Relação entre exposição ao ruído urbana com a prevalência de sintomas de depressão em idosos de Itajubá-MG

• Autor(a) principal: TAMAKI, Rianne Balbino
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI)
• Texto Completo: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2051

Os transtornos depressivos tendem a acometer cada vez mais pessoas em todo o mundo, e os idosos encontram-se entre os grupos vulneráveis a esta doença. Alguns fatores externos, como o ruído, podem contribuir para a ocorrência de sintomas de depressão. O ruído é um fator ambiental que pode contribuir para o estresse, o que consequentemente, pode levar a uma depressão. Objetiva-se analisar a associação entre incômodo pelo ruído com a prevalência de sintomas depressivos em idosos residentes do município de Itajubá, Minas Gerais. O estudo foi conduzido na cidade de Itajubá, localizada no Sul de Minas Gerais. Foram aplicados questionários semi-estruturados, além da Escala de Depressão Geriátrica abreviada de Yessavage (GDS-15) em pessoas com idade de 65 anos ou mais. Os questionários foram aplicados nas Estratégias de Saúde da Família. O processo de amostragem populacional para aplicação do questionário e obtenção de dados foi obtida pelo método da amostra aleatória simples. Os dados foram avaliados como o método de regressão logística múltipla no programa Epi Info versão 2010. A variável de desfecho foi o sintoma depressivo avaliado pela GDS. Dos 300 idosos participantes na pesquisa com média de idade de 74 anos, 35,3% (106) apresentaram sintomas de depressão, dos quais 64,2% eram do gênero feminino. A análise múltipla das variáveis explanatórias e da variável de desfecho (presença de sintomas depressivos: GDS) retornou como variáveis de alta significância para o desfecho, a idade, a presença de atividade extra, remunerada e o incômodo por diversos ruídos da vizinhança. Além disso, as probabilidades do idoso apresentar sintomas depressivos aumentam com a idade, em presença de incômodo por ruídos urbanos gerais em sua vizinhança, concomitante ao idoso não realizar uma atividade extra, remunerada. O ruído, expresso pelo incômodo provocado, contribui para perda da qualidade de vida dos idosos, provocando irritação, stress e consequentemente os sintomas depressivos. Verifica-se a importância em ampliar os horizontes das estratégias de saúde mental dos idosos, incluindo esta preocupação na investigação do que pode agravar a perda de qualidade de vida deste grupo etário. Palavras