Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Clarisse MourÃo Melo Pontes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17926
Resumo: As anormalidades metabÃlicas da lipodistrofia generalizada congÃnita (LGC) podem cursar com dislipidemia grave, diabetes mellitus (DM) de difÃcil controle e complicaÃÃes microvasculares, dentre as quais a neuropatia diabÃtica. Apesar disso, a avaliaÃÃo das diferentes formas de neuropatia, incluindo o estudo da modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular, nesses doentes, à escassa. Acredita-se que a hiperglicemia isoladamente nÃo explique toda a fisiopatologia da lesÃo neural e, dentre os fatores potencialmente envolvidos ao seu desenvolvimento destacam-se a resistÃncia à insulina (RI) e o metabolismo anormal dos lipÃdios. Observa-se ainda associaÃÃo entre neuropatia autonÃmica cardiovascular (NAC), inflamaÃÃo, nefropatia e hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Essas observaÃÃes fazem da LGC um interessante modelo biolÃgico para o estudo dos mecanismos provavelmente associados a essas complicaÃÃes. Os objetivos desse estudo foram determinar a prevalÃncia de NAC atravÃs dos testes de avaliaÃÃo da variabilidade da frequÃncia cardÃaca (VFC) e analisar a associaÃÃo entre os marcadores clÃnicos e metabÃlicos, os testes autonÃmicos e os parÃmetros cardiovasculares nos pacientes com LGC. Tratou-se de estudo transversal realizado no AmbulatÃrio de Endocrinologia PediÃtrica do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio, no perÃodo de outubro de 2013 a dezembro de 2015. Foram incluÃdos 10 pacientes com LGC, 20 indivÃduos com de DM1 e 20 participantes saudÃveis que foram submetidos à avaliaÃÃo clÃnica, coleta de exames laboratoriais e de imagem, estudo molecular, mensuraÃÃo do Ãndice de massa de VE (IMVE), do intervalo QTc e da espessura mÃdia intimal carotÃdea (cEMI). Para diagnÃstico da NAC foram realizados os testes reflexos autonÃmicos cardiovasculares â coeficientes de valsalva (VAL), respiratÃrio (E/I), ortostÃtico (30/15) e teste da hipotensÃo postural (THP) â e a anÃlise espectral da VFC â componentes de frequÃncia muito baixa (FMB), baixa (FB) e alta (FA). O diagnÃstico de NAC clÃnica foi definido pela presenÃa de pelo menos dois testes reflexos alterados. Os resultados foram expressos em mediana (mÃn; mÃx) e em frequÃncia absoluta e percentual. Foram utilizados o teste exato de Fisher, Mann-Whitney, correlaÃÃo de Spearman e a tÃcnica de reamostragem Bootstrap, Programa: stata 13. Significante p<0,05. No grupo LGC, seis (60%) eram do sexo feminino, a idade foi 12 anos (7; 30), sendo 1 (10%) prÃ-pÃbere, 7 (70%) pÃberes e dois 2 adultos. NÃo se observou diferenÃa de idade, sexo, estadiamento puberal e IMC entre os grupos. Todos os pacientes com LGC tinham dislipidemia, 70% DM, 60% nefropatia e 30% neuropatia sensitivomotora. Observou-se maior prevalÃncia de NAC clÃnica entre os pacientes com LGC (40%) em comparaÃÃo aos grupos DM1 (5%) e saudÃveis (0%); p<0,05. Observou-se reduÃÃo significativa do coeficiente E/I e dos componentes de FMB, FB e FA no grupo LGC vs DM1 e saudÃveis e menores valores dos coeficientes 30/15 e VAL no grupo LGC vs saudÃveis (p<0,05). Os pacientes com LGC apresentaram elevada prevalÃncia de HVE (40% vs 0%; p=0,008). Nos pacientes com LGC, os testes autonÃmicos cardiovasculares se associaram com HbA1c, HOMA-IR, triglicerÃdeos, PCRus, albuminÃria, IMVE e espessura do septo interventricular (p<0,05). Ao se avaliar os grupos LGC e saudÃveis, os nÃveis de leptina de associaram com o coeficiente 30/15 mesmo apÃs ajuste para triglicerÃdeos e resistÃncia à insulina (r=0,396; p=0,036). Em conclusÃo, demonstrou-se uma elevada prevalÃncia de NAC em pacientes jovens com LGC, mesmo em comparaÃÃo a um grupo de DM1. Esses achados sugerem que a RI e a hipertrigliceridemia podem estar envolvidas no desenvolvimento precoce da NAC. Observou-se ainda associaÃÃo entre a leptinemia e a modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular; ressalta-se, no entanto, que estudos adicionais sÃo necessÃrios para se avaliar o papel da hipoleptinemia nesse contexto. A associaÃÃo entre HVE e os parÃmetros de avaliaÃÃo da modulaÃÃo autonÃmica cardÃaca permite especular que a NAC pode estar envolvida na fisiopatogÃnese dessa complicaÃÃo nesses pacientes.
