As construÃÃes com o verbo botar: aspectos relativos à gramatizaÃÃo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6398 |
Resumo: | A presente dissertaÃÃo descreve o comportamento do verbo botar considerando, num continuum de gramaticalizaÃÃo, dois extremos para a categorizaÃÃo de suas extensÃes de uso: a de verbo predicador pleno e a de verbo-suporte. A pesquisa enfoca o uso das construÃÃes botar + SN/SP em PortuguÃs e define as propriedades morfossintÃticas e semÃnticas que botar assume ao se vincular a categoria de verbo-suporte. A investigaÃÃo criteriosa sobre as propriedades de seleÃÃo de botar e seu comportamento sintÃtico-semÃntico em construÃÃes botar + SN contou com dados pertencentes a corpora escritos e orais do portuguÃs brasileiro e forneceu subsÃdios para se descreverem diferentes empregos de botar nesse tipo de estrutura e, assim, se delinear uma cadeia de gramaticalizaÃÃo de botar (de verbo predicador a verbo-suporte). Os resultados demonstram que a produtividade de botar por cada uma das duas variedades regionais (Rio de Janeiro e CearÃ) à mais produtivo na norma popular oral do CearÃ. No portuguÃs oral culto de Fortaleza, constatamos uma frequÃncia menor do verbo botar, confirmando nossa hipÃtese de que o processo de gramaticalizaÃÃo à mais lento na modalidade culta, embora, mesmo em menor quantidade, jà haja indÃcios de gramaticalizaÃÃo. ApÃs uma anÃlise geral nos sÃculos XIX e XX, constatamos que hà um aumento da frequÃncia do verbo botar ao longo dos sÃculos. Tal fato confirma que esse verbo està em processo de gramaticalizaÃÃo contÃnuo. Os resultados demonstraram ainda que as estruturas complexas com botar reÃnem construÃÃes cujos componentes (verbo-suporte + elemento nÃo-verbal) apresentam seis graus de integraÃÃo. A descriÃÃo de cada um desses nÃveis (com os parÃmetros definidos na anÃlise e os exemplos extraÃdos dos corpora) explicitou que o verbo botar, na categoria de verbo-suporte, pode fazer parte tanto de estruturas mais integradas quanto de estruturas menos integradas, de acordo com que essas construÃÃes se aproximam ou se distanciam do protÃtipo de uma construÃÃo com verbo-suporte. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAs construÃÃes com o verbo botar: aspectos relativos à gramatizaÃÃoConstructions with put:aspects related to grammaticalization 2010-12-03MÃrcia Teixeira Nogueira38449820359MÃrluce Coan81091052972JoÃo Bosco Figueredo Gomes23056681391http://lattes.cnpq.br/7975659088185082 64185320310http://lattes.cnpq.br/6512449614239215Juliana GeÃrgia GonÃalves de AraÃjoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em LingÃÃsticaUFCBRFuncionalismo GramaticalizaÃÃo Verbo-suporte BotarFunctionalism Grammaticalization Support verb BotarLINGUISTICAA presente dissertaÃÃo descreve o comportamento do verbo botar considerando, num continuum de gramaticalizaÃÃo, dois extremos para a categorizaÃÃo de suas extensÃes de uso: a de verbo predicador pleno e a de verbo-suporte. A pesquisa enfoca o uso das construÃÃes botar + SN/SP em PortuguÃs e define as propriedades morfossintÃticas e semÃnticas que botar assume ao se vincular a categoria de verbo-suporte. A investigaÃÃo criteriosa sobre as propriedades de seleÃÃo de botar e seu comportamento sintÃtico-semÃntico em construÃÃes botar + SN contou com dados pertencentes a corpora escritos e orais do portuguÃs brasileiro e forneceu subsÃdios para se descreverem diferentes empregos de botar nesse tipo de estrutura e, assim, se delinear uma cadeia de gramaticalizaÃÃo de botar (de verbo predicador a verbo-suporte). Os resultados demonstram que a produtividade de botar por cada uma das duas variedades regionais (Rio de Janeiro e CearÃ) à mais produtivo na norma popular oral do CearÃ. No portuguÃs oral culto de Fortaleza, constatamos uma frequÃncia menor do verbo botar, confirmando nossa hipÃtese de que o processo de gramaticalizaÃÃo à mais lento na modalidade culta, embora, mesmo em menor quantidade, jà haja indÃcios de gramaticalizaÃÃo. ApÃs uma anÃlise geral nos sÃculos XIX e XX, constatamos que hà um aumento da frequÃncia do verbo botar ao longo dos sÃculos. Tal fato confirma que esse verbo està em processo de gramaticalizaÃÃo contÃnuo. Os resultados demonstraram ainda que as estruturas complexas com botar reÃnem construÃÃes cujos componentes (verbo-suporte + elemento nÃo-verbal) apresentam seis graus de integraÃÃo. A descriÃÃo de cada um desses nÃveis (com os parÃmetros definidos na anÃlise e os exemplos extraÃdos dos corpora) explicitou que o verbo botar, na categoria de verbo-suporte, pode fazer parte tanto de estruturas mais integradas quanto de estruturas menos integradas, de acordo com que essas construÃÃes se aproximam ou se distanciam do protÃtipo de uma construÃÃo com verbo-suporte.The present dissertation describes the behave of the botar verb considering, in a grammaticalization continuum, two extremes for the categorization of its usage extensions: full verb predicator and support verb. The research focuses the use of botar constructions + NP/PP in Portuguese and it also defines the morphosyntatic and semantic properties that âbotarâ takes on when it is linked to the support verb category. The thorough investigation about the selection properties of botar and its syntatic-semantic behavior in botar constructions + NP counted with data that belong to the oral and written corpora from brazilian portuguese. The investigation provided subsidies to describe different usages of botar in the mentioned structure and, thus, delineate a grammaticalization chain of botar (from predicator verb to support verb). The results show that the productivity of botar