Comportamento higiênico como resposta ao ácaro varroa destructor em abelhas africanizadas (apis mellifera) no semiárido brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFERSA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/6746 |
Resumo: | A sanidade das abelhas é uma temática discutida mundialmente, por ser um ponto crítico na cadeia produtiva e de fundamental importância para a manutenção das colônias e da produção apícola. O ácaro Varroa destructor é considerado como uma das pragas apícolas mais letais da atualidade e mecanismos alternativos para o controle desse parasita sem uso de tratamentos químicos têm sido estudados. Mesmo presente em todos os estados do Brasil, o V. destructor não tem causado os mesmos efeitos maléficos como vistos em outros países em decorrência da tolerância da abelha africanizada, do ciclo de vida das abelhas, do comportamento higiênico sensível ao ácaro, do grooming, clima entre outros fatores. O comportamento higiênico é considerado como um dos principais mecanismos de defesa para o controle populacional do V. destructor, e a seleção de colônias higiênicas tem sido feita buscando esse objetivo. Com isso, no presente trabalho buscou-se avaliar o comportamento higiênico como resposta a esse parasita em abelhas africanizadas no semiárido brasileiro e, para isso, subdividimos o trabalho em 4 etapas, aqui chamado de capítulos. No capítulo 1 foi feito um referencial teórico sobre a temática, no capítulo 2 foi realizado um estudo comparativo de dois métodos de avaliação do comportamento higiênico, o método de congelamento de crias no congelador (MC) e o método de perfuração (MP) de crias com alfinete entomológico, para medir a eficiência desses métodos na capacidade de remoção de crias mortas artificialmente pelas abelhas, em 24 e 48 horas após a aplicação dos mesmos e a partir desses resultados adotar o melhor método nos outros experimentos. Foi usado um delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições, 17 colônias e 2 tratamentos. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre outubro e dezembro de 2019. No capítulo 3 foi avaliado o comportamento higiênico sensível ao V. destructor (CHSV) em diferentes níveis fenotípicos do comportamento higiênico geral em abelhas africanizadas (A. mellifera) e sua relação com a taxa de infestação em abelhas adultas e em crias, além disso, a taxa de infestação foi correlacionada com a área de cria operculada. Foram formados três grupos quanto a expressão do comportamento higiênico: baixo (CH<60%), intermediário (60≤CH<80%) e alto (CH≥80%). Em cada grupo foi avaliado o CHSV, a taxa de infestação em crias e em abelhas adultas. A área de cria operculada e as variáveis climáticas foram coletados. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre junho a novembro de 2020. No capítulo 4 foi avaliado a taxa de infestação do V. destructor em abelhas adultas no período de janeiro a dezembro de 2020, em colônias higiênicas e não higiênicas. Mensalmente foram coletadas aproximadamente 300 abelhas adultas de cada uma das 37 colônias e também foram coletados dados climáticos mensais para avaliar sua influência na curva de infestação. Não houve diferença estatística entre os métodos, ambos foram eficientes na avaliação do comportamento higiênico tanto em 24 horas (MC e MP= 66±14) quanto em 48 horas (MC= 91±9 e MP= 89±11). O método de congelamento apresentou uma maior taxa de células operculadas (MC=33; MP=18) e pontuadas (MC=29,5; MP=21,5) e uma menor taxa de crias parcialmente removidas (MC=21; MP=30). Na análise de correlação de Spearman não foram encontrados correlação significativa entre CH e CHSV (rs = 0,0361, p = 0,7089). Semelhantemente, não houve correlação significativa entre o CH e a taxa de infestação do V. destructor tanto em abelhas adultas (rs= 0,0203, p = 0,8344) quanto em crias (rs= - 0,0126, p = 0,8967). Houve correlação positiva entre a infestação de ácaros em abelhas adultas e a infestação de ácaros em crias (rs= 0,7027, p< 0,0001), entretanto, não houve correlação do CHSV com a infestação em abelhas adultas (rs = 0,0873, p = 0,3668) e crias (rs = 0,0174, p = 