A PERMANÃNCIA E A RUPTURA: ARTE E POLÃTICA EM HANNAH ARENDT
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10432 |
Resumo: | O presente trabalho assume por escopo a exposiÃÃo da relaÃÃo entre arte e polÃtica no pensamento de Hannah Arendt, tendo em vista apresentar o modo tal qual esta autora a visualiza por meio da articulaÃÃo dos conceitos de ruptura e de permanÃncia. Para tanto, recorre-se a obras como A condiÃÃo humana (1951), Entre o passado e o futuro (1968), Homens em tempos sombrios (1968) e A vida do espÃrito (1978), na medida em que esses escritos parecem condensar traÃos fundamentais dessa discussÃo, dados como via efetiva de aproximaÃÃo dessa problemÃtica. Um primeiro capÃtulo concentra-se no enfoque do quadro geral entorno do qual Arendt compÃe sua teia reflexiva, isto Ã: aquele constituÃdo pelas questÃes polÃticas que emergem nos eventos do sÃculo XX. Afere-se o diagnÃstico de um contexto amplo de crise extraÃdo da compreensÃo de um inegÃvel esgarÃamento da tradiÃÃo polÃtica e moral ocidental. Fissuradas as categorias polÃticas e morais tradicionais orientadoras de aÃÃo e pensamento, experimenta-se a radicalidade da incapacidade de julgar, vinculada à inacessibilidade do passado que reverbera na prÃpria opacidade do presente. Em face da constataÃÃo da crise dada como sinÃnimo de obscurecimento do mundo, à qual arte e polÃtica â dimensÃes por excelÃncia pautadas na permanÃncia â nÃo passam incÃlumes, transita-se a um segundo capÃtulo cuja reflexÃo atÃm-se à ideia de cultura diante da perda da tradiÃÃo; percorre-se o tema da cultura em uma sociedade de massas, articulando-o a conceitos como filisteÃsmo e entretenimento. O terceiro momento, assumindo o tema da ruptura encadeado pelos capÃtulos anteriores, evidencia a reabilitaÃÃo da aparÃncia como horizonte capaz de demonstrar a relaÃÃo existente entre arte e polÃtica contemporÃnea, chegando, portanto, ao ponto central de nossa proposta. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA PERMANÃNCIA E A RUPTURA: ARTE E POLÃTICA EM HANNAH ARENDT THE PERMANENCE AND RUPTURE: ART AND POLITICS IN HANNAH ARENDT2013-07-15OdÃlio Alves Aguiar24133949315http://lattes.cnpq.br/8011131702959906kleber Carneiro Amora19126891387Josà Expedito Passos Lima0743954734960079101305http://lattes.cnpq.br/0885543631949513CÃcero Samuel Dias SilvaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FilosofiaUFCBR PolÃtica Arte Cultura Hannah Arendt. Politics Art Culture Hannah Arendt.FILOSOFIAO presente trabalho assume por escopo a exposiÃÃo da relaÃÃo entre arte e polÃtica no pensamento de Hannah Arendt, tendo em vista apresentar o modo tal qual esta autora a visualiza por meio da articulaÃÃo dos conceitos de ruptura e de permanÃncia. Para tanto, recorre-se a obras como A condiÃÃo humana (1951), Entre o passado e o futuro (1968), Homens em tempos sombrios (1968) e A vida do espÃrito (1978), na medida em que esses escritos parecem condensar traÃos fundamentais dessa discussÃo, dados como via efetiva de aproximaÃÃo dessa problemÃtica. Um primeiro capÃtulo concentra-se no enfoque do quadro geral entorno do qual Arendt compÃe sua teia reflexiva, isto Ã: aquele constituÃdo pelas questÃes polÃticas que emergem nos eventos do sÃculo XX. Afere-se o diagnÃstico de um contexto amplo de crise extraÃdo da compreensÃo de um inegÃvel esgarÃamento da tradiÃÃo polÃtica e moral ocidental. Fissuradas as categorias polÃticas e morais tradicionais orientadoras de aÃÃo e pensamento, experimenta-se a radicalidade da incapacidade de julgar, vinculada à inacessibilidade do passado que reverbera na prÃpria opacidade do presente. Em face da constataÃÃo da crise dada como sinÃnimo de obscurecimento do mundo, à qual arte e polÃtica â dimensÃes por excelÃncia pautadas na permanÃncia â nÃo passam incÃlumes, transita-se a um segundo capÃtulo cuja reflexÃo atÃm-se à ideia de cultura diante da perda da tradiÃÃo; percorre-se o tema da cultura em uma sociedade de massas, articulando-o a conceitos como filisteÃsmo e entretenimento. O terceiro momento, assumindo o tema da ruptura