Root pathogens in Cucurbits: species diversity, pathogenicity and chemical control

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Cynthia Patricia de Sousa Santos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
Texto Completo: http://lattes.cnpq.br/8366676949063957
http://lattes.cnpq.br/7211756195309109
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11943
Resumo: Os gêneros Macrophomina e Lasiodiplodia estão associados à podridão de raízes e declínio de ramas em plantios de cucurbitáceas na região semiárida do Nordeste brasileiro, provocando perdas econômicas. Pouco se conhece sobre a diversidade, patogenicidade e manejo das espécies fúngicas presentes nessas áreas de produção. Para abordar essas questões, foram realizados três estudos, com o objetivo de identificar a diversidade genética e patogenicidade de fungos estabelecidos em áreas produtoras de melancia para exportação e estudar o efeito de diferentes ingredientes ativos e doses no crescimento micelial in vitro e in vivo de Macrophomina. spp. em meloeiro. No primeiro estudo foram coletadas 30 plantas de melancieira sintomáticas em cada um dos 16 campos comerciais de produção de melancia avaliados, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. De cada planta coletada, foram isoladas amostras da parte radicular para isolamento fúngico e posterior identificação em nível de gênero. Um total de 156 isolados foi identificado molecularmente por meio de extração de DNA e amplificação por reação em cadeia da polimerase, utilizando primers específicos (MpTefF e MpTefR para M. phaseolina, MsTefF e MsTefR para M. pseudophaseolina, e MeTefF e MeTefR para M. euphorbiicola). A fim de confirmar a patogenicidade, foram selecionados aleatoriamente 50 isolados de M. phaseolina e 50 de M. pseudophaseolina. A incidência e severidade da doença, o comprimento aéreo e radicular e o peso seco de todas as plantas do ensaio foram avaliados. Foram observados e confirmados como patogênicos para melancieira todos os isolados de Macrophomina testados, sendo que M. phaseolina apresentou maior incidência (97%) e severidade (3,21) da doença em relação à M. pseudophaseolina (70% e 1,15, respectivamente). Este foi o primeiro relato patogênico de M. pseudophaseolina à melancieira no mundo. Melancieiras infectadas com M. phaseolina corresponderam a um maior comprimento aéreo (74,89 cm) e radicular (17,96 cm), e menor peso seco (2,12 g) em comparação à M. pseudophaseolina (66,61 cm, 17,42 cm e 2,22 g, respectivamente). O segundo estudo avaliou o efeito in vitro e in vivo de boscalida, carbendazim, ciprodinil, fluazinam e fludioxonil em cinco doses (0,01; 0,10; 1; 10; e 100 mg/L i.a.) no crescimento micelial diário, na porcentagem de inibição e na concentração efetiva para reduzir 50% do crescimento micelial de nove isolados de Macrophomina (M. phaseolina: CMM1556, CMM4748 e CMM4764; M. pseudophaseolina: CMM2163, CMM4815 e CMM4767; e M. euphorbiicola: CMM2158, CMM4868 e CMM4867). Os resultados dos testes in vitro mostraram que o fluazinam e o fludioxonil foram altamente tóxicos (CE50 = 0,03 mg/L i.a.) à Macrophomina. Nos testes in vivo, o fluazinam foi capaz de reduzir os danos da patogenicidade de M. phaseolina e M. pseudophaseolina no meloeiro, em pelo menos 21,43%. No entanto, os isolados de M. euphorbiicola provocaram menor incidência (28,57%) e severidade (0,29) da doença em plantas tratadas com fludioxonil. O terceiro estudo relatou pela primeira vez no Brasil e no mundo a ocorrência de Lasiodiplodia brasiliensis em melancia. Testes de patogenicidade confirmaram que os isolados causaram sintomas característicos de podridão de raízes e declínio em melancieira
