AvaliaÃÃo de desova induzida hormonalmente e qualidade dos ovos de ariacÃ, Lutjanus synagris (LINNAEUS, 1758)

• Autor(a) principal: Oscar Pacheco Passos Neto
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6993
• topic: Desova induzida; Fecundidade absoluta; Fecundidade relativa; Lutjanidae; Lutjanus synagris; Qualidade de ovos; Absolute fecundity; Egg quality; Induced-spawn; Lutjanidae; Lutjanus synagris; Relative fecundity; RECURSOS PESQUEIROS E ENGENHARIA DE PESCA

O presente estudo teve como objetivo avaliar a desova induzida hormonalmente e a qualidade dos ovos do ariacÃ, Lutjanus synagris. Foram avaliadas as fecundidades absoluta e relativa, o diÃmetro dos ovos e de suas respectivas gotÃculas de Ãleo, a porcentagem de ovos flutuantes, a taxa de fecundaÃÃo, a taxa de eclosÃo e sobrevivÃncia das larvas apÃs consumo da reserva vitelÃnica. O estudo foi desenvolvido no Centro de Estudos Ambientais Costeiros (CEAC) do Instituto de CiÃncias do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Cearà (UFC). IndivÃduos juvenis foram capturados na natureza por meio de pesca com anzol, levados ao laboratÃrio e mantidos sob quarentena. Para finalizar o processo de maturaÃÃo gonadal os indivÃduos foram transferidos para o sistema interno, mantidos sob fotoperÃodo de 14 horas de claro e alimentados alternadamente com sardinha, camarÃo e lula. ApÃs a verificaÃÃo da maturaÃÃo gonadal foi iniciado o perÃodo de induÃÃo hormonal. Os animais foram capturados, anestesiados, medidos e pesados. O critÃrio de maturidade utilizado foi liberaÃÃo de sÃmen para os machos e diÃmetro mÃdio dos ovÃcitos maior que 400 μm para as fÃmeas. As induÃÃes ocorreram entre os meses de novembro de 2009 e marÃo de 2010 com injeÃÃes de gonadotrofina coriÃnica humana (hCG) na base da nadadeira peitoral. Foram utilizadas doses de 1.500 UI kg-1 e avaliados dois protocolos. No Protocolo 50/50 foram aplicadas duas injeÃÃes contendo 50% da dose total e no Protocolo 70/30 a primeira dose foi de 70% e a segunda de 30% da dose total. A segunda injeÃÃo foi aplicada 24 horas apÃs a primeira. Os machos receberam dose Ãnica de 750 UI de hCG kg-1 no momento da segunda injeÃÃo na fÃmea. A proporÃÃo sexual (fÃmea:macho) utilizada foi de 1:2. A porcentagem de ovos flutuantes apresentou diferenÃa significativa com valores mÃdios de 78,18  39,71% e 33,68  41,02% para os Protocolos 50/50 e 70/30, respectivamente. NÃo foi observada diferenÃa significativa para nenhum dos demais parÃmetros avaliados. Os valores mÃdios para fecundidade relativa foram de 306.815,10  135.218,18 Ãvulos kg-1 (Protocolo 50/50) 404.511,27  261.545,16 Ãvulos kg-1 (Protocolo 70/30). A fertilizaÃÃo dos ovos flutuantes variou entre 92 e 100% com diÃmetro mÃdio de 726,0  16,89 μm a 795,0  19,43 μm e da gotÃcula de Ãleo de 122,5  8,07 μm a 141,5  11,89 μm. A eclosÃo ocorreu em 16 horas sob temperatura mÃdia de 29,3  0,9oC. Ovos com mÃltiplas gotÃculas de Ãleo apresentaram eclosÃo e sobrevivÃncia similares Ãqueles com uma gotÃcula. O ariacà se mostrou uma espÃcie que se adapta bem ao cativeiro respondendo positivamente ao manejo e à induÃÃo hormonal. Os resultados positivos mostram que o hCG à eficaz na reproduÃÃo induzida desta espÃcie, contudo a variabilidade dos dados encontrados no presente estudo revela que a tÃcnica precisa ser aprimorada