Ecologia trÃfica de quatro espÃcies de peixes de um rio no semiÃrido, Pentecoste - CearÃ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7965 |
Resumo: | A maioria dos rios do semiÃrido apresentam regimes irregulares e intermitentes, com um sà perÃodo anual de escoamento na chegada das precipitaÃÃes pluviomÃtricas que caracterizam o perÃodo chuvoso. Nesses rios, as perturbaÃÃes hidrolÃgicas naturais exercem forte influÃncia na organizaÃÃo do sistema, sendo as interaÃÃes alimentares complexas e modificadas pela sazonalidade e pela produtividade do sistema. A dieta de peixes pode variar de acordo com a disponibilidade de recursos alimentares de origem autÃctone ou alÃctone, bem como em resposta à variaÃÃo sazonal. A hipÃtese do presente estudo à de que em um rio do semiÃrido as espÃcies de peixes herbÃvoras/ onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos. O objetivo foi determinar a partilha de recursos trÃficos a partir da dieta de quatro espÃcies de peixes no rio Curu. As coletas foram realizadas em um trecho do rio Curu (Pentecoste, CearÃ), no perÃodo chuvoso de 2010. Foi analisado o conteÃdo estomacal de 197 indivÃduos das seguintes espÃcies: Astyanax bimaculatus (27), Astyanax fasciatus (79), Poecilia vivipara (90) e Hypostomus jaguribensis (1), pelo mÃtodo volumÃtrico e frequÃncia de ocorrÃncia, para o cÃlculo do Ãndice alimentar (IAi). Com os dados morfomÃtricos foi obtido o Quociente Intestinal (QI). A amplitude de nicho foi estimada atravÃs do Ãndice de Levins e a sobreposiÃÃo trÃfica atravÃs do Ãndice de Pianka. PadrÃes de sobreposiÃÃo de nicho trÃfico foram calculados e estatisticamente testados contra um modelo nulo, atravÃs dos algoritmos de randomizaÃÃo RA3 e RA4. A dieta de A. bimaculatus foi constituÃda por 13 itens, e a de A. fasciatus constituÃda por 15, com preferÃncia alimentar pela alga filamentosa Spirogyra em ambas as espÃcies, sendo a importÃncia alimentar de 89,34% para A. bimaculatus e 96,86% A. fasciatus. A dieta de P. vivipara foi constituÃda por 60 itens, com maior importÃncia para as algas diatomÃceas (28,82%), clorofÃceas (23,17%) e cianofÃceas (5,2%), tendo as clorofÃceas Spirogyra e Closterium, maior importÃncia alimentar com 12,89% e 8,85%, respectivamente e fragmentos de insetos aquÃticos com 39,18%. A dieta de H. jaguribensis esteve constituÃda por 42 itens alimentares, com maior importÃncia para Spirogyra com 23,42%, e Compsopogon com 19%. O grupo diatomÃcea apresentou maior nÃmero de itens na dieta com 21 tÃxons e 16,38% de IAi, seguido pelo item alimentar detrito com 27,72% de importÃncia. De acordo com o quociente intestinal A. bimaculatus e A. fasciatus apresentam intestino caracterÃstico de carnÃvoro/onÃvoro e P. vivipara de herbÃvoro. A anÃlise de variÃncia (ANOVA) para os valores mÃdios do quociente intestinal dos peixes analisados foi significativa com F= 3,50, df = 2, p< 0,05. A largura de nicho foi maior em P. vivipara com 1.32, seguido por A. bimaculatus com 0,78 e A. fasciatus com 0,426. Maior sobreposiÃÃo de nicho ocorreu entre as espÃcies de Astyanax com o valor de 0,98. A anÃlise dos modelos nulos realizados pelos itens totais e os itens agrupados indicou que os valores observados foram sempre maiores do que os esperados para a matriz RA3 e RA4. A variÃncia mÃdia observada tambÃm foi maior do que a simulada. De acordo com a dieta das quatro espÃcies analisadas, destacam a importÃncia de itens de origem autÃctone, principalmente as algas. Os modelos nulos indicam que as espÃcies de peixes herbÃvoras/onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos, ou seja, a competiÃÃo nÃo à o agente estruturador dessa comunidade. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEcologia trÃfica de quatro espÃcies de peixes de um rio no semiÃrido, Pentecoste - CearÃTrophic ecology four species of fish a river in the semiarid, Pentecost - Ceara2011-06-21Jose Roberto Feitosa da Silva28466519300LÃgia Queiroz Matias14725836914http://lattes.cnpq.br/4938308693644092Rosana Mazzoni Buchas63116324700http://lattes.cnpq.br/497380671501672601182550371http://lattes.cnpq.br/3674825613533321Ubirajara Lima FernandesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Ecologia e Recursos NaturaisUFCBRDieta de peixe Nicho trÃfico Partilha de recursos SobreposiÃÃo de nicho Fish diet Trophic niche Resource sharing Niche overlapECOLOGIAA maioria dos rios do semiÃrido apresentam regimes irregulares