IntervenÃÃes de enfermagem para tratamentos de Ãlcera por pressÃo em pacientes acamados: revisÃo integrativa da literatura.

• Autor(a) principal: Ana DÃbora Alcantara CoÃlho
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10010
• topic: Pressure Ulcer; Therapeutics; Nursing; ENFERMAGEM

Com o aumento da expectativa de vida populacional, tem-se a Ãlcera por pressÃo (UP) como um dos agravos com elevada incidÃncia. Assim, esforÃos para o desenvolvimento de pesquisas que resultem em contribuiÃÃes reais para a prÃtica clÃnica dos enfermeiros assistenciais sÃo necessÃrios. Por isso, optou-se em realizar esta revisÃo integrativa, um dos mÃtodos da PrÃtica Baseada em EvidÃncias que tem por objetivo incorporar as evidÃncias encontradas na literatura à prÃtica assistencial e/ou gerencial. Para isso, a presente investigaÃÃo objetivou analisar as evidÃncias disponÃveis na literatura sobre as intervenÃÃes de enfermagem aplicadas para o tratamento das UP em pacientes acamados. Para seleÃÃo dos artigos, foram utilizadas cinco bases de dados (CINAHAL, SCOPUS, COCHRANE, LILACS e PUBMED) alÃm da revista ESTIMA. A amostra dessa revisÃo foi composta por 27 artigos, referentes a intervenÃÃes, de Ãmbito geral, utilizadas para tratar UP. ApÃs anÃlise dos artigos incluÃdos, os resultados apontaram que a eletromagnÃtico-terapia possui evidÃncias do seu beneficio para cicatrizaÃÃo das UP, porÃm nÃo existem diretrizes sobre sua aplicabilidade. Isto tambÃm foi descrito para o Ultrassom terapÃutico e a V. A. C. terapia. Quanto ao processo de limpeza de ferida, foram descritas utilizaÃÃo de vÃrias substÃncias, dentre essas, nÃo foi encontrada evidÃncia de que uma se sobressaia em relaÃÃo à outra. Na questÃo alimentar, ficou evidente que os pacientes que recebem suplementaÃÃo de proteÃnas, zinco e vitamina C em suas dietas, tendem a cicatrizar a UP em um menor perÃodo. Ao abordar a etiliologia das UP, enfocou-se o reposiciosamento e as superfÃcies de suporte (SS). Ficou patente que os pacientes devem ser reposicionados a cada duas horas, quando deitados, e a cada 15 minutos, quando sentados, como forma de minimizar as forÃas de pressÃo e cisalhamento. No entanto, a evidÃncia referente a esse cuidado possui limitaÃÃes que impedem concluir quanto ao real alÃvio de pressÃo que causa. Com relaÃÃo à forma de mensurar a UP, um Ãnico estudo fez parte da amostra desta dissertaÃÃo, de modo que este apenas descreveu a aplicaÃÃo da Escala de PUSH como forma de documentar a UP. Outro ponto crucial foi a abordagem quanto ao conhecimento dos enfermeiros e as tÃcnicas de cuidados empregadas por eles ao tratar UP. Percebeu-se que prevalece a desinformaÃÃo destes em decorrÃnca do desconhecimento que inicia na graduaÃÃo. Diante desse quadro, pensa-se em como as UP estÃo sendo tratadas e para isso analisaram-se as evidÃncias empregadas diante da dor, do odor e do exsudato. Quanto à dor, ficou clara a recomendaÃÃo do gel de benzidamina e a pomada EMLA, principalmente antes da realizaÃÃo procedimentos, como desbridamento. Quanto ao odor, nÃo foram encontrados estudos que descrevessem a melhor forma de minimizÃ-lo. Para a quantidade de exsudato, este està intimamente relacionado ao perÃodo de cicatrizaÃÃo que a UP encontra-se. Em se tratando das coberturas propriamente ditas, os estudos selecionados abordaram o hidrocoloide, a aloe vera, terapia normotermica e o colÃgeno. Estas coberturas foram abordadas em UP com diferentes estÃgios de cicatrizaÃÃo e ambos os estudos apresentaram taxa de cura adequada com ao descrever o uso de cada uma delas. Entretanto, nÃo foram identificadas evidÃncias que comprovem a superioridade de uma destas terapias. Logo, reforÃa-se a necessidade da busca de conhecimento contÃnuo por parte dos enfermeiros, bem como a importÃncia da avaliaÃÃo global dos pacientes que sÃo submetidos a seus cuidados, haja vista que as contribuiÃÃes reais para prÃtica de tratamento de UP ainda sÃo limitadas. Com isso, urgem que sejam desenvolvidos ensaios clÃnicos para elucidar muitas das respostas que ainda nÃo estÃo explÃcitas.