Reproductive Biology CarÃ-Preto Cichlasoma orientale (Ctinopterygii: Cichlidae) of the Curu River Basin, CearÃ

• Autor(a) principal: Jussiara Candeira SpÃndola Linhares
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13208
• topic: HistÃria de vida; ReproduÃÃo; SobrevivÃncia; SemiÃrido; EstratÃgia do EquilÃbrio; Life History; Reproduction; Survival; Semiarid; Equilibrium Strategy; ECOLOGIA

Este estudo objetivou a compreensÃo sobre as tÃticas reprodutivas do ciclÃdeo endÃmico da regiÃo semiÃrida, Cichlasoma orientale, de forma a se melhor entender a estratÃgia reprodutiva desta espÃcie para sua manutenÃÃo em um ambiente com grandes variaÃÃes hidrolÃgicas do semiÃrido brasileiro. O presente trabalho foi dividido em trÃs capÃtulos. O primeiro capÃtulo teve como enfoque a realizaÃÃo da descriÃÃo macro e microscÃpica, e definiÃÃo dos estÃgios de maturaÃÃo ovariana e o grau de desenvolvimento dos ovÃcitos da espÃcie. No segundo capÃtulo foram descritas caracterÃsticas da histÃria de vida de C. orientale, tais como estrutura populacional, razÃo sexual, perÃodo reprodutivo, tipo de desova e tamanho da maturidade sexual. No terceiro e Ãltimo capÃtulo, foram analisadas as diferentes tÃticas reprodutivas relacionadas à sobrevivÃncia da prole da espÃcie, tais como: presenÃa de cuidado parental, tamanho corporal, fecundidade, tamanho do oÃcito e padrÃo de desova. As coletas de material biolÃgico ocorreram mensalmente de agosto de 2011 a julho de 2013 no aÃude Caxitorà e no rio Curu, ambos os pontos localizados na bacia do rio Curu, regiÃo semiÃrida do Nordeste brasileiro. Os resultados indicaram que as cÃlulas germinativas dos ovÃrios de C. orientale apresentam cinco fases de desenvolvimento e os ovÃrios e testÃculos apresentam quatro estÃgios de maturaÃÃo. A espÃcie apresenta desova mÃltipla devido à presenÃa de diferentes fases de desenvolvimento de ovÃcitos em um ovÃrio maduro. GÃnadas maduras foram registradas ao longo de todo o ano, com um pico de atividade reprodutiva durante o perÃodo chuvoso da regiÃo. A razÃo sexual da espÃcie difere de 1:1, porÃm essa diferenÃa ocorre apenas nas maiores classes de tamanho, nas quais ocorre a prevalÃncia de machos. Os tamanhos obtidos para maturidade da espÃcie foram pequenos (fÃmeas = 4,04 cm, machos = 4,33 cm). A fecundidade baseada no grupo de ovÃcitos mais desenvolvidos variou de 254 a 3389 (mÃdia = 2052  849), aumentando proporcionalmente ao comprimento padrÃo da fÃmea. Os ovÃcitos mais desenvolvidos apresentaram diÃmetro mÃximo de 1,8 mm. Estas informaÃÃes caracterizam a espÃcie como apresentando fecundidade baixa e tamanhos de ovÃcitos grandes, o que associado com o cuidado biparental e a desova mÃltipla exercidos pela espÃcie indica que ela realiza um alto investimento em capacidade de sobrevivÃncia da prole, em detrimento da quantidade de prole gerada. As tÃticas reprodutivas realizadas por C. orientale na bacia do rio Curu indicam que esta espÃcie à pertencente da guilda estratÃgia do equilÃbrio com algumas modificaÃÃes que estÃo associadas à adaptaÃÃo a um ambiente de grande variaÃÃo hÃdrica ao longo do ano.