A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12828 |
Resumo: | CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
id |
UFC_d822d46b456b46b8d3f2f314fad0bba7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.teses.ufc.br:8560 |
network_acronym_str |
UFC |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudianaThe notion of defence and its implications in post-Freudian clinic2014-09-12LaÃria Beserra Fontenele29848369368http://lattes.cnpq.br/8007133176136088Caciana Linhares Pereira56058292387http://lattes.cnpq.br/3151743958478760 Karla PatrÃcia Holanda Martins22411941315http://lattes.cnpq.br/0785051938150248 02966619376http://lattes.cnpq.br/5717022317262375Joselene Monteiro SilvaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRDefesa TÃcnica ClÃnica PsicanalÃticaDefence Technique Psychoanalytical clinicPSICOLOGIACoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel SuperiorDesde a Ãpoca de Freud, o tema das implicaÃÃes clÃnicas dos processos defensivos vem sendo estudado por diversos psicanalistas. A proposta desta pesquisa foi a de avaliar as mudanÃas na tÃcnica psicanalÃtica empreendidas por analistas contemporÃneos a Freud e posteriores a ele, na tentativa de contornar as limitaÃÃes ao tratamento relativas aos mecanismos defensivos. Na impossibilidade de abordar todos os psicanalistas de um e de outro perÃodo, centramos nossa pesquisa na anÃlise da questÃo na obra de trÃs deles: SÃndor Ferenczi, Melanie Klein e Jacques Lacan. A escolha destes como fontes de nossa investigaÃÃo se deveu ao fato de terem promovido sobre o tema importantes contribuiÃÃes que repercutem no campo psicanalÃtico atà hoje. Em tais autores foram verificadas tanto as mudanÃas na tÃcnica quanto o embasamento teÃrico e experiÃncia clÃnica que motivaram tais modificaÃÃes. Do ponto de vista metodolÃgico, partimos da anÃlise, mediante revisÃo bibliogrÃfica, da obra de Freud para avaliar qual sua postura em relaÃÃo à defesa e suas implicaÃÃes tÃcnicas, para buscar o desenvolvimento dessa noÃÃo. O mesmo fizemos quanto aos outros psicanalistas pesquisados, sendo que, quanto a Ferenczi, exploramos a noÃÃo de defesa, focando especificamente no recalque. Os textos desse autor foram abordados de forma cronolÃgica tanto para esclarecer o curso de evoluÃÃo do seu pensamento, como tambÃm para permitir o diÃlogo com textos freudianos do mesmo perÃodo. Ferenczi propÃs diversas mudanÃas tÃcnicas, com destaque para a tÃcnica ativa e a neocatarse, e demonstramos a relaÃÃo de suas propostas clÃnicas com sua forma de compreender o recalcamento. Depois disso, foi dedicado um capÃtulo Ãs propostas kleinianas, no qual foram estudadas as posiÃÃes esquizo-paranÃide e depressiva, atentando para os mecanismos defensivos especÃficos de cada uma. A compreensÃo de Klein acerca do luto e da inveja e sua relaÃÃo com as defesas tambÃm foi importante para nossa pesquisa, alÃm das propostas tÃcnicas da autora. Por fim, servimo-nos das reflexÃes de Lacan acerca dos pÃs-freudianos para criticar as posturas adotadas por Ferenczi e Klein no contexto analÃtico. Tomamos ainda a afirmaÃÃo lacaniana de que o desejo à uma defesa contra o gozo para explorar brevemente o lugar da noÃÃo de defesa no ensino desse autor. Ao final dessa trajetÃria de pesquisa concluÃmos que as mudanÃas na tÃcnica podem mostrar-se infrutÃferas se negligenciarem noÃÃes e conceitos fundamentais da psicanÃlise. Pensar os mecanismos defensivos como algo a ser eliminado pelo trabalho analÃtico, como Ferenczi propunha sobre o recalque, ou reduzido e controlado para conduzir a uma relaÃÃo harmÃnica com o objeto, como Klein propÃs, inevitavelmente se distancia da posiÃÃo freudiana. A defesa tem seu lugar como mecanismo essencial para a constituiÃÃo do psiquismo assegurado por Freud, que nÃo conduziu sua tÃcnica direcionada a ela, mas ao desvendamento do inconsciente. Lacan, com a crÃtica dos pÃs-freudianos e o retorno a Freud, esclarece as consequÃncias de tais mudanÃas tÃcnicas para o processo analÃtico: uma desvalorizaÃÃo da fala, o excesso de agressividade na relaÃÃo transferencial e a localizaÃÃo do polo do saber do lado do analista.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12828application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:26:05Zmail@mail.com - |
dc.title.pt.fl_str_mv |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
The notion of defence and its implications in post-Freudian clinic |
title |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
spellingShingle |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana Joselene Monteiro Silva Defesa TÃcnica ClÃnica PsicanalÃtica Defence Technique Psychoanalytical clinic PSICOLOGIA |
title_short |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
title_full |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
title_fullStr |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
title_full_unstemmed |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
title_sort |
A noÃÃo de defesa e suas implicaÃÃes na clÃnica pÃs-freudiana |
author |
Joselene Monteiro Silva |
author_facet |
Joselene Monteiro Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
LaÃria Beserra Fontenele |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
