Indicadores ambientais e socioeconômicos como critério para análise de vazões mínimas residuais de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo: estudo de caso da PCH Inhapim - MG
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFEI (RIUNIFEI) |
Texto Completo: | https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3933 |
Resumo: | O estabelecimento da vazão residual a jusante de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo em operação constitui critério de análise para obtenção da outorga de direito de uso dos recursos hídricos, devendo ser considerado o relacionamento operacional junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS), conforme procedimentos estabelecidos pela Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n. 1.768, de 30 de novembro de 2012. Entretanto, em Minas Gerais, mais de 80% das centrais hidrelétricas em operação não possuem relacionamento operacional junto ao ONS, dentre estas, as que se enquadram na modalidade de adução de vazão por derivação de fluxo. O objetivo desse estudo consistiu em propor uma metodologia para avaliar, no contexto do procedimento administrativo de outorga de direito de uso de recursos hídricos, a vazão mínima residual no trecho de vazão reduzida (TVR) de centrais hidrelétricas, na modalidade de captação em derivação, que não possuem as condições operacionais aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ou pelo ONS, de modo a atender os quesitos da Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n. 1.768/2012. A metodologia do trabalho contemplou o levantamento da disponibilidade energética da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Inhapim, quando da adoção de percentuais de 30 e 50% das vazões de referência (Q7,10) no TVR desta, e na elaboração e utilização de indicadores ambientais e socioeconômicos que possuem correlação ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 da Agenda 2030 para comparação entre os cenários de vazões variáveis no TVR da PCH Inhapim frente ao parque gerador hidráulico de Minas Gerais e do Brasil. O cálculo da disponibilidade energética da PCH Inhapim compreendeu ainda a comparação entre a vazão adotada no Estudo de Regionalização de Vazão da Bacia do Rio Doce (ANA/IGAM, 2022), conforme determina a Portaria IGAM n. 32, de 06 de setembro de 2022, e a vazão obtida pelo método de regionalização de vazões por meio da seleção do modelo de regressão linear das vazões de referência dos postos fluviométricos da bacia do rio Caratinga. Os resultados da pesquisa apontam que o incremento da disponibilidade energética, em função da adoção de percentuais inferiores a 100% da vazão mínima de referência no TVR, permite potencializar expressivamente os impactos positivos causados pela implantação de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo para os reservatórios na modalidade de operação a fio d’água quando comparada à modalidade de operação por meio da regularização de vazões. Tal análise permitiu ainda a adoção de um modelo comparativo para auxiliar o processo de tomada de decisão para a seleção de arranjos tecnológicos que proporcionem o atendimento às metas do ODS 7 da Agenda 2030, quando não envolvidas restrições de vazões ecológicas para o TVR. |
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2023-08-082023-10-242023-11-01T19:08:39Z2023-11-01T19:08:39ZCARDOSO, Wesley Maia. Indicadores ambientais e socioeconômicos como critério para análise de vazões mínimas residuais de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo: estudo de caso da PCH Inhapim - MG. 2023. 90 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – PROFÁGUA), Instituto de Ciências Puras e Aplicadas, Universidade Federal de Itajubá, Campus de Itabira, Minas Gerais, 2023https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/3933O estabelecimento da vazão residual a jusante de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo em operação constitui critério de análise para obtenção da outorga de direito de uso dos recursos hídricos, devendo ser considerado o relacionamento operacional junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS), conforme procedimentos estabelecidos pela Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n. 1.768, de 30 de novembro de 2012. Entretanto, em Minas Gerais, mais de 80% das centrais hidrelétricas em operação não possuem relacionamento operacional junto ao ONS, dentre estas, as que se enquadram na modalidade de adução de vazão por derivação de fluxo. O objetivo desse estudo consistiu em propor uma metodologia para avaliar, no contexto do procedimento administrativo de outorga de direito de uso de recursos hídricos, a vazão mínima residual no trecho de vazão reduzida (TVR) de centrais hidrelétricas, na modalidade de captação em derivação, que não possuem as condições operacionais aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ou pelo ONS, de modo a atender os quesitos da Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n. 1.768/2012. A metodologia do trabalho contemplou o levantamento da disponibilidade energética da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Inhapim, quando da adoção de percentuais de 30 e 50% das vazões de referência (Q7,10) no TVR desta, e na elaboração e utilização de indicadores ambientais e socioeconômicos que possuem correlação ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 da Agenda 2030 para comparação entre os cenários de vazões variáveis no TVR da PCH Inhapim frente ao parque gerador hidráulico