÃria de discriminaÃÃo (87,3%). No contexto de vulnerabilidade programÃtico destaca-se a maior participaÃÃo em atividades promovidas por ONGs do que no serviÃo pÃblico de saÃde (83,8% x 34,2%). 68% das travestis nÃo fizeram nenhum teste anti-HIV na vida. Foram considerados determinantes da nÃo realizaÃÃo da testagem anti-HIV: a primeira relaÃÃo sexual antes dos 10 anos de idade (OR= 6.760), o uso de drogas ilÃcitas durante o sexo (OR= 2.384), ter menos de 18 anos (OR= 4.221), sofrer discriminaÃÃo (OR= 3.962) e nÃo acreditar na confidenciabilidade do resultado do teste (OR=3.763).ConclusÃo:Travestis estÃo envolvidas por um contexto de vulnerabilidade ao HIV bem mais complexo do que outros grupos de homens que fazem sexo com homens. Entretanto, permanecem sem realizar teste anti-HIV. à preciso elaborar novas estratÃgias de prevenÃÃo ao HIV e estÃmulo a realizaÃÃo do teste anti-HIV que considerem as especificidades deste grupo. Isto poderà contribuir para a reduÃÃo de novas contaminaÃÃes e diagnÃstico precoce de casos positivos. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisContexto de vulnerabilidade de travestis e sua associaÃÃo com a nÃo realizaÃÃo do teste anti-HivVulnerability context of transvestites and their association with non-performance of the test anti-HIV2013-10-23Roberto da Justa Pires Neto44778309391http://lattes.cnpq.br/1887685326618139Raimunda Hermelinda Maia Macena41449070310Maria InÃs Costa Dourado13034073534http://lattes.cnpq.br/7845852622901449Bernard Carl Kendallhttp://lattes.cnpq.br/8260892329689556 02253932396http://lattes.cnpq.br/4236374680831072Francisco Marto Leal Pinheiro JuniorUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblicaUFCBRSAUDE COLETIVAIntroduÃÃo: Travestis apresentam diversos fatores que as colocam em vulnerabilidade ao HIV. Contudo, grandes nÃmeros de travestis nÃo realizam comumente o teste anti-HIV. Muitos fatores que tornam travestis vulnerÃveis ao HIV tambÃm podem funcionar como barreiras à testagem anti-HIV. Objetivo: Caracterizar os contextos de vulnerabilidade ao HIV entre travestis da cidade de Fortaleza/CE e identificar, dentre os fatores de vulnerabilidade detectados, aqueles que determinam a nÃo realizaÃÃo da testagem sorolÃgica ao HIV. Metodologia: Pesquisa de cunho epidemiolÃgica do tipo transversal. A amostra do estudo foi composta por 304 travestis da cidade de Fortaleza/CE, com 14 anos de idade ou mais, que referiram ter praticado sexo anal ou oral com homens nos Ãltimos 12 meses e que se definiram como travestis. O mÃtodo de coleta de dados utilizado foi o Respondent Driving Sampling. Os dados foram analisados atravÃs dos softwares estatÃsticos Respondent Driven Sampling Analysis Tool versÃo 5.6 (RDSAT) e Statistical Package for the Social Sciences versÃo 13.0 (SPSS). As analises constaram de estatÃstica descritiva e analÃtica (regressÃo bivariada e multivariada). Resultados: O contexto de vulnerabilidade individual de travestis foi caracterizado por comportamentos e prÃticas sexuais de risco, como Ãltima relaÃÃo sexual desprotegida (29,9%) e prostituiÃÃo (83,5%), baixo conhecimento sobre DST (21,7%) e HIV (29,5%) e uso abusivo Ãlcool (49,0%). O contexto de vulnerabilidade social incluiu baixa renda (34,3%), grande nÃmero de travestis nas classes D/E (39,0%) e histÃria de discriminaÃÃo (87,3%). No contexto de vulnerabilidade programÃtico destaca-se a maior participaÃÃo em atividades promovidas por ONGs do que no serviÃo pÃblico de saÃde (83,8% x 34,2%). 68% das travestis nÃo fizeram nenhum teste anti-HIV na vida. 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The same factors which increase HIV vulnerability could act as barriers to HIV testing. Aim: To characterize the contexts of vulnerability to HIV among tranwomen in Fortaleza/CE, so as to identify those factors associated with not testing. Methodology: We carried out an epidemiological cross-sectional survey among 304 transwomen. We included transwomen aged 14 or older who stated that had oral or anal sex with men during the past 12 months. We used the Respondent Driving Sampling (RDS) method to collect data. We analyzed our data using Respondent Driven Sampling Analysis Tool version 5.6 (RDSAT) and the Statistical Package for the Social Sciences version 13.0 (SPSS). Our analysis plan is descriptive and analytical (bivariate and multivariate regression). Results: