LesÃo renal aguda em unidade de terapia intensiva de hospital geral com emergÃncia de trauma: estudo prospectivo observacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DIEGO LEVI SILVEIRA MONTEIRO
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14144
Resumo: IntroduÃÃo: A lesÃo renal aguda (LRA) à um achado comum em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) e està associada a altos Ãndices de mortalidade. O perfil da UTI, o diagnÃstico categÃrico na admissÃo, os fatores socioeconÃmicos da regiÃo e as caracterÃsticas epidemiolÃgicas exercem influÃncia no resultado do tratamento de pacientes com LRA. Objetivo: Determinar a incidÃncia, os fatores associados, e a mortalidade da LRA em pacientes vÃtimas ou nÃo de trauma, que estiveram internados em uma UTI geral de uma regiÃo de baixa renda. MÃtodos: Estudamos consecutivamente 279 pacientes internados em uma UTI durante o perÃodo de um ano. Pacientes com menos de 24 horas de permanÃncia na unidade e com doenÃa renal crÃnica foram excluÃdos. A LRA foi classificada de acordo com os critÃrios propostos pelo Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) - âAcute Kidney Injury Work Groupâ em trÃs estÃgios. As anÃlises estatÃsticas foram realizadas pelo teste t de Student e de Mann-Whitney para variÃveis contÃnuas, com e sem distribuiÃÃo normal respectivamente. Para comparaÃÃo de frequÃncias foi utilizado o teste de Fisher. A regressÃo logÃstica multivariada foi utilizada para testar variÃveis como preditores de LRA e morte. Resultados: O diagnÃstico categÃrico na admissÃo da UTI foi dividido proporcionalmente em 51.6% nÃo relacionados ao trauma e 48.4% relacionados ao trauma. A maioria dos diagnÃsticos de trauma estava associada ao traumatismo crÃnio encefÃlica (TCE) 79.5%. A incidÃncia global de LRA foi de 32,9% distribuÃdos em trÃs estÃgios: 33,7% LRA estÃgio I; 29,4% LRA estÃgio II e 36,9% LRA estÃgio III. Os pacientes que desenvolveram LRA eram mais idosos, apresentaram maior Ãndice de diabetes mellitus, permaneceram por maior tempo internados em UTI, demonstraram maior valor no escore APACHE II e necessitaram com maior freqÃÃncia de ventilaÃÃo mecÃnica e uso de drogas vasopressoras. Em comparaÃÃo com os pacientes que nÃo tiveram trauma, os que tiveram apresentaram maior prevalÃncia do sexo masculino, maior pontuaÃÃo no escore APACHE II, maior dÃbito urinÃrio e eram mais jovens. NÃo houve diferenÃa no desenvolvimento de LRA e na mortalidade entre pacientes com trauma e sem trauma. A idade, presenÃa de diabetes, escore APACHE II e uso de drogas vasopressoras foram preditores independentes para a LRA. O risco de morte aumentou em dez vezes na presenÃa de LRA (OR = 14.51; IC95% = 7.94-26.61; p<0,001). ConclusÃes: Existe uma alta incidÃncia de LRA nesse estudo. A LRA foi fortemente associada com mortalidade, tanto entre pacientes com trauma, como em pacientes sem trauma. O trauma, especialmente o vinculado com lesÃo cerebral por TCE, devido a acidentes de trÃnsito envolvendo veÃculos motorizados de duas rodas, deve ser visto como uma importante causa evitÃvel de LRA.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisLesÃo renal aguda em unidade de terapia intensiva de hospital geral com emergÃncia de trauma: estudo prospectivo observacionalAcute kidney injury in an intensive care unit of general hospital with emergency room specializing in trauma: an observational prospective study2015-03-11Paulo Roberto Santos74616218749http://lattes.cnpq.br/5397434625609603Vicente de Paulo Teixeira Pinto35992700315http://lattes.cnpq.br/6899498686139516 00048266396http://lattes.cnpq.br/4987302975347738DIEGO LEVI SILVEIRA MONTEIROUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias da SaÃde (Campus da UFC em Sobral-CE)UFCBRLesÃo renal aguda Unidade de terapia intensiva TraumaAcute kidney injury Intensive care unit TraumaMEDICINAIntroduÃÃo: A lesÃo renal aguda (LRA) à um achado comum em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) e està associada a altos Ãndices de mortalidade. 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We aimed to determine incidence, associated factors and mortality of AKI among trauma and non-trauma patients in a general ICU from a low-income area. Methods: We studied 279 consecutive patients in an ICU during a follow-up of one year. Patients with less than24-hour stay in the ICU and with chronic kidney disease were excluded. AKI was classified according to the Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) criteria in three stages. Comparisons were performed by the Student-t and MannâWhitney tests for continuous variables, respectively with and without normal distribution. Comparisons of frequencies were carried out by the Fisher test. Multivariate logistic regression was used to test variables as predictors for AKI and death. Results: Admission categories were proportionally divided into 51.6% of non-trauma diagnosis and 48.4% of trauma cases. Most trauma cases involved brain injury (79.5%). The overall incidence of AKI was 32.9%, distributed among the three stages: 33.7% stage 1, 29.4% stage 2 and 36.9% stage-3. Patients who developed AKI were older, had more diabetes, stayed longer in the ICU, presented higher APACHE II and more often needed mechanical ventilation and use of vasopressors. In comparison with non-trauma cases, trauma patients had a greater prevalence of males, higher APACHE II score, higher urine output, and younger age. There was no difference concerning development of AKI and crude mortality between trauma and non-trauma patients. Age, presence of diabetes, APACHE score and use of vasopressors were independent predictors for AKI, and AKI increased the risk of death ten-fold (OR = 14.51; CI 95% = 7.94-26.61; p<0.001). Conclusions: There was a high incidence of AKI in this study. AKI was strongly associated with mortality both among trauma and non-trauma patients. 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