de Minas Gerais e do Brasil. O cálculo da disponibilidade energética da PCH Inhapim compreendeu ainda a comparação entre a vazão adotada no Estudo de Regionalização de Vazão da Bacia do Rio Doce (ANA/IGAM, 2022), conforme determina a Portaria IGAM n. 32, de 06 de setembro de 2022, e a vazão obtida pelo método de regionalização de vazões por meio da seleção do modelo de regressão linear das vazões de referência dos postos fluviométricos da bacia do rio Caratinga. Os resultados da pesquisa apontam que o incremento da disponibilidade energética, em função da adoção de percentuais inferiores a 100% da vazão mínima de referência no TVR, permite potencializar expressivamente os impactos positivos causados pela implantação de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo para os reservatórios na modalidade de operação a fio d’água quando comparada à modalidade de operação por meio da regularização de vazões. Tal análise permitiu ainda a adoção de um modelo comparativo para auxiliar o processo de tomada de decisão para a seleção de arranjos tecnológicos que proporcionem o atendimento às metas do ODS 7 da Agenda 2030, quando não envolvidas restrições de vazões ecológicas para o TVR.The establishment of the residual flow of flux derivation hydroelectric plants in operation constitutes an analysis to obtain the grant of the right to use water resources, and the operational relationship with the National System Operator (NSO) must be considered, according to procedures established by Joint Resolution SEMAD/IGAM n. 1,768, of November 30, 2012. However, in Minas Gerais, more than 80% of the hydroelectric power plants in operation do not have an operational relationship with the NSO, among these, those that fit the modality of adduction of flow by flux derivation. The objective of this study is to propose a methodology to evaluate, in the context of the administrative procedure for granting the right to use water resources, the minimum residual flow in the reduced flow stretch (RFS) of hydroelectric plants, in the form of abstraction in derivation, which does not have the operational conditions approved by the National Electric Energy Agency (NEEA) or by the NSO, in order to meet the requirements of Joint Resolution SEMAD/IGAM n. 1,768/2012. The methodology of the work contemplates the survey of the energy availability of the Small Hydroelectric Plant (SHP) Inhapim, when selected percentages of 30 and 50% of the reference flows (F7,10) in the RFS of this one, and in the elaboration and use of indicators environmental and socioeconomic that have correlation the Sustainable Development Goal (SDG) 7 of the 2030 Agenda to compare the scenarios of variable flows in the RFS of SHP Inhapim front of the hydraulic generator park of Minas Gerais and Brazil. The calculation of the energy availability of the SHP Inhapim also included the comparison between the flow adopted in the Study of Regionalization of Flow of the Rio Doce Basin (ANA/IGAM, 2022), as determined by Ordinance IGAM n. 32, of September 6, 2022, and the flow achieved by the method of regionalization of flows through the selection of the linear regression model of the reference flows of the fluviometric stations of the Caratinga river basin. The research results indicate that the increase in energy availability, due of the selection of percentages lower than 100% of the minimum reference flow in the RFS, allows potentializing expressively the positive impacts caused by the implantation of hydroelectric power plants of flux derivation for the reservoirs in the run-of-river mode of operation when compared to the mode of operation through flow regularization. This analysis also allowed the adoption of a comparative model to assist the decision-making process for the selection of technological arrangements that provide the fulfillment of the goals of SDG 7 of the 2030 Agenda, when not involving restrictions of ecological flows for the RFS.Agência 1porUniversidade Federal de ItajubáPPG - Programas de Pós Graduação - ItabiraUNIFEIBrasilPPG - Programas de Pós Graduação - ItabiraCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::RECURSOS HIDRICOS::PLANEJAMENTO INTEGRADO DOS RECURSOS HIDRICOSVazão residualResidual flowCentrais hidrelétricasHydroelectric plantsDerivação de fluxoFlux derivationOutorga de direito de usoGrant of right of usePCH InhapimSHP InhapimIndicadores ambientais e socioeconômicos como critério para análise de vazões mínimas residuais de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo: estudo de caso da PCH Inhapim - MGEnvironmental and socioeconomic indicators as a criterion for analysis of minimum residual flows of flux derivation hydroelectric plants: case study of PCH Inhapim - MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMAIA, James Lacerdahttp://lattes.cnpq.br/3286608040702817GONÇALVES, José Augusto Costahttp://lattes.cnpq.br/1406590880915046ALBERTIN, Liliane Lazzarihttp://lattes.cnpq.br/4876714716257728FREITAS, Ana Carolina Vasqueshttp://lattes.cnpq.br/4997501162611820http://lattes.cnpq.br/3380264396449520Cardoso, Wesley MaiaANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEMANETO BÁSICO. 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Indicadores ambientais e socioeconômicos como critério para análise de vazões mínimas residuais de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo: estudo de caso da PCH Inhapim - MG Cardoso, Wesley Maia CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::RECURSOS HIDRICOS::PLANEJAMENTO INTEGRADO DOS RECURSOS HIDRICOS Vazão residual Residual flow Centrais hidrelétricas Hydroelectric plants Derivação de fluxo Flux derivation Outorga de direito de uso Grant of right of use PCH Inhapim SHP Inhapim |
