\"Afetividade e Ambiente Hospitalar: ConstruÃÃo de Significados pelo Paciente OncolÃgico com Dor\"

• Autor(a) principal: GlÃcia Rodrigues Pinheiro
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2834
• topic: Paciente oncolÃgico; dor; afetividade; ambiente hospitalar.; Oncologics patients; pain; affection; hospital environment.; PSICOLOGIA

A categoria dor vem sendo objeto de estudo de diferentes profissionais da saÃde. No contexto hospitalar, os corpos parecem se expressar por meio da dor, que anuncia que algo nÃo està bem e altera diretamente a qualidade de vida do paciente. No caso dos pacientes oncolÃgicos, a dor se configura como um dos sintomas mais presentes e como uma das mais freqÃentes razÃes de incapacidade e sofrimento para pessoas com a doenÃa em progressÃo. O presente trabalho consiste numa investigaÃÃo sobre os aspectos sÃcio-culturais da dor, enfocando pontos como a construÃÃo social e cultural do significado da dor e a influÃncia do ambiente hospitalar nas manifestaÃÃes e expressÃes de dor pelos pacientes. Esse estudo teve como objetivo compreender a inter-relaÃÃo entre o ambiente hospitalar e o paciente oncolÃgico com dor, ao longo de seu processo de hospitalizaÃÃo, atravÃs da afetividade: sentimentos e emoÃÃes. Escolhemos o referencial teÃrico da Psicologia Ambiental de base histÃrico-cultural e psicossocial. Ao estudar a relaÃÃo paciente e ambiente hospitalar a partir da afetividade, tendo por base essa perspectiva teÃrica e metodolÃgica, buscamos superar as dicotomias homem-sociedade, objetividade-subjetividade, biolÃgico-social, sujeito-ambiente e racionalidade-afetividade. A pesquisa de campo foi realizada no Hospital do CÃncer â Instituto do CÃncer do CearÃ. Os instrumentos utilizados foram: observaÃÃo, incluindo conversas com os profissionais das enfermarias; consulta a documentos (prontuÃrios mÃdicos); e construÃÃo dos mapas afetivos com 10 pacientes, sendo oito adultos e dois adolescentes, que estavam hospitalizados e apresentavam queixas recorrentes de dor segundo o prontuÃrio mÃdico. Os dados coletados foram submetidos à anÃlise de conteÃdo e foram agrupados em quatro categorias temÃticas, a saber: dor oncolÃgica; aspectos culturais da dor; hospital; e equipe de saÃde. Por meio do processo de articulaÃÃo dos sentidos denominado mapa afetivo, formamos as seguintes imagens no ambiente hospitalar: Contraste; sofrimento; agradabilidade; e inseguranÃa. Buscamos, ao longo do trabalho, relacionar o quadro Ãlgico dos pacientes aos sentimentos e emoÃÃes dos sujeitos em relaÃÃo ao ambiente hospitalar. Os resultados apontaram como o estudo do ambiente por intermÃdio da afetividade pode favorecer a humanizaÃÃo e o tratamento dos pacientes oncolÃgicos com dor.