AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ingrid Samantha Tavares de FigueirÃdo
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2987
Resumo: O trauma tecidual à seguido por uma cascata de eventos celulares e bioquÃmicos que resulta na formaÃÃo da ferida cicatrizada. Este processo pode ser dividido em trÃs fases: inflamaÃÃo, proliferaÃÃo e remodelaÃÃo. Lectinas sÃo (glico) proteÃnas que podem reconhecer e se ligar reversivelmente a carboidratos ou a outras substÃncias derivadas de aÃÃcares. Cratylia floribunda à uma espÃcie de leguminosa, encontrada exclusivamente na AmÃrica do sul da qual foi isolada a lectina de Cratylia floribunda (CFL). O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento tÃpico diÃrio com a CFL em um modelo de cicatrizaÃÃo de lesÃes cutÃneas em camundongos. Feridas cirÃrgicas (1cm2) foram produzidas sob condiÃÃes assÃpticas na regiÃo dorsal de camundongos Swiss albinos (27-33g, n= 23/grupo), sendo estes posteriormente randomizados em dois grupo experimentais de acordo com o tipo de tratamento estabelecido: grupo C (soluÃÃo salina) ou grupo CFL (100 Âg/mL). As feridas foram tratadas diariamente com 100 &#956;L de cada soluÃÃo durante todo o perÃodo pÃs-operatÃrio (PO). As lesÃes cutÃneas foram submetidas à avaliaÃÃes clÃnicas diÃrias durante 12 dias, onde investigou-se parÃmetros macroscÃpicos relacionados à fase inflamatÃria e de fibroplasia. Os fragmentos de pele retirados nos dias de biÃpsia (2o, 7o e 12o dias PO) foram processados e analisados histopatologicamente. Paralelamente, verificou-se a capacidade da lectina em induzir a liberaÃÃo de citocinas prÃ-inflamatÃrias (TNF-&#945;) por macrÃfagos in vitro. CFL reduziu a frequÃncia, intensidade e a duraÃÃo dos sinais flogÃsticos edema e hiperemia. No 10 e 11 dias PO a presenÃa de crosta nas feridas do grupo tratado com a lectina foi significativamente menor (p<0,05) que no grupo controle. CFL antecipou a formaÃÃo do tecido de granulaÃÃo, sendo este visualizado em maior percentual das lesÃes cutÃneas. O grupo CFL apresentou um maior percentual de contraÃÃo das Ãreas das lesÃes desde os primeiros dias de tratamento e se manteve atà o 12 dia PO (p<0,05). As maiores diferenÃas entre os percentuais de contraÃÃo das lesÃes entre os grupos ocorreram no 1 dia PO (diferenÃa de 22,5%) e no 5 dia PO (diferenÃa de 20,5%). As Ãreas compreendidas pelas curvas (ASC) de evoluÃÃo em ambos os grupos demonstrou diferenÃa estatÃstica entre os grupos (C - 6,27  0,85; CFL - 4,00  1,28, p<0.05). Em relaÃÃo ao grupo C, CFL apresentou de forma significativa (p<0,05) um maior percentual de animais com feridas cicatrizadas no 10 e 11 dia de PO. O tratamento com a lectina antecipou o surgimento de tecido cicatricial, sendo estatisticamente significante (p<0,05) a frequÃncia com que este foi observado no 6 e 8 dia PO. As anÃlises histopatolÃgicas mostraram que o tratamento com a CFL favoreceu a resoluÃÃo da fase inflamatÃria. AlÃm disso, a fase proliferativa foi antecipada no grupo CFL, sendo este aspecto evidenciado pela presenÃa de um tecido de granulaÃÃo fibroso desde o 7 dia de PO, enquanto que no mesmo perÃodo, as lesÃes do grupo C apresentavam uma formaÃÃo inicial deste tecido. No 12 de PO foi observado uma completa reepitelizaÃÃo das lesÃes tratadas com CFL, enquanto que no grupo C um tecido de granulaÃÃo sendo ainda invadido por fibras colÃgenas. CFL in vitro estimulou a liberaÃÃo de TNF- &#945; em cultura de macrÃfagos peritoneais de camundongos. Esses resultados mostram que a lectina de Cratylia floribunda modula a fase inflamatÃria do processo cicatricial de lesÃes cutÃneas em camundongos. Hipotetizamos que in vivo a lectina estimula cÃlulas residentes (macrÃfagos) a liberaÃÃo de TNF-&#945;. Em conjunto, esses resultados revelam que a CFL favorece o reparo de lesÃes.