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spelling Root pathogens in Cucurbits: species diversity, pathogenicity and chemical controlPatógenos radiculares em Cucurbitáceas: diversidade de espécies, patogenicidade e controle químicoCIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOTECNIAMacrophomina sppLasiodiplodia sppCucumis meloCitrullus lanatusfungicidasMacrophomina sppLasiodiplodia sppCucumis meloCitrullus lanatusfungicidesOs gêneros Macrophomina e Lasiodiplodia estão associados à podridão de raízes e declínio de ramas em plantios de cucurbitáceas na região semiárida do Nordeste brasileiro, provocando perdas econômicas. Pouco se conhece sobre a diversidade, patogenicidade e manejo das espécies fúngicas presentes nessas áreas de produção. Para abordar essas questões, foram realizados três estudos, com o objetivo de identificar a diversidade genética e patogenicidade de fungos estabelecidos em áreas produtoras de melancia para exportação e estudar o efeito de diferentes ingredientes ativos e doses no crescimento micelial in vitro e in vivo de Macrophomina. spp. em meloeiro. No primeiro estudo foram coletadas 30 plantas de melancieira sintomáticas em cada um dos 16 campos comerciais de produção de melancia avaliados, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. De cada planta coletada, foram isoladas amostras da parte radicular para isolamento fúngico e posterior identificação em nível de gênero. Um total de 156 isolados foi identificado molecularmente por meio de extração de DNA e amplificação por reação em cadeia da polimerase, utilizando primers específicos (MpTefF e MpTefR para M. phaseolina, MsTefF e MsTefR para M. pseudophaseolina, e MeTefF e MeTefR para M. euphorbiicola). A fim de confirmar a patogenicidade, foram selecionados aleatoriamente 50 isolados de M. phaseolina e 50 de M. pseudophaseolina. A incidência e severidade da doença, o comprimento aéreo e radicular e o peso seco de todas as plantas do ensaio foram avaliados. Foram observados e confirmados como patogênicos para melancieira todos os isolados de Macrophomina testados, sendo que M. phaseolina apresentou maior incidência (97%) e severidade (3,21) da doença em relação à M. pseudophaseolina (70% e 1,15, respectivamente). Este foi o primeiro relato patogênico de M. pseudophaseolina à melancieira no mundo. Melancieiras infectadas com M. phaseolina corresponderam a um maior comprimento aéreo (74,89 cm) e radicular (17,96 cm), e menor peso seco (2,12 g) em comparação à M. pseudophaseolina (66,61 cm, 17,42 cm e 2,22 g, respectivamente). O segundo estudo avaliou o efeito in vitro e in vivo de boscalida, carbendazim, ciprodinil, fluazinam e fludioxonil em cinco doses (0,01; 0,10; 1; 10; e 100 mg/L i.a.) no crescimento micelial diário, na porcentagem de inibição e na concentração efetiva para reduzir 50% do crescimento micelial de nove isolados de Macrophomina (M. phaseolina: CMM1556, CMM4748 e CMM4764; M. pseudophaseolina: CMM2163, CMM4815 e CMM4767; e M. euphorbiicola: CMM2158, CMM4868 e CMM4867). Os resultados dos testes in vitro mostraram que o fluazinam e o fludioxonil foram altamente tóxicos (CE50 = 0,03 mg/L i.a.) à Macrophomina. Nos testes in vivo, o fluazinam foi capaz de reduzir os danos da patogenicidade de M. phaseolina e M. pseudophaseolina no meloeiro, em pelo menos 21,43%. No entanto, os isolados de M. euphorbiicola provocaram menor incidência (28,57%) e severidade (0,29) da doença em plantas tratadas com fludioxonil. O terceiro estudo relatou pela primeira vez no Brasil e no mundo a ocorrência de Lasiodiplodia brasiliensis em melancia. Testes de patogenicidade confirmaram que os isolados causaram sintomas característicos de podridão de raízes e declínio em melancieiraThe genus Macrophomina and Lasiodiplodia are associated with root rot and vine decline in cucurbit crops in the semiarid region of Northeastern Brazil, causing economic losses. Little is known about the diversity, pathogenicity and management of fungal species in these production