Desenvolvimento de raÃÃes protÃicas para abelhas apis mellifera utilizando produtos regionais do nordeste brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4512 |
Resumo: | A pesquisa foi realizada com o objetivo de desenvolver uma raÃÃo para abelhas Apis mellifera usando produtos regionais do Nordeste de fÃcil acesso e baixo custo para o produtor. Os experimentos foram conduzidos entre marÃo de 2001 e janeiro de 2005 no NÃcleo de Pesquisa com Abelhas (NUPA) da Embrapa Meio-Norte com sede em Teresina (5Â05â S de latitude e 42Â49â W de longitude) e nos apiÃrios experimentais em Castelo do Piauà (5Â20â S de latitude e 41Â34â W de longitude). Levando-se em consideraÃÃo os alimentos fornecidos Ãs abelhas pelos apicultores, a facilidade dos mesmos serem colhidos, produzidos ou encontrados comercialmente na regiÃo e a preferÃncia natural das abelhas, medida por observaÃÃes empÃricas, iniciou-se o trabalho com feno das folhas de mandioca (Manihot esculenta); feno das folhas de leucena (Leucaena leococephala); farinha de vagem de algaroba (Prosopis juliflora); farinha de vagem de bordÃo-de-velho (Pithecellobium cf. saman); farelo de babaÃu (Orbygnia martiana) e sucedÃneo do leite para bezerros da marca PurinaÂ. O desempenho das abelhas alimentadas com estes componentes foi comparado com o desempenho das abelhas alimentadas com pÃlen adquirido da COORPEPÃLEN, Cooperativa de PÃlen do Brasil, localizada na cidade de Canavieiras, Bahia, havendo predominÃncia do pÃlen de Palmae. Inicialmente os componentes selecionados foram testados quanto à toxicidade e analisados quanto aos teores de proteÃna bruta, aÃÃcares livres totais, aminoÃcidos totais e teores de glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, treonina, serina, metionina, aspargina, glutamina, aspartato, glutamato, lisina, arginina, histidina, asparagina e -aminobutirato. Os resultados demonstram que o alto teor de aÃÃcares contido na farinha de bordÃo-de-velho nÃo permite que a mesma seja fornecida Ãs abelhas na forma in natura, uma vez que houve uma mortalidade precoce das abelhas alimentadas com esta farinha. Os demais alimentos nÃo se mostraram tÃxicos, porÃm, somente o feno da leucena contÃm os teores de aminoÃcidos essenciais requeridos pelas abelhas Apis mellifera. Com base nos dados obtidos foram formuladas as seguintes composiÃÃes de raÃÃes: (T01) - 260 g de feno de mandioca, 140 g de farinha de algaroba, 437,39 g de xarope e 0,96 g de essÃncia de baunilha; (T02) - 68 g de feno de mandioca, 332 g de farelo de babaÃu, 643,90 g de xarope e 1,32 g de essÃncia de baunilha; (T03) - 304 g de farelo babaÃu, 96 g de sucedÃneo do leite, 507,73 g de xarope e 1,08 g de essÃncia de baunilha e (T04) â 500 g de pÃlen apÃcola e 254,79 g de xarope. As raÃÃes foram testadas quanto ao consumo, desenvolvimento das colÃnias e digestibilidade. Os resultados demonstraram que apesar de nenhuma das trÃs raÃÃes ser tÃo palatÃvel e nem tÃo eficiente quanto o pÃlen na manutenÃÃo das crias, contribuÃram para que as colÃnias ao final do experimento estivessem em condiÃÃes melhores do que as iniciais, com maior Ãrea de alimento e maior peso. Os resultados do teste de digestibilidade demonstraram que os alimentos fornecidos tiveram altos Ãndices de digestbilidade, o que pode ser atribuÃdo ao alto consumo de xarope invertido e de Ãgua. Com os resultados obtidos pode-se recomendar as raÃÃes formuladas a apicultores como suplementaÃÃo alimentar para manutenÃÃo dos enxames fortes, entretanto, em situaÃÃes em que as raÃÃes passam a ser a Ãnica fonte protÃica fornecida Ãs abelhas seria necessÃria a busca de novas alternativas |