0,8577). Encontramos uma correlação negativa entre a área de cria e a infestação de ácaros em abelhas adultas (rs = -0,5298, p< 0,0001), bem como entre a infestação de ácaros em crias (rs = -0,6427, p< 0,0001). Houve correlação positiva entre a temperatura do ar e infestação de ácaros em abelhas adultas (rs =0,3867, p< 0,0001) e crias (rs = 0,8071, p< 0,0001). Houve correlação negativa entre a umidade relativa do ar e a infestação em abelhas adultas (rs = - 0,5041, p< 0,0001) e crias (rs = - 0,7324, p = 0,0300), semelhantemente, houve correlação negativa da precipitação pluviométrica com a infestação em abehas adultas (rs = - 0,1720, p = 0,0139) e crias (rs = - 0,3312, p = 0,0004). A média de infestação mensal pode ser considerada baixa, tendo em vista que se manteve abaixo de 10%, com exceção de novembro que chegou a 12,19%±6,45, entretanto, houve variação na infestação entre colônias, chegando a 42%. Não houve diferença estatística na taxa de infestação entre os grupos fenotípicos (P>0,05). Observou-se que a infestação do ácaro associado com as variáveis climáticas influenciou na enxameação de 32% das colônias (TºC= 0,3522; UR= -0,40398; PPmm= -0,3981). O comportamento higiênico pode ser avaliado pelos dois métodos em 24 horas, sem necessidade de avaliar nas 48 horas, porém, considerando praticidade e acessibilidade, o método de perfuração é mais viável, podendo ser facilmente aplicado tanto no campo quanto em laboratório. O comportamento higiênico sensível à V. destructor não diferiu entre os 3 grupos fenotipicos. A taxa de infestação foi diretamente influenciada pela área de cria. E a infestação do ácaro aliado as condições ambientais na entressafra favoreceram na enxameação das colônias nos meses mais críticos. Não houve correlação significativa entre o comportamento higiênico e a infestação mensal desse parasita, mostrando que a tolerância das abelhas africanizadas é resultante de vários fatores e não apenas do comportamento higiênico. Mesmo assim, os resultados encontrados reforçam a linha de pensamento de que no Brasil não há a necessidade de aplicação de acaricidas para controle do V. destructor |
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Mesmo presente em todos os estados do Brasil, o V. destructor não tem causado os mesmos efeitos maléficos como vistos em outros países em decorrência da tolerância da abelha africanizada, do ciclo de vida das abelhas, do comportamento higiênico sensível ao ácaro, do grooming, clima entre outros fatores. O comportamento higiênico é considerado como um dos principais mecanismos de defesa para o controle populacional do V. destructor, e a seleção de colônias higiênicas tem sido feita buscando esse objetivo. Com isso, no presente trabalho buscou-se avaliar o comportamento higiênico como resposta a esse parasita em abelhas africanizadas no semiárido brasileiro e, para isso, subdividimos o trabalho em 4 etapas, aqui chamado de capítulos. No capítulo 1 foi feito um referencial teórico sobre a temática, no capítulo 2 foi realizado um estudo comparativo de dois métodos de avaliação do comportamento higiênico, o método de congelamento de crias no congelador (MC) e o método de perfuração (MP) de crias com alfinete entomológico, para medir a eficiência desses métodos na capacidade de remoção de crias mortas artificialmente pelas abelhas, em 24 e 48 horas após a aplicação dos mesmos e a partir desses resultados adotar o melhor método nos outros experimentos. Foi usado um delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições, 17 colônias e 2 tratamentos. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre outubro e dezembro de 2019. No capítulo 3 foi avaliado o comportamento higiênico sensível ao V. destructor (CHSV) em diferentes níveis fenotípicos do comportamento higiênico geral em abelhas africanizadas (A. mellifera) e sua relação com a taxa de infestação em abelhas adultas e em crias, além disso, a taxa de infestação foi correlacionada com a área de cria operculada. Foram formados três grupos quanto a expressão do comportamento higiênico: baixo (CH<60%), intermediário (60≤CH<80%) e alto (CH≥80%). Em cada grupo foi avaliado o CHSV, a taxa de infestação em crias e em abelhas adultas. A área de cria operculada e as variáveis climáticas foram coletados. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre junho a novembro de 2020. No capítulo 4 foi avaliado a taxa de infestação do V. destructor em abelhas adultas no período de janeiro a dezembro de 2020, em colônias higiênicas e não higiênicas. Mensalmente foram coletadas aproximadamente 300 abelhas adultas de cada uma das 37 colônias e também foram coletados dados climáticos mensais para avaliar sua influência na curva de infestação. Não houve diferença estatística entre os métodos, ambos foram eficientes na avaliação do comportamento higiênico tanto em 24 horas (MC e MP= 66±14) quanto em 48 horas (MC= 91±9 e MP= 89±11). O método de congelamento apresentou uma maior taxa de células operculadas (MC=33; MP=18) e pontuadas (MC=29,5; MP=21,5) e uma menor taxa de crias parcialmente removidas (MC=21; MP=30). Na análise de correlação de Spearman não foram encontrados correlação significativa entre CH e CHSV (rs = 0,0361, p = 0,7089). Semelhantemente, não houve correlação significativa entre o CH e a taxa de infestação do V. destructor tanto em abelhas adultas (rs= 0,0203, p = 0,8344) quanto em crias (rs= - 0,0126, p = 0,8967). 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A média de infestação mensal pode ser considerada baixa, tendo em vista que se manteve abaixo de 10%, com exceção de novembro que chegou a 12,19%±6,45, entretanto, houve variação na infestação entre colônias, chegando a 42%. Não houve diferença estatística na taxa de infestação entre os grupos fenotípicos (P>0,05). Observou-se que a infestação do ácaro associado com as variáveis climáticas influenciou na enxameação de 32% das colônias (TºC= 0,3522; UR= -0,40398; PPmm= -0,3981). O comportamento higiênico pode ser avaliado pelos dois métodos em 24 horas, sem necessidade de avaliar nas 48 horas, porém, considerando praticidade e acessibilidade, o método de perfuração é mais viável, podendo ser facilmente aplicado tanto no campo quanto em laboratório. O comportamento higiênico sensível à V. destructor não diferiu entre os 3 grupos fenotipicos. A taxa de infestação foi diretamente influenciada pela área de cria. E a infestação do ácaro aliado as condições ambientais na entressafra favoreceram na enxameação das colônias nos meses mais críticos. Não houve correlação significativa entre o comportamento higiênico e a infestação mensal desse parasita, mostrando que a tolerância das abelhas africanizadas é resultante de vários fatores e não apenas do comportamento higiênico. Mesmo assim, os resultados encontrados reforçam a linha de pensamento de que no Brasil não há a necessidade de aplicação de acaricidas para controle do V. destructorThe health of bees is a topic discussed worldwide, as it is a critical point in the production chain and of fundamental importance for the maintenance of colonies and beekeeping production. The Varroa destructor mite is considered one of the most lethal pests of the bees today and alternative mechanisms for controlling this parasite, without the use of chemical treatments have been studied. Even present in all Brazilian states, V. destructor has not caused the same harmful effects as seen in other countries due to the tolerance of the Africanized bee, the life cycle of the bees, the hygienic behavior sensitive to the mite, the grooming, climate among other factors. Hygienic behavior is considered one of the main defense mechanisms for population control of V. destructor, and the selection of hygienic colonies has been carried out with this objective in mind. With that, in the present work we tried to evaluate the hygienic behavior as a response to this parasite in Africanized bees in the Brazilian semiarid region and, for that, we subdivided the work in 4 stages, here called chapters. In chapter 1 a theoretical fundamentation on the subject was made, in chapter 2 a comparative study of two methods to evaluation of hygienic behavior was carried out, the method of freezing in brood the freezer (FM) and the pin-killing brood method (PM) of the brood