29848369368 |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8007133176136088 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Caciana Linhares Pereira |
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv |
56058292387 |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3151743958478760 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Karla PatrÃcia Holanda Martins |
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv |
22411941315 |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0785051938150248 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
02966619376 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5717022317262375 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Joselene Monteiro Silva |
contributor_str_mv |
LaÃria Beserra Fontenele Caciana Linhares Pereira Karla PatrÃcia Holanda Martins |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Defesa TÃcnica ClÃnica PsicanalÃtica |
topic |
Defesa TÃcnica ClÃnica PsicanalÃtica Defence Technique Psychoanalytical clinic PSICOLOGIA |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Defence Technique Psychoanalytical clinic |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
PSICOLOGIA |
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv |
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Desde a Ãpoca de Freud, o tema das implicaÃÃes clÃnicas dos processos defensivos vem sendo estudado por diversos psicanalistas. A proposta desta pesquisa foi a de avaliar as mudanÃas na tÃcnica psicanalÃtica empreendidas por analistas contemporÃneos a Freud e posteriores a ele, na tentativa de contornar as limitaÃÃes ao tratamento relativas aos mecanismos defensivos. Na impossibilidade de abordar todos os psicanalistas de um e de outro perÃodo, centramos nossa pesquisa na anÃlise da questÃo na obra de trÃs deles: SÃndor Ferenczi, Melanie Klein e Jacques Lacan. A escolha destes como fontes de nossa investigaÃÃo se deveu ao fato de terem promovido sobre o tema importantes contribuiÃÃes que repercutem no campo psicanalÃtico atà hoje. Em tais autores foram verificadas tanto as mudanÃas na tÃcnica quanto o embasamento teÃrico e experiÃncia clÃnica que motivaram tais modificaÃÃes. Do ponto de vista metodolÃgico, partimos da anÃlise, mediante revisÃo bibliogrÃfica, da obra de Freud para avaliar qual sua postura em relaÃÃo à defesa e suas implicaÃÃes tÃcnicas, para buscar o desenvolvimento dessa noÃÃo. O mesmo fizemos quanto aos outros psicanalistas pesquisados, sendo que, quanto a Ferenczi, exploramos a noÃÃo de defesa, focando especificamente no recalque. Os textos desse autor foram abordados de forma cronolÃgica tanto para esclarecer o curso de evoluÃÃo do seu pensamento, como tambÃm para permitir o diÃlogo com textos freudianos do mesmo perÃodo. Ferenczi propÃs diversas mudanÃas tÃcnicas, com destaque para a tÃcnica ativa e a neocatarse, e demonstramos a relaÃÃo de suas propostas clÃnicas com sua forma de compreender o recalcamento. Depois disso, foi dedicado um capÃtulo Ãs propostas kleinianas, no qual foram estudadas as posiÃÃes esquizo-paranÃide e depressiva, atentando para os mecanismos defensivos especÃficos de cada uma. A compreensÃo de Klein acerca do luto e da inveja e sua relaÃÃo com as defesas tambÃm foi importante para nossa pesquisa, alÃm das propostas tÃcnicas da autora. Por fim, servimo-nos das reflexÃes de Lacan acerca dos pÃs-freudianos para criticar as posturas adotadas por Ferenczi e Klein no contexto analÃtico. Tomamos ainda a afirmaÃÃo lacaniana de que o desejo à uma defesa contra o gozo para explorar brevemente o lugar da noÃÃo de defesa no ensino desse autor. Ao final dessa trajetÃria de pesquisa concluÃmos que as mudanÃas na tÃcnica podem mostrar-se infrutÃferas se negligenciarem noÃÃes e conceitos fundamentais da psicanÃlise. Pensar os mecanismos defensivos como algo a ser eliminado pelo trabalho analÃtico, como Ferenczi propunha sobre o recalque, ou reduzido e controlado para conduzir a uma relaÃÃo harmÃnica com o objeto, como Klein propÃs, inevitavelmente se distancia da posiÃÃo freudiana. A defesa tem seu lugar como mecanismo essencial para a constituiÃÃo do psiquismo assegurado por Freud, que nÃo conduziu sua tÃcnica direcionada a ela, mas ao desvendamento do inconsciente. Lacan, com a crÃtica dos pÃs-freudianos e o retorno a Freud, esclarece as consequÃncias de tais mudanÃas tÃcnicas para o processo analÃtico: uma desvalorizaÃÃo da fala, o excesso de agressividade na relaÃÃo transferencial e a localizaÃÃo do polo do saber do lado do analista. |
description |
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-09-12 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
format |
masterThesis |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12828 |
url |
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12828 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Psicologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFC |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Cearà |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC instname:Universidade Federal do Ceará instacron:UFC |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
instname_str |
Universidade Federal do Ceará |
instacron_str |
UFC |
institution |
UFC |
repository.name.fl_str_mv |
-
|
repository.mail.fl_str_mv |
mail@mail.com |
_version_ |
1643295195307966464 |