Queda e identificaÃÃo de fatores de risco em idosos: estudo caso- controle em face de acidente vascular encefÃlico

• Autor(a) principal: Alice Gabrielle de Sousa Costa
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5450
• topic: enfermagem; accidental falls; nursing; aged; stroke; ENFERMAGEM

A ocorrÃncia de quedas constitui sÃrio problema de saÃde em idade mais avanÃada. Dessa forma, os fatores envolvidos devem ser continuamente avaliados com vistas à melhoria da qualidade de vida do idoso. Teve-se como objetivo investigar as circunstÃncias de ocorrÃncia das quedas nos Ãltimos seis meses em idosos com e sem AVE, assim como os fatores intrÃnsecos e extrÃnsecos a eles relacionados. Estudo do tipo caso-controle, realizado em trÃs AssociaÃÃes Beneficentes Cearenses de ReabilitaÃÃo e um Centro de ReferÃncia da AssistÃncia Social na cidade de Fortaleza no perÃodo de janeiro a abril de 2010. Estabeleceram-se um grupo caso e trÃs grupos controles, cada um com quinze idosos, pareados por idade e sexo, com base na ocorrÃncia ou nÃo de quedas nos Ãltimos seis meses e de acidente vascular encefÃlico. Utilizou-se um formulÃrio organizado em quatro partes para a caracterizaÃÃo do paciente, condiÃÃes intrÃnsecas e extrÃnsecas atuais, ocorrÃncia de quedas e fatores ambientais envolvidos. Com a aprovaÃÃo por Comità de Ãtica em Pesquisa, a coleta de dados ocorreu no dia em que o idoso se encontrava na unidade, apÃs esclarecimento dos objetivos e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos foram analisados pelo Predictive Analysis Software 18.0. Em sua maioria, os grupos foram formados por mulheres, aposentados, com companheiro, baixa renda per capita e escolaridade. Os idosos tiveram uma mÃdia de 1,4 AVE, em um tempo mÃdio de 5,6 anos e hemiparesia como principal sequela. Quanto Ãs variÃveis com associaÃÃo estatÃstica, destacaram-se: Uso de anti-hipertensivos entre os grupos que sofreram quedas independente de ocorrÃncia de AVE; Uso de inibidores da ECA no caso de idosos com AVE com ou sem quedas; AlteraÃÃes nos pÃs entre o grupo caso e indivÃduos sem queda e sem AVE. Com relaÃÃo Ãs variÃveis ForÃa diminuÃda em membros inferiores, Excesso de mÃveis em casa, Dificuldade na marcha e Mobilidade fÃsica prejudicada, encontrou-se associaÃÃo em todos os casos entre o grupo de indivÃduos com AVE e quedas e aqueles sem AVE e sem quedas. Dificuldade na marcha e Mobilidade fÃsica prejudicada tambÃm estiveram estatisticamente associadas entre o grupo caso e indivÃduos sem AVE e com relato de quedas. As variÃveis Ãndice de Barthel, Atividades Instrumentais de Vida DiÃria, Escala GeriÃtrica e de Tinetti, alÃm de ForÃa de preensÃo palmar direita tambÃm apresentaram associaÃÃo estatÃstica entre o grupo caso de indivÃduos com AVE e quedas e aqueles sem AVE, com ou sem quedas. As quedas aconteceram predominantemente no perÃodo da manhÃ, em ambiente iluminado, sem corrimÃo ou objetos, com piso Ãspero e seco, uso de chinelo com solado de borracha. NÃo se constatou ser o AVE um evento associado Ãs quedas, fortalecendo a relaÃÃo causal multifatorial. As variÃveis envolvidas com o evento queda estiveram fortemente relacionadas aos fatores intrÃnsecos envolvidos com o equilÃbrio. Os fatores extrÃnsecos, contudo, podem ser os mais facilmente modificÃveis. Nesse Ãmbito, os profissionais de saÃde devem avaliar rotineiramente todas as variÃveis envolvidas com o evento queda, no intuito de melhorar a qualidade de vida desses indivÃduos.