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Os experimentos foram conduzidos entre marÃo de 2001 e janeiro de 2005 no NÃcleo de Pesquisa com Abelhas (NUPA) da Embrapa Meio-Norte com sede em Teresina (5Â05â S de latitude e 42Â49â W de longitude) e nos apiÃrios experimentais em Castelo do Piauà (5Â20â S de latitude e 41Â34â W de longitude). Levando-se em consideraÃÃo os alimentos fornecidos Ãs abelhas pelos apicultores, a facilidade dos mesmos serem colhidos, produzidos ou encontrados comercialmente na regiÃo e a preferÃncia natural das abelhas, medida por observaÃÃes empÃricas, iniciou-se o trabalho com feno das folhas de mandioca (Manihot esculenta); feno das folhas de leucena (Leucaena leococephala); farinha de vagem de algaroba (Prosopis juliflora); farinha de vagem de bordÃo-de-velho (Pithecellobium cf. saman); farelo de babaÃu (Orbygnia martiana) e sucedÃneo do leite para bezerros da marca PurinaÂ. O desempenho das abelhas alimentadas com estes componentes foi comparado com o desempenho das abelhas alimentadas com pÃlen adquirido da COORPEPÃLEN, Cooperativa de PÃlen do Brasil, localizada na cidade de Canavieiras, Bahia, havendo predominÃncia do pÃlen de Palmae. Inicialmente os componentes selecionados foram testados quanto à toxicidade e analisados quanto aos teores de proteÃna bruta, aÃÃcares livres totais, aminoÃcidos totais e teores de glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, treonina, serina, metionina, aspargina, glutamina, aspartato, glutamato, lisina, arginina, histidina, asparagina e -aminobutirato. Os resultados demonstram que o alto teor de aÃÃcares contido na farinha de bordÃo-de-velho nÃo permite que a mesma seja fornecida Ãs abelhas na forma in natura, uma vez que houve uma mortalidade precoce das abelhas alimentadas com esta farinha. Os demais alimentos nÃo se mostraram tÃxicos, porÃm, somente o feno da leucena contÃm os teores de aminoÃcidos essenciais requeridos pelas abelhas Apis mellifera. Com base nos dados obtidos foram formuladas as seguintes composiÃÃes de raÃÃes: (T01) - 260 g de feno de mandioca, 140 g de farinha de algaroba, 437,39 g de xarope e 0,96 g de essÃncia de baunilha; (T02) - 68 g de feno de mandioca, 332 g de farelo de babaÃu, 643,90 g de xarope e 1,32 g de essÃncia de baunilha; (T03) - 304 g de farelo babaÃu, 96 g de sucedÃneo do leite, 507,73 g de xarope e 1,08 g de essÃncia de baunilha e (T04) â 500 g de pÃlen apÃcola e 254,79 g de xarope. As raÃÃes foram testadas quanto ao consumo, desenvolvimento das colÃnias e digestibilidade. Os resultados demonstraram que apesar de nenhuma das trÃs raÃÃes ser tÃo palatÃvel e nem tÃo eficiente quanto o pÃlen na manutenÃÃo das crias, contribuÃram para que as colÃnias ao final do experimento estivessem em condiÃÃes melhores do que as iniciais, com maior Ãrea de alimento e maior peso. Os resultados do teste de digestibilidade demonstraram que os alimentos fornecidos tiveram altos Ãndices de digestbilidade, o que pode ser atribuÃdo ao alto consumo de xarope invertido e de Ãgua. Com os resultados obtidos pode-se recomendar as raÃÃes formuladas a apicultores como suplementaÃÃo alimentar para manutenÃÃo dos enxames fortes, entretanto, em situaÃÃes em que as raÃÃes passam a ser a Ãnica fonte protÃica fornecida Ãs abelhas seria necessÃria a busca de novas alternativasThe objective of this research was to develop a protein diet for honeybees Apis mellifera using regional products of NE Brazil that are of easy access and reduced costs for beekeepers. Experiments were carried out between March 2001 and January 2005 in the âNÃcleo de Pesquisa com Abelhasâ (NUPA) of the Embrapa Meio-Norte in Teresina (5Â05â S and 42Â49â W) and in Castelo do Piauà (5Â20â S and 41Â34â W), PiauÃ, Brazil. Products selected at the beginning of the research were cassava hay (Manihot esculenta), leucaena hay (Leucaena leococephala), mesquite pod meal (Prosopis juliflora), âbordÃo-de-velhoâ pod meal (Pithecellobium cf. saman), babassu bran (Orbygnia martiana) and succedaneums for calfskin from PurinaÂ. The performance of honeybees that consumed these components was compared with those that consumed pollen obtained from COORPEPÃLEN, Cooperativa de PÃlen do Brasil, located in Canavieiras, Bahia, Brazil. Pollen fed to bees was predominantly Palmae pollen. Initial components selected were tested about toxic effects for honeybees; contents of crude protein, total