e intermitentes, com um sà perÃodo anual de escoamento na chegada das precipitaÃÃes pluviomÃtricas que caracterizam o perÃodo chuvoso. Nesses rios, as perturbaÃÃes hidrolÃgicas naturais exercem forte influÃncia na organizaÃÃo do sistema, sendo as interaÃÃes alimentares complexas e modificadas pela sazonalidade e pela produtividade do sistema. A dieta de peixes pode variar de acordo com a disponibilidade de recursos alimentares de origem autÃctone ou alÃctone, bem como em resposta à variaÃÃo sazonal. A hipÃtese do presente estudo à de que em um rio do semiÃrido as espÃcies de peixes herbÃvoras/ onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos. O objetivo foi determinar a partilha de recursos trÃficos a partir da dieta de quatro espÃcies de peixes no rio Curu. As coletas foram realizadas em um trecho do rio Curu (Pentecoste, CearÃ), no perÃodo chuvoso de 2010. Foi analisado o conteÃdo estomacal de 197 indivÃduos das seguintes espÃcies: Astyanax bimaculatus (27), Astyanax fasciatus (79), Poecilia vivipara (90) e Hypostomus jaguribensis (1), pelo mÃtodo volumÃtrico e frequÃncia de ocorrÃncia, para o cÃlculo do Ãndice alimentar (IAi). Com os dados morfomÃtricos foi obtido o Quociente Intestinal (QI). A amplitude de nicho foi estimada atravÃs do Ãndice de Levins e a sobreposiÃÃo trÃfica atravÃs do Ãndice de Pianka. PadrÃes de sobreposiÃÃo de nicho trÃfico foram calculados e estatisticamente testados contra um modelo nulo, atravÃs dos algoritmos de randomizaÃÃo RA3 e RA4. A dieta de A. bimaculatus foi constituÃda por 13 itens, e a de A. fasciatus constituÃda por 15, com preferÃncia alimentar pela alga filamentosa Spirogyra em ambas as espÃcies, sendo a importÃncia alimentar de 89,34% para A. bimaculatus e 96,86% A. fasciatus. 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A largura de nicho foi maior em P. vivipara com 1.32, seguido por A. bimaculatus com 0,78 e A. fasciatus com 0,426. Maior sobreposiÃÃo de nicho ocorreu entre as espÃcies de Astyanax com o valor de 0,98. A anÃlise dos modelos nulos realizados pelos itens totais e os itens agrupados indicou que os valores observados foram sempre maiores do que os esperados para a matriz RA3 e RA4. A variÃncia mÃdia observada tambÃm foi maior do que a simulada. De acordo com a dieta das quatro espÃcies analisadas, destacam a importÃncia de itens de origem autÃctone, principalmente as algas. Os modelos nulos indicam que as espÃcies de peixes herbÃvoras/onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos, ou seja, a competiÃÃo nÃo à o agente estruturador dessa comunidade. The semiarid rivers present two patterns: the intermittent and the irregular one, with a single flowing off period per year, during the rainy season. In these rivers, the natural hydrological disturb acts as an important factor driving the organization of the system, in which feeding interactions are complex and modified by seasonality and system productiveness. Fishes often feed on autochthonous or allochthonous resources, with their diets varying according to the with seasonal variation of food availability. The hypothesis of this the present study is that in the semiarid river herbivorous/onivorous fish species present trophic resources partitioning. The major aim of this study the present investigation is was to determine the trophic resources partitioning for four species of fishes at in the Curu River. Field work collections were carried out throughout the rainy season, at the Curu River, in Pentecoste city town, in Cearà state. The stomach content of 197 individuals of the species Astyanax bimaculatus (27), Astyanax fasciatus (79), Poecilia vivipara (90) e Hypostomus jaguribensis (1) was analyzed through the volumetric method in order to obtain for the frequency of each feeding item, so that the Index of Alimentary Importance (IAi) could have been measured. The morphometric data were used to obtain the intestinal quotient (IQ), the niche breadth estimated for the Levinsâ index and the trophic overlap for the Piankaâs index. Patterns of trophic niche overlap were calculated and statistically tested against a null model using the randomization algorithms RA3 and RA4. A. bimaculatus and A. fasciatus fed on 13 and 15 items, respectively. Both species presented feeding preferences for the filamentous algae Spirogyra sp., encompassing 89.34% and 96.86% of their diets, respectively. Poecilia viviparaâs diet