Assinatura geoquÃmica e isotÃpica de protÃlitos e granitos pertencentes ao arco magmÃtico de Santa QuitÃria - CE.

• Autor(a) principal: GlÃria Maria Silva Hamelak
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16193
• topic: Arco magmÃtico; GeoquÃmica isotÃpica; LitoquÃmica; Mapeameto geolÃgico; Mapeamento geolÃgico; Magmatic arc; Isotopic geochemistry; Lithochemical; GEOLOGIA

A relaÃÃo entre o Arco MagmÃtico de Santa QuitÃria (AMSQ), DomÃnio Cearà Central da ProvÃncia Borborema, e as sequÃncias de rochas metassedimentares marginais ao mesmo, merece atenÃÃo quanto ao estabelecimento do arcabouÃo evolutivo paleogeogrÃfico e geotectÃnico desta ampla feiÃÃo. O presente trabalho foi realizado ao longo de 03 (trÃs) perfis transversais ao arco, de maneira a analisar por meio de dados isotÃpicos e litogeoquÃmicos a proveniÃncia das rochas metassedimentares acima mencionadas. Engloba litotipos orto e paraderivados pertencentes ao AMSQ, ao Grupo Cearà (Unidades Canindà e IndependÃncia) e ao Embasamento policÃclico. Inseridos no AMSQ, granitos neoproterozÃicos associados a fase tangencial sÃo representados na Ãrea de pesquisa por monzogranito e quartzo monzonito. Diagramas multi-elementos assinalam para as ortoderivadas uma forte anomalia negativa de P em todas as amostras, o que pode refletir o fracionamento da apatita. Anomalias negativas de Sr e Ti nos granitos podem ser atribuÃdas ao fracionamento de plagioclÃsio e de Nb nos ortognaisses pode ser indicativo de contribuiÃÃo de fontes crustais no processo magmÃtico. As amostras de proveniÃncia sedimentar incluem litologias predominantemente Ãcidas tendo como possÃveis protÃlitos folhelhos e grauvacas. Os valores de Eu/Eu* nestas rochas variam entre 0.38-0.82, semelhante ao padrÃo do PAAS (Pos-Archean AustrÃlia Share), inferindo derivaÃÃo crustal a estas. A seu turno, a razÃo (Gd/Yb)N com valores entre 1.1 e 1.9 (<2.0), sendo indicativo de derivaÃÃo de rochas pÃs-arqueanas. Idades modelo TDM em rocha total com intervalo entre 1.25Ga e 2.41Ga indicam participaÃÃo de fontes mÃltiplas na formaÃÃo dos terrenos neoproterozÃicos. Valores de &#400;Nd(t) negativos e &#400;Sr(t) positivos indicam para a maioria das amostras uma marcada participaÃÃo de fontes metassedimentares e/ou meta-Ãgneas com longos perÃodos de residÃncia crustal na gÃnese destas Ãltimas. Todas as amostras sÃo de derivaÃÃo continental, cujo grau de retrabalhamento infere a estas, mistura e heterogeneidade das crostas envolvidas durante o Ciclo Brasiliano. Em termos geocronolÃgicos, idades U-Pb em zircÃo com intervalos entre 2.39 e 623.7Ma obtidas para rochas pertencentes as Unidade Canindà e IndependÃncia de 807 Ma sugerem fonte mÃltipla para a gÃnese das rochas. Tais caracterÃsticas podem ser atribuÃdas à ocorrÃncia dos diversos eventos geotectÃnicos regionais e envolvendo a participaÃÃo de terrenos arqueanos (pouca contribuiÃÃo); paleoproterozÃicos (maior contribuiÃÃo e com participaÃÃo de terrenos do tipo TTG); do perÃodo de rifteamento 1.7 â 1.8 Ga; uma participaÃÃo bem marcada do evento Brasiliano e ainda, possÃvel envolvimento de faixa transversal mesoproterozÃica. As idades U-Pb em zircÃo obtidas para as amostras GH001 (2.39Ga) e GH017 (2.15Ga) (Unidade CanindÃ) permitem sugerir que estas representam âporÃÃesâ ou âjanelasâ do embasamento, sugestiva da presenÃa de novas Ãreas paleoproterozÃicas no contexto geolÃgico da Ãrea de estudo.