Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriel Nuto NÃbrega
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10321
Resumo: Este trabalho foi dividido em trÃs capÃtulos e teve por objetivos: 1) Quantificar o estoque de blue carbon nos solos do CearÃ; 2) Avaliar os mÃtodos de quantificaÃÃo de carbono orgÃnico dos solos (COS) nos manguezais; 3) Avaliar a emissÃo de gases de efeito estufa (CO2 e CH4) oriunda dos solos dos manguezais cearenses. No primeiro capÃtulo, foram feitas associaÃÃes das unidades fitoecolÃgicas (UF) com os tipos de solos cearenses por meio de tÃcnicas de geoprocessamento, combinando as informaÃÃes da densidade do solo e dos teores de carbono nas classes de solo contidas em cada UF. Os resultados mostram que a massa de carbono contido no solo cearense à estimada em 374.123.384,15 Mg. Os manguezais contribuem com 0,35 % da massa de carbono, uma vez que suas Ãrea nÃo ultrapassa 0,1% do CearÃ. Por outro lado, os dados do estoque de carbono (EC) indicam que os manguezais armazenam 8.241,39 Mg C km-2 , equivalente a 3 vezes o EC das demais UF. Este resultado poderia ser ainda mais importantes caso os manguezais cearenses estivessem sob um menor impacto antrÃpico. No segundo capÃtulo, os teores de COS foram quantificados por meio de diferentes mÃtodos quÃmicos (variaÃÃes do mÃtodo Walkley & Black), reflectÃncia espectral e termogravimetria cujos resultados foram comparados com os obtidos por meio do analisador elementar (AE). No tocante Ãs anÃlises quÃmicas, a secagem das amostras favoreceu a acurÃcia do mÃtodo quÃmico, uma vez que esta promoveu a oxidaÃÃo dos compostos reduzidos causadores de interferÃncia. A utilizaÃÃo de fontes externas de aquecimento acarretou em maior interferÃncia no mÃtodo quÃmico e, sob uma concentraÃÃo de H2SO4 6 M, o mÃtodo quÃmico apresentou-se viÃvel para a quantificaÃÃo do COS em manguezais. A utilizaÃÃo da tÃcnica de reflectÃncia espectral apresentou correlaÃÃes fracas com os valores de carbono via AE, o que impossibilitou a utilizaÃÃo deste mÃtodo, fazendo necessÃrio um estudo mais aprofundado para a adequaÃÃo deste mÃtodo ao estudo do COS em manguezais. Os resultados obtidos pela termogravimetria apresentaram a correlaÃÃo mais forte com AE (r = 0,927), caracterizando como o mÃtodo mais adequado para a quantificaÃÃo do COS, desde que utilizado um fator de correÃÃo (f = 0,27) para a conversÃo dos valores de matÃria orgÃnica do solo em COS. No Ãltimo capÃtulo, foram quantificados os fluxos mÃdios de CO2 e CH4 correlacionando os valores de fluxo com os atributos do solo. Os fluxos de CO2 variaram entre 16,4Â3,7 e 44,4Â2,2 mg m-2 h-1. A maior emissÃo de CO2 foi determinada pelas condiÃÃes edÃficas (maior EC, maior concentraÃÃo de carbono orgÃnico dissolvido e menor grau de piritizaÃÃo). Em mÃdia, os emissÃes de CO2 em solos de mangue corresponde a apenas 2% da emissÃo causada pela agricultura. As concentraÃÃes de CH4 estiveram abaixo do limite de detecÃÃo do equipamento utilizado e, portanto, o fluxo mÃdio de metano nÃo pode ser quantificado. O baixo fluxo de metano està relacionado à abundÃncia de aceptores de elÃtrons mais energÃticos que impendem a metanogÃnese, alÃm da presenÃa de microrganismos que oxidam o CH4 antes deste alcanÃar a atmosfera
id UFC_be55bfb6196bb48bb5e62ebc87abeeac
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:7003
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisBlue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2Blue Carbon in semi-arid mangrove soils: Importance, Quantification methods and C-CO2 gases emission2013-06-14Tiago OsÃrio Ferreira27797296863http://lattes.cnpq.br/7979209848071504Ricardo EspÃndola Romero23588993304http://lattes.cnpq.br/8092455930947951Eduardo de Sà MendonÃa67549276749http://lattes.cnpq.br/4735276653354808Xosà Luis Otero Perez65597494368http://lattes.cnpq.br/5874908096941660Gabriel Nuto NÃbregaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Agronomia/Solos e NutriÃÃo de PlantasUFCBRÃreas Ãmidas costeiras Carbono orgÃnico do solo Solos de mangue EmissÃo de C-CO2 Coastal wetlands Soil organic carbon Mangrove soils C-CO2 emissionCIENCIA DO SOLOEste trabalho foi dividido em trÃs capÃtulos e teve por objetivos: 1) Quantificar o estoque de blue carbon nos solos do CearÃ; 2) Avaliar os mÃtodos de quantificaÃÃo de carbono orgÃnico dos solos (COS) nos manguezais; 3) Avaliar a emissÃo de gases de efeito estufa (CO2 e CH4) oriunda dos solos dos manguezais cearenses. No primeiro capÃtulo, foram feitas associaÃÃes das unidades fitoecolÃgicas (UF) com os tipos de solos cearenses por meio de tÃcnicas de geoprocessamento, combinando as informaÃÃes da densidade do solo e dos teores