areas. To address these issues, three studies were conducted, with the aim of identifying the genetic diversity and pathogenicity of fungi established in areas producing watermelon for export and studying the effect of different active ingredients and doses on the in vitro and in vivo mycelial growth of Macrophomina spp. in melon plants. In the first study, 30 symptomatic watermelon plants were collected in each of the 16 commercial watermelon production fields evaluated, in the states of Rio Grande do Norte and Ceará. From each plant collected, samples of the root part were isolated for fungal isolation and subsequent identification at the genus level. A total of 156 isolates were molecularly identified using DNA extraction and polymerase chain reaction amplification, with specific primers (MpTefF and MpTefR for M. phaseolina, MsTefF and MsTefR for M. pseudophaseolina, and MeTefF and MeTefR for M. euphorbiicola). To confirm the pathogenicity, 50 isolates of M. phaseolina and 50 of M. pseudophaseolina were randomly selected. Disease incidence and severity, shoot and root length and dry weight of all plants in the trial were evaluated. All Macrophomina isolates tested were observed and confirmed as pathogenic for watermelon, with M. phaseolina showing higher incidence (97%) and severity (3.21) of the disease compared to M. pseudophaseolina (70% and 1.15, respectively). This was the first pathogenic report of M. pseudophaseolina on watermelon in the world. Watermelon trees infected with M. phaseolina corresponded to greater shoot (74.89 cm) and root (17.96 cm) length, and lower dry weight (2.12 g) compared to M. pseudophaseolina (66.61 cm, 17.42 cm and 2.22 g, respectively). The second study evaluated the in vitro and in vivo effect of boscalid, carbendazim, cyprodinil, fluazinam and fludioxonil in five doses (0.01; 0.10; 1; 10; and 100 mg/L a.i.) on daily mycelial growth, in percentage of inhibition and effective concentration to reduce 50% of mycelial growth of nine Macrophomina isolates (M. phaseolina: CMM1556, CMM4748 and CMM4764; M. pseudophaseolina: CMM2163, CMM4815 and CMM4767; and M. euphorbiicola: CMM2158, CMM4868 and CMM4867). Results of in vitro tests showed that fluazinam and fludioxonil were highly toxic (EC50 = 0.03 mg/L a.i.) to Macrophomina. In in vivo tests, fluazinam was able to reduce the pathogenic damage of M. phaseolina and M. pseudophaseolina in melon, by at least 21.43%. However, M. euphorbiicola isolates caused lower disease incidence (28.57%) and severity (0.29) in plants treated with fludioxonil. The third study reported for the first time in Brazil and in the world the occurrence of Lasiodiplodia brasiliensis in watermelon. Pathogenicity tests confirmed that the isolates caused characteristic symptoms of decline in watermelon85 p.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPESCentro de Ciências Agrárias - CCABrasilUFERSAUniversidade Federal Rural do Semi-ÁridoPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaSales Júnior, RuiNegreiros, Andréia Mitsa PaivaSales Júnior, RuiNegreiros, Andréia Mitsa PaivaBarros, Ana Paula Oliveira deSilva, Edicleide Macedo daAmbrósio, Márcia Michelle de QueirozAlves, Cynthia Patricia de Sousa Santos2024-10-31T12:00:57Z2024-10-31T12:00:57Z2023-07-28info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpdfapplication/pdfhttp://lattes.cnpq.br/8366676949063957http://lattes.cnpq.br/7211756195309109ALVES, Cynthia Patricia de Sousa Santos. Root pathogens in cucurbits: species diversity, pathogenicity and chemical control. 2023. 85 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Mossoró-RN, 2023.https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11943Mossoróinfo:eu-repo/semantics/openAccessUFERSAAttribution-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/engreponame:Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)instname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)instacron:UFERSA2024-11-01T15:00:23Zoai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/11943Repositório Institucionalhttps://repositorio.ufersa.edu.br/PUBhttps://repositorio.ufersa.edu.br/server/oai/requestrepositorio@ufersa.edu.br || admrepositorio@ufersa.edu.bropendoar:2024-11-01T15:00:23Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)false