id UFC_c8b4bf09719f9b6bb06150a43a2b7e26
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:11590
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisNeuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita2016-09-30Renan MagalhÃes Montenegro JÃnior35865326368http://lattes.cnpq.br/7492450432942397Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho32138350304http://lattes.cnpq.br/3976565864234541Ana Karina de Melo Bezerra SodrÃ51430819391http://lattes.cnpq.br/8666469656452476Eduardo Arrais Rocha31080758372http://lattes.cnpq.br/5719585040761686RAFAELA VIEIRA CORREA 44071221372http://lattes.cnpq.br/500924103534737185333611300http://lattes.cnpq.br/2815497775120497Clarisse MourÃo Melo PontesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicasUFCBRMEDICINAAs anormalidades metabÃlicas da lipodistrofia generalizada congÃnita (LGC) podem cursar com dislipidemia grave, diabetes mellitus (DM) de difÃcil controle e complicaÃÃes microvasculares, dentre as quais a neuropatia diabÃtica. Apesar disso, a avaliaÃÃo das diferentes formas de neuropatia, incluindo o estudo da modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular, nesses doentes, à escassa. Acredita-se que a hiperglicemia isoladamente nÃo explique toda a fisiopatologia da lesÃo neural e, dentre os fatores potencialmente envolvidos ao seu desenvolvimento destacam-se a resistÃncia à insulina (RI) e o metabolismo anormal dos lipÃdios. Observa-se ainda associaÃÃo entre neuropatia autonÃmica cardiovascular (NAC), inflamaÃÃo, nefropatia e hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Essas observaÃÃes fazem da LGC um interessante modelo biolÃgico para o estudo dos mecanismos provavelmente associados a essas complicaÃÃes. Os objetivos desse estudo foram determinar a prevalÃncia de NAC atravÃs dos testes de avaliaÃÃo da variabilidade da frequÃncia cardÃaca (VFC) e analisar a associaÃÃo entre os marcadores clÃnicos e metabÃlicos, os testes autonÃmicos e os parÃmetros cardiovasculares nos pacientes com LGC. Tratou-se de estudo transversal realizado no AmbulatÃrio de Endocrinologia PediÃtrica do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio, no perÃodo de outubro de 2013 a dezembro de 2015. Foram incluÃdos 10 pacientes com LGC, 20 indivÃduos com de DM1 e 20 participantes saudÃveis que foram submetidos à avaliaÃÃo clÃnica, coleta de exames laboratoriais e de imagem, estudo molecular, mensuraÃÃo do Ãndice de massa de VE (IMVE), do intervalo QTc e da espessura mÃdia intimal carotÃdea (cEMI). Para diagnÃstico da NAC foram realizados os testes reflexos autonÃmicos cardiovasculares â coeficientes de valsalva (VAL), respiratÃrio (E/I), ortostÃtico (30/15) e teste da hipotensÃo postural (THP) â e a anÃlise espectral da VFC â componentes de frequÃncia muito baixa (FMB), baixa (FB) e alta (FA). O diagnÃstico de NAC clÃnica foi definido pela presenÃa de pelo menos dois testes reflexos alterados. Os resultados foram expressos em mediana (mÃn; mÃx) e em frequÃncia absoluta e percentual. Foram utilizados o teste exato de Fisher, Mann-Whitney, correlaÃÃo de Spearman e a tÃcnica de reamostragem Bootstrap, Programa: stata 13. Significante p<0,05. No grupo LGC, seis (60%) eram do sexo feminino, a idade foi 12 anos (7; 30), sendo 1 (10%) prÃ-pÃbere, 7 (70%) pÃberes e dois 2 adultos. NÃo se observou diferenÃa de idade, sexo, estadiamento puberal e IMC entre os grupos. Todos os pacientes com LGC tinham dislipidemia, 70% DM, 60% nefropatia e 30% neuropatia sensitivomotora. Observou-se maior prevalÃncia de NAC clÃnica entre os pacientes com LGC (40%) em comparaÃÃo aos grupos DM1 (5%) e saudÃveis (0%); p<0,05. Observou-se reduÃÃo significativa do coeficiente E/I e dos componentes de FMB, FB e FA no grupo LGC vs DM1 e saudÃveis e menores valores dos coeficientes 30/15 e VAL no