id UFC_d937773a4985ce5b4f95e9adba8f841e
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:1130
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentaisEVALUATION OF THE EFFECT FROM Cratylia floribunda LECTIN IN EXPERIMENTAL CUTANEOUS WOUNDS2008-06-05Nylane Maria Nunes de Alencar32184573353http://lattes.cnpq.br/9219662256316695Ana Maria dos Anjos Carneiro Leao42802350404http://lattes.cnpq.br/4802149170985262 Vilma de Lima37846795368http://lattes.cnpq.br/3128340117913654Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa31636020372http://lattes.cnpq.br/118046505218157287975530344http://lattes.cnpq.br/8344888912601792 Ingrid Samantha Tavares de FigueirÃdoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBRLectinas de plantasPlant lectins Granulation tissue Wounds healingFARMACOLOGIA BIOQUIMICA E MOLECULARO trauma tecidual à seguido por uma cascata de eventos celulares e bioquÃmicos que resulta na formaÃÃo da ferida cicatrizada. Este processo pode ser dividido em trÃs fases: inflamaÃÃo, proliferaÃÃo e remodelaÃÃo. Lectinas sÃo (glico) proteÃnas que podem reconhecer e se ligar reversivelmente a carboidratos ou a outras substÃncias derivadas de aÃÃcares. Cratylia floribunda à uma espÃcie de leguminosa, encontrada exclusivamente na AmÃrica do sul da qual foi isolada a lectina de Cratylia floribunda (CFL). O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento tÃpico diÃrio com a CFL em um modelo de cicatrizaÃÃo de lesÃes cutÃneas em camundongos. Feridas cirÃrgicas (1cm2) foram produzidas sob condiÃÃes assÃpticas na regiÃo dorsal de camundongos Swiss albinos (27-33g, n= 23/grupo), sendo estes posteriormente randomizados em dois grupo experimentais de acordo com o tipo de tratamento estabelecido: grupo C (soluÃÃo salina) ou grupo CFL (100 Âg/mL). As feridas foram tratadas diariamente com 100 &#956;L de cada soluÃÃo durante todo o perÃodo pÃs-operatÃrio (PO). As lesÃes cutÃneas foram submetidas à avaliaÃÃes clÃnicas diÃrias durante 12 dias, onde investigou-se parÃmetros macroscÃpicos relacionados à fase inflamatÃria e de fibroplasia. Os fragmentos de pele retirados nos dias de biÃpsia (2o, 7o e 12o dias PO) foram processados e analisados histopatologicamente. Paralelamente, verificou-se a capacidade da lectina em induzir a liberaÃÃo de citocinas prÃ-inflamatÃrias (TNF-&#945;) por macrÃfagos in vitro. CFL reduziu a frequÃncia, intensidade e a duraÃÃo dos sinais flogÃsticos edema e hiperemia. No 10 e 11 dias PO a presenÃa de crosta nas feridas do grupo tratado com a lectina foi significativamente menor (p<0,05) que no grupo controle. CFL antecipou a formaÃÃo do tecido de granulaÃÃo, sendo este visualizado em maior percentual das lesÃes cutÃneas. O grupo CFL apresentou um maior percentual de contraÃÃo das Ãreas das lesÃes desde os primeiros dias de tratamento e se manteve atà o 12 dia PO (p<0,05). As maiores diferenÃas entre os percentuais de contraÃÃo das lesÃes entre os grupos ocorreram no 1 dia PO (diferenÃa de 22,5%) e no 5 dia PO (diferenÃa de 20,5%). As Ãreas compreendidas pelas curvas (ASC) de evoluÃÃo em ambos os grupos demonstrou diferenÃa estatÃstica entre os grupos (C - 6,27  0,85; CFL - 4,00  1,28, p<0.05). Em relaÃÃo ao grupo C, CFL apresentou de forma significativa (p<0,05) um maior percentual de animais com feridas cicatrizadas no 10 e 11 dia de PO. O tratamento com a lectina antecipou o surgimento de tecido cicatricial, sendo estatisticamente significante (p<0,05) a frequÃncia com que este foi observado no 6 e 8 dia PO. As anÃlises histopatolÃgicas mostraram que o tratamento com a CFL favoreceu a resoluÃÃo da fase inflamatÃria. AlÃm disso, a fase proliferativa foi antecipada no grupo CFL, sendo este aspecto evidenciado pela presenÃa de um tecido de granulaÃÃo fibroso desde o 7 dia de PO, enquanto que no mesmo perÃodo, as lesÃes do grupo C apresentavam uma formaÃÃo inicial deste tecido. No 12 de PO foi observado uma completa reepitelizaÃÃo das lesÃes tratadas com CFL, enquanto que no grupo C um tecido de granulaÃÃo sendo ainda invadido por fibras colÃgenas. CFL in vitro estimulou a liberaÃÃo de TNF- &#945; em cultura de macrÃfagos peritoneais de camundongos. Esses resultados mostram que a lectina de Cratylia floribunda modula a fase inflamatÃria do processo cicatricial de lesÃes cutÃneas em camundongos. Hipotetizamos que in vivo a lectina estimula cÃlulas