Coinfecção por vírus da imunodeficiência felina (FIV) e vírus da leucemia felina (FeLV) em gato doméstico (felis catus): relato de caso

• Autor(a) principal: Araújo, Sandy Beatriz Silva de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8289
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA; Retroviroses; Imunossupressão; Infecção bacteriana; Insuficiência renal crônica

O estágio supervisionado obrigatório (ESO) é um período importante de aprendizado, de modo a contribuir para a formação generalista, humanista, crítica e reflexiva dos alunos. O ESO foi realizado no Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia (HOVET), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), localizada na cidade de Mossoró, RN. O objetivo deste trabalho foi descrever a casuísta do período de estágio e relatar um caso de felino doméstico coinfectado por FIV e FeLV. Acompanhou-se um total de 84 casos clínicos no Setor de Clínica Médica de Pequenos Animais. Foi atendido na rotina clínica do HOVET um felino adulto, macho, sem padrão racial definido. O animal demonstrava sinais clínicos inespecíficos. Nas análises hematológicas e bioquímicas, foram observados anemia microcítica hipocrômica, leucocitose com neutrofilia pelo aumento de segmentados e níveis séricos de ureia e creatinina aumentados. O teste rápido de FIV e FeLV resultou em positividade para ambos os vírus. Apesar de receber tratamento sintomático e de suporte, o animal veio a óbito. À necropsia, foi observada nefrite intersticial crônica com pielonefrite. A análise histopatológica revelou glomerulonefrite membranosa e pneumonia tromboembólica supurativa associadas a miríades bacterianas. As alterações clinicopatológicas foram relacionadas à infecção por FIV, FeLV e agentes bacterianos oportunistas. A coinfecção por FIV e FeLV pode agravar os sinais clínicos e acelerar o comprometimento sistêmico dos animais acometidos. Tendo em vista a sintomatologia muitas vezes inespecífica, torna-se evidente a necessidade do diagnóstico precoce para a melhora do prognóstico do animal e implementação de medidas de controle adequadas.