soluble sugars, free amino acids, and contents of glycin, alanine, valine,leucine, isoleucine, phenylalanine, tyrosine, serine, methionine, asparagines, glutamine, aspartic acid, glutamic acid, lysine, arginine, histidine, asparagines and -aminobutyric acid. Results showed that the high content of sugars in the flour of âbordÃo-de-velhoâ does not allow its use for feeding honeybees, considering that it was observed an early mortality in the honeybees feeding with this meal. The other substances studied did not show any toxic effect, but only the leucaena hay have the contents of essential amino acids demanded by the honeybees. These results permitted the formulation of four diets: (T01) - 260 g of cassava hay, 140 g of mesquite pod meal, 437,39 g of sugar syrup and 0,96 g of vanilla essence; (T02) - 68 g of cassava hay, 332 g of babassu bran, 643,90 g of sugar syrup and 1,32 g of vanilla essence; (T03) - 304 g of babassu bran, 96 g of succedaneums for calfskin, 507,73 g of sugar syrup and 1,08 g of vanilla essence and (T04) â 500 g of pollen and 254,79 of sugar syrup. The feeds were tested for consumption, colony development and digestibility. Results showed that the three diets formulation did not show the same consumption and brood maintenance that pollen. However, by the end of the experiment all colonies were in better conditions than in the beginning, with higher food area and colony weight. The higher digestibility observed in the tests of digestibility could be attribute to the high consumption of sugar syrup and water. Results give evidence that all diets were efficient in maintaining the colonies strong and can be used by the beekeepers to maintain colony strength over the leanest period of the year. However, when the diet was the single source of protein, it was necessary to search for other alternative.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4512application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:17:30Zmail@mail.com - |
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A pesquisa foi realizada com o objetivo de desenvolver uma raÃÃo para abelhas Apis mellifera usando produtos regionais do Nordeste de fÃcil acesso e baixo custo para o produtor. Os experimentos foram conduzidos entre marÃo de 2001 e janeiro de 2005 no NÃcleo de Pesquisa com Abelhas (NUPA) da Embrapa Meio-Norte com sede em Teresina (5Â05â S de latitude e 42Â49â W de longitude) e nos apiÃrios experimentais em Castelo do Piauà (5Â20â S de latitude e 41Â34â W de longitude). Levando-se em consideraÃÃo os alimentos fornecidos Ãs abelhas pelos apicultores, a facilidade dos mesmos serem colhidos, produzidos ou encontrados comercialmente na regiÃo e a preferÃncia natural das abelhas, medida por observaÃÃes empÃricas, iniciou-se o trabalho com feno das folhas de mandioca (Manihot esculenta); feno das folhas de leucena (Leucaena leococephala); farinha de vagem de algaroba (Prosopis juliflora); farinha de vagem de bordÃo-de-velho (Pithecellobium cf. saman); farelo de babaÃu (Orbygnia martiana) e sucedÃneo do leite para bezerros da marca PurinaÂ. O desempenho das abelhas alimentadas com estes componentes foi comparado com o desempenho das abelhas alimentadas com pÃlen adquirido da COORPEPÃLEN, Cooperativa de PÃlen do Brasil, localizada na cidade de Canavieiras, Bahia, havendo predominÃncia do pÃlen de Palmae. Inicialmente os componentes selecionados foram testados quanto à toxicidade e analisados quanto aos teores de proteÃna bruta, aÃÃcares livres totais, aminoÃcidos totais e teores de glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, treonina, serina, metionina, aspargina, glutamina, aspartato, glutamato, lisina, arginina, histidina, asparagina e -aminobutirato. Os resultados demonstram que o alto teor de aÃÃcares contido na farinha de bordÃo-de-velho nÃo permite que a mesma seja fornecida Ãs abelhas na forma in natura, uma vez que houve uma mortalidade precoce das abelhas alimentadas com esta farinha. Os demais alimentos nÃo se