residentes (macrÃfagos) a liberaÃÃo de TNF-&#945;. Em conjunto, esses resultados revelam que a CFL favorece o reparo de lesÃes.The tissue injury evokes a physiological process of complex cellular and biochemical events that results in wound healing. This process can be divided into three phases: inflammation, proliferation and remodeling. Lectins are (glyco)proteins that can recognize and reversibly bind to carbohydrates or other substances derived from sugars. Cratylia floribunda is a leguminous species, found only in South America, from which was isolated Cratylia floribunda lectin (CFL). The aim of this work was to evaluate the topical treatment of cutaneous wounds using CFL at a cicatricial model. Surgical wounds (1cm2) were produced aseptically in the dorsal region of male Swiss mice (27-33g; n=23/group), which were randomized in two experimental groups according to the treatment set: C (150 mM NaCl) or CFL (100 Âg/mL). Wounds were treated topically, daily, with 100 ÂL from each solution throughout all the post-operative period (PO). Clinical evaluation of the skin lesions was performed along 12 days and the parameters investigated were some macroscopic signals of inflammation and fibroplasia. Cutaneous biopsies have been carried out at 2nd, 7th and 12th PO to histopathological analysis. In parallel, the ability of the lectin to induce the in vitro macrophage release of TNF-&#945;, a pro-inflammatory cytokine, was evaluated. CFL reduced the frequency, intensity and duration of some flogistics signals, such as edema and hiperemy. At 10th and 11th PO the wounds treated with CFL had significantly less crust (p <0.05) than the lesions of the C group. CFL anticipated the formation of granulation tissue, being displayed in a greater percentage of skin lesions. The CFL group injuries presented a higher percentage of area contraction at the firsts day of treatment and this effect remained until the 12th PO (p<0,05). The major differences of the area contraction between the groups occurred at 1st PO (22.5%) and 5th PO (20.5%). CFL group showed a statistically lower area under the curve (AUC) of the area measures than the C group (C-6,27Â0,85; CFL- 4,00Â1,28, p<0.05). Compared to control group, CFL group showed a significant (p <0.05) percentual of animals with healed wounds at 10th and 11th PO. Treatment with the lectin anticipated the appearance of the cicatricial tissue, being statistically significant (p <0.05) the frequence that it was observed at 6th and 8th day PO. The histopathological analyses revealed that the treatment with CFL diminished the inflammatory phase of the wound healing. Moreover, the proliferation phase was anticipated in CFL group, since there was a fibrous granulation tissue since 7th PO on the lesions treated with CFL, while, at the same period in the C group lesions, there was an initial formation of the granulation tissue. At 12th PO, it was observed a complete reepithelization of the lesions treated with CFL, while, in C group lesions, there was a few collagen fibers among the granulation tissue. CFL stimulated the in vitro release of TNF-&#945; in peritoneal macrophages culture of mice. Those results show that Cratylia floribunda lectin modulates the inflammatory phase of the cicatricial process from cutaneous lesions in mice. We postulate that in in vivo the lectin stimulates resident cells (macrophages) for liberation of TNF-&#945;. Together, those results reveal that CFL favors the repair of lesions.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2987application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:02Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
dc.title.alternative.en.fl_str_mv EVALUATION OF THE EFFECT FROM Cratylia floribunda LECTIN IN EXPERIMENTAL CUTANEOUS WOUNDS
title AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
spellingShingle AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
Ingrid Samantha Tavares de FigueirÃdo
Lectinas de plantas
Plant lectins
Granulation tissue
Wounds healing
FARMACOLOGIA BIOQUIMICA E MOLECULAR
title_short AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
title_full AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
title_fullStr AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
title_full_unstemmed AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
