AplicaÃÃo do MÃtodo das Isozonas na ObtenÃÃo das EquaÃÃes IDF de Chuvas Intensas dos MunicÃpios de Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato - CE

• Autor(a) principal: Vicente Fechine Sobrinho
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7751
• topic: PrecipitaÃÃo (Meteorologia) - Variabilidade; Daily maximal precipitation, Cariri (CE) zone, return time; ENGENHARIA CIVIL

O crescimento do uso e ocupaÃÃo dos solos em Ãreas urbanas e rurais exige conhecimento e tratamento estatÃstico de dados de intensidade, duraÃÃo e freqÃÃncia de chuvas intensas, importantes na previsÃo das vazÃes de pico utilizadas no dimensionamento de redes de drenagem. Os transtornos causados por alagamentos ou inundaÃÃes de Ãreas urbanas e rurais somente sÃo evitados com obras de drenagem bem dimensionadas, que resultam em custos de construÃÃo compatÃveis com os fatores de risco e adequada previsÃo da vazÃo de projeto. Estas vazÃes de projetos podem ser estimadas a partir da equaÃÃo IDF de chuva, que relaciona uma dada intensidade (I) de uma chuva intensa com a duraÃÃo (D) e a frequÃncia (F) ou tempo de retorno da mesma. Esta equaÃÃo à obtida para uma determinada localidade, geralmente por mÃtodo convencional, atravÃs de registros pluviogrÃficos de chuvas consideradas intensas para certas duraÃÃes e freqÃÃncias observadas. Entretanto, no Brasil nÃo existe registros pluviogrÃficos em quantidade suficiente, que abranja muitas Ãreas de importÃncia urbana, agrÃcola e industrial. No Estado do CearÃ, recentemente foram instalados 70 pluviÃgrafos digitais tipo bÃscula, monitorados pela FundaÃÃo Cearense de Meteorologia e Recursos HÃdricos (FUNCEME), porÃm com registros inferiores a quatro anos de observaÃÃo. Neste contexto, esta pesquisa objetivou desenvolver uma metodologia para obtenÃÃo da equaÃÃo IDF de chuvas intensas, em Ãreas desprovidas de pluviÃgrafos, utilizando dados obtidos de pluviÃmetros e tratados pelo mÃtodo das isozonas. Este trabalho foi desenvolvido em quatro etapas: (i) obtenÃÃo e anÃlise estatÃstica descritiva de sÃrie de precipitaÃÃes mÃximas anuais; (ii) obtenÃÃo do ajuste dos dados a uma funÃÃo distribuiÃÃo de probabilidade; (iii) geraÃÃo de intensidades de chuvas atravÃs do mÃtodo das isozonas; (iv) formulaÃÃo da equaÃÃo IDF de chuvas intensas. Esta metodologia foi aplicada aos municÃpios de Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato, localizados na RegiÃo Metropolitana do Cariri cearense. Antes do desenvolvimento da metodologia foi feito a validaÃÃo do mÃtodo das isozonas em duas zonas climatologicamente distintas, comparando com intensidades obtidas de equaÃÃes IDF jà formuladas. A validaÃÃo mostrou, para os municÃpios de Fortaleza no Cearà e Miracema do Norte em Tocantins, que o mÃtodo das isozonas superestima as intensidades em aproximadamente 10%, podendo ser utilizado com certa seguranÃa. Ainda, a validaÃÃo do mÃtodo das isozonas foi verificada a partir de dados pluviogrÃficos da estaÃÃo climatolÃgica de Aiuaba â CE, localizada na isozona G. Os nÃmeros obtidos da estaÃÃo de Aiuaba mostram o bom desempenho da metodologia das isozonas, tendo importÃncia significativa para este trabalho, pois a Ãrea de estudo fica tambÃm na isozona G. AtravÃs da metodologia, para cada municÃpio estudado, o mÃtodo das isozonas transformou os dados bÃsicos de precipitaÃÃes diÃrias mÃximas anuais, obtidos dos registros pluviomÃtricos, em sÃries de intensidades mÃximas, duraÃÃes e tempos de retornos, que foram utilizados na formulaÃÃo das respectivas equaÃÃes IDF de chuvas intensas, para duraÃÃes de atà 240 min. As utilizaÃÃes destas equaÃÃes tornam a aplicaÃÃo do mÃtodo das isozonas mais prÃtica, eliminando a anÃlise de mapa e tabelas, reduzindo a possibilidade de erros de transcriÃÃo.