Perfil epidemiológico da depressão: análise da prevalência de depressão em adultos no Brasil e sua associação com fatores sociodemográficos
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
Texto Completo: | http://lattes.cnpq.br/2439088576185316 https://orcid.org/0000-0001-8445-8913 https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7692 |
Resumo: | A depressão é um transtorno mental associado a uma multiplicidade de sintomas, com elementos centrais de humor triste e desânimo desproporcionalmente mais intensos e duradouros do que nas respostas normais. De acordo com a OMS, a depressão é considerada um grave problema de saúde pública, com crescentes números de casos e forte impacto nas atividades habituais dos pacientes. O presente estudo objetiva analisar o perfil da população adulta brasileira com autorrelato de diagnóstico médico de depressão segundo fatores sociodemográficos. A metodologia consiste em um estudo transversal a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), um inquérito de base populacional realizado em 2019, com amostra de 108.525 domicílios. Foram extraídas informações, para o estudo, referentes a prevalência do autorrelato de diagnóstico médico prévio de depressão, associando com o uso de medicamentos nas duas últimas semanas anteriores a pesquisa, utilização de psicoterapia e grau intenso ou muito intenso de limitação das atividades habituais devido a depressão, estratificando esses dados por sexo, faixa etária, escolaridade, raça/cor da pele, rendimento, ocupação e pelas regiões brasileiras. No estudo, observa-se prevalência nacional de 10,2% de diagnóstico de depressão, sendo maior em mulheres (14,7%), com faixa etária entre 60 a 64 anos (13,2%), cor de pele branca (12,5%), assim como quando está fora do mercado de trabalho (13,5%) ou desocupado (10,0%). Relacionado ao uso de medicamentos para depressão, a prevalência apresentou-se maior em mulheres (49,3%), em maiores faixas etárias, predomínio da região Sul (51,9%) e Sudeste (50,1%) e nas pessoas com maior rendimento. A utilização da psicoterapia foi mais evidente em homens (20,0%) e em jovens, principalmente, de 18 a 29 anos (29,7%), maior de acordo com o nível de escolaridade e maior rendimento, concentrando-se nas regiões Sudeste (21,2%) e Nordeste (19,6%). Sobre o grau de limitação, evidenciou-se maiores indicies nas populações mais jovens, de nível de escolaridade menor e nas que possuem menores rendimentos, além das desocupadas momentaneamente (20,8%) ou fora da força de trabalho (15,3%). Constatou-se diferenças em outros estudos, já que nesse trabalho observou-se aspectos relacionadas ao perfil do paciente com depressão, principalmente sobre sexo predominante e o rendimento mais comum, com prevalência aumentada da depressão em pessoas do sexo feminino e com maior salário, mas, as bibliografias também revelaram aspectos semelhantes, na distribuição por faixa etária nos pacientes que fazem uso de psicoterapia e nos que referem alta limitação pela doença, evidenciando que o gradiente socioeconômico exerce um papel determinante nas barreiras no acesso ao serviço de saúde multidisciplinar, assim como em outras variáveis. Por fim, o presente estudo reforça ainda mais a necessidade desenvolver inquéritos populacionais regulares, periódicos e representativos, que espelham a realidade de saúde do país. |
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