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O estabelecimento da vazão residual a jusante de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo em operação constitui critério de análise para obtenção da outorga de direito de uso dos recursos hídricos, devendo ser considerado o relacionamento operacional junto ao Operador Nacional do Sistema (ONS), conforme procedimentos estabelecidos pela Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n. 1.768, de 30 de novembro de 2012. Entretanto, em Minas Gerais, mais de 80% das centrais hidrelétricas em operação não possuem relacionamento operacional junto ao ONS, dentre estas, as que se enquadram na modalidade de adução de vazão por derivação de fluxo. O objetivo desse estudo consistiu em propor uma metodologia para avaliar, no contexto do procedimento administrativo de outorga de direito de uso de recursos hídricos, a vazão mínima residual no trecho de vazão reduzida (TVR) de centrais hidrelétricas, na modalidade de captação em derivação, que não possuem as condições operacionais aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) ou pelo ONS, de modo a atender os quesitos da Resolução Conjunta SEMAD/IGAM n. 1.768/2012. A metodologia do trabalho contemplou o levantamento da disponibilidade energética da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Inhapim, quando da adoção de percentuais de 30 e 50% das vazões de referência (Q7,10) no TVR desta, e na elaboração e utilização de indicadores ambientais e socioeconômicos que possuem correlação ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 da Agenda 2030 para comparação entre os cenários de vazões variáveis no TVR da PCH Inhapim frente ao parque gerador hidráulico de Minas Gerais e do Brasil. O cálculo da disponibilidade energética da PCH Inhapim compreendeu ainda a comparação entre a vazão adotada no Estudo de Regionalização de Vazão da Bacia do Rio Doce (ANA/IGAM, 2022), conforme determina a Portaria IGAM n. 32, de 06 de setembro de 2022, e a vazão obtida pelo método de regionalização de vazões por meio da seleção do modelo de regressão linear das vazões de referência dos postos fluviométricos da bacia do rio Caratinga. Os resultados da pesquisa apontam que o incremento da disponibilidade energética, em função da adoção de percentuais inferiores a 100% da vazão mínima de referência no TVR, permite potencializar expressivamente os impactos positivos causados pela implantação de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo para os reservatórios na modalidade de operação a fio d’água quando comparada à modalidade de operação por meio da regularização de vazões. Tal análise permitiu ainda a adoção de um modelo comparativo para auxiliar o processo de tomada de decisão para a seleção de arranjos tecnológicos que proporcionem o atendimento às metas do ODS 7 da Agenda 2030, quando não envolvidas restrições de vazões ecológicas para o TVR. |
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CARDOSO, Wesley Maia. Indicadores ambientais e socioeconômicos como critério para análise de vazões mínimas residuais de centrais hidrelétricas de derivação de fluxo: estudo de caso da PCH Inhapim - MG. 2023. 90 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – PROFÁGUA), Instituto de Ciências Puras e Aplicadas, Universidade Federal de Itajubá, Campus de Itabira, Minas Gerais, 2023 |
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ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEMANETO BÁSICO. Estudos de análise de consistência de dados fluviométricos de estações de monitoramento da ANA em operação nas bacias hidrográficas selecionadas – 2020. Disponível em: <https://biblioteca.ana.gov.br/sophia_web/Acervo/Detalhe/90394>. Acesso em: 02 mai. 2023. ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEMANETO BÁSICO. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2022: Informe Anual. Brasília: ANA, 2023. Disponível em: <https://www.snirh.gov.br/portal/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursos-hidricos>. Acesso em: 20 abr. 2023. ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEMANETO BÁSICO. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2021: Relatório Pleno. Brasília: ANA, 2022. Disponível em: <https://www.snirh.gov.br/portal/centrais-de-conteudos/conjuntura-dos-recursoshidricos/conjuntura_2021_pdf_final_revdirec.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2023. ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEMANETO BÁSICO. Manual de Estudos de Disponibilidade Hídrica para Aproveitamentos Hidrelétricos - 2009. Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2009/ManualdeEstudosdeDis ponibilidadeHidrica.pdf>. Acesso em: 27 abr. 2023. ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEMANETO BÁSICO. Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil. Brasília: ANA, 2019. Disponível em: <https://www.snirh.gov.br/portal/centrais-de-conteudos/central-de-publicacoes>. Acesso em: 22 abr. 2021. BRASIL. Lei Federal n. 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do artigo 21 da CF, e altera o artigo 1º. da Lei n. 8.001, de 13.03.1990, que modificou a Lei n. 7.990, de 28.12.1989. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9433.htm>. Acesso em: 01 mai. 2021. BRASIL. 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