de carbono nas classes de solo contidas em cada UF. Os resultados mostram que a massa de carbono contido no solo cearense à estimada em 374.123.384,15 Mg. Os manguezais contribuem com 0,35 % da massa de carbono, uma vez que suas Ãrea nÃo ultrapassa 0,1% do CearÃ. Por outro lado, os dados do estoque de carbono (EC) indicam que os manguezais armazenam 8.241,39 Mg C km-2 , equivalente a 3 vezes o EC das demais UF. Este resultado poderia ser ainda mais importantes caso os manguezais cearenses estivessem sob um menor impacto antrÃpico. No segundo capÃtulo, os teores de COS foram quantificados por meio de diferentes mÃtodos quÃmicos (variaÃÃes do mÃtodo Walkley & Black), reflectÃncia espectral e termogravimetria cujos resultados foram comparados com os obtidos por meio do analisador elementar (AE). No tocante Ãs anÃlises quÃmicas, a secagem das amostras favoreceu a acurÃcia do mÃtodo quÃmico, uma vez que esta promoveu a oxidaÃÃo dos compostos reduzidos causadores de interferÃncia. A utilizaÃÃo de fontes externas de aquecimento acarretou em maior interferÃncia no mÃtodo quÃmico e, sob uma concentraÃÃo de H2SO4 6 M, o mÃtodo quÃmico apresentou-se viÃvel para a quantificaÃÃo do COS em manguezais. A utilizaÃÃo da tÃcnica de reflectÃncia espectral apresentou correlaÃÃes fracas com os valores de carbono via AE, o que impossibilitou a utilizaÃÃo deste mÃtodo, fazendo necessÃrio um estudo mais aprofundado para a adequaÃÃo deste mÃtodo ao estudo do COS em manguezais. Os resultados obtidos pela termogravimetria apresentaram a correlaÃÃo mais forte com AE (r = 0,927), caracterizando como o mÃtodo mais adequado para a quantificaÃÃo do COS, desde que utilizado um fator de correÃÃo (f = 0,27) para a conversÃo dos valores de matÃria orgÃnica do solo em COS. No Ãltimo capÃtulo, foram quantificados os fluxos mÃdios de CO2 e CH4 correlacionando os valores de fluxo com os atributos do solo. Os fluxos de CO2 variaram entre 16,4Â3,7 e 44,4Â2,2 mg m-2 h-1. A maior emissÃo de CO2 foi determinada pelas condiÃÃes edÃficas (maior EC, maior concentraÃÃo de carbono orgÃnico dissolvido e menor grau de piritizaÃÃo). Em mÃdia, os emissÃes de CO2 em solos de mangue corresponde a apenas 2% da emissÃo causada pela agricultura. As concentraÃÃes de CH4 estiveram abaixo do limite de detecÃÃo do equipamento utilizado e, portanto, o fluxo mÃdio de metano nÃo pode ser quantificado. O baixo fluxo de metano està relacionado à abundÃncia de aceptores de elÃtrons mais energÃticos que impendem a metanogÃnese, alÃm da presenÃa de microrganismos que oxidam o CH4 antes deste alcanÃar a atmosferaThis work was divided into three chapters and aimed to: 1) Quantify the blue carbon soils stock at Cearà state (NE-Brazil); 2) Evaluate the methods for quantifying soil organic carbon (SOC) in the mangroves; and 3) evaluate the greenhouse gas (CO2 and CH4) emission from mangrove soils. In the first chapter, associations of the phytoecological units (PU) with soil types from Cearà were processed through geoprocessing techniques, combining the information of soil bulk density and carbon content in the soil classes contained in each PU. Results show that the carbon mass in the soils are estimated in 374,123,384.15 Mg. The mangrove contribute to 0.35 % of the carbon mass, since their area does not exceed 0.1% of the state. On the other hand, the carbon stock (CS) data indicate that mangroves store 8241.39 Mg C km-2, equivalent to 3 times the CS mean of the remaining states. This result could be even more important if the mangroves were under less human impact. The second chapter SOC contents were quantified by different chemical (variations in the Walkley & Black), spectral reflectance and thermogravimetric methods and the results were compared with those obtained using elemental analyzer (EA). Regarding chemical analysis, the use of dried samples favored the accuracy of the chemical method, since it promoted the oxidation of the reduced compounds which causes interference. The use of external heating sources resulted in a greater interference in the chemical method and, in a 6M H2SO4 concentration, the chemical method presented viable to quantify COS in mangroves. The spectral reflectance technique showed weak correlations with carbon values obtained by AE, precluding the use of this method and making necessary further studies to the suitability of this method to quantify SOC in mangroves. The results obtained by thermogravimetry showed the strongest correlation with AE (r = 0.927), characterized as the most suitable method for the quantification of SOC, since a correction factor (f = 0.27) is applied for the conversion of soil organic matter values in