Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Larissa Silva Barros
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16608
Resumo: Esta pesquisa busca investigar a forma como membros de uma famÃlia, no contexto de violÃncia de gÃnero, contam sua histÃria e significam a violÃncia vivenciada. Busca identificar os valores, tradiÃÃes que estÃo envolvidos nas narrativas da famÃlia, que podem estimular ou facilitar uma cultura de violÃncia na mesma. Pretende-se tambÃm analisar o processo de transmissÃo geracional da violÃncia de gÃnero e discutir a construÃÃo de gÃnero nos membros e a sua relaÃÃo com a violÃncia. Para tanto, foram entrevistados, por meio da tÃcnica da entrevista narrativa, quatro membros de uma famÃlia em contexto de violÃncia de gÃnero. Em relaÃÃo aos filhos do casal, foi acrescentado o uso de material lÃdico (massa de modelar ou bonecos) para facilitar o processo de elaboraÃÃo de suas narrativas. As perspectivas teÃricas que emolduraram essa pesquisa foram: narrativista amparada nos estudos de Jerome Bruner, que propÃe que as histÃrias narradas dÃo pistas sobre as regras culturais que orientam as interaÃÃes sociais e para o modo como estas se definem em termos identitÃrios; a segunda abordagem decorre dos estudos de gÃnero, com Ãnfase na base relacional e construÃda a partir dos fenÃmenos psicossociais e das negociaÃÃes atravÃs das conversaÃÃes. A partir das narrativas dos quatros membros da famÃlia, observou-se que cada um contou a sua histÃria, revelando valores, tradiÃÃes e representaÃÃes de gÃnero. A narrativa assumiu um lugar de justificativa das aÃÃes e manejo da autoimagem, especialmente para o casal da famÃlia, com seleÃÃo de fatos e omissÃo de outros para manter uma autoimagem favorÃvel. Referindo-se à construÃÃo de gÃnero, pode-se afirmar que estes vivem os conflitos da passagem de um velho padrÃo de masculinidade e feminilidade para uma nova configuraÃÃo mais flexÃvel e simÃtrica. Deste modo, estes sinalizam que exerciam em sua relaÃÃo uma variÃncia de poder, nÃo havendo uma relaÃÃo estÃtica ou determinista de subordinaÃÃo/dominaÃÃo por parte da mulher, nem por parte do homem. Em relaÃÃo à construÃÃo de gÃnero nos filhos temos evidencia de que eles se valem de padrÃes de gÃnero dominantes e papÃis de masculinidade e feminilidade tradicionais construÃdas no processo de socializaÃÃo primÃria, principalmente na famÃlia. Foi possÃvel acompanhar nas narrativas que as geraÃÃes anteriores transmitem prÃticas e discursos em relaÃÃo ao masculino e feminino, sendo significadas de formas diferenciadas. No caso da mÃe da famÃlia, esta aderiu a uma posiÃÃo de combate à submissÃo e o pai da famÃlia nÃo assumiu uma postura de combate aos valores machistas. A forma agressiva e rÃspida do seu pai contribui para este reproduzir visÃes tradicionais sobre o masculino e feminino.
id UFC_d0cf6b426abb89632cc12a5fdab30209
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:10080
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisQuem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃliaWho beats in woman hurts whole family: gender violence of a family narratives from2015-09-23Idilva Maria Pires Germano24390631349http://lattes.cnpq.br/6885356541227389 Maria do Socorro Ferreira Osterne04506979320http://lattes.cnpq.br/6346385942043362AluÃsio Ferreira de Lima19267164856http://lattes.cnpq.br/3925673395634061 Renata Maria Coimbra LibÃrio09759534860http://lattes.cnpq.br/033220288963050703771566398http://lattes.cnpq.br/7942353141323245Larissa Silva BarrosUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRViolÃncia de gÃnero GÃnero Narrativa FamÃlia PoderGender violence Gender Narrative Family PowerPSICOLOGIAEsta pesquisa busca investigar a forma como membros de uma famÃlia, no contexto de violÃncia de gÃnero, contam sua histÃria e significam a violÃncia vivenciada. Busca identificar os valores, tradiÃÃes que estÃo envolvidos nas narrativas da famÃlia, que podem estimular ou facilitar uma cultura de violÃncia na mesma. Pretende-se tambÃm analisar o processo de transmissÃo geracional da violÃncia de gÃnero e discutir a construÃÃo de gÃnero nos membros e a sua relaÃÃo com a violÃncia. Para tanto, foram entrevistados, por meio da tÃcnica da entrevista narrativa, quatro membros de uma famÃlia em contexto de violÃncia de gÃnero. Em relaÃÃo aos filhos do casal, foi acrescentado o uso de material lÃdico (massa de modelar ou bonecos) para facilitar o processo de elaboraÃÃo de suas narrativas. As perspectivas teÃricas que emolduraram essa pesquisa foram: narrativista amparada nos estudos de Jerome Bruner, que propÃe que as histÃrias narradas dÃo pistas sobre as regras culturais que orientam as interaÃÃes sociais e para o modo como estas se definem em termos identitÃrios; a segunda abordagem decorre dos estudos de gÃnero, com Ãnfase na base relacional e construÃda a partir dos fenÃmenos psicossociais e das negociaÃÃes atravÃs das conversaÃÃes. A partir