title_sort AvaliaÃÃo do efeito da lectina de Cratylia floribunda em feridas cutÃneas experimentais
author Ingrid Samantha Tavares de FigueirÃdo
author_facet Ingrid Samantha Tavares de FigueirÃdo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Nylane Maria Nunes de Alencar
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 32184573353
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9219662256316695
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Ana Maria dos Anjos Carneiro Leao
dc.contributor.advisor-co1ID.fl_str_mv 42802350404
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4802149170985262
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Vilma de Lima
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 37846795368
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3128340117913654
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 31636020372
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1180465052181572
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 87975530344
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8344888912601792
dc.contributor.author.fl_str_mv Ingrid Samantha Tavares de FigueirÃdo
contributor_str_mv Nylane Maria Nunes de Alencar
Ana Maria dos Anjos Carneiro Leao
Vilma de Lima
Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa
dc.subject.por.fl_str_mv Lectinas de plantas
topic Lectinas de plantas
Plant lectins
Granulation tissue
Wounds healing
FARMACOLOGIA BIOQUIMICA E MOLECULAR
dc.subject.eng.fl_str_mv Plant lectins
Granulation tissue
Wounds healing
dc.subject.cnpq.fl_str_mv FARMACOLOGIA BIOQUIMICA E MOLECULAR
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv O trauma tecidual à seguido por uma cascata de eventos celulares e bioquÃmicos que resulta na formaÃÃo da ferida cicatrizada. Este processo pode ser dividido em trÃs fases: inflamaÃÃo, proliferaÃÃo e remodelaÃÃo. Lectinas sÃo (glico) proteÃnas que podem reconhecer e se ligar reversivelmente a carboidratos ou a outras substÃncias derivadas de aÃÃcares. Cratylia floribunda à uma espÃcie de leguminosa, encontrada exclusivamente na AmÃrica do sul da qual foi isolada a lectina de Cratylia floribunda (CFL). O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento tÃpico diÃrio com a CFL em um modelo de cicatrizaÃÃo de lesÃes cutÃneas em camundongos. Feridas cirÃrgicas (1cm2) foram produzidas sob condiÃÃes assÃpticas na regiÃo dorsal de camundongos Swiss albinos (27-33g, n= 23/grupo), sendo estes posteriormente randomizados em dois grupo experimentais de acordo com o tipo de tratamento estabelecido: grupo C (soluÃÃo salina) ou grupo CFL (100 Âg/mL). As feridas foram tratadas diariamente com 100 &#956;L de cada soluÃÃo durante todo o perÃodo pÃs-operatÃrio (PO). As lesÃes cutÃneas foram submetidas à avaliaÃÃes clÃnicas diÃrias durante 12 dias, onde investigou-se parÃmetros macroscÃpicos relacionados à fase inflamatÃria e de fibroplasia. Os fragmentos de pele retirados nos dias de biÃpsia (2o, 7o e 12o dias PO) foram processados e analisados histopatologicamente. Paralelamente, verificou-se a capacidade da lectina em induzir a liberaÃÃo de citocinas prÃ-inflamatÃrias (TNF-&#945;) por macrÃfagos in vitro. CFL reduziu a frequÃncia, intensidade e a duraÃÃo dos sinais flogÃsticos edema e hiperemia. No 10 e 11 dias PO a presenÃa de crosta nas feridas do grupo tratado com a lectina foi significativamente menor (p<0,05) que no grupo controle. CFL antecipou a formaÃÃo do tecido de granulaÃÃo, sendo este visualizado em maior percentual das lesÃes cutÃneas. O grupo CFL apresentou um maior percentual de contraÃÃo das Ãreas das lesÃes desde os primeiros dias de tratamento e se manteve atà o 12 dia PO (p<0,05). As maiores diferenÃas entre os percentuais de contraÃÃo das lesÃes entre os grupos ocorreram no 1 dia PO (diferenÃa de 22,5%) e no 5 dia PO (diferenÃa de 20,5%). As Ãreas compreendidas pelas curvas (ASC) de evoluÃÃo em ambos os grupos demonstrou diferenÃa estatÃstica entre os grupos (C - 6,27  0,85; CFL - 4,00  1,28, p<0.05). Em relaÃÃo ao grupo C, CFL apresentou de forma significativa (p<0,05) um maior percentual de animais com feridas cicatrizadas no 10 e 11 dia de PO. O tratamento com a lectina antecipou o surgimento de tecido cicatricial, sendo estatisticamente significante (p<0,05) a frequÃncia com que este foi observado no 6 e 8 dia PO. As anÃlises histopatolÃgicas mostraram