encadeado pelos capÃtulos anteriores, evidencia a reabilitaÃÃo da aparÃncia como horizonte capaz de demonstrar a relaÃÃo existente entre arte e polÃtica contemporÃnea, chegando, portanto, ao ponto central de nossa proposta. This thesis investigates the relationship between art and politics in Hannah Arendtâs thought. The objective is to present the way the issue is viewed by the author. To achieve this end, concepts of rupture and permanece will be articulated. Therefore, it resorts to such works as The Human Condition (1951), Between Past and Future (1968), Men in Dark Times (1968) and The Life of the Mind (1978), inasmuch as these writings seem to condense fundamental traces of this discussion, given as effective means of aproximation to this problem. The first chapter focuses on the analysis of the general environment from which Arendt composes its reflexive web, ie: that one consisting on political issues that emerge in the events of the twentieth century. One diagnoses a broad context of crisis drawn from the understanding of an undeniable fraying of Western moral and political tradition. When the traditional political and moral categories that guide action and thought are broken, one experiences the radical inability to judge, linked to the inaccessibility of the past that reverberates in the very opacity of the present. Before the confirmation of a crisis given as a synonym for the darkening of the world, to which art and politics - dimensions par excellence ruled in permanence - do not pass unscathed, one moves to a second chapter whose reflection adheres to the idea of culture in the face of the lost of tradition; one travels up the topic of culture in a mass society, linking it to concepts like philistinism and entertainment. Taking the breaking theme, chained by the preceding chapters, the third chapter highlights the rehabilitation of appearence as able to demonstrate the relationship between contemporary art and politics, coming thus to the core point of our proposal. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10432application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:23:47Zmail@mail.com - |
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This thesis investigates the relationship between art and politics in Hannah Arendtâs thought. The objective is to present the way the issue is viewed by the author. To achieve this end, concepts of rupture and permanece will be articulated. Therefore, it resorts to such works as The Human Condition (1951), Between Past and Future (1968), Men in Dark Times (1968) and The Life of the Mind (1978), inasmuch as these writings seem to condense fundamental traces of this discussion, given as effective means of aproximation to this problem. The first chapter focuses on the analysis of the general environment from which Arendt composes its reflexive web, ie: that one consisting on political issues that emerge in the events of the twentieth century. One diagnoses a broad context of crisis drawn from the understanding of an undeniable fraying of Western moral and political tradition. When the traditional political and moral categories that guide action and thought are broken, one experiences the radical inability to judge, linked to the inaccessibility of the past that reverberates in the very opacity of the present. Before the confirmation of a crisis given as a synonym for the darkening of the world, to which art and politics - dimensions par excellence ruled in permanence - do not pass unscathed, one moves to a second chapter whose reflection adheres to the idea of culture in the face of the lost of tradition; one travels up the topic of culture in a mass society, linking it to concepts like philistinism and entertainment. Taking the breaking theme, chained by the preceding chapters, the third chapter highlights the rehabilitation of appearence as able to demonstrate the relationship between contemporary art and politics, coming thus to the core point of our proposal. |
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