Curva de desidrataÃÃo e degradaÃÃo in situ do feno de forrageiras nativas da caatinga cearense

• Autor(a) principal: Jaime Miguel de AraÃjo Filho
• Data de Publicação: 2008
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4314
• topic: Valor nutritivo; ConservaÃÃo e semi-Ãrido; Nutritional value; Conservation and semi-arid; ZOOTECNIA

O estudo do valor nutritivo de forrageiras nativas da caatinga à fundamental para a sustentabilidade de sistemas de produÃÃo no semi-Ãrido, destacando-se o potencial forrageiro dessas espÃcies. Com a realizaÃÃo deste trabalho objetivou-se estimar o tempo de desidrataÃÃo e o valor nutritivo dos fenos de marmeleiro (Croton sonderianus Muell.Arg.), mata-pasto (Senna obtusifolia), mororà (Bauhinia cheilantha Bong.) e sabià (Mimosa caesalpiniifolia Benth) atravÃs da determinaÃÃo da composiÃÃo bromatolÃgica e comportamento da degradaÃÃo ruminal in situ. A confecÃÃo dos fenos foi realizada na Fazenda Experimental Vale do CurÃ, a anÃlise bromatolÃgica, no laboratÃrio de NutriÃÃo Animal da UFC e o ensaio de degradaÃÃo in situ, no Setor de Caprinovinocultura do Centro de SaÃde e Tecnologia Rural â CSTR, da UFCG. Para se determinar a curva de desidrataÃÃo dos fenos foram coletadas amostras nos tempos 0, 4, 20 e 24 horas para o marmeleiro, 0, 2, 4, 6, 8, 22, 24 e 26 horas para o mata-pasto, 0, 2, 4 e 6 horas para o mororà e 0, 4, 6, 22 e 26 horas para o sabiÃ, seguindo delineamento inteiramente casualizado, onde cada tempo corresponde a um tratamento, com trÃs repetiÃÃes para cada amostra coletada nos diferentes tempos de desidrataÃÃo especÃficos para cada espÃcie. Para a degradaÃÃo in situ foi realizada a tÃcnica de sacos de nÃilon, com incubaÃÃo das amostras no rÃmen de quatro caprinos machos com aproximadamente 30 kg de peso vivo, castrados, fistulados e cÃnulados, mantidos em baias individuais. Foi avaliado a degradaÃÃo da PB, MS e FDN utilizando os tempos 0, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas de incubaÃÃo. Durante o processo de desidrataÃÃo nÃo houve alteraÃÃo dos percentuais de PB e EE para os fenos avaliados, no entanto, foi observado uma reduÃÃo dos percentuais de MM para o feno de mata-pasto e houve reduÃÃo da FDN e FDA para as quatro espÃcies durante o processo de fenaÃÃo. O tempo total de desidrataÃÃo dos fenos foi de 24, 26, 6 e 26 horas para o marmeleiro, mata-pasto, mororà e sabiÃ, respectivamente, nÃo havendo depreciaÃÃo da qualidade do material durante o processo de fenaÃÃo. Considerando a degradaÃÃo ruminal, foi observada influÃncia da fase fenolÃgica do mata-pasto para as fraÃÃes âaâ e âIâ, degradabilidade potencial (DP) e efetiva (DE) a 2, 5 e 8%/h da MS e fraÃÃes âbâ e âIâ e degradabilidade potencial e efetiva a 2%/h da FDN. O feno de mata-pasto apresentou os maiores valores de DP e DE em relaÃÃo aos demais fenos estudados. No entanto, o mororà e sabià apresentaram boa DE da PB com 39,91 e 42,67%, respectivamente. O feno de marmeleiro apresentou os menores valores para DE em relaÃÃo aos demais fenos estudados. Os percentuais de taninos totais demonstraram efeito inibidor da degradaÃÃo dos fenos de marmeleiro, mororà e sabiÃ, no entanto, a influÃncia dos compostos fenÃlicos na degradaÃÃo dos princÃpios nutritivos das forrageiras nativas requer avaliaÃÃo de tÃcnicas mais sensÃveis. De acordo com a composiÃÃo bromatolÃgica e cinÃtica ruminal, as espÃcies forrageiras estudadas podem ser aproveitadas na forma de feno na alimentaÃÃo de pequenos ruminantes