Marcadores Inflamatórios e a sua correlação com o surgimento de comorbidades em pacientes obesos: revisão integrativa

• Autor(a) principal: Borges, Lucas Henrique Mendonça Uchôa Borges
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/9978
• topic: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA; Citocina; Obesidade; Comorbidade; Inflamação

A obesidade é definida como índice de massa corporal maior que 30 kg/m², existindo em 2016 mais de 650 milhões de obesos em todo o mundo, segundo a OMS. No Brasil de acordo com o PNS 2020 temos 25,9% da população obesa, representando assim ¼ da população com risco aumentado para diversas doenças. O tecido adiposo é possivelmente o maior orgão no paciente obeso, ele passa a ter grande influência em todo o organismo. Temos a inflamação crônica de baixo grau uma forte candidata a criar microambientes propícios para o surgimento de diversos agravos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura onde foram levantados artigos baseado na pergunta “Quais marcadores inflamatórios apresentam correlação com o desenvolvimento de comorbidades em indivíduos obesos?”, para isso utilizamos as bases de dados PubMed e Scielo utilizando-se os descritores obesity “n” inflammation “n” Cytokine publicados até 2021, chegando-se assim a um total de 18 artigos. Resultados; Os artigos selecionados foram incluídos em grandes grupos: Síndromes metabólicas; Cardiovascular; Osteoarticular; Câncer. O estresse metabólico causado pela inflamação causa alterações intracelulares que alteram a fosforilação intracelular, iniciando assim uma resistência à insulina, que em sua história natural chega a DM2. Pela forte correlação, com os agravos citados anteriormente, é possível acreditar que a síndrome metabólica possa também ocorrer por mecanismos semelhantes,porém ainda são necessários estudos complementares para que se estabeleça essa possível correlação. O tecido perivascular também causa alterações nos vasos e um desequilíbrio, propiciando um menor relaxamento dos vasos, ambiente favorável à formação de placas de gordura e a formação de trombos, o que pode ser preditor de hipertensão, tromboembolismo, entre outros agravos cardiovasculares. O metabolismo ósseo também é afetado, sendo o ambiente inflamatório fator estimulante de osteoclastos, o que causa maior degeneração óssea e um ambiente favorável à degenerações articulares sendo assim o possível envolvimento de osteoartrite, degeneração dos discos da coluna vertebral, osteopenia, osteoporose entre outros. Conclusão: A inflamação crônica de baixa intensidade da obesidade é um link entre diversos agravos sendo principalmente citado o TNF-alfa, IL-6 e IL-1beta como mediadores de diversos processos. Porém ainda é preciso mais estudos que possam ser utilizados como base para o desenvolvimento de possíveis rastreios em pacientes obesos, buscando a prevenção do surgimento de diversos agravos, causando assim uma diminuição de sua incidência.