HomicÃdios de jovens na cidade de Fortaleza: prÃticas institucionais no cotidiano da estratÃgia saÃde da famÃlia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20329 |
Resumo: | CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisHomicÃdios de jovens na cidade de Fortaleza: prÃticas institucionais no cotidiano da estratÃgia saÃde da famÃlia2018-03-00JoÃo Paulo Pereira Barros95998950372http://lattes.cnpq.br/035115669355552305200196361 http://lattes.cnpq.br/1979920596496521Luis Fernando de Souza Benicio Universidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRHomicÃdios Juventudes SaÃde da FamÃlia CartografiaHomicide Youths Family Health Cartography.PSICOLOGIACoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior Esta pesquisa-intervenÃÃo traz como campo de problematizaÃÃo a produÃÃo de prÃticas institucionais no cotidiano de trabalhadores da EstratÃgia SaÃde da FamÃlia (ESF) em torno da questÃo dos homicÃdios de jovens na cidade de Fortaleza. A violÃncia urbana envolvendo jovens, especialmente os homicÃdios contra esse segmento, à um dos principais desafios ÃticopolÃticos no cenÃrio brasileiro. A cidade de Fortaleza apresenta o maior Ãndice de homicÃdios na adolescÃncia (IHA) entre as capitais brasileiras. AlÃm disso, o ano de 2017 configurou-se como mais violento de sua histÃria, ponto alto de um espiral de violÃncia iniciada em 2006. Diante desse cenÃrio, o objetivo geral deste estudo consistiu em analisar prÃticas institucionais discursivas e nÃo discursivas produzidas no cotidiano de equipes da ESF em torno da problemÃtica dos homicÃdios de jovens na cidade de Fortaleza. Os objetivos especÃficos foram: 1) problematizar a relaÃÃo de profissionais da ESF com segmentos juvenis em seus territÃrios de atuaÃÃo e as implicaÃÃes da intensificaÃÃo da violÃncia letal em seus cotidianos; 2) cartografar prÃticas discursivas no cotidiano de profissionais da ESF acerca das condiÃÃes de produÃÃo de homicÃdios de jovens nas periferias de Fortaleza e 3) potencializar espaÃos coletivos e intersetoriais, envolvendo profissionais da ESF, voltados à problematizaÃÃo da questÃo dos homicÃdios de jovens e das prÃticas institucionais para seu enfrentamento. O trabalho buscou articulaÃÃes da Psicologia Social com os estudos de Foucault, Deleuze, Guattari, Agamben, Mbembe, e produÃÃes afins, no tocante ao tema da violÃncia e juventude, estabelecendo a cartografia como mÃtodo de pesquisa-intervenÃÃo. Os/as participantes foram profissionais inseridos/as nas equipes de ESF da Unidade BÃsica de SaÃde Lineu JucÃ, no bairro Barra do Cearà - Fortaleza/CE, local com elevada taxa de homicÃdio de jovens. As ferramentas metodolÃgicas escolhidas foram: a) observaÃÃo e conversa no cotidiano, com produÃÃo de diÃrio de campo; b) grupos de discussÃo; c) entrevistas semiestruturadas e, complementarmente, tabelas e grÃficos como dados. Quanto ao primeiro objetivo especÃfico, acompanhamos o desafio de tomar a violÃncia como objeto de aÃÃo-reflexÃo-aÃÃo por parte dos profissionais, entendendo-a como determinante em saÃde, demandando, entÃo, aÃÃes comunitÃrias e intersetoriais. Deparamo-nos, ainda, com as seguintes repercussÃes: a violÃncia como agravo, especialmente no campo da saÃde mental da comunidade; a violÃncia como barreira de acesso das juventudes vÃtimas da violÃncia letal e a violÃncia tomada como risco para os profissionais de saÃde, produzindo dificuldades no trabalho com/no territÃrio. Jà em relaÃÃo ao segundo objetivo especÃfico, deparamo-nos com uma complexa rede de saberpoder- subjetivaÃÃo em torno das juventudes que sÃo exterminadas cotidianamente. Segundo o olhar dos profissionais, a morte na juventude, em decorrÃncia de conflitos territoriais, colocarse- ia como um destino inexorÃvel para grande parte dos jovens. Sendo, assim recorrente, a noÃÃo do âenvolvidoâ como principal justificativa para essas mortes, ignorandos-se a complexa e perversa produÃÃo simbÃlica em torno de certas juventudes negras e pobres, assujeitadas por mecanismos de criminalizaÃÃo, silenciamentos e exclusÃes. Finalmente, ao buscarmos o Ãltimo objetivo especÃfico, experimentamos, com as equipes de ESF na Barra do CearÃ, estratÃgias de prevenÃÃo e enfrentamento aos homicÃdios de jovens. Destaca-se a necessidade de pautar os homicÃdios como objeto de aÃÃo-reflexÃo-aÃÃo; a promoÃÃo do acesso como estratÃgia de prevenÃÃo e a politizaÃÃo e coletivizaÃÃo da problemÃtica dos homicÃdios. O paradigma Ãtico-estÃtico-polÃtico sobre o processo grupal, abordado por Barros (2007), a partir das atividades grupais, permitiu-nos experimentar tais atividades como dispositivos de problematizaÃÃo, desindividualizaÃÃo e experimentaÃÃo nos territÃrios da Barra do CearÃ. Espera-se que esse estudo contribua para o fortalecimento de polÃticas e prÃticas de saÃde que pautem a violÃncia letal contra jovens em contextos urbanos.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20329application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:32:43Zmail@mail.com - |
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