ViolÃncia e aÃÃo polÃtica em Eric Weil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6493 |
Resumo: | A filosofia, para Eric Weil, nÃo à apenas uma visÃo sobre o mundo, ou um saber dogmÃtico ou relativista, mas um comprometimento com a razÃo e com a liberdade enquanto tentativa de compreensÃo do homem, do seu discurso e da sua aÃÃo. Deste modo, o objetivo deste trabalho à compreender o que os termos violÃncia e aÃÃo polÃtica significam na filosofia de Weil, e, ao mesmo tempo, o significado da prÃpria filosofia. Parte-se da relaÃÃo entre filosofia e violÃncia, enquanto ato negador da razÃo e, por isso, problema fundamental para o discurso filosÃfico na sua pretensÃo de compreensÃo absoluta. O especÃfico de Weil à considerar o que o problema da violÃncia representa depois da perspectiva hegeliana de um discurso absolutamente coerente, isto Ã, a consideraÃÃo da insuficiÃncia do discurso Absoluto para dar conta da realidade da violÃncia. Decorre daà a reflexÃo acerca da relaÃÃo entre violÃncia e aÃÃo razoÃvel no campo polÃtico, propondo-se a pensar a polÃtica a partir da filosofia. Weil parte da polÃtica como consideraÃÃo da vida em comum dos homens segundo as suas estruturas essenciais, recuperando uma relaÃÃo positiva entre moral e polÃtica, para erguer, a partir destas indicaÃÃes, uma filosofia capaz de dar conta da polÃtica moderna e lanÃa mÃo da consideraÃÃo da aÃÃo polÃtica como luta contra a violÃncia, seja como violÃncia da natureza exterior, seja na relaÃÃo violenta entre indivÃduo e sociedade, seja na soluÃÃo apontada no Estado moderno como detentor do monopÃlio do uso da violÃncia. O Estado aparece como condiÃÃo para a conciliaÃÃo entre a vida sensata do indivÃduo na moral concreta da sua comunidade e as exigÃncias impostas pelo tipo de racionalidade da sociedade moderna. Por fim, uma vida razoÃvel e dona das possibilidades oferecidas pela sociedade, deve encontrar traduÃÃo na vida polÃtica pela possibilidade de, vencidas as violÃncias da natureza, do indivÃduo e da sociedade, participar das decisÃes que tocam os interesses coletivos. à a transposiÃÃo da resoluÃÃo dos problemas do uso da violÃncia ao plano da discussÃo atravÃs da educaÃÃo do povo polÃtico, tarefa social do filÃsofo e finalidade por excelÃncia da aÃÃo polÃtica. Tal reflexÃo, para ser coerente com seu tempo, deve reconhecer que histÃria, polÃtica, economia e filosofia obrigam o filÃsofo a refletir sobre o destino comum da humanidade, o que Weil faz ao pensar um Estado mundial, categoria concreta na qual reÃne as categorias da moral, da sociedade e do Estado, e onde todas estas categorias polÃticas se articulam em vista da compreensÃo da realidade |
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Parte-se da relaÃÃo entre filosofia e violÃncia, enquanto ato negador da razÃo e, por isso, problema fundamental para o discurso filosÃfico na sua pretensÃo de compreensÃo absoluta. O especÃfico de Weil à considerar o que o problema da violÃncia representa depois da perspectiva hegeliana de um discurso absolutamente coerente, isto Ã, a consideraÃÃo da insuficiÃncia do discurso Absoluto para dar conta da realidade da violÃncia. Decorre daà a reflexÃo acerca da relaÃÃo entre violÃncia e aÃÃo razoÃvel no campo polÃtico, propondo-se a pensar a polÃtica a partir da filosofia. Weil parte da polÃtica como consideraÃÃo da vida em comum dos homens segundo as suas estruturas essenciais, recuperando uma relaÃÃo positiva entre moral e polÃtica, para erguer, a partir destas indicaÃÃes, uma filosofia capaz de dar conta da polÃtica moderna e lanÃa mÃo da consideraÃÃo da aÃÃo polÃtica como luta contra a violÃncia, seja como violÃncia da natureza exterior, seja na relaÃÃo violenta entre indivÃduo e sociedade, seja na soluÃÃo apontada no Estado moderno como detentor do monopÃlio do uso da violÃncia. O Estado aparece como condiÃÃo para a conciliaÃÃo entre a vida sensata do indivÃduo na moral concreta da sua comunidade e as exigÃncias impostas pelo tipo de racionalidade da sociedade moderna. Por fim, uma vida razoÃvel e dona das possibilidades oferecidas pela sociedade, deve encontrar traduÃÃo na vida polÃtica pela possibilidade de, vencidas as violÃncias da natureza, do indivÃduo e da sociedade, participar das decisÃes que tocam os interesses coletivos. à a transposiÃÃo da resoluÃÃo dos problemas do uso da violÃncia ao plano da discussÃo atravÃs da educaÃÃo do povo polÃtico, tarefa social do filÃsofo e finalidade por excelÃncia da aÃÃo polÃtica. Tal reflexÃo, para ser coerente com seu tempo, deve reconhecer que histÃria, polÃtica, economia e filosofia obrigam o filÃsofo a refletir sobre o destino comum da humanidade, o que Weil faz ao pensar um Estado mundial, categoria concreta na qual reÃne as categorias da moral, da sociedade e do Estado, e onde todas estas categorias polÃticas se articulam em vista da compreensÃo da realidadeFor Eric Veil, the philosophy is not a view of the world, a dogmatic or relativistic knowledge, but a commitment with the reason and freedom through the attempt of understanding the human being, his speech and