SOC. In the last chapter, the average CO2 and CH4 flow were quantified and the values were correlated with soil attributes. CO2 fluxes ranged from 16.4  3.7 to 44.4  2.2 mg m-2 h-1. The highest CO2 emission was determined by soil conditions (higher EC, higher concentration of dissolved organic carbon and lower degree of pyritization). The CO2 emissions in mangrove soils corresponds to only 2% of the flow caused by agriculture. The CH4 concentrations were below the detection limit of the equipment used, and thus the average flow of methane cannot be quantified. The low methane flow is related to the abundance of electron acceptors more energetic which prevent methanogenesis and to the presence of microorganisms that oxidize CH4 before it reach the atmosphere.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10321application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:23:22Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Blue Carbon in semi-arid mangrove soils: Importance, Quantification methods and C-CO2 gases emission
title Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
spellingShingle Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
Gabriel Nuto NÃbrega
Ãreas Ãmidas costeiras
Carbono orgÃnico do solo
Solos de mangue
EmissÃo de C-CO2
Coastal wetlands
Soil organic carbon
Mangrove soils
C-CO2 emission
CIENCIA DO SOLO
title_short Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
title_full Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
title_fullStr Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
title_full_unstemmed Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
title_sort Blue carbon em solos de manguezais do semiÃrido: importÃncia, mÃtodos de quantificaÃÃo e emissÃo de gases C-CO2
author Gabriel Nuto NÃbrega
author_facet Gabriel Nuto NÃbrega
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Tiago OsÃrio Ferreira
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 27797296863
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7979209848071504
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ricardo EspÃndola Romero
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 23588993304
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8092455930947951
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Eduardo de SÃ MendonÃa
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 67549276749
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4735276653354808
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Xosà Luis Otero Perez
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 65597494368
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5874908096941660
dc.contributor.author.fl_str_mv Gabriel Nuto NÃbrega
contributor_str_mv Tiago OsÃrio Ferreira
Ricardo EspÃndola Romero
Eduardo de SÃ MendonÃa
Xosà Luis Otero Perez
dc.subject.por.fl_str_mv Ãreas Ãmidas costeiras
Carbono orgÃnico do solo
Solos de mangue
EmissÃo de C-CO2
topic Ãreas Ãmidas costeiras
Carbono orgÃnico do solo
Solos de mangue
EmissÃo de C-CO2
Coastal wetlands
Soil organic carbon
Mangrove soils
C-CO2 emission
CIENCIA DO SOLO
dc.subject.eng.fl_str_mv Coastal wetlands
Soil organic carbon
Mangrove soils
C-CO2 emission
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CIENCIA DO SOLO
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Este trabalho foi dividido em trÃs capÃtulos e teve por objetivos: 1) Quantificar o estoque de blue carbon nos solos do CearÃ; 2) Avaliar os mÃtodos de quantificaÃÃo de carbono orgÃnico dos solos (COS) nos manguezais; 3) Avaliar a emissÃo de gases de efeito estufa (CO2 e CH4) oriunda dos solos dos manguezais cearenses. No primeiro capÃtulo, foram feitas associaÃÃes das unidades fitoecolÃgicas (UF) com os tipos de solos cearenses por meio de tÃcnicas de geoprocessamento, combinando as informaÃÃes da densidade do solo e dos teores de carbono nas classes de solo contidas em cada UF. Os resultados mostram que a massa de carbono contido no solo cearense à estimada em 374.123.384,15 Mg. Os manguezais contribuem com 0,35 % da massa de carbono, uma vez que suas Ãrea nÃo ultrapassa 0,1% do CearÃ. Por outro lado, os dados do estoque de carbono (EC) indicam que os manguezais armazenam 8.241,39 Mg C km-2 , equivalente a 3 vezes o EC das demais UF. Este resultado poderia ser ainda mais importantes caso os manguezais cearenses estivessem sob um menor impacto antrÃpico. No segundo capÃtulo, os teores de COS foram quantificados por meio de diferentes mÃtodos quÃmicos (variaÃÃes do mÃtodo Walkley & Black), reflectÃncia espectral e termogravimetria cujos resultados foram comparados com os obtidos por meio do analisador elementar (AE). No tocante Ãs