The individual context of vulnerability was characterized by risky behaviors and sexual practices, such as no condom use at last sex (29.9%) and prostitution (83.5%); lack of information about STDs (21.7%) and HIV (29.5%); and alcohol abuse (49.0%). The social context of vulnerability included low income (34.3%), with a great number of transwomen in classes D and E (39.0%), and a history of discrimination (87.3%). In the context of the programmatic vulnerability, taking part in activities organized by NGOs was more relevant than use of the public health service (83.8% vs. 34.2%) for testing. Sixty-eight per cent (68.0%) of transwomen had never tested. The factors strongly associated with not testing were: first sexual relation under the age of 10 (OR = 6.760), the use of illegal drugs during the sex (OR = 2.384), being under 18 years old (OR = 4.221), suffering discrimination (OR = 3.962) and distrusting the confidentiality of the test result (OR = 3.763). Conclusion: Transwomen are involved in multiple contexts of vulnerability to HIV much more complex than other groups of men who have sex with men. Nevertheless, they avoid HIV testing. Therefore, new strategies for HIV prevention must be developed. Transwomen must be encouraged to test, through programs that address the special vulnerabilities of this group. Such actions may reduce the number of new infections and precocious HIV-positive diagnoses.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel SuperiorConselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11772application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:25:07Zmail@mail.com - |
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IntroduÃÃo: Travestis apresentam diversos fatores que as colocam em vulnerabilidade ao HIV. Contudo, grandes nÃmeros de travestis nÃo realizam comumente o teste anti-HIV. Muitos fatores que tornam travestis vulnerÃveis ao HIV tambÃm podem funcionar como barreiras à testagem anti-HIV. Objetivo: Caracterizar os contextos de vulnerabilidade ao HIV entre travestis da cidade de Fortaleza/CE e identificar, dentre os fatores de vulnerabilidade detectados, aqueles que determinam a nÃo realizaÃÃo da testagem sorolÃgica ao HIV. Metodologia: Pesquisa de cunho epidemiolÃgica do tipo transversal. A amostra do estudo foi composta por 304 travestis da cidade de Fortaleza/CE, com 14 anos de idade ou mais, que referiram ter praticado sexo anal ou oral com homens nos Ãltimos 12 meses e que se definiram como travestis. O mÃtodo de coleta de dados utilizado foi o Respondent Driving Sampling. Os dados foram analisados atravÃs dos softwares estatÃsticos Respondent Driven Sampling Analysis Tool versÃo 5.6 (RDSAT) e Statistical Package for the Social Sciences versÃo 13.0 (SPSS). As analises constaram de estatÃstica descritiva e analÃtica (regressÃo bivariada e multivariada). Resultados: O contexto de vulnerabilidade individual de travestis foi caracterizado por comportamentos e prÃticas sexuais de risco, como Ãltima relaÃÃo sexual desprotegida (29,9%) e prostituiÃÃo (83,5%), baixo conhecimento sobre DST (21,7%) e HIV (29,5%) e uso abusivo Ãlcool (49,0%). O contexto de vulnerabilidade social incluiu baixa renda (34,3%), grande nÃmero de travestis nas classes D/E (39,0%) e histÃria de discriminaÃÃo (87,3%). No contexto de vulnerabilidade programÃtico destaca-se a maior participaÃÃo em atividades promovidas por ONGs do que no serviÃo pÃblico de saÃde (83,8% x 34,2%). 68% das travestis nÃo fizeram nenhum teste anti-HIV na vida. Foram considerados determinantes da nÃo realizaÃÃo da testagem anti-HIV: a primeira relaÃÃo sexual antes dos 10 anos de idade (OR= 6.760), o uso de drogas ilÃcitas durante o sexo (OR= 2.384), ter menos de 18 anos (OR= 4.221), sofrer discriminaÃÃo (OR= 3.962) e nÃo acreditar na confidenciabilidade do resultado do teste (OR=3.763).ConclusÃo:Travestis estÃo envolvidas por um contexto de vulnerabilidade ao HIV bem mais complexo do que outros grupos de homens que fazem sexo com homens. Entretanto, permanecem sem realizar teste anti-HIV. à preciso elaborar novas estratÃgias de prevenÃÃo ao HIV e estÃmulo a realizaÃÃo do teste anti-HIV que considerem as especificidades deste grupo. Isto poderà contribuir para a reduÃÃo de novas contaminaÃÃes e diagnÃstico precoce de casos positivos. |
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