comprised 60 items, mainly made up of algae (Bacillariophyta - 28.82%, Chlorophyta - 23.17% and Cyanophyta â 5.2%). Amongst the âgreen algaeâ, Spirogyra sp. (12.89%) and the Closterium sp. (8.85%) were the chief principal items eaten. Aquatic insects (39.18%) made up the second most important item. A total of 42 items compounded the diet of H. jaguribensis, which detritus (27,72%), the algae Spyrogira sp. (23.42%) and Compsopogon sp. (19%) were the foremost most important items. The diatom group comprised the most abundant item, with 21 taxa and 16.38% of IAi. According to the intestinal quotient, A. bimaculatus e A. fasciatus showed a typical carnivorous/omnivorous intestine, whereas P. vivipara showed a herbivorous one. The analysis of variance shows that the intestinal quotient varied among species (F = 3.50; d.f = 2; p < 0.05). The niche breadth was greater for P. vivipara (1.32), followed by A. bimaculatus (0.78) and A. fasciatus (0.426). The higher niche overlap occurred within the Astyanax species (0.98). The null model analysis carried out for the total and clustered grouped items indicated that the observed values were always higher than the expected ones for the RA3 and RA4 matrices. In addition, the mean observed variance was higher than the simulated one. The four studied fish species fed mainly on autochthonous items, chiefly on algae. The null models demonstrated that there is a resource partitioning amongst these herbivorous/omnivorous fish species, where competition seems not to be the structuring agent.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7965application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:20:59Zmail@mail.com - |
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A maioria dos rios do semiÃrido apresentam regimes irregulares e intermitentes, com um sà perÃodo anual de escoamento na chegada das precipitaÃÃes pluviomÃtricas que caracterizam o perÃodo chuvoso. Nesses rios, as perturbaÃÃes hidrolÃgicas naturais exercem forte influÃncia na organizaÃÃo do sistema, sendo as interaÃÃes alimentares complexas e modificadas pela sazonalidade e pela produtividade do sistema. A dieta de peixes pode variar de acordo com a disponibilidade de recursos alimentares de origem autÃctone ou alÃctone, bem como em resposta à variaÃÃo sazonal. A hipÃtese do presente estudo à de que em um rio do semiÃrido as espÃcies de peixes herbÃvoras/ onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos. O objetivo foi determinar a partilha de recursos trÃficos a partir da dieta de quatro espÃcies de peixes no rio Curu. As coletas foram realizadas em um trecho do rio Curu (Pentecoste, CearÃ), no perÃodo chuvoso de 2010. Foi analisado o conteÃdo estomacal de 197 indivÃduos das seguintes espÃcies: Astyanax bimaculatus (27), Astyanax fasciatus (79), Poecilia vivipara (90) e Hypostomus jaguribensis (1), pelo mÃtodo volumÃtrico e frequÃncia de ocorrÃncia, para o cÃlculo do Ãndice alimentar (IAi). Com os dados morfomÃtricos foi obtido o Quociente Intestinal (QI). A amplitude de nicho foi estimada atravÃs do Ãndice de Levins e a sobreposiÃÃo trÃfica atravÃs do Ãndice de Pianka. PadrÃes de sobreposiÃÃo de nicho trÃfico foram calculados e estatisticamente testados contra um modelo nulo, atravÃs dos algoritmos de randomizaÃÃo RA3 e RA4. A dieta de A. bimaculatus foi constituÃda por 13 itens, e a de A. fasciatus constituÃda por 15, com preferÃncia alimentar pela alga filamentosa Spirogyra em ambas as espÃcies, sendo a importÃncia alimentar de 89,34% para A. bimaculatus e 96,86% A. fasciatus. A dieta de P. vivipara foi constituÃda por 60 itens, com maior importÃncia para as algas diatomÃceas (28,82%), clorofÃceas (23,17%) e cianofÃceas (5,2%), tendo as clorofÃceas Spirogyra e Closterium, maior importÃncia alimentar com 12,89% e 8,85%, respectivamente e fragmentos de insetos aquÃticos com 39,18%. A dieta de H. jaguribensis esteve constituÃda por 42 itens alimentares, com maior importÃncia para Spirogyra com 23,42%, e Compsopogon com 19%. O grupo diatomÃcea apresentou maior nÃmero de itens na dieta com 21 tÃxons e 16,38% de IAi, seguido pelo item alimentar detrito com 27,72% de importÃncia. De acordo com o quociente intestinal A. bimaculatus e A. fasciatus apresentam intestino caracterÃstico de carnÃvoro/onÃvoro e P. vivipara de herbÃvoro. A anÃlise de variÃncia (ANOVA) para os valores mÃdios do quociente intestinal dos peixes analisados