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description Os gêneros Macrophomina e Lasiodiplodia estão associados à podridão de raízes e declínio de ramas em plantios de cucurbitáceas na região semiárida do Nordeste brasileiro, provocando perdas econômicas. Pouco se conhece sobre a diversidade, patogenicidade e manejo das espécies fúngicas presentes nessas áreas de produção. Para abordar essas questões, foram realizados três estudos, com o objetivo de identificar a diversidade genética e patogenicidade de fungos estabelecidos em áreas produtoras de melancia para exportação e estudar o efeito de diferentes ingredientes ativos e doses no crescimento micelial in vitro e in vivo de Macrophomina. spp. em meloeiro. No primeiro estudo foram coletadas 30 plantas de melancieira sintomáticas em cada um dos 16 campos comerciais de produção de melancia avaliados, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. De cada planta coletada, foram isoladas amostras da parte radicular para isolamento fúngico e posterior identificação em nível de gênero. Um total de 156 isolados foi identificado molecularmente por meio de extração de DNA e amplificação por reação em cadeia da polimerase, utilizando primers específicos (MpTefF e MpTefR para M. phaseolina, MsTefF e MsTefR para M. pseudophaseolina, e MeTefF e MeTefR para M. euphorbiicola). A fim de confirmar a patogenicidade, foram selecionados aleatoriamente 50 isolados de M. phaseolina e 50 de M. pseudophaseolina. A incidência e severidade da doença, o comprimento aéreo e radicular e o peso seco de todas as plantas do ensaio foram avaliados. Foram observados e confirmados como patogênicos para melancieira todos os isolados de Macrophomina testados, sendo que M. phaseolina apresentou maior incidência (97%) e severidade (3,21) da doença em relação à M. pseudophaseolina (70% e 1,15, respectivamente). Este foi o primeiro relato patogênico de M. pseudophaseolina à melancieira no mundo. Melancieiras infectadas com M. phaseolina corresponderam a um maior comprimento aéreo (74,89 cm) e radicular (17,96 cm), e menor peso seco (2,12 g) em comparação à M. pseudophaseolina (66,61 cm, 17,42 cm e 2,22 g, respectivamente). O segundo estudo avaliou o efeito in vitro e in vivo de boscalida, carbendazim, ciprodinil, fluazinam e fludioxonil em cinco doses (0,01; 0,10; 1; 10; e 100 mg/L i.a.) no crescimento micelial diário, na porcentagem de inibição e na concentração efetiva para reduzir 50% do crescimento micelial de nove isolados de Macrophomina (M. phaseolina: CMM1556, CMM4748 e CMM4764; M. pseudophaseolina: CMM2163, CMM4815 e CMM4767; e M. euphorbiicola: CMM2158, CMM4868 e CMM4867). Os resultados dos testes in vitro mostraram que o fluazinam e o fludioxonil foram altamente tóxicos (CE50 = 0,03 mg/L i.a.) à Macrophomina. Nos testes in vivo, o fluazinam foi capaz de reduzir os danos da patogenicidade de M. phaseolina e M. pseudophaseolina no meloeiro, em pelo menos 21,43%. No entanto, os isolados de M. euphorbiicola provocaram menor incidência (28,57%) e severidade (0,29) da doença em plantas tratadas com fludioxonil. O terceiro estudo relatou pela primeira vez no Brasil e no mundo a ocorrência de Lasiodiplodia brasiliensis em melancia. Testes de patogenicidade confirmaram que os isolados causaram sintomas característicos de podridão de raízes e declínio em melancieira
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