grupo LGC vs saudÃveis (p<0,05). Os pacientes com LGC apresentaram elevada prevalÃncia de HVE (40% vs 0%; p=0,008). Nos pacientes com LGC, os testes autonÃmicos cardiovasculares se associaram com HbA1c, HOMA-IR, triglicerÃdeos, PCRus, albuminÃria, IMVE e espessura do septo interventricular (p<0,05). Ao se avaliar os grupos LGC e saudÃveis, os nÃveis de leptina de associaram com o coeficiente 30/15 mesmo apÃs ajuste para triglicerÃdeos e resistÃncia à insulina (r=0,396; p=0,036). Em conclusÃo, demonstrou-se uma elevada prevalÃncia de NAC em pacientes jovens com LGC, mesmo em comparaÃÃo a um grupo de DM1. Esses achados sugerem que a RI e a hipertrigliceridemia podem estar envolvidas no desenvolvimento precoce da NAC. Observou-se ainda associaÃÃo entre a leptinemia e a modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular; ressalta-se, no entanto, que estudos adicionais sÃo necessÃrios para se avaliar o papel da hipoleptinemia nesse contexto. A associaÃÃo entre HVE e os parÃmetros de avaliaÃÃo da modulaÃÃo autonÃmica cardÃaca permite especular que a NAC pode estar envolvida na fisiopatogÃnese dessa complicaÃÃo nesses pacientes. http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17926application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:31:04Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
title Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
spellingShingle Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
Clarisse MourÃo Melo Pontes
MEDICINA
title_short Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
title_full Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
title_fullStr Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
title_full_unstemmed Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
title_sort Neuropatia autonÃmica cardiovascular precoce em pacientes com lipodistrofia generalizada congÃnita
author Clarisse MourÃo Melo Pontes
author_facet Clarisse MourÃo Melo Pontes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Renan MagalhÃes Montenegro JÃnior
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 35865326368
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7492450432942397
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 32138350304
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3976565864234541
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Ana Karina de Melo Bezerra SodrÃ
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 51430819391
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8666469656452476
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Eduardo Arrais Rocha
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 31080758372
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5719585040761686
dc.contributor.referee4.fl_str_mv RAFAELA VIEIRA CORREA
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv 44071221372
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5009241035347371
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 85333611300
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2815497775120497
dc.contributor.author.fl_str_mv Clarisse MourÃo Melo Pontes
contributor_str_mv Renan MagalhÃes Montenegro JÃnior
Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho
Ana Karina de Melo Bezerra SodrÃ
Eduardo Arrais Rocha
RAFAELA VIEIRA CORREA
dc.subject.cnpq.fl_str_mv MEDICINA
topic MEDICINA
