AvaliaÃÃo dos aspectos clÃnicos e laboratoriais no diagnÃstico de pacientes com suspeita de dengue em Fortaleza-CearÃ

• Autor(a) principal: Almira Maria Monteiro Gomes
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8036
• topic: Exames InespecÃficos e EspecÃficos; Dengue clÃssica; Dengue com complicaÃÃes; Dengue; Diagnosis; Nonspecific and Specific and examinations; Dengue fever; Dengue hemorrhagic fever; Dengue with complications.; ANATOMIA PATOLOGICA E PATOLOGIA CLINICA

A dengue à transmitida por mosquitos hematÃfagos do gÃnero Aedes das espÃcies aegypti e albopictus. O vÃrus dengue (DENV) pertence à famÃlia Flaviviridae do gÃnero FlavivÃrus e possui quatro sorotipos que foram designados como: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A doenÃa pode manifestar-se como uma enfermidade infecciosa aguda, caracterizada por um amplo espectro clÃnico que varia desde formas de infecÃÃo assintomÃtica ou febre indiferenciada atà as formas graves, com hemorragia e/ou choque. Este estudo apresentou como objetivo descrever os aspectos epidemiolÃgicos, clÃnicos e laboratoriais de pacientes com suspeita de dengue atendidos no Hospital SÃo Josà de DoenÃas Infecciosas (HSJ) e no Hospital Nossa Senhora da ConceiÃÃo (HDNSC) no perÃodo de fevereiro a dezembro de 2010. Dessa forma, foram recrutados 93 pacientes, sendo que, 86 preencheram os critÃrios de inclusÃo. Os pacientes foram recrutados por busca ativa nas emergÃncias e nas enfermarias dos referidos hospitais e submetidos a um protocolo de acompanhamento por meio de uma ficha de avaliaÃÃo clÃnica inicial (1 ao 5Âdia de doenÃa) e de uma ficha de avaliaÃÃo subsequente (6 ao 7 dia de doenÃa). Foram realizadas pelo menos duas mensuraÃÃes de hematÃcrito, plaquetas, alÃm de exames bioquÃmicos e exames especÃficos para dengue. Os sinais e os sintomas mais prevalentes nos pacientes com suspeita de dengue foram: febre, cefaleia e mialgia. Vinte e cinco pacientes (29%) apresentavam manifestaÃÃes hemorrÃgicas espontÃneas, sendo que, as hemorragias cutÃneas (petÃquias e equimoses) foram as mais encontradas (15%). Quando avaliada a populaÃÃo feminina em idade reprodutiva, 6% apresentaram metrorragia. A prova do laÃo foi realizada em 80 pacientes, sendo positiva em 20 pacientes (25%). Dos 86 pacientes, 48 (55,8%) foram positivos para dengue por pelo menos uma das tÃcnicas: imunocromatografia NS1 (16%), RT-PCR (19%), ELISA IgM (44%), imunocromatografia IgM (42%) e ELISA NS1 (27%). O vÃrus dengue foi detectado em 16 pacientes, sendo, DENV-1 em 1 paciente (6,2%), DENV-2 em 14 pacientes (87,5%) e DENV-3 em 1 paciente (6,2%). Vinte e seis pacientes (54,1%) preencheram os critÃrios do MinistÃrio da SaÃde (MS) de Dengue ClÃssica (DC), 10 (20,8%) de Febre HemorrÃgica de Dengue (FHD) e 12 (25%) de Dengue com ComplicaÃÃo (DCC). A relaÃÃo entre sexo feminino e masculino foi de aproximadamente 1,1/1, com predomÃnio maior de adultos jovens. Quanto ao critÃrio de gravidade do MS, 60% dos casos suspeitos de dengue foram classificados como grau II e nenhum caso como grau IV. Dos critÃrios de extravasamento plasmÃtico preconizado pelo MS, a hipoalbuminemia esteve presente em 5 pacientes (10,4%). A queda do hematÃcrito acima de 20% apÃs hidrataÃÃo foi observada em apenas 4 pacientes (8,3%). No perÃodo do estudo, foram diagnosticados dois pacientes com dengue e leptospirose, sendo que um paciente complicou com pÃrpura trombocitopÃnica idiopÃtica, esses pacientes tiveram evoluÃÃo benigna. Portanto salientamos a necessidade de um diagnÃstico precoce, antes do desenvolvimento das manifestaÃÃes graves, de polÃticas de erradicaÃÃo do Aedes e da estruturaÃÃo de um serviÃo de referÃncia.