for each one of the two regional varieties (Rio de Janeiro e CearÃ) is more productive in the popular oral norm of CearÃ. In the oral cultured Portuguese of Fortaleza, we noticed a smaller frequency of the botar verb, confirming our hyposthesis of that the grammaticalization process is slower in the cultured modality, though, even in smaller amount, there are already grammaticalization evidences. After a general analysis in the XIX and XX centuries, we noticed that there is a frequency increase of the botar verb during the centuries. This fact confirms that the verb is in a continuous process of grammaticalization. The results also demonstrate that the complex structures with botar gather constructions whose components (support verb + non-verbal element) present six integration levels. The description of each one of these levels (with the parameters defined in the analysis and the examples extracted from the corpora) showed that the botar verb, in the support verb category, can take part in more integrated structures as well as in less integrated ones, depending on whether these constructions get closer or move away of the prototype of a construction with a support verb.FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃCoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6398application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:22Zmail@mail.com - |
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The present dissertation describes the behave of the botar verb considering, in a grammaticalization continuum, two extremes for the categorization of its usage extensions: full verb predicator and support verb. The research focuses the use of botar constructions + NP/PP in Portuguese and it also defines the morphosyntatic and semantic properties that âbotarâ takes on when it is linked to the support verb category. The thorough investigation about the selection properties of botar and its syntatic-semantic behavior in botar constructions + NP counted with data that belong to the oral and written corpora from brazilian portuguese. The investigation provided subsidies to describe different usages of botar in the mentioned structure and, thus, delineate a grammaticalization chain of botar (from predicator verb to support verb). The results show that the productivity of botar for each one of the two regional varieties (Rio de Janeiro e CearÃ) is more productive in the popular oral norm of CearÃ. In the oral cultured Portuguese of Fortaleza, we noticed a smaller frequency of the botar verb, confirming our hyposthesis of that the grammaticalization process is slower in the cultured modality, though, even in smaller amount, there are already grammaticalization evidences. After a general analysis in the XIX and XX centuries, we noticed that there is a frequency increase of the botar verb during the centuries. This fact confirms that the verb is in a continuous process of grammaticalization. The results also demonstrate that the complex structures with botar gather constructions whose components (support verb + non-verbal element) present six integration levels. The description of each one of these levels (with the parameters defined in the analysis and the examples extracted from the corpora) showed that the botar verb, in the support verb category, can take part in more integrated structures as well as in less integrated ones, depending on whether these constructions get closer or move away of the prototype of a construction with a support verb. |
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A presente dissertaÃÃo descreve o comportamento do verbo botar considerando, num continuum de gramaticalizaÃÃo, dois extremos para a categorizaÃÃo de suas extensÃes de uso: a de verbo predicador pleno e a de verbo-suporte. A pesquisa enfoca o uso das construÃÃes botar + SN/SP em PortuguÃs e define as propriedades morfossintÃticas e semÃnticas que botar assume ao se vincular a categoria de verbo-suporte. A investigaÃÃo criteriosa sobre as propriedades de seleÃÃo de botar e seu comportamento sintÃtico-semÃntico em construÃÃes botar + SN contou com dados pertencentes a corpora escritos e orais do portuguÃs brasileiro e forneceu subsÃdios para se descreverem diferentes empregos de botar nesse tipo de estrutura e, assim, se delinear uma cadeia de gramaticalizaÃÃo de botar (de verbo predicador a verbo-suporte). Os resultados demonstram que a produtividade de botar por cada uma das duas variedades regionais (Rio de Janeiro e CearÃ) à mais produtivo na norma popular oral do CearÃ. No portuguÃs oral culto de Fortaleza, constatamos uma frequÃncia menor do verbo botar, confirmando nossa hipÃtese de que o processo de gramaticalizaÃÃo à mais lento na modalidade culta, embora, mesmo em menor quantidade, jà haja indÃcios de gramaticalizaÃÃo. ApÃs uma anÃlise geral nos sÃculos XIX e XX, constatamos que hà um aumento da frequÃncia do verbo botar ao longo dos sÃculos. Tal fato confirma que esse verbo està em processo de gramaticalizaÃÃo contÃnuo. Os resultados demonstraram ainda que as estruturas complexas com botar reÃnem construÃÃes cujos componentes (verbo-suporte + elemento nÃo-verbal) apresentam seis graus de integraÃÃo. A descriÃÃo de cada um desses nÃveis (com os parÃmetros definidos na anÃlise e os exemplos extraÃdos dos corpora) explicitou que o verbo botar, na categoria de verbo-suporte, pode fazer parte tanto de estruturas mais integradas quanto de estruturas menos integradas, de acordo com que essas construÃÃes se aproximam ou se distanciam do protÃtipo de uma construÃÃo com verbo-suporte. |
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