que o tratamento com a CFL favoreceu a resoluÃÃo da fase inflamatÃria. AlÃm disso, a fase proliferativa foi antecipada no grupo CFL, sendo este aspecto evidenciado pela presenÃa de um tecido de granulaÃÃo fibroso desde o 7 dia de PO, enquanto que no mesmo perÃodo, as lesÃes do grupo C apresentavam uma formaÃÃo inicial deste tecido. No 12 de PO foi observado uma completa reepitelizaÃÃo das lesÃes tratadas com CFL, enquanto que no grupo C um tecido de granulaÃÃo sendo ainda invadido por fibras colÃgenas. CFL in vitro estimulou a liberaÃÃo de TNF- &#945; em cultura de macrÃfagos peritoneais de camundongos. Esses resultados mostram que a lectina de Cratylia floribunda modula a fase inflamatÃria do processo cicatricial de lesÃes cutÃneas em camundongos. Hipotetizamos que in vivo a lectina estimula cÃlulas residentes (macrÃfagos) a liberaÃÃo de TNF-&#945;. Em conjunto, esses resultados revelam que a CFL favorece o reparo de lesÃes.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv The tissue injury evokes a physiological process of complex cellular and biochemical events that results in wound healing. This process can be divided into three phases: inflammation, proliferation and remodeling. Lectins are (glyco)proteins that can recognize and reversibly bind to carbohydrates or other substances derived from sugars. Cratylia floribunda is a leguminous species, found only in South America, from which was isolated Cratylia floribunda lectin (CFL). The aim of this work was to evaluate the topical treatment of cutaneous wounds using CFL at a cicatricial model. Surgical wounds (1cm2) were produced aseptically in the dorsal region of male Swiss mice (27-33g; n=23/group), which were randomized in two experimental groups according to the treatment set: C (150 mM NaCl) or CFL (100 Âg/mL). Wounds were treated topically, daily, with 100 ÂL from each solution throughout all the post-operative period (PO). Clinical evaluation of the skin lesions was performed along 12 days and the parameters investigated were some macroscopic signals of inflammation and fibroplasia. Cutaneous biopsies have been carried out at 2nd, 7th and 12th PO to histopathological analysis. In parallel, the ability of the lectin to induce the in vitro macrophage release of TNF-&#945;, a pro-inflammatory cytokine, was evaluated. CFL reduced the frequency, intensity and duration of some flogistics signals, such as edema and hiperemy. At 10th and 11th PO the wounds treated with CFL had significantly less crust (p <0.05) than the lesions of the C group. CFL anticipated the formation of granulation tissue, being displayed in a greater percentage of skin lesions. The CFL group injuries presented a higher percentage of area contraction at the firsts day of treatment and this effect remained until the 12th PO (p<0,05). The major differences of the area contraction between the groups occurred at 1st PO (22.5%) and 5th PO (20.5%). CFL group showed a statistically lower area under the curve (AUC) of the area measures than the C group (C-6,27Â0,85; CFL- 4,00Â1,28, p<0.05). Compared to control group, CFL group showed a significant (p <0.05) percentual of animals with healed wounds at 10th and 11th PO. Treatment with the lectin anticipated the appearance of the cicatricial tissue, being statistically significant (p <0.05) the frequence that it was observed at 6th and 8th day PO. The histopathological analyses revealed that the treatment with CFL diminished the inflammatory phase of the wound healing. Moreover, the proliferation phase was anticipated in CFL group, since there was a fibrous granulation tissue since 7th PO on the lesions treated with CFL, while, at the same period in the C group lesions, there was an initial formation of the granulation tissue. At 12th PO, it was observed a complete reepithelization of the lesions treated with CFL, while, in C group lesions, there was a few collagen fibers among the granulation tissue. CFL stimulated the in vitro release of TNF-&#945; in peritoneal macrophages culture of mice. Those results show that Cratylia floribunda lectin modulates the inflammatory phase of the cicatricial process from cutaneous lesions in mice. We postulate that in in vivo the lectin stimulates resident cells (macrophages) for liberation of TNF-&#945;. Together, those results reveal that CFL favors the repair of lesions.