mostraram tÃxicos, porÃm, somente o feno da leucena contÃm os teores de aminoÃcidos essenciais requeridos pelas abelhas Apis mellifera. Com base nos dados obtidos foram formuladas as seguintes composiÃÃes de raÃÃes: (T01) - 260 g de feno de mandioca, 140 g de farinha de algaroba, 437,39 g de xarope e 0,96 g de essÃncia de baunilha; (T02) - 68 g de feno de mandioca, 332 g de farelo de babaÃu, 643,90 g de xarope e 1,32 g de essÃncia de baunilha; (T03) - 304 g de farelo babaÃu, 96 g de sucedÃneo do leite, 507,73 g de xarope e 1,08 g de essÃncia de baunilha e (T04) â 500 g de pÃlen apÃcola e 254,79 g de xarope. As raÃÃes foram testadas quanto ao consumo, desenvolvimento das colÃnias e digestibilidade. Os resultados demonstraram que apesar de nenhuma das trÃs raÃÃes ser tÃo palatÃvel e nem tÃo eficiente quanto o pÃlen na manutenÃÃo das crias, contribuÃram para que as colÃnias ao final do experimento estivessem em condiÃÃes melhores do que as iniciais, com maior Ãrea de alimento e maior peso. Os resultados do teste de digestibilidade demonstraram que os alimentos fornecidos tiveram altos Ãndices de digestbilidade, o que pode ser atribuÃdo ao alto consumo de xarope invertido e de Ãgua. Com os resultados obtidos pode-se recomendar as raÃÃes formuladas a apicultores como suplementaÃÃo alimentar para manutenÃÃo dos enxames fortes, entretanto, em situaÃÃes em que as raÃÃes passam a ser a Ãnica fonte protÃica fornecida Ãs abelhas seria necessÃria a busca de novas alternativas |
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The objective of this research was to develop a protein diet for honeybees Apis mellifera using regional products of NE Brazil that are of easy access and reduced costs for beekeepers. Experiments were carried out between March 2001 and January 2005 in the âNÃcleo de Pesquisa com Abelhasâ (NUPA) of the Embrapa Meio-Norte in Teresina (5Â05â S and 42Â49â W) and in Castelo do Piauà (5Â20â S and 41Â34â W), PiauÃ, Brazil. Products selected at the beginning of the research were cassava hay (Manihot esculenta), leucaena hay (Leucaena leococephala), mesquite pod meal (Prosopis juliflora), âbordÃo-de-velhoâ pod meal (Pithecellobium cf. saman), babassu bran (Orbygnia martiana) and succedaneums for calfskin from PurinaÂ. The performance of honeybees that consumed these components was compared with those that consumed pollen obtained from COORPEPÃLEN, Cooperativa de PÃlen do Brasil, located in Canavieiras, Bahia, Brazil. Pollen fed to bees was predominantly Palmae pollen. Initial components selected were tested about toxic effects for honeybees; contents of crude protein, total soluble sugars, free amino acids, and contents of glycin, alanine, valine,leucine, isoleucine, phenylalanine, tyrosine, serine, methionine, asparagines, glutamine, aspartic acid, glutamic acid, lysine, arginine, histidine, asparagines and -aminobutyric acid. Results showed that the high content of sugars in the flour of âbordÃo-de-velhoâ does not allow its use for feeding honeybees, considering that it was observed an early mortality in the honeybees feeding with this meal. The other substances studied did not show any toxic effect, but only the leucaena hay have the contents of essential amino acids demanded by the honeybees. These results permitted the formulation of four diets: (T01) - 260 g of cassava hay, 140 g of mesquite pod meal, 437,39 g of sugar syrup and 0,96 g of vanilla essence; (T02) - 68 g of cassava hay, 332 g of babassu bran, 643,90 g of sugar syrup and 1,32 g of vanilla essence; (T03) - 304 g of babassu bran, 96 g of succedaneums for calfskin, 507,73 g of sugar syrup and 1,08 g of vanilla essence and (T04) â 500 g of pollen and 254,79 of sugar syrup. The feeds were tested for consumption, colony development and digestibility. Results showed that the three diets formulation did not show the same consumption and brood maintenance that pollen. However, by the end of the experiment all colonies were in better conditions than in the beginning, with higher food area and colony weight. The higher digestibility observed in the tests of digestibility could be attribute to the high consumption of sugar syrup and water. Results give evidence that all diets were efficient in maintaining the colonies strong and can be used by the beekeepers to maintain colony strength over the leanest period of the year. However, when the diet was the single source of protein, it was necessary to search for other alternative. |
