Jovens enlutados: um estudo sobre a (re)significaÃÃo da dor espiritual da perda

• Autor(a) principal: Raissa de Almeida Pereira
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20230
• topic: Morte; Luto; Espiritualidade; Escola; Juventude; Narrativas de vida; RIME; Muerte; Luto; Espiritualidade; Escuela; Juventud; Narrativas de Vida; RIME; EDUCACAO

A pesquisa em questÃo propÃe a construÃÃo de um dispositivo psicopedagÃgico que (re)signifique a Dor Espiritual da Perda, de modo a auxiliar quatro jovens enlutados a lidarem com suas perdas provocadas por mortes de figuras de afeto ocorridas de maneira violenta. No tracejar das linhas mestras que compÃem o escopo desse trabalho, trago como elementos discursivos no campo da temÃtica morte a necessidade de compreendÃ-la como parte da vida, ampliando a discussÃo sobre seu silenciamento como fala interdita na modernidade, em paralelo com um sentido de (re)humanizaÃÃo da mesma, em que aspectos como emoÃÃo e espÃrito sÃo contemplados na experiÃncia do morrer como parte da condiÃÃo humana. Com relaÃÃo à espiritualidade, a educaÃÃo à convocada a estabelecer um diÃlogo com a dimensÃo espiritual do sujeito, considerando estados de consciÃncia alterados, atravÃs da utilizaÃÃo da razÃo e de experiÃncias vivenciadas subjetivamente, permitindo o acesso a camadas mais Ãntimas dos sentimentos humanos, provedoras de singulares sentidos para suas existÃncias. Considerando o luto um processo psicolÃgico reativo e de adaptaÃÃo a um rompimento de vÃnculos e, tambÃm, tendo em vista o importante papel do enlutado como sujeito ativo nos seus processos de refazimento ante rupturas e perdas atravÃs da realizaÃÃo das tarefas do luto, elegi como caminhos metodolÃgicos nesta pesquisa a HistÃria de Vida e FormaÃÃo e a intervenÃÃo RIME (Relaxamento Mental, Imagens Mentais e Espiritualidade). A integraÃÃo dessas duas vias de acesso ao autoconhecimento formador e transformador produziram resultados bastante profÃcuos, demonstrando que ainda que a ruptura de um vÃnculo por morte provoque dores inevitÃveis, estas podem ser (re)sigificadas, adquirindo um sentido nutridor de novas formas de se viver, amar e lidar com a finitude.