AvaliaÃÃo dos efeitos da Pentoxilina em modelo experimental de doenÃa de Parkinson: uma abordagem comportamental, neuroquÃmica e imunohistoquimica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kelly Rose Tavares Neves
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14271
Resumo: A Pentoxifilina (PTX) à uma metilxantina que produz efeitos farmacolÃgicos, por mecanismos como: inibiÃÃo de fosfodiesterases, aumento nos nÃveis de AMPc e GMPc e antagonismo de receptores de adenosina. Apresenta tambÃm efeitos anti-inflamatÃrios, decorrentes da inibiÃÃo da sÃntese de TNF-alfa. Estudos mostraram aÃÃes neuroprotetoras da PTX, em modelos experimentais in vivo e in vitro. O presente trabalho estudou, por meio de avaliaÃÃes comportamental, neuroquÃmica, histolÃgica e imunohistoquÃmica, os possÃveis efeitos da PTX em modelos experimentais de doenÃa de Parkinson (DP) in vivo (lesÃo unilateral estriatal com 6-OHDA) e in vitro (cÃlulas SH-SY5Y). Para isso, dividiram-se ratos machos Wistar (220-250 g) em cinco grupos de 9 a 20 animais cada: falso-operado (FO, submetidos a injeÃÃo intraestriatal de salina), 6-OHDA (lesionados com 6-OHDA), 6-OHDA+PTX10, 6-OHDA+PTX25 e 6- OHDA+PTX50 (lesionados e tratados durante 2 semanas com PTX, nas doses de 10, 25 e 50 mg/kg, v.o.). Os resultados mostraram que o comportamento rotacional contralateral, induzido pela apomorfina e aumentado no grupo lesionado, foi revertido pelo tratamento com PTX. Enquanto a atividade locomotora, avaliada pelo teste do campo aberto, diminuiu com 6-OHDA em relaÃÃo ao grupo FO, tal efeito foi em parte revertido pela PTX, o mesmo ocorrendo com o comportamento de rearing. Mostrou-se tambÃm que a PTX nÃo interferiu no comprometimento da memÃria operacional, observado no grupo lesionado. Ademais, o aumento no tempo de imobilidade (teste do nado forÃado), indicativo de efeito depressivo visto no grupo lesionado foi revertido pelo tratamento com PTX, resultado similar ao do grupo FO. Os nÃveis de dopamina (DA) e DOPAC (metabÃlito da DA) diminuÃram no corpo estriado do grupo lesionado, este efeito foi em parte revertido pela PTX, na dose de 50 mg/kg. AlÃm disso, os nÃveis de glutamato e glicina foram aumentados e reduzidos, respectivamente, no grupo lesionado em relaÃÃo ao FO, tais alteraÃÃes foram revertidas pela PTX. Nos estudos histopatolÃgicos (violeta de cresil e Fluoro Jade B) foi evidenciada uma preservaÃÃo da citoarquitetura celular nos grupos lesionado apÃs tratamento com PTX. A imunoreatividade para tirosina hidroxilase (TH) e transportador de dopamina (DAT) reduziram-se, de modo significativo, no lado direito (lesionado) do grupo 6-OHDA, com relaÃÃo aos lesionados e tratados com PTX. Resultados semelhantes foram observados com a imunomarcaÃÃo para DAT. A imunoreatividade para GFAP (marcador de astrÃcitos) reduziu-se no mesencÃfalo do grupo lesionado e tratado com PTX, em relaÃÃo ao lesionado e nÃo-tratado, e para OX-42 (marcador de micrÃglia) foi reduzida no corpo estriado. Ensaios imunohistoquÃmicos para TNF-alfa mostraram que o aumento da imunomarcaÃÃo, no corpo estriado do grupo lesionado (lado direito), foi atenuado apÃs PTX. Observaram-se resultados semelhantes nas Ãreas CA1 e CA3 do hipocampo. Estes dados mostram que, pelo menos parte, a aÃÃo neuroprotetora da PTX deve-se à inibiÃÃo de TNF-alfa, resultado este reforÃado pelos efeitos anti-COX-2 e anti-iNOS, vistos no estriado e hipocampo dos grupos lesionados, apÃs tratamento com PTX. Por fim, PTX em cÃlulas SH-SY5Y mostrou efeitos citoprotetor, anti-inflamatÃrio e antioxidante. Nossos resultados sugerem, assim, potencial efeito neuroprotetor da PTX, possivelmente decorrente de sua propriedade anti-inflamatÃria e da atuaÃÃo benÃfica nos sistemas dopaminÃrgico, glutamatÃrgico e glicinÃrgico, tornando-a uma opÃÃo terapÃutica para o tratamento de doenÃas neurodegenerativas como a DP.