with a entomological pin, in order to measure the efficiency of these methods in the ability to remove the brood artificially killed by bees, in 24 and 48 hours after applying them, and based on these results, adopt the best method in the other experiments. A completely randomized design was used, with 4 replications, 17 colonies and 2 treatments. Data collection for this experiment took place between October and December 2019. In chapter 3, the hygienic behavior sensitive to V. destructor (VSH) was evaluated at different phenotypic levels of the general hygienic behavior in Africanized bees (A. mellifera) and its relationship with the rate of infestation in adult bees and brood, moreover, the rate of infestation was correlated with the area of brood operculated. Three groups were formed regarding the expression of hygienic behavior: low (HB<60%), intermediate (60≤HB<80%) and high (HB≥80%). In each group, the VSH, the rate of infestation in broo and in adult bees were evaluated. The capped brood area and climatic variables were collected. Data collection for this experiment took place between June and November 2020. In chapter 4, the infestation rate of V. destructor in adult bees was evaluated from January to December 2020, in hygienic and non-hygienic colonies. Approximately 300 adult bees were collected monthly from each of the 37 colonies and monthly climatic data were also collected to assess its influence on the infestation curve. There was no statistical difference between the methods, both were efficient in the assessment of hygienic behavior both in 24 hours (FM and PM = 66±14) and in 48 hours (FM = 91±9 and PM = 89±11). The freezing method showed a higher rate of capped (FM=33; PM=18) and scored (FM=29.5; PM=21.5) cells and a lower rate of partially removed offspring (FM=21; PM= 30). In Spearman's correlation analysis, no significant correlation was found between HB and VSH (rs = 0.0361, p = 0.7089). Similarly, there was no significant correlation between HB and V. destructor infestation rate both in adult bees (rs = 0.0203, p = 0.8344) and in offspring (rs = - 0.0126, p = 0, 8967). There was a positive correlation between mite infestation in adult bees and mite infestation in offspring (rs = 0.7027, p < 0.0001), however, there was no correlation between VSH and infestation in adult bees (rs = 0, 0873, p = 0.3668) and offspring (rs = 0.0174, p = 0.8577). The results of the analysis showed a negative correlation between brood area and mite infestation in adult bees (rs = -0.5298, p< 0.0001), as well as between mite infestation in brood (rs = -0,6427, P<0.0001). There was a positive correlation between air temperature and mite infestation in adult bees (rs =0.3867, p < 0.0001) and offspring (rs = 0.8071, p < 0.0001). There was a negative correlation between air relative humidity and infestation in adult bees (rs = - 0.5041, p < 0.0001) and offspring (rs = - 0.7324, p = 0.0300), similarly, there was a correlation negative rainfall with infestation in adult bees (rs = - 0.1720, p = 0.0139) and offspring (rs = - 0.3312, p = 0.0004). The average monthly infestation can be considered low, considering that it remained below 10%, with the exception of November, which reached 12.19% ± 6.45, however, there was variation in the infestation between colonies, reaching 42%. There was no statistical difference in the infestation rate between the phenotypic groups (P>0.05). It was observed that the mite infestation associated with the climatic variables influenced the swarming of 32% of the colonies (TºC= 0.3522; UR= -0.40398; PPmm= -0.3981). Hygienic behavior can be assessed by both methods in 24 hours, without the need to assess within 48 hours, however, considering practicality and accessibility, the drilling method is more viable and can be easily applied both in the field and in the laboratory. The hygienic behavior sensitive to V. destructor did not differ between the 3 phenotypic groups. The infestation rate was directly influenced by the brood area. And the mite infestation combined with environmental conditions in the off-season favored colony swarming in the most critical