Relação de Variáveis Atmosféricas com a qualidade do ar no Estado de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Tailine Corrêa dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI)
Texto Completo: https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/653
Resumo: A qualidade do ar é motivo de preocupação, principalmente, em grandes centros urbanos onde os altos níveis de poluição causam diversos impactos negativos à saúde da população e ao meio ambiente. Para a qualidade do ar, as condições atmosféricas são elementos de extrema importância, uma vez que influenciam diretamente na dispersão e no transporte de poluentes. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo identificar a relação de concentrações de material particulado inalável (MP₁₀) e ozônio (O₃) com variáveis atmosféricas no estado de São Paulo. Para isso, foram utilizados dados de cinco estações de monitoramento de qualidade do ar referentes aos anos de 2005 a 2014. A fim de se obter uma análise mais robusta das relações entre poluentes e variáveis atmosféricas, empregou-se a técnica de Análise de Componentes Principais (ACP). Por fim, foram computadas as composições das variáveis citadas considerando a data de ocorrência de violações de MP₁₀ e O₃ (acima de 50 μg/m³ para O₃ e de 100 μg/m³ para MP₁₀) e os dias abaixo desses limiares, a fim de identificar diferenças nas configurações espaciais das variáveis atmosféricas em casos de altas concentrações. Ao longo do ano, as maiores concentrações de O₃, em geral, ocorreram na primavera e para o MP₁₀, no inverno. Nas estações de monitoramento, as maiores concentrações de O₃ foram registradas no Ibirapuera, Pinheiros e Paulínia. Já para o MP₁₀, Cubatão se destaca em relação às demais. Os padrões atmosféricos nas estações de monitoramento diferem pouco, com verões apresentando as maiores temperaturas e percentuais de umidade relativa, e o inverno os menores valores de temperatura e de umidade, e com pouca variação do vento ao longo do ano. Na ACP, para o O₃ foram encontradas correlações positivas para temperatura e velocidade do vento, entre 0,4 e 0,6, e correlações negativas, entorno de 0,25, com a umidade. Já para o MP₁₀, menores correlações, negativa com a umidade e velocidade do vento, e praticamente nula com a temperatura. Por fim, pelas composições das variáveis atmosféricas obteve-se uma maior área de atuação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) sobre a região Sudeste do Brasil quando da ocorrência de altas concentrações de MP₁₀ e O₃. Com relação à temperatura do ar, essa mostra maiores valores para dias com violações de O₃, e pouca diferença para os campos com e sem violação de MP₁₀. Por fim, a velocidade do vento e umidade são menores em dias com altas concentrações de MP₁₀ e O₃.
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Para isso, foram utilizados dados de cinco estações de monitoramento de qualidade do ar referentes aos anos de 2005 a 2014. A fim de se obter uma análise mais robusta das relações entre poluentes e variáveis atmosféricas, empregou-se a técnica de Análise de Componentes Principais (ACP). Por fim, foram computadas as composições das variáveis citadas considerando a data de ocorrência de violações de MP₁₀ e O₃ (acima de 50 μg/m³ para O₃ e de 100 μg/m³ para MP₁₀) e os dias abaixo desses limiares, a fim de identificar diferenças nas configurações espaciais das variáveis atmosféricas em casos de altas concentrações. Ao longo do ano, as maiores concentrações de O₃, em geral, ocorreram na primavera e para o MP₁₀, no inverno. Nas estações de monitoramento, as maiores concentrações de O₃ foram registradas no Ibirapuera, Pinheiros e Paulínia. Já para o MP₁₀, Cubatão se destaca em relação às demais. Os padrões atmosféricos nas estações de monitoramento diferem pouco, com verões apresentando as maiores temperaturas e percentuais de umidade relativa, e o inverno os menores valores de temperatura e de umidade, e com pouca variação do vento ao longo do ano. Na ACP, para o O₃ foram encontradas correlações positivas para temperatura e velocidade do vento, entre 0,4 e 0,6, e correlações negativas, entorno de 0,25, com a umidade. Já para o MP₁₀, menores correlações, negativa com a umidade e velocidade do vento, e praticamente nula com a temperatura. Por fim, pelas composições das variáveis atmosféricas obteve-se uma maior área de atuação do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) sobre a região Sudeste do Brasil quando da ocorrência de altas concentrações de MP₁₀ e O₃. Com relação à temperatura do ar, essa mostra maiores valores para dias com violações de O₃, e pouca diferença para os campos com e sem violação de MP₁₀. 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