anÃlises quÃmicas, a secagem das amostras favoreceu a acurÃcia do mÃtodo quÃmico, uma vez que esta promoveu a oxidaÃÃo dos compostos reduzidos causadores de interferÃncia. A utilizaÃÃo de fontes externas de aquecimento acarretou em maior interferÃncia no mÃtodo quÃmico e, sob uma concentraÃÃo de H2SO4 6 M, o mÃtodo quÃmico apresentou-se viÃvel para a quantificaÃÃo do COS em manguezais. A utilizaÃÃo da tÃcnica de reflectÃncia espectral apresentou correlaÃÃes fracas com os valores de carbono via AE, o que impossibilitou a utilizaÃÃo deste mÃtodo, fazendo necessÃrio um estudo mais aprofundado para a adequaÃÃo deste mÃtodo ao estudo do COS em manguezais. Os resultados obtidos pela termogravimetria apresentaram a correlaÃÃo mais forte com AE (r = 0,927), caracterizando como o mÃtodo mais adequado para a quantificaÃÃo do COS, desde que utilizado um fator de correÃÃo (f = 0,27) para a conversÃo dos valores de matÃria orgÃnica do solo em COS. No Ãltimo capÃtulo, foram quantificados os fluxos mÃdios de CO2 e CH4 correlacionando os valores de fluxo com os atributos do solo. Os fluxos de CO2 variaram entre 16,4Â3,7 e 44,4Â2,2 mg m-2 h-1. A maior emissÃo de CO2 foi determinada pelas condiÃÃes edÃficas (maior EC, maior concentraÃÃo de carbono orgÃnico dissolvido e menor grau de piritizaÃÃo). Em mÃdia, os emissÃes de CO2 em solos de mangue corresponde a apenas 2% da emissÃo causada pela agricultura. As concentraÃÃes de CH4 estiveram abaixo do limite de detecÃÃo do equipamento utilizado e, portanto, o fluxo mÃdio de metano nÃo pode ser quantificado. O baixo fluxo de metano està relacionado à abundÃncia de aceptores de elÃtrons mais energÃticos que impendem a metanogÃnese, alÃm da presenÃa de microrganismos que oxidam o CH4 antes deste alcanÃar a atmosfera
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv This work was divided into three chapters and aimed to: 1) Quantify the blue carbon soils stock at Cearà state (NE-Brazil); 2) Evaluate the methods for quantifying soil organic carbon (SOC) in the mangroves; and 3) evaluate the greenhouse gas (CO2 and CH4) emission from mangrove soils. In the first chapter, associations of the phytoecological units (PU) with soil types from Cearà were processed through geoprocessing techniques, combining the information of soil bulk density and carbon content in the soil classes contained in each PU. Results show that the carbon mass in the soils are estimated in 374,123,384.15 Mg. The mangrove contribute to 0.35 % of the carbon mass, since their area does not exceed 0.1% of the state. On the other hand, the carbon stock (CS) data indicate that mangroves store 8241.39 Mg C km-2, equivalent to 3 times the CS mean of the remaining states. This result could be even more important if the mangroves were under less human impact. The second chapter SOC contents were quantified by different chemical (variations in the Walkley & Black), spectral reflectance and thermogravimetric methods and the results were compared with those obtained using elemental analyzer (EA). Regarding chemical analysis, the use of dried samples favored the accuracy of the chemical method, since it promoted the oxidation of the reduced compounds which causes interference. The use of external heating sources resulted in a greater interference in the chemical method and, in a 6M H2SO4 concentration, the chemical method presented viable to quantify COS in mangroves. The spectral reflectance technique showed weak correlations with carbon values obtained by AE, precluding the use of this method and making necessary further studies to the suitability of this method to quantify SOC in mangroves. The results obtained by thermogravimetry showed the strongest correlation with AE (r = 0.927), characterized as the most suitable method for the quantification of SOC, since a correction factor (f = 0.27) is applied for the conversion of soil organic matter values in SOC. In the last chapter, the average CO2 and CH4 flow were quantified and the values were correlated with soil attributes. CO2 fluxes ranged from 16.4  3.7 to 44.4  2.2 mg m-2 h-1. The highest CO2 emission was determined by soil conditions (higher EC, higher concentration of dissolved organic carbon and lower degree of pyritization). The CO2 emissions in mangrove soils corresponds to only 2% of the flow caused by agriculture. The CH4 concentrations were below the detection limit of the equipment used, and thus the average flow of methane cannot be quantified. The low methane flow is related to the abundance of electron acceptors more energetic which prevent methanogenesis and to the presence of microorganisms that oxidize CH4 before it reach the atmosphere.