months. There was no significant correlation between the hygienic behavior and the monthly infestation of this parasite, showing that the tolerance of Africanized bees is the result of several factors and not just the hygienic behavior. Even so, the results found reinforce the line of thought that in Brazil there is no need to apply acaricides to control V. destructorCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal Rural do Semi-ÁridoPrograma de Pós-Graduação em Produção AnimalUFERSABrasilCentro de Ciências Agrárias - CCASILVA, Leandro Alves da. Comportamento higiênico como resposta ao ácaro varroa destructor em abelhas africanizadas (apis mellifera) no semiárido brasileiro. 2021. 138 f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal), Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2021.Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIAAcaricidasCCDSanidade das abelhasVarroatoseVSHAcaricidesCCDHealth of the beesVarroatosisVSHComportamento higiênico como resposta ao ácaro varroa destructor em abelhas africanizadas (apis mellifera) no semiárido brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFERSAinstname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)instacron:UFERSATEXTLeandroAS_DISSERT.pdf.txtLeandroAS_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain278212https://repositorio.ufersa.edu.br//bitstream/prefix/6746/3/LeandroAS_DISSERT.pdf.txt1cd260326f0fc2b5cd557b1892509139MD53THUMBNAILLeandroAS_DISSERT.pdf.jpgLeandroAS_DISSERT.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1277https://repositorio.ufersa.edu.br//bitstream/prefix/6746/4/LeandroAS_DISSERT.pdf.jpg0d1b936a1bab6d0ae5bb1be78383aeadMD54ORIGINALLeandroAS_DISSERT.pdfLeandroAS_DISSERT.pdfapplication/pdf3568612https://repositorio.ufersa.edu.br//bitstream/prefix/6746/1/LeandroAS_DISSERT.pdfd089164ee7b5252ca729badd804f3bbbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufersa.edu.br//bitstream/prefix/6746/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52prefix/67462022-05-27 14:35:03.573oai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/6746Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://repositorio.ufersa.edu.br/PUBhttp://bdtd.ufersa.edu.br/oai/requestdirecaosisbi@ufersa.edu.br|| direcaosisbi@ufersa.edu.bropendoar:2022-05-27T17:35:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)false |
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Comportamento higiênico como resposta ao ácaro varroa destructor em abelhas africanizadas (apis mellifera) no semiárido brasileiro Silva, Leandro Alves da CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA Acaricidas CCD Sanidade das abelhas Varroatose VSH Acaricides CCD Health of the bees Varroatosis VSH |
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Com isso, no presente trabalho buscou-se avaliar o comportamento higiênico como resposta a esse parasita em abelhas africanizadas no semiárido brasileiro e, para isso, subdividimos o trabalho em 4 etapas, aqui chamado de capítulos. No capítulo 1 foi feito um referencial teórico sobre a temática, no capítulo 2 foi realizado um estudo comparativo de dois métodos de avaliação do comportamento higiênico, o método de congelamento de crias no congelador (MC) e o método de perfuração (MP) de crias com alfinete entomológico, para medir a eficiência desses métodos na capacidade de remoção de crias mortas artificialmente pelas abelhas, em 24 e 48 horas após a aplicação dos mesmos e a partir desses resultados adotar o melhor método nos outros experimentos. Foi usado um delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições, 17 colônias e 2 tratamentos. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre outubro e dezembro de 2019. No capítulo 3 foi avaliado o comportamento higiênico sensível ao V. destructor (CHSV) em diferentes níveis fenotípicos do comportamento higiênico geral em abelhas africanizadas (A. mellifera) e sua relação com a taxa de infestação em abelhas adultas e em crias, além disso, a taxa de infestação foi correlacionada com a área de cria operculada. Foram formados três grupos quanto a expressão do comportamento higiênico: baixo (CH<60%), intermediário (60≤CH<80%) e alto (CH≥80%). Em cada grupo foi avaliado o CHSV, a taxa de infestação em crias e em abelhas adultas. A área de cria operculada e as variáveis climáticas foram coletados. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre junho a novembro de 2020. No capítulo 4 foi avaliado a taxa de infestação do V. destructor em abelhas adultas no período de janeiro a dezembro de 2020, em colônias higiênicas e não higiênicas. Mensalmente foram coletadas aproximadamente 300 abelhas adultas de cada uma das 37 colônias e também foram coletados dados climáticos mensais para avaliar sua influência na curva de infestação. Não houve diferença estatística entre os métodos, ambos foram eficientes na avaliação do comportamento higiênico tanto em 24 horas (MC e MP= 66±14) quanto em 48 horas (MC= 91±9 e MP= 89±11). O método de congelamento apresentou uma maior taxa de células operculadas (MC=33; MP=18) e pontuadas (MC=29,5; MP=21,5) e uma menor taxa de crias parcialmente removidas (MC=21; MP=30). Na análise de correlação de Spearman não foram encontrados correlação significativa entre CH e CHSV (rs = 0,0361, p = 0,7089). Semelhantemente, não houve correlação significativa entre o CH e a taxa de infestação do V. destructor tanto em abelhas adultas (rs= 0,0203, p = 0,8344) quanto em crias (rs= - 0,0126, p = 0,8967). Houve correlação positiva entre a infestação de ácaros em abelhas adultas e a infestação de ácaros em crias (rs= 0,7027, p< 0,0001), entretanto, não houve correlação do CHSV com a infestação em abelhas adultas (rs = 0,0873, p = 0,3668) e crias (rs = 0,0174, p = 0,8577). Encontramos uma correlação negativa entre a área de cria e a infestação de ácaros em abelhas adultas (rs = -0,5298, p< 0,0001), bem como entre a infestação de ácaros em crias (rs = -0,6427, p< 0,0001). Houve correlação positiva entre a temperatura do ar e infestação de ácaros em abelhas adultas (rs =0,3867, p< 0,0001) e crias (rs = 0,8071, p< 0,0001). Houve correlação negativa entre a umidade relativa do ar e a infestação em abelhas adultas (rs = - 0,5041, p< 0,0001) e crias (rs = - 0,7324, p = 0,0300), semelhantemente, houve correlação negativa da precipitação pluviométrica com a infestação em abehas adultas (rs = - 0,1720, p = 0,0139) e crias (rs = - 0,3312, p = 0,0004). A média de infestação mensal pode ser considerada baixa, tendo em vista que se manteve abaixo de 10%, com exceção de novembro que chegou a 12,19%±6,45, entretanto, houve variação na infestação entre colônias, chegando a 42%. Não houve diferença estatística na taxa de infestação entre os grupos fenotípicos (P>0,05). Observou-se que a infestação do ácaro associado com as variáveis climáticas influenciou na enxameação de 32% das colônias (TºC= 0,3522; UR= -0,40398; PPmm= -0,3981). O comportamento higiênico pode ser avaliado pelos dois métodos em 24 horas, sem necessidade de avaliar nas 48 horas, porém, considerando praticidade e acessibilidade, o método de perfuração é mais viável, podendo ser facilmente aplicado tanto no campo quanto em laboratório. O comportamento higiênico sensível à V. destructor não diferiu entre os 3 grupos fenotipicos. A taxa de infestação foi diretamente influenciada pela área de cria. E a infestação do ácaro aliado as condições ambientais na entressafra favoreceram na enxameação das colônias nos meses mais críticos. Não houve correlação significativa entre o comportamento higiênico e a infestação mensal desse parasita, mostrando que a tolerância das abelhas africanizadas é resultante de vários fatores e não apenas do comportamento higiênico. Mesmo assim, os resultados encontrados reforçam a linha de pensamento de que no Brasil não há a necessidade de aplicação de acaricidas para controle do V. destructor |
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SILVA, Leandro Alves da. Comportamento higiênico como resposta ao ácaro varroa destructor em abelhas africanizadas (apis mellifera) no semiárido brasileiro. 2021. 138 f. Dissertação (Mestrado em Produção Animal), Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, 2021. |
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