A identidade profissional de professoras do AEE: entre o saber-ser e o saber-fazer (auto)biográfico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
Texto Completo: | https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8247 |
Resumo: | O presente trabalho, intitulado: “A identidade profissional de professoras do AEE: entre o saber-ser e o saber-fazer (auto)biográfico”, teve como objetivo analisar o processo de construção identitária de docentes que organizam o ensino-aprendizagem no Atendimento Educacional Especializado(AEE), observando seus saberes e suas formas de ser e estar na profissão. Parte-se da noção de identidade profissional docente como um conjunto de experiências formativas que contribuem para a construção de formas de fazer e de se sentir professor/a. Agregue-se ao exposto a noção de saber docente: resultado de um processo de socialização na família, na escola e nos demais espaços formativos, e que estruturam o processo de ensino-aprendizagem. O lócus deste estudo é o município de São Miguel, localizado no Alto-Oeste do Estado do Rio Grande do Norte, onde reunimos três professoras: duas da rede estadual e uma da rede municipal. Utilizaram-se os fundamentos da pesquisa qualitativa, assim como a abordagem das histórias de vida. Para a construção dos dados, lançamos mão da entrevista narrativa, que contribuiu para a retomada de si das professoras. O arcabouço teórico, a partir do viés bakhtiano, serviu de fundamentação analítica dos dados, principalmente sua noção chave de linguagem como um fenômeno social, histórico e ideológico. A linguagem é concebida como um produto social, que tem eminente caráter ideológico. Os dados da pesquisa permitem afirmar que: há uma aproximação entre o ser professor/a da sala de aula regular e o ser professor/a do AEE, ou melhor, no de estar professor/a, pois o caráter rotativo dos profissionais na SRM é evidente, até mesmo pela brevidade de tempo de serviço nessa modalidade de ensino; um passado forjado na agricultura, nas dificuldades da vida no campo, levam as referidas profissionais a se aproximarem com as dificuldades enfrentadas pelas crianças do AEE, haja vista que elas também são sujeitos margeados pela sociedade; Aprender a olhar o outro com respeito, dando voz aos seus direitos e necessidades, foram saberes axiológicos apreendidos na infância, com seus pais, que ainda possuem espaço na prática cotidiana; as escolas parecem ver o AEE como uma sala de reforço, mas que as docentes, mesmo com fragmentações identitárias, buscam romper com a lógica de sobreposição dos preconceitos, através do diálogo; O contato diário com o aluno com deficiência, num diálogo permanente, põem as professoras do AEE em estado de reflexão existencial: atribuímos a classificação de saberes do legado dos alunos, como aqueles que modificam sua forma de se ver e compreender como pessoa e como profissional do AEE. |
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A identidade profissional de professoras do AEE: entre o saber-ser e o saber-fazer (auto)biográficoCIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAO::EDUCACAO ESPECIALIdentidadeSaberes docenteAtendimento Educacional Especializado - AEEO presente trabalho, intitulado: “A identidade profissional de professoras do AEE: entre o saber-ser e o saber-fazer (auto)biográfico”, teve como objetivo analisar o processo de construção identitária de docentes que organizam o ensino-aprendizagem no Atendimento Educacional Especializado(AEE), observando seus saberes e suas formas de ser e estar na profissão. Parte-se da noção de identidade profissional docente como um conjunto de experiências formativas que contribuem para a construção de formas de fazer e de se sentir professor/a. Agregue-se ao exposto a noção de saber docente: resultado de um processo de socialização na família, na escola e nos demais espaços formativos, e que estruturam o processo de ensino-aprendizagem. O lócus deste estudo é o município de São Miguel, localizado no Alto-Oeste do Estado do Rio Grande do Norte, onde reunimos três professoras: duas da rede estadual e uma da rede municipal. Utilizaram-se os fundamentos da pesquisa qualitativa, assim como a abordagem das histórias de vida. Para a construção dos dados, lançamos mão da entrevista narrativa, que contribuiu para a retomada de si das professoras. O arcabouço teórico, a partir do viés bakhtiano, serviu de fundamentação analítica dos dados, principalmente sua noção chave de linguagem como um fenômeno social, histórico e ideológico. A linguagem é concebida como um produto social, que tem eminente caráter ideológico. Os dados da pesquisa permitem afirmar que: há uma aproximação entre o ser professor/a da sala de aula regular e o ser professor/a do AEE, ou melhor, no de estar professor/a, pois o caráter rotativo dos profissionais na SRM é evidente, até mesmo pela brevidade