description O trauma tecidual à seguido por uma cascata de eventos celulares e bioquÃmicos que resulta na formaÃÃo da ferida cicatrizada. Este processo pode ser dividido em trÃs fases: inflamaÃÃo, proliferaÃÃo e remodelaÃÃo. Lectinas sÃo (glico) proteÃnas que podem reconhecer e se ligar reversivelmente a carboidratos ou a outras substÃncias derivadas de aÃÃcares. Cratylia floribunda à uma espÃcie de leguminosa, encontrada exclusivamente na AmÃrica do sul da qual foi isolada a lectina de Cratylia floribunda (CFL). O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos do tratamento tÃpico diÃrio com a CFL em um modelo de cicatrizaÃÃo de lesÃes cutÃneas em camundongos. Feridas cirÃrgicas (1cm2) foram produzidas sob condiÃÃes assÃpticas na regiÃo dorsal de camundongos Swiss albinos (27-33g, n= 23/grupo), sendo estes posteriormente randomizados em dois grupo experimentais de acordo com o tipo de tratamento estabelecido: grupo C (soluÃÃo salina) ou grupo CFL (100 Âg/mL). As feridas foram tratadas diariamente com 100 &#956;L de cada soluÃÃo durante todo o perÃodo pÃs-operatÃrio (PO). As lesÃes cutÃneas foram submetidas à avaliaÃÃes clÃnicas diÃrias durante 12 dias, onde investigou-se parÃmetros macroscÃpicos relacionados à fase inflamatÃria e de fibroplasia. Os fragmentos de pele retirados nos dias de biÃpsia (2o, 7o e 12o dias PO) foram processados e analisados histopatologicamente. Paralelamente, verificou-se a capacidade da lectina em induzir a liberaÃÃo de citocinas prÃ-inflamatÃrias (TNF-&#945;) por macrÃfagos in vitro. CFL reduziu a frequÃncia, intensidade e a duraÃÃo dos sinais flogÃsticos edema e hiperemia. No 10 e 11 dias PO a presenÃa de crosta nas feridas do grupo tratado com a lectina foi significativamente menor (p<0,05) que no grupo controle. CFL antecipou a formaÃÃo do tecido de granulaÃÃo, sendo este visualizado em maior percentual das lesÃes cutÃneas. O grupo CFL apresentou um maior percentual de contraÃÃo das Ãreas das lesÃes desde os primeiros dias de tratamento e se manteve atà o 12 dia PO (p<0,05). As maiores diferenÃas entre os percentuais de contraÃÃo das lesÃes entre os grupos ocorreram no 1 dia PO (diferenÃa de 22,5%) e no 5 dia PO (diferenÃa de 20,5%). As Ãreas compreendidas pelas curvas (ASC) de evoluÃÃo em ambos os grupos demonstrou diferenÃa estatÃstica entre os grupos (C - 6,27  0,85; CFL - 4,00  1,28, p<0.05). Em relaÃÃo ao grupo C, CFL apresentou de forma significativa (p<0,05) um maior percentual de animais com feridas cicatrizadas no 10 e 11 dia de PO. O tratamento com a lectina antecipou o surgimento de tecido cicatricial, sendo estatisticamente significante (p<0,05) a frequÃncia com que este foi observado no 6 e 8 dia PO. As anÃlises histopatolÃgicas mostraram que o tratamento com a CFL favoreceu a resoluÃÃo da fase inflamatÃria. AlÃm disso, a fase proliferativa foi antecipada no grupo CFL, sendo este aspecto evidenciado pela presenÃa de um tecido de granulaÃÃo fibroso desde o 7 dia de PO, enquanto que no mesmo perÃodo, as lesÃes do grupo C apresentavam uma formaÃÃo inicial deste tecido. No 12 de PO foi observado uma completa reepitelizaÃÃo das lesÃes tratadas com CFL, enquanto que no grupo C um tecido de granulaÃÃo sendo ainda invadido por fibras colÃgenas. CFL in vitro estimulou a liberaÃÃo de TNF- &#945; em cultura de macrÃfagos peritoneais de camundongos. Esses resultados mostram que a lectina de Cratylia floribunda modula a fase inflamatÃria do processo cicatricial de lesÃes cutÃneas em camundongos. Hipotetizamos que in vivo a lectina estimula cÃlulas residentes (macrÃfagos) a liberaÃÃo de TNF-&#945;. Em conjunto, esses resultados revelam que a CFL favorece o reparo de lesÃes.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008-06-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2987
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2987
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295128531501056