das narrativas dos quatros membros da famÃlia, observou-se que cada um contou a sua histÃria, revelando valores, tradiÃÃes e representaÃÃes de gÃnero. A narrativa assumiu um lugar de justificativa das aÃÃes e manejo da autoimagem, especialmente para o casal da famÃlia, com seleÃÃo de fatos e omissÃo de outros para manter uma autoimagem favorÃvel. Referindo-se à construÃÃo de gÃnero, pode-se afirmar que estes vivem os conflitos da passagem de um velho padrÃo de masculinidade e feminilidade para uma nova configuraÃÃo mais flexÃvel e simÃtrica. Deste modo, estes sinalizam que exerciam em sua relaÃÃo uma variÃncia de poder, nÃo havendo uma relaÃÃo estÃtica ou determinista de subordinaÃÃo/dominaÃÃo por parte da mulher, nem por parte do homem. Em relaÃÃo à construÃÃo de gÃnero nos filhos temos evidencia de que eles se valem de padrÃes de gÃnero dominantes e papÃis de masculinidade e feminilidade tradicionais construÃdas no processo de socializaÃÃo primÃria, principalmente na famÃlia. Foi possÃvel acompanhar nas narrativas que as geraÃÃes anteriores transmitem prÃticas e discursos em relaÃÃo ao masculino e feminino, sendo significadas de formas diferenciadas. No caso da mÃe da famÃlia, esta aderiu a uma posiÃÃo de combate à submissÃo e o pai da famÃlia nÃo assumiu uma postura de combate aos valores machistas. A forma agressiva e rÃspida do seu pai contribui para este reproduzir visÃes tradicionais sobre o masculino e feminino.This research is an focused study about how members of a family in a gender violence context tell their stories and how they mean the experienced violence in order to identify in their narratives values, traditions and practices which can stimulate or facilitate violence culture inside this family.ÂThis research also intended to analyze the intergenerational transmission process of gender violence and to discuss the construction of gender and relationships with violence in these family members. To this end, we interviewed, through the narrative interview technique, four members of a family in a gender violence context. For the children was added the use of recreational materials (modeling clay or puppets) to facilitate them to develop their narratives. The theoretical perspectives that framed this research were narrativist supported in studies of Jerome Bruner who proposes that the narrated stories give clues about the cultural rules that guide social interactions and how these are defined in terms of identity. The second approach used in this research stems from gender studies, emphasizing the relational database built from the psychosocial phenomena and negotiations through dialogues. It was observed from the narratives of the four family members, that each one of them told their own story revealing values, traditions and gender representations. The story took a place of justification of actions and management of self-image, especially for the parents, selecting facts and omitting others to preserve a positive self-image. Referring to the construction of gender, it can be said that they live conflicts of the passage of an old pattern of masculinity and femininity to a new more flexible and symmetrical configuration. Thus, these facts indicate that there was a variance of power where there is no static or deterministic relationship of subordination /domination by women, nor by man. Regarding the construction of gender in children, we found evidence that they rely dominant gender patterns and traditional masculinity and femininity roles constructed in the primary socialization process, especially in the family. It can be observed in the narratives that previous generations transmit practices and discourses in relation to masculine and feminine that can be meant in different ways. In the case of the mother, she has adhered to a position against submission and the father has not taken a stance to combat or avoid macho values. In fact, the fatherâs aggressive and rude hang contributes to the reproduction of traditional views about the male/female relation.Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16608application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:29:57Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Who beats in woman hurts whole family: gender violence of a family narratives from
title Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
spellingShingle Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
Larissa Silva Barros
ViolÃncia de gÃnero
GÃnero
Narrativa
FamÃlia
Poder
Gender violence
Gender
Narrative
Family
Power
PSICOLOGIA
title_short Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
title_full Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
title_fullStr Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
title_full_unstemmed Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
title_sort Quem bate na mulher machuca a famÃlia inteira: violÃncia de gÃnero a partir de narrativas de uma famÃlia
