Efeitos da palatizaÃÃo das oclusivas alveolares do portuguÃs brasileiro no percurso de construÃÃo do inglÃs lÃngua estrangeira
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11273 |
Resumo: | Este estudo teve por objetivo geral refletir sobre a palatalizaÃÃo das oclusivas alveolares /t, d/ → [tʃ, dʒ], caracterÃstico de muitos falares do PortuguÃs Brasileiro (PB), na construÃÃo da fonologia do InglÃs LÃngua Estrangeira (ILE). Baseados nos preceitos da Fonologia de Uso (BYBEE, 2001), do Modelo de Exemplares (PIERREHUMBERT, 2001) e na visÃo de lÃngua enquanto Sistema Adaptativo Complexo (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008), tivemos por hipÃtese bÃsica que aprendizes brasileiros apresentam percursos diferenciados de construÃÃo da fonologia do ILE, a depender de seu falar regional. Este estudo foi uma pesquisa experimental, de cunho concomitantemente transversal-longitudinal. Selecionamos dois campos de pesquisa, Fortaleza-CE e MossorÃ-RN, distintos quanto ao falar regional do PB, sendo o primeiro palatalizador das oclusivas alveolares e o segundo nÃo-palatalizador. Os informantes foram controlados ainda quanto ao sexo e ao nÃvel de proficiÃncia no ILE. Selecionamos itens lexicais propÃcios à emergÃncia da palatalizaÃÃo no PB e no ILE, buscando o controle da frequÃncia de ocorrÃncia, do contexto fonotÃtico e da tonicidade silÃbica. Fizemos uso de 5 Experimentos de coletas de dados. No PB, P1 envolveu uma conversa sobre algumas figuras, enquanto P2 utilizou a leitura de diversas frases-veÃculo. No ILE, I1 envolveu a repetiÃÃo de Ãudio distorcido associado a algumas figuras, I2 utilizou a leitura de diversas frases-veÃculo e I3 usou um jogo da memÃria em sua aplicaÃÃo. Os resultados do estudo transversal envolvendo a emergÃncia da palatalizaÃÃo das oclusivas alveolares do PB enfatizaram o carÃter nÃo-categÃrico de fenÃmeno em ambas as regiÃes: a palatalizaÃÃo foi observada no falar do RN, e oclusivas alveolares nÃo-palatalizadas foram observadas no falar do CE. A anÃlise dos dados transversais do ILE apontou: a) a variÃvel origem como fator importante para determinar a maior ou menor emergÃncia da palatalizaÃÃo, aprendizes do CE tenderam a uma maior palatalizaÃÃo; b) o tipo de vozeamento da oclusiva alveolar, com as desvozeadas mais propensas à palatalizaÃÃo; c) o indivÃduo, sujeitos da mesma regiÃo e nÃvel de proficiÃncia realizaram o fenÃmeno de forma distinta, d) a palavra, itens lexicais com a mesma sequÃncia fonotÃtica apresentaram comportamentos divergentes; e e) o tipo fonotÃtico, alguns tipos apresentaram percentuais semelhantes na realizaÃÃo da palatalizaÃÃo em ambas as regiÃes. Algumas variÃveis mostraram influÃncia relativa na realizaÃÃo do fenÃmeno, como o sexo, o nÃvel de proficiÃncia e a tonicidade silÃbica. Por fim, a frequÃncia de ocorrÃncia dos itens lexicais mostrou-se irrelevante na anÃlise de dados transversais do ILE. Em se tratando dos resultados do estudo longitudinal, observamos que os informantes do RN tenderam a uma pequena realizaÃÃo do Ãndice de PalatalizaÃÃo (IP) com o passar das coletas de dados longitudinais. Os informantes do CE presentaram comportamentos distintos. FM1 apresentou grande variaÃÃo em sua realizaÃÃo do IP, com palatalizaÃÃo mais alta que os informantes do RN. FM3 apresentou uma realizaÃÃo relativamente estÃvel de seu IP individual, com forte palatalizaÃÃo, bem mais recorrente que seus colegas. Os dados do estudo longitudinal reforÃaram a relevÃncia de variÃveis como a origem, o indivÃduo e a palavra na emergÃncia da palatalizaÃÃo no ILE de aprendizes brasileiros. Adicionalmente, durante o perÃodo de coleta de dados longitudinais nÃo encontramos indÃcios significativos de reduÃÃo do IP no ILE com o desenrolar das coletas de dados longitudinais. Tendo em vista tais evidÃncias, tomamos por confirmada a hipÃtese bÃsica que aprendizes brasileiros apresentam percursos diferenciados de construÃÃo da fonologia do ILE, a depender de seu falar regional. |
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No PB, P1 envolveu uma conversa sobre algumas figuras, enquanto P2 utilizou a leitura de diversas frases-veÃculo. No ILE, I1 envolveu a repetiÃÃo de Ãudio distorcido associado a algumas figuras, I2 utilizou a leitura de diversas frases-veÃculo e I3 usou um jogo da memÃria em sua aplicaÃÃo. Os resultados do estudo transversal envolvendo a emergÃncia da palatalizaÃÃo das oclusivas alveolares do PB enfatizaram o carÃter nÃo-categÃrico de fenÃmeno em ambas as regiÃes: a palatalizaÃÃo foi observada no falar do RN, e oclusivas alveolares nÃo-palatalizadas foram observadas no falar do CE. 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It had two research fields, Fortaleza-CE and MossorÃ-RN, which differed on their BP dialect, the former a palatalizing dialect and the latter a non-palatalizing one. Subjects were also controlled by sex and EFL proficiency level. Lexical items which were susceptible to palatalization in both BP and EFL were selected, aiming to control token frequency, phonotactics and syllable stress. 5 experiments were used to collect data. For BP, P1 involved a picture-induced conversation, while P2 used a carrier-sentence reading procedure. For EFL, I1 involved the repetition of distorted audio tokens associated to pictures, I2 used a carrier-sentence reading procedure and I3 focused on a memory game. BP cross-sectional results relating to the emergence of palatalization in both regions emphasized non-categorical realization of the phenomenon: palatalized tokens were observed in RN and non-palatalized ones were found in CE. EFL cross-sectional data analysis indicated: a) the variable origin as an important factor of bigger or smaller palatalization emergence, as CE learners consistently tended to higher palatalization levels; b) the alveolar stop voicing pattern, as voiceless sounds tended to palatalize more frequently; c) the individual, as subjects from the same area and proficiency level realized the phenomenon with different patterns; d) the word, as lexical items with the same phonotactic structure allowed higher or smaller palatalization emergence; and e)phonotactic structure, as a few words allowed similar palatalization emergence in both study regions. Some variables were not so relevant for the emergence of the phenomenon, like sex, proficiency level and syllable stress. Finally, token frequency was not relevant at all in the EFL cross-sectional data. As regards longitudinal results, it was observed RN subjects tended to a low Palatalization Index (PI) as longitudinal data collection took place. CE subjects had distinct behavior. FM1 had great variation on his PI, with higher PI values than RN informants. FM3 had a relatively stable PI realization, with the highest palatalization level. Longitudinal data reinforced the value of variables such as the origin, the individual and the word on the emergence of EFL palatalization of Brazilian learners. Additionally, significant PI reduction during longitudinal data collection was not observed. Having these evidences in mind, it was concluded Brazilian learners follow through different EFL phonology construction pathways, depending on their regional dialect.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11273application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:24:25Zmail@mail.com - |
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