description Este trabalho foi dividido em trÃs capÃtulos e teve por objetivos: 1) Quantificar o estoque de blue carbon nos solos do CearÃ; 2) Avaliar os mÃtodos de quantificaÃÃo de carbono orgÃnico dos solos (COS) nos manguezais; 3) Avaliar a emissÃo de gases de efeito estufa (CO2 e CH4) oriunda dos solos dos manguezais cearenses. No primeiro capÃtulo, foram feitas associaÃÃes das unidades fitoecolÃgicas (UF) com os tipos de solos cearenses por meio de tÃcnicas de geoprocessamento, combinando as informaÃÃes da densidade do solo e dos teores de carbono nas classes de solo contidas em cada UF. Os resultados mostram que a massa de carbono contido no solo cearense à estimada em 374.123.384,15 Mg. Os manguezais contribuem com 0,35 % da massa de carbono, uma vez que suas Ãrea nÃo ultrapassa 0,1% do CearÃ. Por outro lado, os dados do estoque de carbono (EC) indicam que os manguezais armazenam 8.241,39 Mg C km-2 , equivalente a 3 vezes o EC das demais UF. Este resultado poderia ser ainda mais importantes caso os manguezais cearenses estivessem sob um menor impacto antrÃpico. No segundo capÃtulo, os teores de COS foram quantificados por meio de diferentes mÃtodos quÃmicos (variaÃÃes do mÃtodo Walkley & Black), reflectÃncia espectral e termogravimetria cujos resultados foram comparados com os obtidos por meio do analisador elementar (AE). No tocante Ãs anÃlises quÃmicas, a secagem das amostras favoreceu a acurÃcia do mÃtodo quÃmico, uma vez que esta promoveu a oxidaÃÃo dos compostos reduzidos causadores de interferÃncia. A utilizaÃÃo de fontes externas de aquecimento acarretou em maior interferÃncia no mÃtodo quÃmico e, sob uma concentraÃÃo de H2SO4 6 M, o mÃtodo quÃmico apresentou-se viÃvel para a quantificaÃÃo do COS em manguezais. A utilizaÃÃo da tÃcnica de reflectÃncia espectral apresentou correlaÃÃes fracas com os valores de carbono via AE, o que impossibilitou a utilizaÃÃo deste mÃtodo, fazendo necessÃrio um estudo mais aprofundado para a adequaÃÃo deste mÃtodo ao estudo do COS em manguezais. Os resultados obtidos pela termogravimetria apresentaram a correlaÃÃo mais forte com AE (r = 0,927), caracterizando como o mÃtodo mais adequado para a quantificaÃÃo do COS, desde que utilizado um fator de correÃÃo (f = 0,27) para a conversÃo dos valores de matÃria orgÃnica do solo em COS. No Ãltimo capÃtulo, foram quantificados os fluxos mÃdios de CO2 e CH4 correlacionando os valores de fluxo com os atributos do solo. Os fluxos de CO2 variaram entre 16,4Â3,7 e 44,4Â2,2 mg m-2 h-1. A maior emissÃo de CO2 foi determinada pelas condiÃÃes edÃficas (maior EC, maior concentraÃÃo de carbono orgÃnico dissolvido e menor grau de piritizaÃÃo). Em mÃdia, os emissÃes de CO2 em solos de mangue corresponde a apenas 2% da emissÃo causada pela agricultura. As concentraÃÃes de CH4 estiveram abaixo do limite de detecÃÃo do equipamento utilizado e, portanto, o fluxo mÃdio de metano nÃo pode ser quantificado. O baixo fluxo de metano està relacionado à abundÃncia de aceptores de elÃtrons mais energÃticos que impendem a metanogÃnese, alÃm da presenÃa de microrganismos que oxidam o CH4 antes deste alcanÃar a atmosfera
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-06-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10321
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10321
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Agronomia/Solos e NutriÃÃo de Plantas
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295176387461120