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv As anormalidades metabÃlicas da lipodistrofia generalizada congÃnita (LGC) podem cursar com dislipidemia grave, diabetes mellitus (DM) de difÃcil controle e complicaÃÃes microvasculares, dentre as quais a neuropatia diabÃtica. Apesar disso, a avaliaÃÃo das diferentes formas de neuropatia, incluindo o estudo da modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular, nesses doentes, à escassa. Acredita-se que a hiperglicemia isoladamente nÃo explique toda a fisiopatologia da lesÃo neural e, dentre os fatores potencialmente envolvidos ao seu desenvolvimento destacam-se a resistÃncia à insulina (RI) e o metabolismo anormal dos lipÃdios. Observa-se ainda associaÃÃo entre neuropatia autonÃmica cardiovascular (NAC), inflamaÃÃo, nefropatia e hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Essas observaÃÃes fazem da LGC um interessante modelo biolÃgico para o estudo dos mecanismos provavelmente associados a essas complicaÃÃes. Os objetivos desse estudo foram determinar a prevalÃncia de NAC atravÃs dos testes de avaliaÃÃo da variabilidade da frequÃncia cardÃaca (VFC) e analisar a associaÃÃo entre os marcadores clÃnicos e metabÃlicos, os testes autonÃmicos e os parÃmetros cardiovasculares nos pacientes com LGC. Tratou-se de estudo transversal realizado no AmbulatÃrio de Endocrinologia PediÃtrica do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio, no perÃodo de outubro de 2013 a dezembro de 2015. Foram incluÃdos 10 pacientes com LGC, 20 indivÃduos com de DM1 e 20 participantes saudÃveis que foram submetidos à avaliaÃÃo clÃnica, coleta de exames laboratoriais e de imagem, estudo molecular, mensuraÃÃo do Ãndice de massa de VE (IMVE), do intervalo QTc e da espessura mÃdia intimal carotÃdea (cEMI). Para diagnÃstico da NAC foram realizados os testes reflexos autonÃmicos cardiovasculares â coeficientes de valsalva (VAL), respiratÃrio (E/I), ortostÃtico (30/15) e teste da hipotensÃo postural (THP) â e a anÃlise espectral da VFC â componentes de frequÃncia muito baixa (FMB), baixa (FB) e alta (FA). O diagnÃstico de NAC clÃnica foi definido pela presenÃa de pelo menos dois testes reflexos alterados. Os resultados foram expressos em mediana (mÃn; mÃx) e em frequÃncia absoluta e percentual. Foram utilizados o teste exato de Fisher, Mann-Whitney, correlaÃÃo de Spearman e a tÃcnica de reamostragem Bootstrap, Programa: stata 13. Significante p<0,05. No grupo LGC, seis (60%) eram do sexo feminino, a idade foi 12 anos (7; 30), sendo 1 (10%) prÃ-pÃbere, 7 (70%) pÃberes e dois 2 adultos. NÃo se observou diferenÃa de idade, sexo, estadiamento puberal e IMC entre os grupos. Todos os pacientes com LGC tinham dislipidemia, 70% DM, 60% nefropatia e 30% neuropatia sensitivomotora. Observou-se maior prevalÃncia de NAC clÃnica entre os pacientes com LGC (40%) em comparaÃÃo aos grupos DM1 (5%) e saudÃveis (0%); p<0,05. Observou-se reduÃÃo significativa do coeficiente E/I e dos componentes de FMB, FB e FA no grupo LGC vs DM1 e saudÃveis e menores valores dos coeficientes 30/15 e VAL no grupo LGC vs saudÃveis (p<0,05). Os pacientes com LGC apresentaram elevada prevalÃncia de HVE (40% vs 0%; p=0,008). Nos pacientes com LGC, os testes autonÃmicos cardiovasculares se associaram com HbA1c, HOMA-IR, triglicerÃdeos, PCRus, albuminÃria, IMVE e espessura do septo interventricular (p<0,05). Ao se avaliar os grupos LGC e saudÃveis, os nÃveis de leptina de associaram com o coeficiente 30/15 mesmo apÃs ajuste para triglicerÃdeos e resistÃncia à insulina (r=0,396; p=0,036). Em conclusÃo, demonstrou-se uma elevada prevalÃncia de NAC em pacientes jovens com LGC, mesmo em comparaÃÃo a um grupo de DM1. Esses achados sugerem que a RI e a hipertrigliceridemia podem estar envolvidas no desenvolvimento precoce da NAC. Observou-se ainda associaÃÃo entre a leptinemia e a modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular; ressalta-se, no entanto, que estudos adicionais sÃo necessÃrios para se avaliar o papel da hipoleptinemia nesse contexto. A associaÃÃo entre HVE e os parÃmetros de avaliaÃÃo da modulaÃÃo autonÃmica cardÃaca permite especular que a NAC pode estar envolvida na fisiopatogÃnese dessa complicaÃÃo nesses pacientes.