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAvaliaÃÃo dos efeitos da Pentoxilina em modelo experimental de doenÃa de Parkinson: uma abordagem comportamental, neuroquÃmica e imunohistoquimica2014-03-28Glauce Socorro de Barros Viana00101761368http://lattes.cnpq.br/5043495454602083Geanne Matos de Andrade21911258320http://lattes.cnpq.br/9935129797137635Francisco Marcos Bezerra da Cunha09399046400http://lattes.cnpq.br/0668498331181532 AntÃnio Josà Lapa04650816815http://lattes.cnpq.br/8371393564245194 MartÃn Pablo Cammarota83369090015http://lattes.cnpq.br/488831738760093749525581349http://lattes.cnpq.br/7114503427237109 Kelly Rose Tavares NevesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRFARMACOLOGIAA Pentoxifilina (PTX) à uma metilxantina que produz efeitos farmacolÃgicos, por mecanismos como: inibiÃÃo de fosfodiesterases, aumento nos nÃveis de AMPc e GMPc e antagonismo de receptores de adenosina. Apresenta tambÃm efeitos anti-inflamatÃrios, decorrentes da inibiÃÃo da sÃntese de TNF-alfa. Estudos mostraram aÃÃes neuroprotetoras da PTX, em modelos experimentais in vivo e in vitro. O presente trabalho estudou, por meio de avaliaÃÃes comportamental, neuroquÃmica, histolÃgica e imunohistoquÃmica, os possÃveis efeitos da PTX em modelos experimentais de doenÃa de Parkinson (DP) in vivo (lesÃo unilateral estriatal com 6-OHDA) e in vitro (cÃlulas SH-SY5Y). Para isso, dividiram-se ratos machos Wistar (220-250 g) em cinco grupos de 9 a 20 animais cada: falso-operado (FO, submetidos a injeÃÃo intraestriatal de salina), 6-OHDA (lesionados com 6-OHDA), 6-OHDA+PTX10, 6-OHDA+PTX25 e 6- OHDA+PTX50 (lesionados e tratados durante 2 semanas com PTX, nas doses de 10, 25 e 50 mg/kg, v.o.). Os resultados mostraram que o comportamento rotacional contralateral, induzido pela apomorfina e aumentado no grupo lesionado, foi revertido pelo tratamento com PTX. Enquanto a atividade locomotora, avaliada pelo teste do campo aberto, diminuiu com 6-OHDA em relaÃÃo ao grupo FO, tal efeito foi em parte revertido pela PTX, o mesmo ocorrendo com o comportamento de rearing. Mostrou-se tambÃm que a PTX nÃo interferiu no comprometimento da memÃria operacional, observado no grupo lesionado. Ademais, o aumento no tempo de imobilidade (teste do nado forÃado), indicativo de efeito depressivo visto no grupo lesionado foi revertido pelo tratamento com PTX, resultado similar ao do grupo FO. Os nÃveis de dopamina (DA) e DOPAC (metabÃlito da DA) diminuÃram no corpo estriado do grupo lesionado, este efeito foi em parte revertido pela PTX, na dose de 50 mg/kg. AlÃm disso, os nÃveis de glutamato e glicina foram aumentados e reduzidos, respectivamente, no grupo lesionado em relaÃÃo ao FO, tais alteraÃÃes foram revertidas pela PTX. Nos estudos histopatolÃgicos (violeta de cresil e Fluoro Jade B) foi evidenciada uma preservaÃÃo da citoarquitetura celular nos grupos lesionado apÃs tratamento com PTX. A imunoreatividade para tirosina hidroxilase (TH) e transportador de dopamina (DAT) reduziram-se, de modo significativo, no lado direito (lesionado) do grupo 6-OHDA, com relaÃÃo aos lesionados e tratados com PTX. Resultados semelhantes foram observados com a imunomarcaÃÃo para DAT. A imunoreatividade para GFAP (marcador de astrÃcitos) reduziu-se no mesencÃfalo do grupo lesionado e tratado com PTX, em relaÃÃo ao lesionado e nÃo-tratado, e para OX-42 (marcador de micrÃglia) foi reduzida no corpo estriado. Ensaios imunohistoquÃmicos para TNF-alfa mostraram que o aumento da imunomarcaÃÃo, no corpo estriado do grupo lesionado (lado direito), foi atenuado apÃs PTX. Observaram-se resultados semelhantes nas Ãreas CA1 e CA3 do hipocampo. Estes dados mostram que, pelo menos parte, a aÃÃo neuroprotetora da PTX deve-se à inibiÃÃo de TNF-alfa, resultado este reforÃado pelos efeitos anti-COX-2 e anti-iNOS, vistos no estriado e hipocampo dos grupos lesionados, apÃs tratamento com PTX. Por fim, PTX em cÃlulas SH-SY5Y mostrou efeitos citoprotetor, anti-inflamatÃrio e antioxidante. Nossos resultados sugerem, assim, potencial efeito neuroprotetor da PTX, possivelmente decorrente de sua propriedade anti-inflamatÃria e da atuaÃÃo benÃfica nos sistemas dopaminÃrgico, glutamatÃrgico e glicinÃrgico, tornando-a uma opÃÃo terapÃutica para o tratamento de doenÃas neurodegenerativas como a DP.Pentoxifylline (PTX) is a methylxanthine derivative that produces pharmacological