Mulheres escravas e forras na Ribeira do Acaraà (1750-1788)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10703 |
Resumo: | A investigaÃÃo que resultou neste trabalho analisou a inserÃÃo e presenÃa da escravidÃo negra ao longo do sÃculo XVIII na regiÃo Noroeste cearense, cuja maior parte do territÃrio foi intitulada Ribeira do AcaraÃ. Para tanto, destacou-se as atuaÃÃes de mulheres escravas e forras e a partir das experiÃncias vivenciadas por elas, buscou-se analisar as mudanÃas nessa sociedade que propiciaram a ascensÃo e predominÃncia de africanos e seus descendentes no mundo dos cativos. AtravÃs da consulta a vÃrias fontes documentais como: cartorÃrias, registros da CÃmara de Sobral, correspondÃncias entre os colonos e o Conselho Ultramarino, registros paroquiais e o cruzamento das informaÃÃes contidas nestas, pode-se constatar situaÃÃes diversas a respeito dessa sociedade, do mundo do trabalho e da construÃÃo da rede de solidariedades possÃveis aos trabalhadores escravos e libertos numa regiÃo agropastoril e de predominÃncia do trabalho familiar. Adentrando no universo dos cativos atravÃs da experiÃncia das mulheres, observa-se que a atuaÃÃo dessas foi permeada pela intencionalidade de sobreviverem, preservar suas famÃlias, e atà mesmo alcanÃarem a liberdade. Para assegurÃ-los, as mulheres trabalharam, buscaram a uniÃo sacramentada pela igreja, se envolveram em relaÃÃes de compadrio, os quais lhes permitam contar com a proteÃÃo e solidariedade de uma rede de contatos formada por pessoas livres, libertas (forras), outros escravos e atà mesmo senhores. As fontes consultadas, em consonÃncia com a discussÃo, possibilitaram a constataÃÃo de que pelo menos em se tratando dos cativos e forros, inseridos geralmente em pequenos plantÃis, trabalho e solidariedade foram elementos estratÃgicos para enfrentarem os desafios e limites impostos pela escravidÃo. |
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