description As anormalidades metabÃlicas da lipodistrofia generalizada congÃnita (LGC) podem cursar com dislipidemia grave, diabetes mellitus (DM) de difÃcil controle e complicaÃÃes microvasculares, dentre as quais a neuropatia diabÃtica. Apesar disso, a avaliaÃÃo das diferentes formas de neuropatia, incluindo o estudo da modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular, nesses doentes, à escassa. Acredita-se que a hiperglicemia isoladamente nÃo explique toda a fisiopatologia da lesÃo neural e, dentre os fatores potencialmente envolvidos ao seu desenvolvimento destacam-se a resistÃncia à insulina (RI) e o metabolismo anormal dos lipÃdios. Observa-se ainda associaÃÃo entre neuropatia autonÃmica cardiovascular (NAC), inflamaÃÃo, nefropatia e hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Essas observaÃÃes fazem da LGC um interessante modelo biolÃgico para o estudo dos mecanismos provavelmente associados a essas complicaÃÃes. Os objetivos desse estudo foram determinar a prevalÃncia de NAC atravÃs dos testes de avaliaÃÃo da variabilidade da frequÃncia cardÃaca (VFC) e analisar a associaÃÃo entre os marcadores clÃnicos e metabÃlicos, os testes autonÃmicos e os parÃmetros cardiovasculares nos pacientes com LGC. Tratou-se de estudo transversal realizado no AmbulatÃrio de Endocrinologia PediÃtrica do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio, no perÃodo de outubro de 2013 a dezembro de 2015. Foram incluÃdos 10 pacientes com LGC, 20 indivÃduos com de DM1 e 20 participantes saudÃveis que foram submetidos à avaliaÃÃo clÃnica, coleta de exames laboratoriais e de imagem, estudo molecular, mensuraÃÃo do Ãndice de massa de VE (IMVE), do intervalo QTc e da espessura mÃdia intimal carotÃdea (cEMI). Para diagnÃstico da NAC foram realizados os testes reflexos autonÃmicos cardiovasculares â coeficientes de valsalva (VAL), respiratÃrio (E/I), ortostÃtico (30/15) e teste da hipotensÃo postural (THP) â e a anÃlise espectral da VFC â componentes de frequÃncia muito baixa (FMB), baixa (FB) e alta (FA). O diagnÃstico de NAC clÃnica foi definido pela presenÃa de pelo menos dois testes reflexos alterados. Os resultados foram expressos em mediana (mÃn; mÃx) e em frequÃncia absoluta e percentual. Foram utilizados o teste exato de Fisher, Mann-Whitney, correlaÃÃo de Spearman e a tÃcnica de reamostragem Bootstrap, Programa: stata 13. Significante p<0,05. No grupo LGC, seis (60%) eram do sexo feminino, a idade foi 12 anos (7; 30), sendo 1 (10%) prÃ-pÃbere, 7 (70%) pÃberes e dois 2 adultos. NÃo se observou diferenÃa de idade, sexo, estadiamento puberal e IMC entre os grupos. Todos os pacientes com LGC tinham dislipidemia, 70% DM, 60% nefropatia e 30% neuropatia sensitivomotora. Observou-se maior prevalÃncia de NAC clÃnica entre os pacientes com LGC (40%) em comparaÃÃo aos grupos DM1 (5%) e saudÃveis (0%); p<0,05. Observou-se reduÃÃo significativa do coeficiente E/I e dos componentes de FMB, FB e FA no grupo LGC vs DM1 e saudÃveis e menores valores dos coeficientes 30/15 e VAL no grupo LGC vs saudÃveis (p<0,05). Os pacientes com LGC apresentaram elevada prevalÃncia de HVE (40% vs 0%; p=0,008). Nos pacientes com LGC, os testes autonÃmicos cardiovasculares se associaram com HbA1c, HOMA-IR, triglicerÃdeos, PCRus, albuminÃria, IMVE e espessura do septo interventricular (p<0,05). Ao se avaliar os grupos LGC e saudÃveis, os nÃveis de leptina de associaram com o coeficiente 30/15 mesmo apÃs ajuste para triglicerÃdeos e resistÃncia à insulina (r=0,396; p=0,036). Em conclusÃo, demonstrou-se uma elevada prevalÃncia de NAC em pacientes jovens com LGC, mesmo em comparaÃÃo a um grupo de DM1. Esses achados sugerem que a RI e a hipertrigliceridemia podem estar envolvidas no desenvolvimento precoce da NAC. Observou-se ainda associaÃÃo entre a leptinemia e a modulaÃÃo autonÃmica cardiovascular; ressalta-se, no entanto, que estudos adicionais sÃo necessÃrios para se avaliar o papel da hipoleptinemia nesse contexto. A associaÃÃo entre HVE e os parÃmetros de avaliaÃÃo da modulaÃÃo autonÃmica cardÃaca permite especular que a NAC pode estar envolvida na fisiopatogÃnese dessa complicaÃÃo nesses pacientes.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-09-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17926
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17926
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias MÃdicas
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295227568455680