foi significativa com F= 3,50, df = 2, p< 0,05. A largura de nicho foi maior em P. vivipara com 1.32, seguido por A. bimaculatus com 0,78 e A. fasciatus com 0,426. Maior sobreposiÃÃo de nicho ocorreu entre as espÃcies de Astyanax com o valor de 0,98. A anÃlise dos modelos nulos realizados pelos itens totais e os itens agrupados indicou que os valores observados foram sempre maiores do que os esperados para a matriz RA3 e RA4. A variÃncia mÃdia observada tambÃm foi maior do que a simulada. De acordo com a dieta das quatro espÃcies analisadas, destacam a importÃncia de itens de origem autÃctone, principalmente as algas. Os modelos nulos indicam que as espÃcies de peixes herbÃvoras/onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos, ou seja, a competiÃÃo nÃo à o agente estruturador dessa comunidade. |
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A maioria dos rios do semiÃrido apresentam regimes irregulares e intermitentes, com um sà perÃodo anual de escoamento na chegada das precipitaÃÃes pluviomÃtricas que caracterizam o perÃodo chuvoso. Nesses rios, as perturbaÃÃes hidrolÃgicas naturais exercem forte influÃncia na organizaÃÃo do sistema, sendo as interaÃÃes alimentares complexas e modificadas pela sazonalidade e pela produtividade do sistema. A dieta de peixes pode variar de acordo com a disponibilidade de recursos alimentares de origem autÃctone ou alÃctone, bem como em resposta à variaÃÃo sazonal. A hipÃtese do presente estudo à de que em um rio do semiÃrido as espÃcies de peixes herbÃvoras/ onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos. O objetivo foi determinar a partilha de recursos trÃficos a partir da dieta de quatro espÃcies de peixes no rio Curu. As coletas foram realizadas em um trecho do rio Curu (Pentecoste, CearÃ), no perÃodo chuvoso de 2010. Foi analisado o conteÃdo estomacal de 197 indivÃduos das seguintes espÃcies: Astyanax bimaculatus (27), Astyanax fasciatus (79), Poecilia vivipara (90) e Hypostomus jaguribensis (1), pelo mÃtodo volumÃtrico e frequÃncia de ocorrÃncia, para o cÃlculo do Ãndice alimentar (IAi). Com os dados morfomÃtricos foi obtido o Quociente Intestinal (QI). A amplitude de nicho foi estimada atravÃs do Ãndice de Levins e a sobreposiÃÃo trÃfica atravÃs do Ãndice de Pianka. PadrÃes de sobreposiÃÃo de nicho trÃfico foram calculados e estatisticamente testados contra um modelo nulo, atravÃs dos algoritmos de randomizaÃÃo RA3 e RA4. A dieta de A. bimaculatus foi constituÃda por 13 itens, e a de A. fasciatus constituÃda por 15, com preferÃncia alimentar pela alga filamentosa Spirogyra em ambas as espÃcies, sendo a importÃncia alimentar de 89,34% para A. bimaculatus e 96,86% A. fasciatus. A dieta de P. vivipara foi constituÃda por 60 itens, com maior importÃncia para as algas diatomÃceas (28,82%), clorofÃceas (23,17%) e cianofÃceas (5,2%), tendo as clorofÃceas Spirogyra e Closterium, maior importÃncia alimentar com 12,89% e 8,85%, respectivamente e fragmentos de insetos aquÃticos com 39,18%. A dieta de H. jaguribensis esteve constituÃda por 42 itens alimentares, com maior importÃncia para Spirogyra com 23,42%, e Compsopogon com 19%. O grupo diatomÃcea apresentou maior nÃmero de itens na dieta com 21 tÃxons e 16,38% de IAi, seguido pelo item alimentar detrito com 27,72% de importÃncia. De acordo com o quociente intestinal A. bimaculatus e A. fasciatus apresentam intestino caracterÃstico de carnÃvoro/onÃvoro e P. vivipara de herbÃvoro. A anÃlise de variÃncia (ANOVA) para os valores mÃdios do quociente intestinal dos peixes analisados foi significativa com F= 3,50, df = 2, p< 0,05. A largura de nicho foi maior em P. vivipara com 1.32, seguido por A. bimaculatus com 0,78 e A. fasciatus com 0,426. Maior sobreposiÃÃo de nicho ocorreu entre as espÃcies de Astyanax com o valor de 0,98. A anÃlise dos modelos nulos realizados pelos itens totais e os itens agrupados indicou que os valores observados foram sempre maiores do que os esperados para a matriz RA3 e RA4. A variÃncia mÃdia observada tambÃm foi maior do que a simulada. De acordo com a dieta das quatro espÃcies analisadas, destacam a importÃncia de itens de origem autÃctone, principalmente as algas. Os modelos nulos indicam que as espÃcies de peixes herbÃvoras/onÃvoras apresentam partilha de recursos trÃficos, ou seja, a competiÃÃo nÃo à o agente estruturador dessa comunidade. |
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