Levantamento das hemoparasitoses em cães atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal Rural do Semiárido no período de 2017-2019

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alencar, Camila Maia de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/9570
Resumo: Hemoparasitoses são doenças causadas por parasitas intracelulares, que destroem as células sanguíneas, sendo uma das principais causas de mortalidade e morbidade de cães. São encontradas em todo o Brasil e apresentam relevância para a clínica médica veterinária e para a saúde pública, pois algumas têm caráter zoonótico. Dentre os principais hemoparasitas encontrados em cães está o Hepatozoon sp., causando a Hepatozoonose; a Ehrlichia canis, que causa a Erliquiose Monocítica Canina (EMC); a Babesia sp., causadora da Babesiose, ambas transmitidas pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus; e também a Leishmania chagasi, responsável pela Leishmaniose Visceral Canina (LVC), sendo transmitida pelo mosquito fêmea Lutzomyia longipalpis. Devido a sua extrema importância, foi realizado um levantamento das principais hemoparasitoses de cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), diagnosticadas através de observação direta no microscópio, nos anos de 2017 a 2019. Foram analisadas 7.550 fichas equivalentes aos 3 anos estudados. No ano de 2017, 14,1% dos hemogramas foram positivos para pelo menos um dos agentes estudados, sendo 5,76% Hepatozoon sp.; 0,89% Babesia sp.; 2,61% E. canis; 3,53% L. chagasi e 1,30% coinfecções. No ano de 2018, foi encontrado 12,9% de animais positivos, sendo 5,34% Hepatozoon sp.; 0,25% Babesia sp.; 1,38% E. canis; 4,7% L. chagasi e 1,25% coinfecção. No ano de 2019, 10,5% dos hemogramas foram positivos, tendo sido 5,32% Hepatozoon sp.; 0,2% Babesia sp.; 1,24% E. canis, 3,46% L. chagasi e 0,35% coinfecção. Hepatozoon sp. foi o hemoparasita mais encontrado em todos os anos estudados, seguido de L. chagasi. Babesia sp. foi o menos encontrado. A coinfecção mais encontrada foi Hepatozoon e Ehrlichia (1,07%), não tendo sido encontrada nenhuma coinfecção por Babesia e Leishmania. O ano com maior número de hemogramas foi o de 2017, sendo também o de maior número de positivos para as doenças estudadas, exceto para Leishmaniose, que foi maior em 2018. O número de positivos foi maior para o sexo feminino (53%) em relação ao masculino (47%), sendo também maior para cada doença individualmente, exceto Leishmaniose, tendo quase o mesmo valor para cada sexo, sendo no masculino um pouco maior. Em relação à faixa etária, o maior número ficou com os adultos (53%) em relação aos filhotes (27%) e idosos (17%); sendo maior para quase todas as doenças, exceto a Babesiose, que foi mais identificada nos filhotes. As análises hematológicas foram semelhantes para todos. Concluindo-se que o hemograma não pode ser utilizado como diagnóstico diferencial, mas é de grande importância para avaliar o estado em que o animal se encontra.
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