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A pesquisa foi realizada com o objetivo de desenvolver uma raÃÃo para abelhas Apis mellifera usando produtos regionais do Nordeste de fÃcil acesso e baixo custo para o produtor. Os experimentos foram conduzidos entre marÃo de 2001 e janeiro de 2005 no NÃcleo de Pesquisa com Abelhas (NUPA) da Embrapa Meio-Norte com sede em Teresina (5Â05â S de latitude e 42Â49â W de longitude) e nos apiÃrios experimentais em Castelo do Piauà (5Â20â S de latitude e 41Â34â W de longitude). Levando-se em consideraÃÃo os alimentos fornecidos Ãs abelhas pelos apicultores, a facilidade dos mesmos serem colhidos, produzidos ou encontrados comercialmente na regiÃo e a preferÃncia natural das abelhas, medida por observaÃÃes empÃricas, iniciou-se o trabalho com feno das folhas de mandioca (Manihot esculenta); feno das folhas de leucena (Leucaena leococephala); farinha de vagem de algaroba (Prosopis juliflora); farinha de vagem de bordÃo-de-velho (Pithecellobium cf. saman); farelo de babaÃu (Orbygnia martiana) e sucedÃneo do leite para bezerros da marca PurinaÂ. O desempenho das abelhas alimentadas com estes componentes foi comparado com o desempenho das abelhas alimentadas com pÃlen adquirido da COORPEPÃLEN, Cooperativa de PÃlen do Brasil, localizada na cidade de Canavieiras, Bahia, havendo predominÃncia do pÃlen de Palmae. Inicialmente os componentes selecionados foram testados quanto à toxicidade e analisados quanto aos teores de proteÃna bruta, aÃÃcares livres totais, aminoÃcidos totais e teores de glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, treonina, serina, metionina, aspargina, glutamina, aspartato, glutamato, lisina, arginina, histidina, asparagina e -aminobutirato. Os resultados demonstram que o alto teor de aÃÃcares contido na farinha de bordÃo-de-velho nÃo permite que a mesma seja fornecida Ãs abelhas na forma in natura, uma vez que houve uma mortalidade precoce das abelhas alimentadas com esta farinha. Os demais alimentos nÃo se mostraram tÃxicos, porÃm, somente o feno da leucena contÃm os teores de aminoÃcidos essenciais requeridos pelas abelhas Apis mellifera. Com base nos dados obtidos foram formuladas as seguintes composiÃÃes de raÃÃes: (T01) - 260 g de feno de mandioca, 140 g de farinha de algaroba, 437,39 g de xarope e 0,96 g de essÃncia de baunilha; (T02) - 68 g de feno de mandioca, 332 g de farelo de babaÃu, 643,90 g de xarope e 1,32 g de essÃncia de baunilha; (T03) - 304 g de farelo babaÃu, 96 g de sucedÃneo do leite, 507,73 g de xarope e 1,08 g de essÃncia de baunilha e (T04) â 500 g de pÃlen apÃcola e 254,79 g de xarope. As raÃÃes foram testadas quanto ao consumo, desenvolvimento das colÃnias e digestibilidade. Os resultados demonstraram que apesar de nenhuma das trÃs raÃÃes ser tÃo palatÃvel e nem tÃo eficiente quanto o pÃlen na manutenÃÃo das crias, contribuÃram para que as colÃnias ao final do experimento estivessem em condiÃÃes melhores do que as iniciais, com maior Ãrea de alimento e maior peso. Os resultados do teste de digestibilidade demonstraram que os alimentos fornecidos tiveram altos Ãndices de digestbilidade, o que pode ser atribuÃdo ao alto consumo de xarope invertido e de Ãgua. Com os resultados obtidos pode-se recomendar as raÃÃes formuladas a apicultores como suplementaÃÃo alimentar para manutenÃÃo dos enxames fortes, entretanto, em situaÃÃes em que as raÃÃes passam a ser a Ãnica fonte protÃica fornecida Ãs abelhas seria necessÃria a busca de novas alternativas |
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