his action. The purpose of this work is try to understand what the terms violence and politic action means in the philosophy of Weil, and at the same time, the meaning of philosophy itself. We start using the relationship between philosophy and violence, related to the negative act of the reason and, thatÂs why, the main problem for the philosophical speech in its pretension of absolute understanding. One of the VeilÂs characteristics is consider what represent the problem of the violence after HegelÂs perspective of an absolutely coherent speech, so that, considering the lack of the absolute speech in order to contain the reality of the violence. As a result, we have the reflection about the relationship between violence and reasonable action in the politic area, in order to think the politics through the philosophy. Weil takes the politics as consideration of the human being living in common according to his essential structures getting back a positive relationship between moral and politics, in order to raise a philosophy that is capable of understand the modern politics and consider the politic action as a fighting against the violence, referring to nature, the relationship between individual and society and the solution in the modern state, as the owner of the monopoly of the use of violence. The state appears as a condition for the conciliation between the sensible life of the individual in the concrete moral and the imposing demand through the rationality of the modern society. Finally, a reasonable life, with the possibilities of the modern society, must find a meaning in the politic life, participating of the decisions of common interest. ItÂs the transposition of the problems solution of the using of violence for the debating area, through the education of the politic people, social task of the philosopher, and itÂs the aim of the politic action. This reflection intends to be coherent, according to its time, must recognize that history, politics, economy, and philosophy, force the philosopher to think about the common destiny of the human kind. ThatÂs what Weil reflects about a world state, concrete category that gather the moral categories, of society and the state, and where all these politic categories are together in the purpose of understanding the realityCoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6493application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:39Zmail@mail.com - |
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For Eric Veil, the philosophy is not a view of the world, a dogmatic or relativistic knowledge, but a commitment with the reason and freedom through the attempt of understanding the human being, his speech and his action. The purpose of this work is try to understand what the terms violence and politic action means in the philosophy of Weil, and at the same time, the meaning of philosophy itself. We start using the relationship between philosophy and violence, related to the negative act of the reason and, thatÂs why, the main problem for the philosophical speech in its pretension of absolute understanding. One of the VeilÂs characteristics is consider what represent the problem of the violence after HegelÂs perspective of an absolutely coherent speech, so that, considering the lack of the absolute speech in order to contain the reality of the violence. As a result, we have the reflection about the relationship between violence and reasonable action in the politic area, in order to think the politics through the philosophy. Weil takes the politics as consideration of the human being living in common according to his essential structures getting back a positive relationship between moral and politics, in order to raise a philosophy that is capable of understand the modern politics and consider the politic action as a fighting against the violence, referring to nature, the relationship between individual and society and the solution in the modern state, as the owner of the monopoly of the use of violence. The state appears as a condition for the conciliation between the sensible life of the individual in the concrete moral and the imposing demand through the rationality of the modern society. Finally, a reasonable life, with the possibilities of the modern society, must find a meaning in the politic life, participating of the decisions of common interest. ItÂs the transposition of the problems solution of the using of violence for the debating area, through the education of the politic people, social task of the philosopher, and itÂs the aim of the politic action. This reflection intends to be coherent, according to its time, must recognize that history, politics, economy, and philosophy, force the philosopher to think about the common destiny of the human kind. ThatÂs what Weil reflects about a world state, concrete category that gather the moral categories, of society and the state, and where all these politic categories are together in the purpose of understanding the reality |
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