de tempo de serviço nessa modalidade de ensino; um passado forjado na agricultura, nas dificuldades da vida no campo, levam as referidas profissionais a se aproximarem com as dificuldades enfrentadas pelas crianças do AEE, haja vista que elas também são sujeitos margeados pela sociedade; Aprender a olhar o outro com respeito, dando voz aos seus direitos e necessidades, foram saberes axiológicos apreendidos na infância, com seus pais, que ainda possuem espaço na prática cotidiana; as escolas parecem ver o AEE como uma sala de reforço, mas que as docentes, mesmo com fragmentações identitárias, buscam romper com a lógica de sobreposição dos preconceitos, através do diálogo; O contato diário com o aluno com deficiência, num diálogo permanente, põem as professoras do AEE em estado de reflexão existencial: atribuímos a classificação de saberes do legado dos alunos, como aqueles que modificam sua forma de se ver e compreender como pessoa e como profissional do AEE.BrasilCentro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas - CCSAHUFERSAUniversidade Federal Rural do Semi-ÁridoEspecialização em Atendimento Educacional EspecializadoEstevão, Ady Canário de SouzaEstevão, Ady Canário de SouzaEstevão, Ady Canário de SouzaSilva, Emanuel Freitas daMartins, Jacqueline Cunha de VasconcelosNascimento, Jhonnys Ferreira do2023-01-12T19:02:56Z2023-01-12T19:02:56Z2017-07-01info:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpdfapplication/pdfhttps://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8247Mossoróinfo:eu-repo/semantics/openAccessUFERSACC-BY-SAhttps://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0porreponame:Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)instname:Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)instacron:UFERSA2024-07-10T23:48:19Zoai:repositorio.ufersa.edu.br:prefix/8247Repositório Institucionalhttps://repositorio.ufersa.edu.br/PUBhttps://repositorio.ufersa.edu.br/server/oai/requestrepositorio@ufersa.edu.br || admrepositorio@ufersa.edu.bropendoar:2024-07-10T23:48:19Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA)false |
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O presente trabalho, intitulado: “A identidade profissional de professoras do AEE: entre o saber-ser e o saber-fazer (auto)biográfico”, teve como objetivo analisar o processo de construção identitária de docentes que organizam o ensino-aprendizagem no Atendimento Educacional Especializado(AEE), observando seus saberes e suas formas de ser e estar na profissão. Parte-se da noção de identidade profissional docente como um conjunto de experiências formativas que contribuem para a construção de formas de fazer e de se sentir professor/a. Agregue-se ao exposto a noção de saber docente: resultado de um processo de socialização na família, na escola e nos demais espaços formativos, e que estruturam o processo de ensino-aprendizagem. O lócus deste estudo é o município de São Miguel, localizado no Alto-Oeste do Estado do Rio Grande do Norte, onde reunimos três professoras: duas da rede estadual e uma da rede municipal. Utilizaram-se os fundamentos da pesquisa qualitativa, assim como a abordagem das histórias de vida. Para a construção dos dados, lançamos mão da entrevista narrativa, que contribuiu para a retomada de si das professoras. O arcabouço teórico, a partir do viés bakhtiano, serviu de fundamentação analítica dos dados, principalmente sua noção chave de linguagem como um fenômeno social, histórico e ideológico. A linguagem é concebida como um produto social, que tem eminente caráter ideológico. Os dados da pesquisa permitem afirmar que: há uma aproximação entre o ser professor/a da sala de aula regular e o ser professor/a do AEE, ou melhor, no de estar professor/a, pois o caráter rotativo dos profissionais na SRM é evidente, até mesmo pela brevidade de tempo de serviço nessa modalidade de ensino; um passado forjado na agricultura, nas dificuldades da vida no campo, levam as referidas profissionais a se aproximarem com as dificuldades enfrentadas pelas crianças do AEE, haja vista que elas também são sujeitos margeados pela sociedade; Aprender a olhar o outro com respeito, dando voz aos seus direitos e necessidades, foram saberes axiológicos apreendidos na infância, com seus pais, que ainda possuem espaço na prática cotidiana; as escolas parecem ver o AEE como uma sala de reforço, mas que as docentes, mesmo com fragmentações identitárias, buscam romper com a lógica de sobreposição dos preconceitos, através do diálogo; O contato diário com o aluno com deficiência, num diálogo permanente, põem as professoras do AEE em estado de reflexão existencial: atribuímos a classificação de saberes do legado dos alunos, como aqueles que modificam sua forma de se ver e compreender como pessoa e como profissional do AEE. |
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