effects by mechanisms as phosphodiesterase inhibition, increase in cAMP and cGMP levels and antagonism of A2A adenosine receptors. The drug also shows anti- inflammatory properties, due to the inhibition of TNF-alpha synthesis. The present work studied, by behavioral, neurochemical, histological and immunohistochemical methods, the possible neuroprotective PTX effects in an experimental model of Parkinsonâs disease (PD), in vivo (striatal lesion with 6-OHDA in rats) and in vitro (SN-SY5Y cells). For the in vivo study, male Wistar rats (220-250 g) were divided into groups of 9 to 20 animals each, as follows: sham-operated (SO, subjected to a striatal injection of saline); 6-OHDA (subjected to a 6-OHDA injection into the right striatum); and 6-OHDA followed by the daily oral administration of PTX (10, 25 and 50 mg/kg), for two weeks. The results showed that the increased apomorphine-induced rotational behavior, observed in the 6-OHDA group, was greatly reduced in the 6-OHDA+PTX groups, towards the SO values. While the locomotor activity decreased in the 6-OHDA group, this parameter was in part reversed in the 6-OHDA+PTX groups and the same was observed with the rearing behavior. On the other hand, PTX did not seem to interfere significantly with the operational memory, as assessed by the Cued Water Maze test, but reversed the increase in the immobility time (indicative of depression) seen in the untreated 6-OHDA group. Furthermore, we showed that while striatal DA and DOPAC levels were significantly decreased in the lesioned right striatum of the 6- OHDA group, as related to the SO controls, this effect was partly reverted by the high PTX dose. In addition, glutamate (excitatory neurotransmitter) and glycine (inhibitory neurotransmitter) concentrations increased and decreased, respectively, in the untreated 6-OHDA-lesioned group, as related to the SO group. Such alterations were reversed in the lesioned group, after PTX treatments. Histopathological analyses (cresyl violet and fluoro jade B) showed a preservation of the cellular architecture in the lesioned groups, after PTX treatments, as related to the untreated lesioned group. Besides, the immunoreactivities for tyrosine hydroxylase (TH, limiting step in the catecholamine synthesis) and dopamine transporter (DAT) were significantly reduced in the striatal right side (lesioned) of the untreated 6-OHDA group, as related to the striatal right sides of the 6-OHDA-PTX-treated groups. Similar results were observed for DAT. As far as immunohistochemistry data are concerned, we showed that, while the immunoreactivity for GFAP (astrocyte marker) was reduced in the mesencephalic tissue of the lesioned group after PTX treatments, as related to the untreated lesioned group, the same effect occurred with the immunoreactivity for OX-42 (microglia marker) in the striatum. Furthermore, the increase in the number of immunopositive cells for TNF-alpha (a pro- inflammatory cytokine) in the right lesioned striatum was attenuated, after PTX treatments. Similar results were seen in the CA1 and CA3 hippocampal areas, suggesting that PTX is possibly a neuroprotective drug and that this action is, at least in part, due to its TNF-alpha inhibitory activity. These results were supported by anti- COX-2 and anti-iNOS effects on the hippocampus and striatum of the lesioned group, after PTX treatments. Additionally, in SH-SY5Y cells (an in vitro model of PD), PTX also presented cytoprotective, anti-inflammatory and antioxidant effects. In conclusion, our results showed that the potential neuroprotective effects of PTX are a consequence of its anti-inflammatory activity and beneficial action on the dopaminergic, glutamatergic and glycinergic systems. Thus, our data suggest that PTX is a potential drug to be included into clinics, as a new therapeutic strategy for PD treatment.MinistÃre de l'Enseignement SupÃrieur et de la Recherchehttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14271application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:28Zmail@mail.com -
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