author Larissa Silva Barros
author_facet Larissa Silva Barros
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Idilva Maria Pires Germano
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 24390631349
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6885356541227389
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Maria do Socorro Ferreira Osterne
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 04506979320
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6346385942043362
dc.contributor.referee2.fl_str_mv AluÃsio Ferreira de Lima
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 19267164856
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3925673395634061
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Renata Maria Coimbra LibÃrio
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 09759534860
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0332202889630507
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 03771566398
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7942353141323245
dc.contributor.author.fl_str_mv Larissa Silva Barros
contributor_str_mv Idilva Maria Pires Germano
Maria do Socorro Ferreira Osterne
AluÃsio Ferreira de Lima
Renata Maria Coimbra LibÃrio
dc.subject.por.fl_str_mv ViolÃncia de gÃnero
GÃnero
Narrativa
FamÃlia
Poder
topic ViolÃncia de gÃnero
GÃnero
Narrativa
FamÃlia
Poder
Gender violence
Gender
Narrative
Family
Power
PSICOLOGIA
dc.subject.eng.fl_str_mv Gender violence
Gender
Narrative
Family
Power
dc.subject.cnpq.fl_str_mv PSICOLOGIA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Esta pesquisa busca investigar a forma como membros de uma famÃlia, no contexto de violÃncia de gÃnero, contam sua histÃria e significam a violÃncia vivenciada. Busca identificar os valores, tradiÃÃes que estÃo envolvidos nas narrativas da famÃlia, que podem estimular ou facilitar uma cultura de violÃncia na mesma. Pretende-se tambÃm analisar o processo de transmissÃo geracional da violÃncia de gÃnero e discutir a construÃÃo de gÃnero nos membros e a sua relaÃÃo com a violÃncia. Para tanto, foram entrevistados, por meio da tÃcnica da entrevista narrativa, quatro membros de uma famÃlia em contexto de violÃncia de gÃnero. Em relaÃÃo aos filhos do casal, foi acrescentado o uso de material lÃdico (massa de modelar ou bonecos) para facilitar o processo de elaboraÃÃo de suas narrativas. As perspectivas teÃricas que emolduraram essa pesquisa foram: narrativista amparada nos estudos de Jerome Bruner, que propÃe que as histÃrias narradas dÃo pistas sobre as regras culturais que orientam as interaÃÃes sociais e para o modo como estas se definem em termos identitÃrios; a segunda abordagem decorre dos estudos de gÃnero, com Ãnfase na base relacional e construÃda a partir dos fenÃmenos psicossociais e das negociaÃÃes atravÃs das conversaÃÃes. A partir das narrativas dos quatros membros da famÃlia, observou-se que cada um contou a sua histÃria, revelando valores, tradiÃÃes e representaÃÃes de gÃnero. A narrativa assumiu um lugar de justificativa das aÃÃes e manejo da autoimagem, especialmente para o casal da famÃlia, com seleÃÃo de fatos e omissÃo de outros para manter uma autoimagem favorÃvel. Referindo-se à construÃÃo de gÃnero, pode-se afirmar que estes vivem os conflitos da passagem de um velho padrÃo de masculinidade e feminilidade para uma nova configuraÃÃo mais flexÃvel e simÃtrica. Deste modo, estes sinalizam que exerciam em sua relaÃÃo uma variÃncia de poder, nÃo havendo uma relaÃÃo estÃtica ou determinista de subordinaÃÃo/dominaÃÃo por parte da mulher, nem por parte do homem. Em relaÃÃo à construÃÃo de gÃnero nos filhos temos evidencia de que eles se valem de padrÃes de gÃnero dominantes e papÃis de masculinidade e feminilidade tradicionais construÃdas no processo de socializaÃÃo primÃria, principalmente na famÃlia. Foi possÃvel acompanhar nas narrativas que as geraÃÃes anteriores transmitem prÃticas e discursos em relaÃÃo ao masculino e feminino, sendo significadas de formas diferenciadas. No caso da mÃe da famÃlia, esta aderiu a uma posiÃÃo de combate à submissÃo e o pai da famÃlia nÃo assumiu uma postura de combate aos valores machistas. A forma agressiva e rÃspida do seu pai contribui para este reproduzir visÃes tradicionais sobre o masculino e feminino.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv This research is an focused study about how members of a family in a gender violence context tell their stories and how they mean the experienced violence in order to identify in their narratives values, traditions and practices which can stimulate or facilitate violence culture inside this family.ÂThis research also intended to analyze the intergenerational transmission process of gender violence and to discuss the construction of gender and relationships with violence in these family members. To this end, we interviewed, through the narrative interview technique, four members of a family in a gender violence context. For the children was added the use of recreational materials (modeling clay or puppets) to facilitate them to develop their narratives. The theoretical perspectives that framed this research were narrativist supported in studies of Jerome Bruner who proposes that the narrated stories give clues about the cultural rules that guide social interactions and how these are defined in terms of identity. The second approach used in this research stems from gender studies, emphasizing the relational database built from the psychosocial phenomena and negotiations through dialogues. It was observed from the narratives of the four family members, that each one of them told their own story revealing values, traditions and gender representations. The story took a place of justification of actions and management of self-image, especially for the parents, selecting facts and omitting others to preserve a positive self-image. Referring to the construction of gender, it can be said that they live conflicts of the passage of an old pattern of masculinity and femininity to a new more flexible and symmetrical configuration. Thus, these facts indicate that there was a variance of power where there is no static or deterministic relationship of subordination /domination by women, nor by man. Regarding the construction of gender in children, we found evidence that they rely dominant gender patterns and traditional masculinity and femininity roles constructed in the primary socialization process, especially in the family. It can be observed in the narratives that previous generations transmit practices and discourses in relation to masculine and feminine that can be meant in different ways. In the case of the mother, she has adhered to a position against submission and the father has not taken a stance to combat or avoid macho values. In fact, the fatherâs aggressive and rude hang contributes to the reproduction of traditional views about the male/female relation.
description Esta pesquisa busca investigar a forma como membros de uma famÃlia, no contexto de violÃncia de gÃnero, contam sua histÃria e significam a violÃncia vivenciada. Busca identificar os valores, tradiÃÃes que estÃo envolvidos nas narrativas da famÃlia, que podem estimular ou facilitar uma cultura de violÃncia na mesma. Pretende-se tambÃm analisar o processo de transmissÃo geracional da violÃncia de gÃnero e discutir a construÃÃo de gÃnero nos membros e a sua relaÃÃo com a violÃncia. Para tanto, foram entrevistados, por meio da tÃcnica da entrevista narrativa, quatro membros de uma famÃlia em contexto de violÃncia de gÃnero. Em relaÃÃo aos filhos do casal, foi acrescentado o uso de material lÃdico (massa de modelar ou bonecos) para facilitar o processo de elaboraÃÃo de suas narrativas. As perspectivas teÃricas que emolduraram essa pesquisa foram: narrativista amparada nos estudos de Jerome Bruner, que propÃe que as histÃrias narradas dÃo pistas sobre as regras culturais que orientam as interaÃÃes sociais e para o modo como estas se definem em termos identitÃrios; a segunda abordagem decorre dos estudos de gÃnero, com Ãnfase na base relacional e construÃda a partir dos fenÃmenos psicossociais e das negociaÃÃes atravÃs das conversaÃÃes. A partir das narrativas dos quatros membros da famÃlia, observou-se que cada um contou a sua histÃria, revelando valores, tradiÃÃes e representaÃÃes de gÃnero. A narrativa assumiu um lugar de justificativa das aÃÃes e manejo da autoimagem, especialmente para o casal da famÃlia, com seleÃÃo de fatos e omissÃo de outros para manter uma autoimagem favorÃvel. Referindo-se à construÃÃo de gÃnero, pode-se afirmar que estes vivem os conflitos da passagem de um velho padrÃo de masculinidade e feminilidade para uma nova configuraÃÃo mais flexÃvel e simÃtrica. Deste modo, estes sinalizam que exerciam em sua relaÃÃo uma variÃncia de poder, nÃo havendo uma relaÃÃo estÃtica ou determinista de subordinaÃÃo/dominaÃÃo por parte da mulher, nem por parte do homem. Em relaÃÃo à construÃÃo de gÃnero nos filhos temos evidencia de que eles se valem de padrÃes de gÃnero dominantes e papÃis de masculinidade e feminilidade tradicionais construÃdas no processo de socializaÃÃo primÃria, principalmente na famÃlia. Foi possÃvel acompanhar nas narrativas que as geraÃÃes anteriores transmitem prÃticas e discursos em relaÃÃo ao masculino e feminino, sendo significadas de formas diferenciadas. No caso da mÃe da famÃlia, esta aderiu a uma posiÃÃo de combate à submissÃo e o pai da famÃlia nÃo assumiu uma postura de combate aos valores machistas. A forma agressiva e rÃspida do seu pai contribui para este reproduzir visÃes tradicionais sobre o masculino e feminino.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-09-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16608
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16608
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295219547897856